03. Running Out of Reasons

Última atualização: 20/01/2021

Capítulo Único

Shut it out, what you heard about
What you heard about me
They say I'm rough or loud
But they don't know nothing
Not a thing about me


não era sutil.
Não quando tratava-se de . Era divertido demais vê-lo perder-se em meio às suas frases e gaguejar enquanto tentava mostrar-se não afetado pelas investidas dela.
Havia sido um semestre quase inteiro assim, comentários feitos em tom inocente mas que carregavam um duplo sentido que fazia o homem engolir em seco, poucos instantes no fim da aula para tirar dúvidas que deixavam-no ruborizado e gestos sutis que faziam desviar o olhar e pensar nas piores tragédias já vivenciadas pela humanidade.
Para ela, era divertido testar os limites do professor certinho.
Para ele, podia custar seu emprego e sua imagem acadêmica.
Durante as aulas, ele a evitava como uma praga, sendo a simples presença dela distração suficiente de seu repertório.
Lecionar era fácil como respirar, dividir conhecimento, repassar informações, era natural para .
Menos com aquela turma. E o motivo era a mulher de cabelos tingidos de vermelho que costumava sentar no fundo da sala.
Naquele dia, ela tinha atrasado, acabou por sentar mais na frente onde, milagrosamente, havia um lugar vago. Era impossível para a ignorar dali.
Era fim de semestre, todas as notas já haviam sido entregues e todos já sabiam se tinham passado ou não na matéria, mas a aula do professor era cativante demais e, ainda assim, a sala estava cheia.
A noite estava quente, nem mesmo o ar-condicionado conseguia manter o ambiente confortável e grande parte dos alunos se abanavam com cadernos e papéis enquanto tentavam manter a atenção na fala do professor.
Enquanto ele explicava os meios com os quais os alunos poderiam dar um feedback sobre as aulas e a matéria, se perdeu em devaneios.
Não se podia dizer que ela estava longe, não, estava bem perto.
Sua linha de pensamento, assim com seus olhos, passeavam pelas mãos do professor que vagavam pelo ar enquanto ele falava empolgado sobre fosse lá o que estivesse falando. Sua mente lhe traía imaginando como seria a sensação daquelas digitais contra sua pele.
Um calor subiu de sua barriga para as bochechas, o sangue se acumulando ali e deixando-a ainda mais quente, a boca seca. Umedeceu os lábios com a língua enquanto ainda encarava as mãos do professor, entrando nos bolsos da calça que ele usava, e então pôde ouvir o monólogo parar.
Subiu os olhos pela figura do docente e, quando sua visão chegou ao rosto do mesmo, os olhos dele estavam em si. Tinha sido flagrada. Ele, com certeza, pôde ler todo tipo de pensamento sujo que corria pela mente dela.
Ele desviou o olhar no instante seguinte, voltando a seu falatório depois de um momento ou dois onde as palavras pareciam não sair corretamente.
Não era a primeira vez que acontecia. A situação toda era quase cotidiana.
em seus pensamentos impuros, a pegando no flagra passeando com seus olhos por sua figura, e então a aula sendo abruptamente interrompida.
Ela tinha quase certeza de que ele podia ler cada um dos pensamentos que atravessava sua mente, sua reação todas as vezes que ele a pegava devaneando não permitia que ela pensasse diferente.
Pelo menos, aquela era a última vez em que isso acontecia. Em alguns dias estaria recebendo seu diploma e, finalmente, estaria fora da faculdade.
Essa linha de pensamento fez uma ideia surgir.
não tinha nada perder, tinha?

So tear up that list of things you wrote down (wrote down)
Why you can never be with me now (not now)
I know where you wanna be
You wanna say no, no, it ain't gonna work (oh)
But then you fumble your words
Oh, you're running out of reasons

A cerimônia de entrega dos diplomas tinha acabado, mal se aguentou dentro da beca quente e, assim que terminou de tirar as fotos com seus familiares e amigos que prestigiaram-lhe na sua formatura um pouco tardia, livrou-se do tecido pesado e podia sentir o peso sair de seu corpo.
Enquanto saia da coxia onde os organizadores do evento recebiam as vestes que haviam sido usadas, seu olhar caiu diretamente no seu professor favorito.
parecia um pouco avoado no meio do ir e vir de pessoas, era diferente de quando ele era o centro das atenções na aula, parecia uma pessoa completamente diferente. Um filhotinho perdido. Indefeso.
– Qual o problema? – Ela perguntou, aproximando-se do homem.
– Nenhum. – Ele respondeu, confuso. – Você está bonita.
– Obrigada. Você fica bonito de terno. – Ela disse e, durante sua pequena análise, mordeu um sorriso. – Mas sua gravata está terrivelmente torta, se me permite…
As mãos dela foram diretamente para a gravata do professor, como se não estivessem no meio de outras pessoas, como se aquela aproximação não fosse nada demais.
Ela notou que ele mal respirava e franziu as sobrancelhas, encarando o homem como se questionasse o que havia de errado. Deu-se conta da proximidade e afastou-se dele. Não tinha feito por mal, não daquela vez.
– Eu não mordo, juro. – Explicou-se, olhando a gravata no lugar certo.
Quando tornou a olhar em seu rosto, uma memória antiga surgiu em sua mente. A última vez em que esteve assim tão perto de . E a julgar pela forma que ele parecia tenso, a mesma memória brincava em sua cabeça também.
– Eu sei que não. – Ele respondeu baixo.
O tom quase fez perder a tensão nas pernas que mantinham-na em pé.
– Bom… Eu vou indo, preciso encontrar minha família.
– Tenha uma boa noite. – Desejou, vendo a mulher de repente sem jeito, sem saber exatamente o que fazer com as próprias mãos.
– Obrigada. – Agradeceu e afastou-se.
Ela deu alguns poucos passos enquanto sua mente corria a vários quilômetros por hora e, então, virou para o homem mais uma vez. O olhar dele ainda não tinha largado sua figura e ela viu isso como um sinal positivo para falar o que tinha pensado. Não era como se ela tivesse algo a perder naquele momento.
– Sabe? Não posso nem dizer que estou triste por não ser mais aluna. – Com isso, ela se afastou de vez, sabendo que ele tinha entendido exatamente o que ela queria dizer com aquilo.

No, no, tell all of your lies
You'll bite your lips on mine
Oh, you're running out of reasons

Aquilo o deixou pensativo. Era verdade, afinal de contas, que ele não tinha mais motivos para não ceder às suas vontades.
Os dois estavam naquele jogo de gato e rato desde que haviam descoberto que ela estava na turma dele e ele seria o professor dela.
Tinha começado meses antes, quando o encontrou em um dos grupos da universidade e achou que ele fosse um aluno também. Na pior das hipóteses, seria um dos professores dos cursos de tecnologia onde todos eram novos. Nunca tinha passado pela mente da mulher que o homem seria professor de psicologia forense.
Mas ele era, e assim que cruzaram-se na sala no primeiro dia de aula daquele semestre, pediu que não levassem aquilo adiante já que tinham uma relação acadêmica.
Era claro que o interesse de nenhum tinha esvaído-se com aquela decisão, mas precisavam ser adultos e saber que envolverem-se além da dinâmica professor-aluna poderia trazer consequências negativas para a carreira de .
Mas ela tinha formado, oficialmente acabado de receber seu diploma.
O que impedia-lhe de ir atrás dela naquele instante e finalmente matar a curiosidade sobre qual o sabor dos lábios que ela tão frequentemente mordia durante as aulas?

Just let the fire burn, burn girl
Some things you cannot learn, learn so
Oh, Oh, let it all go
There's stuff you already know that
Oh, you're running out of reasons

Quando finalmente encontrou-a no meio da multidão de alunos e familiares que preenchiam o hall do teatro, ele viu uma versão diferente de . Ela tinha uma menina no colo e ouvia com atenção o que um homem lhe dizia, o brilho travesso que já tinha visto milhões de vezes em sua sala de aula era espelhado pela garotinha em seu colo.
– Não tem como você brigar comigo por ela aprontar, eu nem convivo com ela! – reclamou. – Reclame com a genética familiar por fazer que ela seja parecida com a tia.
– Viver com você como minha irmã já foi difícil, ter que criar uma versão sua como filha é castigo demais. – ouviu o homem reclamar e ela gargalhou.
, posso falar com você por um instante? – Ele chamou e a mulher assentiu.
– Fica aqui com o papai enquanto eu vou falar com meu professor, sim? – Falou com a sobrinha, que fez um biquinho mas logo foi para os braços do pai.
Em silêncio, os dois caminharam lado a lado até o lado de fora, onde o movimento também era intenso mas o som das vozes reverberava menos que do lado de dentro.
Do lado de fora, pararam um de frente para o outro, e parecia confusa.
– Eu não pensei nessa parte. – se desculpou.
– Que parte? – ainda ficou em silêncio por alguns instantes, entendeu o que estava acontecendo. – Por que me trouxe para fora, professor?
– Eu queria falar com você.
– Aposto que o diploma ainda nem esfriou de ter passado pela impressão. – Ela comentou e ele se permitiu rir.
Ela estendeu a mão.
– Aceito sua proposta.
– Que proposta?
– Continuar de onde paramos, oras.
– Não era isso que eu tinha em mente.
– É pegar ou largar, .

Stand right there
You'll never get nowhere
When you run like you do, like you do

– Por que você tem que fazer isso soar como se eu fosse me arrepender?
– Porque, em algum ponto, você vai. – Ela abriu um sorriso e, então, olhou para a entrada do teatro antes de virar para ele. – Agora eu tenho que ir, minha sobrinha não me vê faz meses.
Ela se despediu com uma piscadela e, antes que pudesse dar um passo sequer para afastar-se, uma mão dela foi segurada e ela encarou o homem confusa. Ali? No meio de todos?
Era de conhecimento de que um envolvimento entre eles iria muito mais contra os princípios de do que as políticas da universidade, e ela entendia.
Sua parte favorita sobre era que ele tentava seguir todas as regras que ele conhecia, e ele conhecia muitas.
– Agora eu posso finalmente testar.
– Aqui?
– Sim.
– Por que você tinha que ser tão certinho? – Ela perguntou quando os rostos estavam próximos.
– Vai dizer que não foi um semestre divertido? – Ele perguntou subitamente ousado e ela se afastou alguns centímetros, chocada.
– Foi uma tortura.
– Pros dois.

It's no, no fair
I'm sure that you're secret's out
Everyone sees right through you
So tear up that list of things you wrote down (wrote down)
Why you can never be with me now (not now)
I know where you wanna be

Na semana seguinte, ainda estava atendendo alunos que precisavam dos projetos extras para atingirem suas notas. Era segunda-feira e ele se sentia cansado depois de um domingo inteiro corrigindo trabalhos e lançando notas de repetentes.
Dois toques na porta o fizeram sair do quase transe que prendia-o na tela do computador.
– Está muito ocupado? – Os cabelos vermelhos foram a primeira coisa que ele viu.
– O que você está fazendo aqui?
– Minha colega de quarto precisava de nota e me arrastou com ela até a professora, consegui uma prova extra pra ela, mas agora ela está ocupada, eu não tenho nada pra fazer e vim ver se você estava aqui.
– Estou.
– Aqui ou ocupado?
– Aqui.
Ela finalmente entrou, as roupas denunciando que ela preferia estar em qualquer cômodo de sua casa do que na universidade mas, ainda assim, ali estava ela. Enquanto reparava no short que ela nunca usava para ir até a universidade, o ato de trancar a porta passou batido.
Sentou na mesa, na frente dele, tendo seus movimentos vigiados pelo mesmo.
– Nosso almoço de quarta ainda vai acontecer ou você não quer manchar sua imagem tendo saído com uma ex-aluna?
– Mal posso esperar por quarta. – Ele respondeu, a atenção longe de voltar para o computador.
– O que você ainda tem para fazer? Pensei que já tinha entregado todas as notas.
– Faltam os trabalhos extras.
– Ser professor deve ser muito trabalhoso, Deus me livre.
– Acho que nunca falamos sobre isso. O que quer fazer agora que formou?
– Eu não faço a mínima ideia ainda, pra ser bem sincera.
– Lecionar não está entre seus planos?
– Não, minhas fantasias terminam em beijar um certo professor, não me tornar a professora.
Dois dias daquela conversa fiada e já sabia que, dessa vez, ela teria de tomar o primeiro passo, e por quê não naquele instante? A universidade estava vazia, ninguém apareceria ali tão cedo e ainda faltava dois dias até poderem almoçar juntos.
– Mas eu adoraria não falar sobre isso. – Pediu e ele ofereceu um sorriso de desculpas. – , você é bonitinho demais pro seu próprio bem.
A frase saiu num murmuro e ela se levantou de novo, dando a volta e olhando a prateleira de livros que estendia-se por trás dele. Os diversos títulos deslizando sob seus dedos, mas sua mente estava pensando em algo além de livros.

You wanna say no, no, it ain't gonna work (oh)
But then you fumble your words
Oh, you're running out of reasons

– Você tem uma coleção e tanto. – Comentou enquanto ele lhe analisava.
daria todo o dinheiro do mundo para saber o que passava na cabeça dela visto que na sua, mesmo que ele tentasse reprimir, os pensamentos eram nada apropriados para o ambiente acadêmico.
– Um gato mordeu a sua língua? – Ela perguntou quando ele continuou calado.
Quando virou para encará-lo, ele ainda olhava para ela. Ele nem mesmo tinha atrevido-se a perder qualquer que fosse o movimento dela por sua sala.
– Para quem nos fez esperar todo esse tempo, você não parece mais tão paciente. – Comentou, sentando na beirada da mesa, uma pequena parte da madeira que não estava coberta por papel.
– Você não devia…
– O prédio está praticamente vazio, a porta está trancada. Ninguém vai aparecer aqui. O que te impede, ?
O tom de voz dela era quase nocivo, ele sentiu o corpo resetar enquanto as palavras o atingiam e entravam por debaixo de sua pele. Ela notou, era óbvio que saberia, tinha aprendido a ler o básico sobre linguagem corporal com ele. Um sorrisinho surgiu em seus lábios e soube que estava perdido.
– Não consegue pensar em uma desculpa? – A mão dela subiu pelo braço dele que estava ao seu lado.
Assim que chegou no fim do colarinho e tocou a pele, pôde sentir o arrepio que causou.
– Você vai ser a minha ruína. – Foi tudo o que ele disse enquanto a mulher fazia seu sangue ferver.
– Não é minha intenção. – Ela disse, deslizando da mesa para o colo dele na cadeira.
Tudo foi devagar, queria que ele dissesse para ela parar, queria que ele tivesse tempo de pará-la antes que fosse tarde demais, mas nada disso aconteceu.
a ajeitou em seu colo, a respiração dela batendo contra o rosto dele centímetros mais baixo. Uma mão foi para a nuca dela, trazendo-a para perto, e ele pôde ver o lampejo de sorriso que cruzou os lábios dela antes que ele a beijasse.
O beijo era devagar, como se não tivessem pressa alguma. Mas deviam ter, e quando as mãos dele já estavam por dentro do short dela, fazendo-a suspirar entre um beijo e outro, os cabelos dela já começavam a grudar na nuca e ela ainda lutava contra o cinto que ele usava, alguém bateu na porta.
Separaram-se alguns centímetros e tinha um sorriso travesso enquanto ele tinha os olhos arregalados.
– Calma, professor. Deve ser minha amiga.
– Ela sabe que você está aqui?
– Sim, falei para ela vir me procurar quando terminasse, não pensei que iríamos estar nessa situação. – Ela se levantou do colo dele e fechou o botão do short.
– Minha nossa! – Ele exclamou, passando a mão pelo rosto e pelos cabelos, tentando colocá-los no lugar.
– Professor ? – A voz da colega de quarto se fez ouvida e relaxou completamente.
– Eu já estou indo! – Ela disse para a amiga e recebeu um “estou te esperando no elevador” como resposta. – Não queria, mas tenho que ir. Prometo te deixar em paz hoje mas, se você quiser terminar isso, você tem o meu telefone e até meu endereço. – Ela deu um selinho nele e prendeu o cabelo com o lacinho que tinha no pulso. – Eu vou estar esperando.
E num instante, ela sumiu pela porta, deixando completamente desligado do que fazia antes.

No, no, tell all of your lies
You'll bite your lips on mine
Oh, you're running out of reasons

– Estou na frente do seu prédio. Desce. – Foi o que ele disse assim que ela atendeu e, quando ouviu a risada dela, finalizou a ligação.
Assim que ela abriu a porta do carro, começou a resmungar sobre a falta de educação dele. Nem um ‘estou te esperando’, nem um ‘por favor’. não tinha gostado.
Mas sabia disso, sabia que ela ficaria puta por receber uma ordem tão diretamente e ele nem mesmo lutava para esconder o sorriso satisfeito enquanto dirigia.
– Tira esse sorrisinho da boca! – Ela mandou e ele finalmente riu.
– Está brava porque mandei em você?
– Estou puta com a sua falta de educação.
– Ah, é?
! – Ela reclamou de novo quando ele desviou os olhos do sinal vermelho e virou para ela ainda sorrindo. – Você tem sorte que eu sou boazinha.
– Você é muitas coisas, boazinha não está entre elas.
– Acho válido. – Deu-se por vencida. – Onde vamos?
– Minha casa.
– Poxa, não vai nem me levar pra jantar antes? – Perguntou e viu que ele ficou sem jeito, não notando o tom de brincadeira em sua frase. – Eu estou brincando.
– Eu pensei que…
– Está tudo bem, . – A mão dela foi parar na coxa dele, como uma forma de enfatizar o que dizia. – Eu quero isso tanto quanto você.

Just let the fire burn, burn girl
Some things you cannot learn, learn so
Oh, oh, let it all go
There's stuff you already know that
Oh, you're running out of reasons

Quando entraram no apartamento, pareceu subitamente ainda mais tímido do que normalmente era. Era tudo real demais, e aquilo que ela havia perguntado em sua sala horas antes voltou à sua mente. “O que te impede, ?”.
estava ansiosa, queria voltar logo para a situação que viveram na sala dele mas, dessa vez, deixaria que ele desse o primeiro passo. Podia sentir os nervos dele à distância e não queria que ele corresse como um filhotinho assustado.
Foi num segundo, como se uma chave tivesse sido ligada, que terminou de ponderar e uma mão dele foi até a nuca da mulher, que inclinou-se em sua direção, e iniciaram um beijo que caminhou às cegas até ambos estarem na cama do homem.
Ao contrário do escritório de , nunca tinha estado ali, mas não se preocupou em analisar o arredor. Estava satisfeita apenas de sentir como o cheiro do amaciante de roupas e o perfume que ele usava rodeava-lhe.

Never was, never was a bad time to
love somebody so love me baby yeah
Never was, never was a better feeling
than just saying yeah, yeah
You wanna say no, no, it ain't gonna work (oh)
But then you fumble your words
Oh, you're running out of reasons

As roupas foram sendo descartadas sem demora, se levantou para livrar-se de vez das calças e parou por um segundo para apreciar a mulher espalhada em seus lençóis amarrotados.
Já que estavam ali, todos os motivos que fizeram os dois esperarem até então pareceram bobos demais.
A verdade era que se arrependia de ter inventado desculpas para evitá-la e se arrependia de tê-las aceitado.



Fim.



Nota da autora: "Oi, tudo bom?
Ultimamente eu tô numa vibe muito Professor Reid e todo mundo tem que lutar junto comigo. Desculpa. Era só isso mesmo.
BRB."



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