Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

De braços cruzados e cara fechada, seguia a viagem de carro no banco dianteiro, com o motorista ao lado e a família nos bancos de trás. Seguindo o carro deles, estava o veículo do grupo de seguranças que o pai havia contratado para vigiá-los e evitar escândalos. A mulher de quase trinta revirou os olhos no imaginário. Eles não eram tão importantes assim para toda aquela comoção. Era ridículo que ela, uma mulher independente, formada, bem resolvida, ainda precisasse de um segurança para circular de lá para cá e de cá para lá. Não era como se o dia a dia no trabalho oferecesse muitos perigos, ou a família estivesse jurada de vingança ou morte por algum candidato da oposição.
Era tudo um desperdício.
Um banquete. Ela não gostava daqueles eventos. A verdade é que ela não gostava de nenhum evento com a família, nada em particular ou especial. Todos os momentos eram ruins. Ainda assim, não era como se fosse impedir os progenitores de seguirem a carreira política. Cada um tinha a própria vida e o direito de seguir como bem entendesse, mas eles não pareciam compartilhar esse pensamento. Aquelas sessões de fotos incessantes, pessoas superficiais... Ninguém parecia enxergar que a filha mais velha dos não queria ser associada àquilo tudo. As duas irmãs mais novas até gostavam de aparecer nas colunas sociais, do glamour da coisa, mas não ela.
— Elena e Rowena já acompanhariam vocês — ela tentou argumentar uma última vez. Se desse certo, ela ainda poderia permanecer no carro e pedir ao motorista que desse meia volta assim que deixasse os outros no coquetel da aliança dos partidos. — Ninguém perceberia a ausência da filha mais velha dos . Eu quase não apareço em nenhum evento mesmo!
— Eu disse que queria a família completa hoje, . — O pai permanecia irredutível.
— Você poderia estar usando aquele seu outro vestido. Esse te deixa quase vulgar — a matriarca emendou. — Não combina com o evento e nem com a imagem que devemos passar.
Ninguém falou mais nada com o clima estranho que estava se instalando no automóvel. Conversas daquele teor eram frequentes, por isso preferia evitar contato. Quanto menos ela respondesse ou falasse, menos ouviria. O mundo da exposição exigia muito mais da imagem que ela estava disposta a doar e se eles faziam questão da presença dela, teriam que aceitar como ela quisesse aparecer.
Chegando ao empreendimento marcado, a família saiu do carro, deparando-se com um tapete vermelho improvisado e alguns jornalistas. Enquanto se alinhavam para fazer a foto de registro da presença da família, , pelo canto dos olhos, viu o grupo de seguranças se colocando em posição. Desviou o foco para frente e, ao ouvir o clique das câmeras, voltou a encarar um dos homens de preto em específico.
Quis suspirar.
.
Ela desejava o deitar na porrada por ficar a seguindo mesmo quando deixava claro que não queria babás. Com a mesma intensidade violenta, só almejava deitá-lo em outro lugar, na própria cama em específico. No entanto, pelos desejos aflorados dos últimos tempos, a cama estava em uma posição de difícil alcance, então qualquer cantinho isolado e sem público servia. O problema era que ele não dava bola para nenhuma das provocações ou investidas dela para desenrolar algo a mais.
Ele era profissional, uma qualidade admirável e louvável na concepção da , mas ainda era homem, iria cair na rede dela em algum momento. Será que ele sabia que não era desrespeitoso olhar quando ela mesma dava permissão para ele fazer tal ato?
— Não façam besteiras e nem me envergonhem. — Essas foram as últimas palavras dos pais antes de cada um seguir o seu rumo dentro do salão.
O casal permaneceu na entrada, jogando conversa fora com os anfitriões e cumprimentando os demais convidados que chegavam. No mundo, sua formação valia dez por cento do todo, a experiência de vida outros dez e o resto eram contatos. Com o nome e o telefone certo, o controle sobre a vida podia ser carregado na palma da mão. Nesse quesito, os pais se davam bem.
deixou os olhos passearem pelo ambiente todo para decidir por onde deveria ficar, sentindo constantemente a presença de logo atrás de si. Enquanto as irmãs caminhavam em direção da mesa de comidas, o bar lhe pareceu mais convidativo. Ao barman, pediu duas rodadas de bebida da casa e quando essas foram entregues, a mulher ergueu uma em brinde e a outra estendeu ao segurança.
— Me acompanha? — Arqueou as sobrancelhas, dando um sorriso furtivo.
— Sinto muito, senhorita. Estou em horário de trabalho — respondeu duro, atiçando ainda mais a imaginação dela de como seria somente eles entre quatro paredes. Aquele ar e a postura de inquebrável... Ela queria muito saber se ela permanecia no sexo. A filha mais velha dos não soube dizer se era o gole da bebida queimando contra a garganta ou o calor dos pensamentos impuros, o fato é que tudo parecia estar esquentando.
Sem se deixar abater pela recusa, abriu um sorriso ainda maior, afinal a noite estava apenas começando.
— Puts, que pena. — Deu os ombros. — Vou ter que beber os dois copos eu mesma — concluiu em falsa pena, balançando os líquidos e soltando um risinho antes de começar a conhecer o local.
Para todo passo que desse, precisava estar dois à frente. A primogênita do homem que o contratara para fazer o serviço de segurança não era nenhuma rebelde problemática, ainda assim era claramente a mais suscetível a criar atritos, se comparassem as três filhas. Ela havia deixado claro que não precisava de nenhum olheiro, às vezes até dificultava seu trabalho apenas por birra de não ter as vontades sendo ouvidas e mesmo com todas as recusas, ele sabia que ela o queria.
O olhar treinado analisava todo o redor e, vez ou outra, se pegava encarando as pernas desnudas dela sem querer. Os saltos altos ressaltavam os músculos das pernas, o vestido preto, curto, de barra esvoaçante que parecia dançar toda vez que ela dava um passo eram motivos suficientes para distraí-lo. A amarração da veste que se dava por um único nó atrás da nuca da mulher também era bem instigante. Pensar que com apenas um puxão, o tecido poderia se desfazer e ela ficar totalmente entregue...
Trabalho.
Trabalho.
Trabalho.
A mente apitava e os olhos logo subiam.
Qualquer dia ele acabaria perdendo a compostura. As batalhas internas que travava precisaram ser colocadas de lado, pois um terceiro elemento se aproximava sorrateiro. era treinado e apesar do outro homem tentar disfarçar distribuindo um sorriso ali e outro aqui, o verdadeiro foco dele desde que começou a se movimentar era . ficou rígido e atento.
— Boa noite, senhorita! Acho que nunca te vi por aqui antes!
odiava aquelas abordagens. sabia que ela odiava, mas nenhum deles podia fazer nada em nome do bem maior que era a campanha para governador do senhor . Com um sorriso amarelo, ela respondeu:
— Sou a filha mais velha do governador . Conhece? Ele está tentando recandidatura. Não me reconhece, porque não costumo participar muito desses eventos. — Soltou uma risada forçada e foi acompanhada pelo recém-chegado.
— Filha mais velha? Mas puxa, tem uma beleza encantadora, senhorita...
— complementou, desejando que o martírio terminasse. — .
— Seja bem-vinda, ! Que honra nossa tê-la essa noite! — Outra gargalha bem-humorada que causou reviravoltas no estômago dela. — Santo gene dos . Como pode ver... — os braços se abriram, correndo pelo salão — não temos sempre esse privilégio de ver mulheres tão belas como você. Honrado! — o homem que secretamente apelidou de “Velho Asqueroso” continuava enchendo a bola, tomando uma liberdade que não foi dada para pegá-la na mão e depositar um beijo.
Asco.
Nojo.
Qualquer outro adjetivo que exprimisse desgosto.
As mãos ásperas tocando nas dela quase a fizeram simular um vômito.
— Obrigada por todos os elogios. — Forçou outro sorriso, sentindo os lábios trepidarem de tão falso que era. Retirou a mão que ele ainda segurava com certa brutalidade,
— Gostaria de me acompanhar essa noite?
“Nunca!”, quis berrar. Então os pensamentos se dirigiram para os pais. Ela não poderia dar vexame. Segurou o ímpeto de suspirar e, no lugar, recusou o convite com uma desculpa esfarrapada:
— Oh! Adoraria! — pôde ver os olhos do mais velho brilharem com mais intensidade naquela hora. — Mas não posso. Sinto muito. — passou a mão pelos cabelos, desconfortável. — Combinei de encontrar... Alguns amigos da família. Isso. Precisarei recepcioná-los a qualquer momento e...
— Pois se for isso, não há problemas! — o velho insistiu, agora a segurando pelo cotovelo. — Podemos ir conversando e quando precisar sair, farei questão de me juntar.
Maxilar contraído. O olhar de se semicerrou, indo em direção da mão áspera no cotovelo. Quanta audácia! Antes que pudesse ser mal-educada, se intrometeu, colocando as mãos no braço do político insistente.
— Está muito perto da minha cliente. Peço que o senhor se afaste um pouco.
Os olhares fulminantes dos homens se encontraram.
— Ora, mas o que é isso, jovem rapaz! — O homem riu. — Não estávamos fazendo nada de errado, ou que a senhorita não quisesse, não é mesmo?
— As mãos — insistiu inexpressivo, com os olhos recaindo na mão do homem ainda no cotovelo de , apertando mais o braço do homem.
— Calma, calma, rapaz!
O contato indesejado se quebrou.
O tom bem humorado do recém-chegado já não era mais tão humorado. O ar denso que se formava entre eles era perceptível. Devolvendo o favor que fizera, tomou a palavra antes que o velho pudesse tomar alguma providência que viesse prejudicar o segurança particular:
— Desculpe-me pelo meu segurança. Ele está apenas cumprindo ordens do meu pai. É apenas um bom profissional acatando ordens.
— Claro, claro. — O senhor não os encarava mais. — Sabe onde me encontrar se precisar de algo, senhorita — dito, se afastou e se apressou a olhar para os lados. Ninguém além deles parecia ter presenciado a discussão.
— Velho asqueroso dos infernos! — disparou a praguejar assim que ficou somente o segurança com ela. Com passos firmes, dirigiu-se para os lavabos para jogar um punhado de sabonete e álcool em gel nos lugares onde havia sido tocada.
Enquanto ela se limpava, arqueou as sobrancelhas, encostando-se à bancada de braços cruzados para encará-la diretamente.
— Não acha que está exagerando um pouco?
era tão robótico na maior parte do dia, que se esquecia de que ele também sabia iniciar uma conversa. Eram poucas vezes. Só quando ele queria de verdade. Com a maior cara de incrédula, replicou:
— Não? — A mera lembrança dos instantes anteriores fizeram todos os pelos do braço dela enriçarem de asco. — E pensar que eu poderia ter sido poupada de tudo isso se tivessem me deixado ficar em casa, no sossego do meu humilde apartamento.
O homem prendeu o riso, sendo o primeiro momento que havia se permitido baixar a guarda no dia.
— Mas aí não sobraria muito trabalho para mim. Não sei se o senhor ficaria satisfeito em me pagar para ficar te observando assistir televisão.
— Homem, você ficaria só me observando porque quer. Por mim... — deu os ombros, com os lábios dando indícios de um sorriso malicioso — por mim, estaríamos fazendo outras coisas. — Mordeu o lábio inferior, encarando-o com expectativas.
engoliu seco discretamente, não querendo se mostrar afetado, entretanto o movimento mínimo de seu pomo de adão havia sido capturado pelos orbes ágeis de . Os dedos foram em direção da gola da camisa branca, buscando afrouxar um pouco da gravata, ainda que ela não fosse a verdadeira causa de seu sufoco.
— Eu estou trabalhando — foi firme.
— Mas seu trabalho é ser a minha sombra — soprou baixo. — O que estou propondo ainda te permitiria ter os olhos em mim e não afetaria nada da minha segurança... — foi sugestiva. — A não ser que tenha preferências mais violentas na cama, aí precisaríamos conversar, pois não sou a maior fã de palmadas — ponderou, com o olhar vago, deixando a imaginação correr.
Se bem que ela seria capaz de aceitar tudo por aquele homem.
Percebendo que o segurança já não estava mais tão inalcançável e ainda imóvel, escorado na bancada de pedras nobres, olhou para além do lavabo para garantir que não estavam sob olhares alheios antes de intencionalmente esbarrar na caixinha de algodões que tinha ali ao lado da pia.
— Oh, mas que desastrada eu sou! — dissimulou e agachou rapidamente, antes que pudesse fazer menção de pegar o objeto e ajudá-la a recolher tudo no chão. — Pense bem na minha proposta. — Levantou o rosto, ainda na mesma posição, para olhá-lo. Os dedos delicados ignoraram o algodão espalhado para dedilharem a barra da calça dele, subindo pela perna com pressa. A mente de disparou um alerta, mas nem assim ele foi capaz de se mover. Quando a mão ultrapassou o joelho, vieram as alisadas firmes. — Você não gostaria de manter os olhos em mim de uma posição mais confortável?
O ar pareceu ficar mais denso e o segurança nem notou a respiração presa. encostou seus dois joelhos no piso frio e engatinhou até ficar com o rosto entre as pernas dele.
— Essa não é uma posição muito mais confortável de me ver? — Lambeu os lábios instintivamente, cravando uma mão em cada coxa dele sobre a calça social. Encarar de baixo, com o olhar nublado de excitação, estava a afetando. só esperava que o mesmo efeito estivesse surtindo nele também.
O segurança arfou quando sentiu as mãos dela fazerem uma pressão deliciosa sobre o membro ainda coberto. Apesar de todo o tecido atrapalhando, os dedos conseguiam decifrar os contornos o suficiente para que a imagem se do membro dele se materializasse na mente dela. A possibilidade dela fazendo um boquete glorioso nele ali mesmo começou a acender e achou que entraria em combustão só pela expectativa. Os planos de ambos, no entanto, precisaram ser adiados com a entrada brusca de duas mulheres querendo retocar a maquiagem. habilidosamente deslizou para o lado, pondo-se a recolher o que derrubara com pressa.



Na parte externa do salão, nos jardins, caminhava de um lado para o outro, arquitetando uma maneira de sair daquela festa com um motivo convincente o suficiente para não fazê-la correr o risco de ter que voltar algum dia. Foi em uma pisada que ela sentiu o salto fino afundar contra a grama fofa. Desequilibrou-se. Como o flash que a ideia veio, rápido ela agiu, intensificando o desequilíbrio para forçar um tombo.
Gemeu em dor, recebendo amparo do segurança particular no mesmo instante.
? — Ouviu-o chamá-la com preocupação. Ainda de olhos fechados, exprimiu uma careta de dor. — Consegue se levantar?
A mulher assentiu, aceitando a mão estendida de bom grado.
Arfou.
— Meu tornozelo... — lamuriou, sentindo o braço ser colocado no entorno do pescoço de e a mão dele lhe contornar a cintura.
— Consegue andar? — assentiu e, no primeiro passo, falhou, quase levando consigo para outro tombo. Sorte a deles que ele tinha força e equilíbrio por dois. — Não consegue, não.
Onde estariam as câmeras da Globo naquele momento para capturar aquele show de atuação? Se ela não tivesse dado certo em Administração, Teatro seria uma opção.
Antes de qualquer próximo movimento, pressionou o comunicador no ouvido para chamar os colegas.
— Membro número três sofreu um pequeno acidente. A levarei para casa. Comuniquem ao . Não preciso que todos venham. Sairemos pela porta dos fundos para não causar comoção. Repito. Não precisam reunir todos. Está tudo bem. desligando.
— Vocês se referem a nós como números? Quanta frieza!
a ignorou. Sem pedir permissão, deslizou a mão pelas costas dela e passou o outro braço contra os joelhos, carregando-a no colo.
— Vamos!



Chegando ao condomínio da mulher, outra cena dramática foi necessária para que fosse convencido de que não era capaz de subir até o próprio andar. Novamente nos braços dele, ela analisava os traços bem marcados dele com admiração. estava sendo carregada como se fosse uma pena, sentindo-se uma verdadeira princesa. No entanto, o final que desejava para aquela noite estava longe de ser puro como em um conto de fadas.
Pressentindo que ia ser deixada no sofá, rapidamente protestou, batendo contra o braço forte dele.
— Me deixa na minha cama, por favor!
Como o cavalheiro gentil que era, o segurança não hesitou em seguir as ordens. Uma vez solta no colchão, ele se voltou para os pés dela, removendo os saltos que o remetiam a uma arma de guerra. Aquilo certamente poderia matar.
— Onde doí? — Atreveu-se a sentar na cama da protegida, colocando os pés dela sobre o colo para analisar com mais afinco.
— Aqui! — fingiu, apontando para a região que mais estava para incômodo do que dor, dobrando e erguendo um pouco a perna na intenção de fazer a barra do vestido se levantar.
Por mais controlado que fossem os instintos, o olhar o traiu naquele momento e viu. Foi rápido, mas ela viu. Por outro lado, ele também havia visto mais coisa do que deveria. A lingerie em tom de vinho. Engoliu seco. Ele não se esqueceria daquela cena tão cedo. Em respeito, desviou rápido, olhando para frente. Contudo, a dona do apartamento acordara disposta a cutucar a onça naquele dia. Insistente, ela levantou um pouco mais a perna, fazendo a barra escorrer pelas coxas, exibindo a calcinha de renda por inteira.
— Aqui doí! — Esticou os pés diante do rosto imóvel dele, prendendo a risada. Traiçoeira e vendo a falta de reação dele, desceu os pés para acariciar o volume que sobressaía da calça. se adiantou, segurando os pés no ar.
— Não está doendo tanto assim.
Bingo.
Touché? sorriu marota.
No fundo, também sabia que era uma farsa. Sabendo que aqueles eventos eram aborrecedores, não viu problema em servir de álibi para a . Era um favor que fazia para os dois.
— Está entregue. Vou me retirar. — Levantou-se do colchão, jogando as pernas dela para o lado.
— Hey! — protestou, erguendo-se depressa, ignorando a parte sensível do tornozelo. Ela teria que pisar somente com um lado do pé. Quase na porta, parou.
Era sempre assim.
Ele obedecia a qualquer ordem dela.
— Pode pelo menos me ajudar a desamarrar? — o demônio em forma de mulher indagou com um olhar pidão por cima dos ombros, colocando-se diante do grande espelho ao lado da cama.
O segurança virou para encará-la.
— A única parte machucada sua é o pé e claramente não precisa dele para desamarrar o vestido. Não entendo onde a minha ajuda se faz necessária. — Ainda que estivesse a refutando, ele foi se aproximando sorrateiro.
— Pare de ser tão insensível, . — Forçou uma careta de dor, segurando o ímpeto de sorrir ao ver ele chegando perto. — Eu sou a vítima aqui. — Virou para frente, fitando o espelho comprido em expectativa. As mãos grandes dele se esbarraram com as costas descobertas dela antes de alcançarem o laço, causando arrepios nas regiões tocadas. prendeu a respiração.
— De coitada, você não tem nada, sussurrou contra o ouvido, posicionando o corpo contra o dela, muito mais próximo que o necessário, ao mesmo tempo em que se encaravam pelo espelho. — Apenas me diga o motivo de estar me torturando assim — manteve o tom baixo e rouco, começando a perder o controle pelo calor que emanavam para o outro. — Sempre fiz o meu trabalho corretamente, qual é o motivo desse castigo? — Os dedos largaram o laço do vestido que se amarrava no pescoço para escorregar pelos ombros dela. Enquanto uma mão descia para alisar o braço, a outra desceu para contornar a barriga dela e a puxar para trás com brusquidão. Satisfeita com o que se desenrolava, arqueou as costas, empinando a bunda contra a pélvis dele.
— Jura que você não sabe? — rebolando, devolveu com outra pergunta, as palavras quase saindo entrecortadas.
— O motivo! — exigiu rude, lambendo o lóbulo da orelha. A mão na barriga dela desceu para se enfiar de baixo da barra do vestido e a outra voltou para o laço. A respiração quente batendo contra o ouvido e o olhar transbordando tesão do segurança faziam ela respirar com mais dificuldade, começando a sentir o peito subir e descer freneticamente. Impaciente com a falta de respostas, afundou os dedos contra a calcinha dela, sentindo a intimidade macia pulsar. Entretanto, ele não faria mais que isso. Por enquanto. — Eu quero o motivo, . — A língua quente desceu para o pescoço, sem desgrudar os olhos do reflexo dela no espelho.
Naquele jogo, ela estava perdendo feio.
Tão entregue.
Ainda bem que nunca teve a ambição de vencer. entrando no jogo era mais que o suficiente para ela. Quando a mão dele fez menção de que iria masturbá-la, mas se freou após um movimento circular na intimidade, a mulher grunhiu.
— Não tem motivo específico, caralho! — cuspiu desesperada. — Meu motivo é simplesmente você. Somente você!
sorriu contra o ombro dela, satisfeito. Dedilhou um pouco mais a intimidade como provocação e a outra mão se desfez do laço de uma vez finalmente. O tecido fino e preto escorregou por todas as curvas dela em câmera lenta, indo de encontro com o chão.


FIM



Nota da autora: Oieeeee! Se você está lendo isso, obrigada por chegar até aqui. <3 Essa música é tudoooo! A responsabilidade de assumi-la foi tão grande que entrei em pânico. Rindo para não chorar. Mesmo não sendo o que eu queria, espero que tenha conseguido passar um pouco de diversão para vocês. Obrigada pela leitura <3

Beijos,
Ale.



Outras Fanfics:

Universo Harry Potter:
Felicitatem Momentaneum (Principais interativos)
Finally Champion (Olívio Wood é o principal)
Finally the Refreshments (Sequência de Finally Champion — restrita)

Ficstapes:
04. Bigger
05. Mobile
09. I Don't Have To Try
10. Fuego (Restrita)

Nota da beta: É incrível o dom que você tem de fazer eu me apaixonar por absolutamente tudo o que você escreve, Ale! Minha nossa, eu berrei muito com essa fanfic, principalmente porque você PAROU A RESTRITA BEM AÍ, SOCORRO!!!
Eu tô shippando esse casal em um nível absurdo e já tô louca pra ler mais sobre eles. ME DIZ QUE TEM CONTINUAÇÃO AAAAAAAAAA.
Nossa, tô apaixonada por essa fic, é isso. Você fez um trabalho maravilhoso com essa música. ♥

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


CAIXINHA DE COMENTÁRIOS

O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.


comments powered by Disqus