Finalizada

Capítulo Único

"Lately, I've been doing everything to forget our history 'Cause you push me and you pull my heart in every direction"


Quando voltaram de Barcelona as coisas ficaram meio cinzas na relação deles. Passar aquela quarentena juntos foi uma descoberta incrível, embora tivessem perdido a chance de competir naquela competição de dança, puderam se conhecer melhor e até mesmo viver um romance. não sabia se aquele era um problema de dupla personalidade de ou se eles realmente não se davam no "mundo real". Porque eles viveram uma coisa linda quando estavam presos naquele quarto durante aqueles dias. Mas é! Estavam sozinhos, não é mesmo? Talvez ele fosse igual aqueles adolescentes babacas que tratam as garotas de forma diferente na frente dos amigos. O pior de tudo naquela história é que tinha se apaixonado, então, ver ele com aquele maldito sorriso nos lábios, jogando os cabelos para trás, diariamente no Campus só a deixava mais irritada ainda. Era impossível que aquele idiota não tenha sentido nada especial em relação a ela.
Ele ainda ficava olhando e a procurava com o olhar sempre que não a via de primeira, mas nunca mais tinha chegado perto dela e nem falado nada sobre. Parecia que tinha passado ou pegado alguma doença dela, o que não era verdade, porque assim que voltaram da Espanha, ela fez todas as baterias de exames e tudo mais inclusive os ginecológicos e estava tudo em ordem. Ela também não foi atrás dele para descobrir. A única coisa que ela queria quando via ele era esquecer do lance de tiveram, mas ela só conseguia lembrar daquela boca incrível passeando pelo corpo dela e sim, nunca mais conseguiu tomar sorvete do seu sabor preferido, tinha sido só prejuízo se envolver com .

— Supera gata, ele sempre foi um grande babaca. — disse irritada com aquela situação. Depois que convenceu a amiga a ficar com o homem, não tinha um dia na vida dela que não se sentia culpada por deixar a amiga triste. Julgou pelo que conversavam que ele era realmente um cara legal e aquela relação de gato e rato era só tesão reprimido. Mas talvez e só talvez ele fosse mesmo um insuportável e por isso eles se odiavam tanto.
— Eu sei, mas ele é um grande babaca gostoso. — desceu a cabeça até o tampo gelado da mesa e ficou choramingando.
— Sabe quem também é um grande gostoso? — estava animada, embora, depois de tudo tivesse jurado a si mesma que nunca mais apresentaria ninguém para ela, lá estava, regando a flor de um possível novo romance.
— Não, eu não vou dar em cima do professor Pedro, embora ele seja o "Daddy" perfeito, eu não quero fama de quem tem nota porque dorme com o professor. — sabia das intenções da amiga, conhecia tão bem que conseguia ler a mente dela antes das coisas mirabolantes saírem de sua boca.
— Que custa? Ele é lindo, maduro, com certeza não será um babaca infantil, se ele for um babaca será pelo menos com classe e…
— Quanto elogio, espero que não esteja querendo me trocar pelo professor Pedro. — chegou até a mesa em que as garotas estavam e deu um beijo demorado na bochecha de .
— Sai, eu tô brava com você! — disse ao namorado que ignorou o que ela disse e se sentou ao seu lado.
— Eu não tenho culpa do meu amigo ser um idiota, meu amor, quando eu me apaixonei, eu não pensei duas vezes e vim até você, não foi? Então, eu já te disse que esse negócio de "digas com quem andas" é furada demais. — E ele tinha razão, quem queria ia atrás, sei lá, pelo menos não ignorava o resto da vida.
— Odeios homens, mas o seu tem razão , não tem porque você ficar com raiva dele, porque ele é amigo do . — levantou a cabeça da mesa. — Oi , como você tá? — Cumprimentou o rapaz e voltou com a cabeça para o tampo da mesa.
— Tá vendo como a baixinha está? Porque você deixou que eu incentivasse aquilo? — falou com um tom afetado. E fazendo um biquinho que sabia que ela tava fazendo.
— Mas eu nunca disse nada, você que vinha muito empolgada e…
— Tudo bem , a culpa não é de vocês, a culpa é no mínimo dele e no máximo minha. — suspirou e levantou a cabeça, esticando as costas esse levantando da cadeira. — Vamos , temos ensaio hoje. — Saiu puxando a amiga que nem conseguiu se despedir do namorado.

"When you Call me up in the dead of the night, sayin' Wish that we had never said goodbye and you're"


Babaca Gostoso - 4 Chamadas perdidas

julgou estar sonhando quando acordou às 01:35 da manhã com o celular vibrando incessantemente naquela madrugada de sexta-feira, ainda mais por ser algumas ligações daquele cara que ela vinha querendo socar a cara fazia quase um mês já. Voltou a fechar os olhos, talvez se voltasse a dormir o sonho acabasse, mas assim que se aconchegou entre os cobertores seu celular voltou a vibrar, é, ela precisava atender aquela ligação, não era possível.

— O que você quer? — Atendeu ríspida, além de estar morrendo de sono, ainda não estava de boa com ele, como ele tinha coragem de ligar para ela no meio da noite?
— Como a gente faz para voltar no tempo? — A voz dele parecia um pouco embargada e não podia se importar menos.
— Sei lá, encontra um veio doido com um carro velho e vê se ele te leva de volta para o futuro. — Seu tom era agressivo, mas depois de semanas sem dar um mísero bom dia, ele estava ligando de madrugada e ainda falando coisa sem pé nem cabeça.
— Queria voltar a Barcelona, queria que nunca tivéssemos dito Adeus, eu não sabia como me comportar depois que voltamos e achei que você não queria nada comigo, já que pareceu que o vivemos ficou naquele apartamento de quarentena, eu fiquei confuso e ainda estou e…
— Porque você me ignorou e fugiu de mim esse tempo todo? Pelo amor de Deus , esse seu discurso não parece real.
— Eu não conseguia ficar no mesmo espaço que você, porque doía, eu precisava sentir seu cheiro e te tocar, mas não queria passar nenhum limite. — Aquele mesmo tom de sinceridade que sentiu durante aqueles dias confinados juntos estava presente naquelas falas.
— E o que te fez mudar de ideia daquele tempo todo para cá? Porque não me disse isso antes? — Ela sabia que ele estava sendo sincero, mesmo assim não era o bastante. Era difícil de entender porque ele estava fazendo aquilo agora quando um mês tinha se passado.
— Eu sei que nossos amigos não queriam se meter na nossa vida, já que somos pessoas adultas e precisamos resolver nossas coisas, mas dessa vez tivemos uma intervenção, veio me questionar sobre a minha postura e eu nem sabia que eles sabiam, mas aqui estou eu, para te dizer que eu nunca te esqueci e que você, seu corpo, seu cheiro, e seu gosto não saem da minha mente. — Respirou fundo depois que disse aquilo e o baixo ventre de começou a formigar de leve, como podia ficar excitada, se estava brava com ele e ele não tinha falado nada de mais?
— Eu não quero se for assim, eu não quero nada com você se a gente precisar que nossos amigos interfiram na nossa vida, porque a gente nem sentou para conversar sobre tudo o que tinha acontecido naquele dia e sabe, somos pessoas crescidas, não dá para levar as coisas como os adolescentes que vemos em filmes e séries por aí. — E não era mentira, tanto ele quanto sabiam daquilo.
— Não vai ser! A gente podia começar de novo? Sentar, conversar e tentar de novo? Eu prometo que apartir do que decidirmos eu não vou mais ser um cobarde. — A firmeza na voz dele dava muita credibilidade para aquela resposta.
— Eu não sei, eu…
— Vem aqui para o meu apartamento, a gente conversa cara a cara, sente a energia e sinergia do outro e decide o que fazer em relação aos nossos sentimentos e ao que restou, se restou alguma coisa que faça de nós, nós! — As palavras dele eram lindas, sempre foram, mas eram quase duas da manhã, como ele estava fazendo aquele convite uma hora daquelas.
— Amanhã…
— Eu te chamo um táxi…
— Hoje? Você sabe que horas são? — Estava indignada, não tinha condições humanas para sair de casa naquela hora.
— Sei, mas eu acho que deveríamos resolver isso tudo agora. — Talvez ele tivesse descoberto uma doença grave e teria pouco tempo de vida, só assim ela aceitaria que ele estivesse insistindo tanto que ela saísse aquela hora da madrugada para ir para o apartamento dele.
— Não , você está louco?
— Por favor, , prometo que se depois da nossa conversa franca você ainda não quiser mais nenhum contato comigo, eu te deixo em paz, o que acha?
— Tá bom, vou me arrumar, chego aí em 20 minutos. — Desligou na cara dele e se levantou arrastando os pés até o armário e pegando um sobretudo longo e grosso, porque estavam entrando no inverno, mas ela não iria tirar o babydoll que usava para ir discutir uma relação inexistente com ninguém, no máximo ela penteados os cabelos e no mínimo só escovaria os dentes.

"I don't know how you always find a way to get stuck in my head I hate how long you've been underneath my skin [...]
But I fall for it every time that I see you naked"


segurava ao corpo o longo casaco preto que vestia enquanto digitava a senha que tinha passado para ela por mensagem para que ela conseguisse abrir a ponta de acesso ao prédio de apartamentos. Era patético, ela sabia, mas precisava dar um jeito de tirar aquele homem de sua mente e o faria naquele momento.

— Oi! — disse ao abrir a porta, depois que ela tocou a campainha.
— Oi! — estava pronta para xingar ele pessoalmente, cara a cara, tet a tet, mas quando o viu parado com a bermuda tipo um calção de banho, pendurada na linha final dos quadris, sem camisa e com os cabelos jogados para trás.
— Entra, tá frio aí fora. — Deu passagem para que ela entrasse e no momento em que colocou os pés dentro daquele apartamento estranhamente arrumado, esqueceu completamente o que tinha ido fazer ali. — Me dá seu casaco, aqui dentro está agradável por causa do aquecedor. — disse pegando a peça grossa que escorregava dos ombros da mulher, e ficou parado por exatos 2 minutos admirando a beleza daquela mulher, que sem o casaco vestia um babydoll em um tom de vinho ou vermelho, ele não conseguiu Decifrar.
— Porque você está sempre na minha cabeça? — Foi a primeira coisa que ela disse, se sentando no sofá, o lugar não era muito grande, porque eles eram estudantes e tudo mais, mas era aconchegante e estava mesmo muito quentinho pelo aquecedor.
— Que? — nunca foi o mais esperto dos rapazes, sabia daquilo, mas né? Fazer o que? Ninguém é perfeito, ele não podia ser lindo daquele jeito e ainda um gênio, não era justo com os outros.
— Eu tentei te esquecer, tentei superar, eu te detestava antes de tudo aquilo, que droga! — A voz dela estava embargada, porque era cansativo gostar ou detestar aquele homem. Porque tinha que ser algo tão complicado qualquer sentimento por ele?
— É culpa minha, eu sei…
— Ainda bem que você sabe!
— Eu prometo que vou mudar, que vou tentar ser uma pessoa melhor na sua vida, eu venho sendo um covarde desde voltamos, mas é porque eu só sabia lidar com o sentimento de rivalidade, acho que o amor romântico é a primeira vez que se expõe para mim e eu fiquei com medo, é muito assustador. — Ele se sentou ao lado dela e ficou olhando para os pés enquanto falava aquilo.
— Foi assustador para mim também, ou você acha que eu não fiquei apavorada de estar "apaixonada" ou seja lá o que eu tô sentindo sozinha? Eu morri de medo e me senti uma otária por acreditar nas promessas que me fez quando a quarentena acabou, eu não sei se posso acreditar nessas novas promessas. — Não era mentira, eles prometeram tentar fazer as coisas darem certo, que pelo menos tentariam estar mais presentes na vida um do outro, nem que virassem amigos com benefícios, mas nada daquilo aconteceu, nem a amizade e nem os benefícios.
— Dessa vez é diferente, a gente percebeu que não dá para ficar longe um do outro, foram dias amargos e extremamente desprodutivos para mim, eu só conseguia pensar em você, pensar no que vivemos e me sentir um idiota por não estar vivendo ainda. Se você me desculpar, eu prometo que te faço a mulher mais feliz do mundo.
Era difícil para dizer algo negativo quando seu sentimento e seu corpo gritavam por ele. Era uma sensação horrível, porque ela queria odiá-lo até os ossos, mas só conseguia querer sentar naquele colo, sentir o calor do corpo dele e viver um romance com aquele pangaré.
— Se eu te entregar meu coração mais uma vez e você me entregar em caquinhos, eu juro que eu acabo com a sua vida, eu fiquei quieta até agora, mas eu faço da sua existência um lugar amargo, frio e solitário. — não era a pessoa mais rancorosa do mundo, mas precisava se certificar que dessa vez ele não ia querer só transar ou passar horas conversando, ele prometeu que tentaria alguma forma de relacionamento, não era justo com os sentimentos e expectativas dela.
— Você pode até me jogar da ponte de eu for um cuzão com você de novo. — Ele abriu aquele sorriso que acabava com a vida dela de todas as maneiras possíveis.
— Gostei disso! — não resistiu, logo pulou para o colo de e deu o beijo mais cheio de esperanças e de saudades que alguém já deu na vida.
Claro que não podia prever o futuro ali, naquela madrugada em que os corpos se conectaram novamente, mas todos mereciam uma segunda chance e a deles teve início ali.



FIM



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Talvez vocês. não saibam, mas é uma continuação de 06. Barcelona e tudo que eu penso e faço para barcelona é um parto hahahaha e aqui não foi diferente. Laysa meu amor, não me mate por esse fim, eu te amo!Espero que gostem também! não esqueçam de comentar <3.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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