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Capítulo Único

Era uma bela noite, mas ela se sentia desfeita. Seu olhar pairava sobre o brilho imutável do luar. Seu coração em descompasso assim como sua respiração que se mantinha em decadência. O que ela esperava por enfim estar ao lado dele? Não sabia, mas sentia algo vagamente familiar. Mas com o destoar da noite e os primeiros raios da aurora anunciando um novo dia, ela soube que não devia ter feito. Embora tivesse amado. Respirou fundo e com breve, mas cálido cuidado, curvou-se e deixou uma pequena lembrança para si mesma. Um breve encostar de lábios, uma última vez.
Recolheu suas roupas e saiu do quarto somente em sua lingerie carmesim que valorizava seu corpo em suas próprias medidas. Recostou-se na porta do quarto que acabara de abandonar e largou suas coisas no chão. Perdida em um emaranhado de confusos e tempestuosos pensamentos.

— É o certo a se fazer! — Dissera com tanta convicção que um dia, talvez, iria acreditar nesta mentira.

Vestindo-se apressadamente colocara desajeitadamente seus saltos que lhe custara tanto, mas que, no momento, estava a lhe causar certo incômodo por ter permanecido por tanto tempo em cima deles. Seguiu até o elevador sentindo-se como uma fugitiva, pois era exatamente o que estava fazendo. Não estava permitindo que o que florescera ao longo das horas passadas ao lado dele continuassem seu percurso. Assim que as portas do elevador se fecham ela se deixa cair junto ao canto. Seus olhos transbordam em uma última súplica para retornar, mas sua mente tão teimosa se mantém firme em seguir o percurso já traçado.

— Adeus! — Sussurra caminhando para fora do edifício onde horas atrás estivera entregue em demasia satisfação e paixão. Com passos firmes segue em direção ao táxi que acabar de deixar um passageiro poucos metros do local em que se encontrava.

Entrou sem ao menos dizer nada e sinalizou para o motorista apenas seguir em frente. No momento, sua voz se encontrava distante de mais para pronunciar algo. Observou as pessoas, sempre tão apressadas, caminharem para seus compromissos com seus típicas expressões sérias, afim de afastar qualquer indivíduo que as fizessem perder a hora.

“Britânicos e sua maldita pontualidade!”

Sua mente desdenha em um tom amargo e ácido. Assim que se sente minimamente melhor, dá o endereço do aeroporto. O tráfego de Londres estava regular. Nada fora do normal, em sua mente ela enxergava seu erro, mas sua decisão já fora feita. Agora teria de lidar com as consequências!


Antes...



Assim que saí do avião e ergui meus olhos para o céu cinzento a minha ficha foi caindo. Havia conseguido enfim realizar a minha meta! Rio animada e acabo recebendo olhares tortos dos passageiros, mas quem é que liga para pessoas mal-humoradas?! Sigo até a fila para pegar a minha mochila, minha única bagagem. Não queria exagerar em peças de roupas sendo que ficaria apenas alguns dias na terra da rainha! Assim que consigo enfim pegar a minha mochila saio do aeroporto com um enorme sorriso a rasgar a minha face. Rio bobamente e depois me contenho. Não era bom já despertar a antipatia dos “calorosos” britânicos.
Aceno para um táxi e pouco tempo depois já estou seguindo em direção ao hotel enquanto conversava com o motorista, um italiano que deixara a sua amada terra para viver ao lado de sua amada esposa que era britânica. Sorrio admirada, o amor era algo tão raro que havia perdido a esperança de um dia o encontrar. Já quebrara a cara mais vezes do que conseguia contar. Meu jeito bobo e minha fé nas pessoas foram o que me levaram a colecionar decepções amorosas!
Assim que ele me deixa em frente ao hotel o agradeço e pouco tempo depois estou na recepção fazendo o check-in. O que, claramente, não esperava era encontrar em meu quarto outro indivíduo em condições constrangedoras!

— Caramba! – Digo tampando meus olhos automaticamente enquanto me virava de costas para que o desconhecido e a sua acompanhante se vestissem.
— Quem é você, garota? – Uma loira plastificada diz, nada satisfeita e, muito irritada tentando me confrontar.
— A pessoa que reservou este quarto? – Digo em um tom de obviedade, mas ela parece não me entender e eu acabo rindo sem querer. O que a deixa ainda mais irritada.
— Você fala francês? – O desconhecido enfim se pronuncia e acaba me levando a rir novamente.
Francês? De one ele tirara isso?
— Não, eu não falo francês! – Digo secando uma lágrima de meus olhos após gargalhar.
— Okay, mas o que está fazendo nesse quarto? – A plastificada me interroga com um tom impaciente.
— Tracy! – O desconhecido somente pronuncia seu nome e ela acaba deixando a postura defensiva e saí do quarto, mais confusa do que nunca me viro para ele.
— Bem, você poderia me explicar toda essa confusão, por favor? – Peço colocando minha mochila sobre a cadeira ao lado da porta.
— Reservamos o mesmo quarto, ao que parece. – Ele comenta dando de ombros e somente agora me dou conta de que ele estava somente com a jeans em seu corpo esguio, desvio os olhos, corada e pega em flagrante.
— E como vamos resolver isso? – Digo desconcertada por ter sido pega o “observando”.
— Não vamos! – Ele comenta dando de ombros e rindo da minha expressão surpresa.
— Como?! Espera, vamos dividir o quarto sendo que o hotel cometeu um erro ao reservar o quarto duplamente? – Digo indignada, indignada mais por ele estar rindo de mim do que propriamente ter de dividir o quarto com ele.
— Sim, algum problema em dividir o quarto? – Ele diz confuso, e aparentemente levemente sentido. Tenho de morder meu lábio para não sorri com a confusão em seus olhos.
— Eu esperava ficar sozinha não sabia que teria de dividir um quarto com um desconhecido. – Justifico desviando meus olhos dos dele.
. – Ele diz estendendo sua mão, olho enviesado para ele, okay ele era gostoso, fazia totalmente meu tipo, mas saber seu nome não mudava absolutamente nada de sua condição. Ele ainda permanecia sendo um estranho desconhecido.
— Você sabe que saber seu nome não muda nada. – Comento e ao que falo ele simplesmente dá de ombros, como se de fato não importasse! Rio balançando a cabeça em negação. Estava me metendo em algo que não conhecia.
— Sim, mas o que seria da vida sem uma bela descoberta? – Ele pisca um de seus olhos e acabo rindo com isso. Com toda certeza estava me metendo em algo que não saberia explicar.
. – Falo para nos deixar no mesmo patamar.
Nomes não dizem nada sobre quem somos, apenas literalmente explica nossas origens. Cansada da viagem sigo em direção ao banheiro levando a mochila comigo e antes de trancar a porta consigo ouvir .
— Se precisar de ajuda para banhar-se estarei aqui.
Acabo rindo enquanto ligo o chuveiro para deixar na temperatura que me agradava. Procuro uma roupa confortável na minha mochila, estava pensando em dormir após o banho, mas ainda não confiava no estranho-que-não-era-mais-estranho-assim.
Como iríamos resolver o fator da cama? E se ele trouxesse a loira plastificada de volta?
Tantas perguntas, mas no momento precisava terminar o meu banho e me preocupar depois com a questão da cama. Entro debaixo dos jatos quentes soltando um suspiro sôfrego de satisfação. O calor da água aquecia-me de tal forma que poderia dormir ali, de pé. Pego o sabonete e começo enfim a me lavar, livrando-me do cheiro de avião.
Após tomar banho e me trocar seco os meus cabelos platinados, não era loira, mas havia colorido os meus fios especificamente para essa viagem. Queria uma mudança na mesmice de minhas madeixas castanhas e, bem, o platinado não me caíra nada mal.
Por alguns segundos observo o meu reflexo, reparando certas mudanças como meu semblante que estava mais suave e alegre. Realmente uma mudança e uma viagem me fizeram bem. Escovo meu cabelo antes de retornar ao quarto encontrando-o vazio e mentalmente agradeço a meu mais novo roommate por isso. Bocejando ajeito o travesseiro e me deito debaixo das cobertas me sentindo abraçada pela cama (se é que isso existe!), e gradativamente caio num sono sem sonho.

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Havia acabado de retornar do Cairo. Meu pai havia me liberado por um tempo depois de “acidentalmente” um de seus homens ir para o hospital, claro que era o responsável por isso, mas eu realmente possuía um bom motivo para ter feito isso! Mas claro que o Mrs., que era o arqueólogo mais conhecido e já havia desenterrado mais múmias do que festejado o meu aniversário, possuía uma visão negativa de mim, tudo porque não demonstrei interesse no que ele levou anos para criar. Seu legado era mais importante do que a família e sabia que isso só piorou quando minha avó morreu. Meu avô possuía todo um império em empresas de vários ramos, meu avô era um mestre da área do mundo dos negócios e o filho ter rejeitado o legado dele causou várias e várias brigas e eu estava exatamente no meio dessa briga. Tal pai, tal filho.
Suspirei e recostei minha cabeça no colchão enquanto Tracy, uma garçonete do Larsson's, um pub que frequentava sempre que retornava a Londres, me provocava com sua boca em meu corpo. Ela tinha me despido quase que completamente deixando apenas a minha boxer em meu corpo, ela adorava brincar com o elástico da mesma enquanto estava apenas nas preliminares. Eu teria a jogado contra a cama acabando logo com isso, mas antes que pudesse fazer isso uma garota entra no quarto e exclama constrangida. Seguro meu riso enquanto Tracy vestia sua lingerie insatisfeita pela intromissão. Assim que a garota se vira reparo em seu cabelo, seus fios platinados e em um corte chanel a deixavam com um ar inocente só que as palavras afiadas que lançava contra Tracy mostrava sua verdadeira face e bem isso havia me deixado instigado a desvendá-la.
Acompanho Tracy sair do quarto com o olhar e noto o desconforto da garota a minha frente; ao que parecia, o hotel havia cometido um erro ao disponibilizar o mesmo quarto a duas pessoas. Mas era o melhor erro que poderia ocorrer em minha vida, já estava acostumado com a mesmice, mas essa viagem me renderia algo belo a ser lembrado. Conversar com ela se mostrou algo divertido, ao que parecia ela sempre possuía uma resposta para tudo e suas reações ao ser pega de baixa guarda eram as mais engraçadas. Ela tinha de aceitar a ideia de dividir o mesmo quarto, seria uma experiência realmente engraçada. Assim que ela entra para banhar-se não pude perder a deixa somente para provocar, mas não faria nada a ela.
Nada que ela não quisesse, claro!
Balancei minha cabeça como para me livrar do pensamento e me vesti corretamente, achava que ela deveria estar cansada e a deixaria ficar sozinha, não a perturbaria. E, além do mais, éramos completos estranhos um para o outro, mas assim que a vi senti que havia algo sobre ela, só não sabia exatamente o que, só possuía o conhecimento de que ela poderia causar um grande estrago.

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Despertei com um som irritante meio grogue me virei na direção do som sentindo a vontade de assassinar o responsável por me acordar. Ao tentar seguir na direção do objeto que estava me irritando acabo tocando em algo, mais precisamente em alguém e isso basta para eu saltar para trás despertando completamente, o que eu não esperava era claro cair no chão levando a coberta comigo, ficando embolada nas cobertas. Ouço o som irritante silenciar para uma gargalhada estridente soar no ambiente, assim que me desvencilho das cobertas vejo morrer de rir com o que houve. Então era ele que tocara.
— Vai rindo! Você não perde por esperar estranho! – Digo me levantando mal-humorada.
— Hey, admita, foi engraçado! – O infeliz ainda tem a ousadia de dizer isso rindo.
— Só se for para você! Por que não desligou a droga do seu celular? E o mais importante: Por que estava deitado na mesma cama que eu? – O questionei irritada enquanto cruzava meus braços sob meu tórax.
— Calma, nervosinha! – disse ficando ereto na cama ao notar que não estava nada feliz com o que ocorrera. – Nesse quarto há somente uma cama por essa razão estava dormindo na mesma cama que você e bem quanto ao celular não achei que de fato ele fosse tocar. – Respondeu-me se levantando e parando a minha frente. – Não vou fazer nada a você confie em mim, Nick. – disse sinceramente olhando dentro dos meus olhos enquanto tentava passar confiança, mas essa era a grande questão: Eu não confiava nele.
— Eu mal o conheço para acreditar em suas palavras... – Digo me afastando dele.
A confiança era sempre uma grande questão para mim. Não confiava de modo fácil nas pessoas. Possuía a ideia de que ela deveria ser conquistada e não dada de modo fácil.
— Você não confia em mim porque possuí medo. , só se vive uma vez e a juventude é muito curta para se prender a princípios que a mantém segura dentro de uma caixinha. – Suas palavras me atingiram em cheio e isso não me agradou em nada, mas sabia que em certa parte ele estava certo.
Contrariada e confusa desviei meus olhos dos dele me sentando na beirada do colchão pensando se devia ou não levar a sério suas palavras já que mal o conhecia.
Estava imersa em tantas perguntas que não o notei se agachar em minha frente. Levei um susto ao encontrar sua face na mesma altura que a minha, mas ao contrário do que imaginava ele não se moveu um centímetro em minha direção, segurou apenas as minhas mãos e sorriu singelamente. Seus olhos amendoados num tom chocolate me pediam para acreditar nele. Suspirando cansada deixo um fraco sorriso surgir em meus lábios.

— Posso tentar confiar em você se, e somente se, você concordar comigo em manter certa distância de mim na cama, não trazer nenhum dá garota para esse quarto e muito menos me acordar. – Meus olhos permanecem fixos nos dele enquanto digo seriamente os principais pontos.
— Inacreditável! – Ele ri e me abraça. Olho confusa para ele, como se achasse que ele possuía problemas mentais. – Isso é absolutamente fácil para mim, roommate.
Rio e o empurro e assim sentia que acabava de ganhar um amigo, era o que esperava embora no fundo sabia que estava começando a me enganar pois não poderia mentir para mim mesma.
— Quero te mostrar uma coisa! Vamos levanta sua bundinha linda daí e vai se arrumar. Temos uma Londres a te apresentar. – diz me empurrando da cama, fazendo com que eu quase caísse novamente. Olho irritada para ele pela ousadia e ele apenas manda uma piscadela rindo.
Sem muita escolha acabo seguindo para o banheiro resmungando inconformada, mal havia chegado a Londres e seria arrastada para sabe-se Deus o que. Me troco contra a minha vontade e apenas bagunço meu cabelo e saio do banheiro sem passar absolutamente nada em minha face. Não estava com vontade nenhuma de sair e muito menos de arrumar-me para ir sabe — se a rainha onde!
Ouço um resmungo baixo o que atrai minha atenção e encontro de quatro procurando algo, a cena a minha frente era hilária pois ele estava realmente irritado com algo e em alguns momentos soltava baixos palavrões enquanto estendia seu braço para alcançar algo, rindo me abaixo o avistando.
— E ai, roommate, tá difícil a sua empreitada aí? – Digo tirando um pouco com ele. Não me julgue, mas não podia perder essa!
fechou seu semblante me olhando feio, sorrio me divertindo enquanto ele segura suas chaves, ao que parecia eram elas que ele estava tentando pegar, como raios ele conseguira deixar cair em baixo da cama? Não possuía a mínima ideia, mas vê-lo empenhado na tarefa de recuperá-las havia me causado uma boa gargalhada. Sem me dizer nada apenas indica a porta e pegando somente a carteira e o celular saio do quarto após ele abrir a porta como um legítimo cavalheiro, rio e o aviso que isso não me convenceria de que ele era decente o que nos causa uma longa conversa durante todo o trajeto do elevador até a garagem do hotel.
— Já que recusara meu humilde gesto anteriormente não irei abrir a porta para você! – diz emburrado, mas com uma falsa indignação já que segurava um sorriso arteiro em seus lábios.
— Não preciso que ninguém abra a porta para mim mesmo! – Mostro a língua para entrando na brincadeira, mostro a língua para ele o fazendo rir e destravar as portas de seu carro.
Entramos no carro ao mesmo tempo, nos entreolhamos e balançamos a cabeça num acordo mudo, sobre o que exatamente? Não tinha a mínima ideia. Somente estaria confiando em um estranho que poderia ser qualquer coisa, um psicopata, serial killer, possível estuprador (não! Ele era um galinha não um estuprador.), qualquer coisa, mas o fato de não o conhecer era o que deixava a viagem mais interessante e, sinceramente, mais emocionante. Quem não gostava de um bom mistério? Sem interrogá-lo, apenas o deixei dirigir em paz até o nosso destino.
Quem diria que estaria aqui, em Londres dividindo um quarto com um estranho e o deixaria me levar para conhecer a cidade e sabe-se Deus o quê!
Penso comigo mesma divagando em meus pensamentos enquanto observava o trânsito, ao que parecia era apenas mais um dia para os britânicos enquanto descobriria mais sobre o lar deles.

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Ao retornar ao hotel após uma caminhada para deixar minha roommate mais confortável, a encontro adormecida envolvida no emaranhado de cobertores e edredom. Era uma cena realmente agradável aos olhos. parecia tranquila enquanto permanecia envolvida em seu sono, sem nenhuma preocupação a lhe atingir e isso a deixava com um ar etéreo. Balanço a cabeça para me livrar de pensamentos assim.
“Tão bela mas tão difícil a se conquistar.”
Minha consciência me alerta em um aviso. Realmente tudo o que deveria fazer era evitar me envolver e embora não possuísse problemas com isso algo nela me impedia de seguir exatamente isso.
“Droga! O que há nessa garota que a diferencia das outras? Eu mal a conheço!”
Questiono-me perturbado, solto um grunhido frustrado e jogo água em minha face, após ter seguido até o banheiro, tentado clarear meus pensamentos. Não acreditava em amores à primeira vista, ou em amores de forma geral!
Para mim isso era algo pré imposto sobre todos os seres humanos, um conto de fadas a iludir pobres e ingênuas garotas sobre a crueldade humana. Não existe amor, não existe príncipe encantado e porque raios estou divagando sobre isso.
Irritado e frustrado me deito sem nenhuma cerimônia, permaneço com as mesmas roupas que trajava antes de deixar sozinha e me viro de costas para ela. O que não esperava era ser acordado pelo som irritante de meu aparelho celular, mas isso teve algo interessante. Ver se esgueirando sobre mim para tentar dar um fim ao som e sua reação ao despertar completamente tomando consciência de que dividíamos a mesma cama fora simplesmente hilária, ela se assustara e caíra no chão embolada nos cobertores me fazendo rir até chorar e sua expressão mal-humorada somente contribuirá para o meu ataque de risos, mal me lembrava quando fora a última vez que uma garota me fizera rir tanto!
Ao fim consegui contornar a situação e a fazer ao menos tentar confiar em mim e isso já era um avanço e tanto!
Enquanto dirigia para o London Eye (sim, clichê, mas todo turista deveria conhecê-lo!) a observava de soslaio, parecia perdida em seus pensamentos. Estaciono o carro próximo ao ponto turístico e a espero sair do carro olhando para a roda gigante com um olhar decepcionado?.
— Não gostou da escolha. – Digo mais como uma afirmação do que de fato uma interrogação, meus olhos a avaliavam e concluíam que estava certo.
— Não é isso... É só que pensei que me surpreenderia. – Ela disse desconcertada.
Incrível que a garota esperava algo diferente! Rio e a puxo pela mão enquanto a arrastava pelas ruas mal a deixando sequer me questionar. Se ela queria algo diferente, bem ela iria ter algo diferente! Esbarramos por pessoas que seguiam em direção aos seus trabalhos nos lançando olhares mal-humorados e alguns soltavam até certas reclamações que claramente não diminuía a minha pressa. Paro na marina após ouvir reclamações de sua parte que estava cansada e queria descansar um pouco. A olhei sob meu ombro avaliando seu estado a encontrando com as maçãs do rosto rosadas pelo esforço da caminhada.
— O que pretende fazer, Mrs.? – Ela dissera num tom de sátira, mas isso me causou um gosto amargo, não pela pergunta em si, mas como ela me chamara me fazendo lembrar de um indivíduo que desgostava. Ao ver minha expressão ela desmanchou seu ar brincalhão e se aproximou preocupada. –Você está bem? – Indaga preocupada.
— Só não me chame assim que tudo ficará okay. – Digo dando de ombros e a silenciando sobre ao assunto com um olhar sério. Não gostaria de comentar agora sobre meus problemas. Qual seria a diversão se estragasse o passeio com os meus dramas familiares?!
Deixo de lado meu ar carrancudo e me aproximo dela segurando suas mãos.

— Você, minha cara roommate, queria algo que a surpreendesse. Bem eu tenho algo em mente, mas preciso que me ajude a realizar isso. – Digo sorrindo animado com o iria acontecer em alguns minutos.

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Ele era com toda certeza louco! Após ne explicar o seu plano claramente comecei a negar sua proposta. Ele queria roubar um barco para apenas me mostrar um pouco da cidade de uma ótica diferente da comum, como ele colocou enfaticamente já que recusara sua boa vontade em guiar-me pela cidade.
— Você está louco! Quer roubar um barco na cidade mais bem vigiada do mundo! – Exclamei.
— Shhh... – Ele colocou sua mão sobre a minha boca me puxando para um restaurante e assim que o cheiro de comida me atingira senti meu estômago demonstrar sinais de vida. – Para roubar um barco ninguém deve saber de nosso plano! – Ele dissera num tom baixo de voz.
Reviro os olhos, ao que parecia ele já incluirá nós a uma equação não existente. Afinal eu não queria roubar um barco, embora a ideia fosse insana sentia que a adrenalina seria intensa!
, corra! Vamos! – me puxava para longe da rua se entremeando entre a multidão, bem no centro do coração de Londres estava havendo uma espécie de show, algum festival do qual não estávamos autorizados a entrar, mas os seguranças nos deixaram após conseguir lhes convencer de algo. Não sabia exatamente o que ele fizera, mas no instante seguinte estávamos atrás de uma cortina assistindo um show do Coldplay espremidos entre equipamentos, ali no palco.
— Os dias são longos e a vida é tão curta. – colava mais seu corpo ao meu ao sussurrar a frase em meu ouvido e de certa forma ele estava certo!
A vida era tão curta e nós éramos jovens! Qual o problema de fazermos uma burrada ou outra? Sinceramente estava atraída por ele, mas que garota em sã consciência não ficaria? Seu corpo estava tão próximo que podia sentir seu coração bater contra minha mão que apoiara ali. Sua face estava perto o suficiente para nossas respirações se misturarem enquanto nossos olhares refletiam uma mesma coisa. A maldita atração entre nós era tão latente que nublava meus pensamentos me fazendo esquecer onde estava, somente a música penetrava na bolha que surgira no momento em que nossos olhares se conectaram.


Horas antes...
— Não há nosso plano! Você que teve essa ideia maluca! – Me afasto dele.
— Você que deseja algo surpreendente! – responde prontamente.
— Mas roubar? Isso é loucura! – Exclamo um pouco estridente e ao notar um certo interesse das pessoas em nós diminui o volume de minha voz. – Você é louco!
— Não vamos de fato roubar, veja bem: vamos pegar emprestado o barco que gostarmos por um tempo indeterminado. Apenas isso! – dá de ombros após chamá-lo de louco.
— Ainda assim não vou participar disso! – Digo cruzando os braços sob meu tronco enquanto desviava meus olhos para as inúmeras opções de doces e salgados expostos na vitrine do restaurante.
— Se eu comprar o que devora com os olhos você aceita meu plano louco? – Ele ri ao me ver olhá-lo no mesmo instante após dizer devorar.
Era jogo baixo ele sugerir comida! Muito baixo mesmo! Reviro os olhos e concordo contra a minha vontade.
“Parabéns, , você acabou de aceitar ser presa num país que não é o seu em troca de comida!”

Minha consciência gritou comigo, mas meu estômago implorou para provar tudo e como meu estômago manda aceitei a oferta. Mais do que feliz ele se encaminhou para o balcão e retornou pouco tempo depois com trazendo com a ajuda de um garçom porções de comidas que me deixou com água na boca.
Após me fartar nas delicias segui com até onde estava alguns barcos estavam atracados, e ele escolheu justamente o da polícia para rouba.
— Não, não e não! – Nego balançando a cabeça em um sinal negativo. – Escolha qualquer um menos esse!
— Sua medrosa! Não sabe aproveitar a vida! – Ele comentou insuportavelmente irritante. Revirei os olhos e dei de ombros. Não era como se desejasse arranjar uma briga prestes a roubar um barco que logo tratou de arranjar.
Com a ajuda dele entrei no barco, ele saiu sem dificuldade para longe dali seguindo mais à frente pelo Tâmisa. Admitia que estar ali era algo surpreendente pois a visão que possuía dali era incrível! O vento bagunçava meu cabelo, mas não me importava com isso!

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Sorrio após ela aceitar, bem de fato ela não possuía opções após me pedir algo surpreendente! Pagar pela comida fora mínimo comparação ao sorriso que ela exibia ao me seguir. A sensação que seu sorriso causava em mim me deixava intrigado e ao mesmo tempo me fazia sentir-me novam com 10 anos quando beijei minha “vizinha”. Ao conseguir um barco dirigi pelo rio Tâmisa e observava de soslaio admirar a capital da Inglaterra, seus olhos brilhantes me fazia acreditar na bondade das pessoas enquanto estivesse ao lado dela, mas não possuía tanta certeza.
Fui desperto dos meus pensamentos com um som de uma sirene, ao olhar para trás encontrei policiais dirigindo nos seguindo. Dirigi para a margem mais próxima levando comigo enquanto corríamos através da multidão, se misturar era essencial, ri da reação de minha roommate e ela aparentava estar nervosa mas ao mesmo tempo estava se divertindo.
, corra! Vamos! – Digo a puxando comigo até uma multidão mais a frente mas havia seguranças por todo lado, sem muita escolha negociei com ele lhe entregando todo o dinheiro que possuía para poder nos esconder na multidão e ver o show mas ele nos levou até o backstage nos escondendo entre caixas ficando com um visual perfeito da banda.
Não sabia de onde tirara a frase, mas dizê-la a parecia certo pois desde o momento em que a vi naquele quarto de hotel parecia algo como destino, mas eu não acreditava em destino! Ela era como um mar, repleta de emoções que poderia me relaxar ou me afundar em sua fúria enquanto eu era como um deserto, árido e somente um homem sem sentimentos até eles serem despertados por sua água, que acabou por os florescer sentimentos confusos e de certa forma instigantes mas tudo o que desejava fazer naquele instante era beijá-la e sem perder mais um nano segundo tomei os lábios rosados dela nos meus e segurei seus fios platinados enquanto me afogava.

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Não sabia como, mas, de algum jeito, estava presa na imensidão de seu desejo, sendo devorada por seu anseio que me inebriava. Como em poucas horas estava assim presa a ele? Odiava amores, era cética em relação a isso, mas como podia explicar essas minhas palpitações?! Como podia explicar que seu olhar me tirava o fôlego e sua voz? Deus! Estava perdida!
Após nos separar permanecemos em silêncio apreciando as apresentações, era como se temíamos estragar o momento com palavras, as quais não poderiam ao expressar exatamente o que estava acontecendo. Assim que o festival se encerrou voltamos até o hotel após fazer uma longa caminhada até seu carro. Sentia a estática no ar enquanto nos encarávamos, senti seus braços me prenderem a se enquanto sua boca adorou a minha num beijo cálido, mas intenso, estava pedida numa tempestade de areia, fato! Havia me perdido de tal forma nele que perdi a noção de espaço e quando a recuperei estava deitada sobre o macio colchão enquanto distribuía beijos em minha pele. E antes que fosse demasiado longe o segurei. Não queria adiantar isso, não agora que descobrira algo tão intenso entre nós.
— Estamos indo longe demais... – Sussurro com a voz falha e levemente insegura.
— Não há como medir isso, minha cara, a questão é você se deixará envolver-se ou não? – permanecera com seus olhos fixos em mim. Com receio de que fugisse e em parte ele estava certo, estava querendo fugir, mas não conseguiria enquanto permanecesse ao lado dele, não com seus olhos intensos me suplicando para lhe dar uma chance.
Não sabendo o responder apenas tomei seus lábios num tempestuoso beijo ao qual me deixei levar e por aquela noite me deixei acreditar... Deixei que tudo o que sentia por ele me consumisse e entreguei-me ao instante, não momento porque a vida era um momento e era algo insanamente louco assim como , um jovem homem com sua boca deliciosamente esculpida a me implorar para perder-me.

Agora...

Ao embarcar não pensei que me sentiria destruída por deixá-lo. Ao deixar o país que poderia aproveitar por mais tempo não imaginei que estaria infeliz, ao seguir com a ideia idiota não pensei em nada além de mim.
Egoísta!
Minha consciência gritava e me tripudiava por abandonar o que poderia ser o meu amor verdadeiro, mas já havia me acostumado com o fato de que amores verdadeiros não passam apenas de contos de fadas.
Meus olhos imploram por permitir aliviar está dor inenarrável em meu peito fruto de minhas ações, mas contive-me. Permanecer firme não era uma opção ou escolha!

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Despertei sentindo-me vazio, e algo no fundo da minha mente se agitou. Algo estava errado e podia sentir e ao tatear o local onde o corpo de deveria estar encontrando apenas o vazio me deixou apreensivo. O local estava frio, denunciando que ela partira há muito. Sua mochila desaparecera assim como seu perfume e calor.
Com uma ínfima esperança de encontrá-la segui até o banheiro apenas vendo meu maldito reflexo e nada mais. Estava só ali, e tudo o que passamos horas atrás parecia não ter passado de um sonho mas os arranhões em meu tronco e outras marcas revelavam que ontem não fora um sonho, que não era um delírio da mulher que desejava!
Sento-me sobre o ladrilho do chão e recosto minha cabeça sob a parede fechando os olhos enquanto chorava silenciosamente.
Algum tempo depois...
Vagava pelas ruas silenciosas do Cairo, após a rápida viagem a Londres retornei ao sítio arqueológico que meu pai estava trabalhando.
Como sempre!
Reviro meus olhos e desligo-me de tudo apenas para não ter de lembrar da garota de cabelos platinados e lábios aveludados. Mas já era tarde demais quando o brilho prateado da lua iluminava tudo apenas torturando-me com memórias espinhosas. Ao recuperar minha sanidade retorno ao presente após ouvir alguém chamar minha atenção, eram apenas bêbados e sem ter de fato algo para fazer entro no bar quase deserto e peço uma dose de whisky com gelo; embora estivéssemos apenas na metade do ano o ar estava quente e nesse momento desejei a brisa fria de Londres, mas essa cidade não iria ser a mesma após o ocorrido. Balanço a cabeça para afastar-me desse pensamento.

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Fazia exatos três meses após deixar Londres e , mas apenas uma hora desde o momento em que pousara no Cairo. Depois de todos esses meses resolvera tomar uma atitude, afinal, quem o abandonara fora eu e se ele me rejeitasse lidaria com isso mesmo que isso levasse anos. Não se pode desistir do amor quando ele lhe aparece é como desistir de sua vida! E fora estúpida o suficiente para me privar da felicidade e hoje estava determinada a corrigir meu erro.
Localizara após conversar com seu avô, que fora modelo da Forbes ao qual tive de fotografar, já que trabalhava com isso desde a faculdade, era um famoso empresário do ramo de genéricos e possuía um vasto investimento. Ele fora gentil em me orientar sobre e me ajudara a localizá-lo, já que o seu filho obrigava o neto a seguir na carreira de antropólogo, mas isso desagradava meu e o senhor .
Sigo até o acampamento me sentindo insegura por sair a surdina, mas estranhamente não me sentia insegura sobre algo me ocorrer. Ele era exatamente o que eu queria e me fazia sentir-me bem em todos os aspectos, mas estupidamente o havia deixado, mas resolveria isso hoje. Com passos determinados consigo atingir o sítio arqueológico e localizo uma versão de mais velho curvado sobre uma mesa analisando algo, mas antes que pudesse dar mais um passo sou parada por dois homens armados e todo o acampamento estava de olho em mim, mas sentia que não estava ali.
— Mrs., encontramos uma intrusa que estava seguindo em sua direção. – Um dos homens armados me arrastava até ele. Me debati sobre seu aperto irritada.
— Me solte! – Minha voz fria o ameaçava, mas sua mão travada sobre o coldre indicava sua falta de segurança em mim.
— Pode soltá-la, James. – Mrs. o dispensa com um aceno enquanto seus olhos negros me observavam com certo interesse.
— Estou atrás de seu filho, antes que pense que quero roubar algo. – Digo petulante e vendo surpresa surgir na face do pai de .
— Muitas estão. – Mrs. comenta com descaso. E isso acaba fervendo meu sangue, mas mantendo minha face impassível apenas o observo me pronunciar novamente.
— Onde seu filho está? – Pergunto com a voz fria e firme e ele parece se divertir com a indiferença sobre seu comentário anterior.
— Por aí, em algum canto imundo da cidade. Ele não sabe fazer nada a não ser arrumar confusões e atrapalhar o pessoal das escavações! – Mrs. disse com desgosto.
— Você não conhece seu filho! Você não sabe quão maravilhoso ele é. Está preocupado demais com suas escavações que esquece do fruto de um amor. Você o vê, mas não o enxerga e isso é realmente decepcionante vindo de um antropólogo. Aprenda que seu filho possui inúmeras qualidades, mas você o faz infeliz o forçando ser quem não é para lhe agradar! – Exclamo com veemência. Estava profundamente irritada com o genitor de . – Até seu pai pensa assim! – Digo lhe dando as costas sentindo não só o olhar de Mrs., mas o de todos os outros que presenciaram a minha “cena”, porém acabo por estancar quando, ao fundo de toda aquela discussão, vejo parado no início da tenda.

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Após beber o suficiente e bem praticamente ser expulso do bar caminho a passos trôpegos de volta para o acampamento e acabo por ouvir uma discussão e assim que reconheço a silhueta feminina enfrentando meu pai sinto-me subitamente sóbrio novamente. Nem em um milhão de anos a esperava reencontrar aqui, muito menos em tal ocasião a qual ela me... defendia! E ao ter seus olhos nos meus sinto-me preso ao mesmo sentimento que nos envolvera na fria Londres, bem diferente do Cairo. Com passos determinados chego até ela em poucos segundos tomando seus lábios nos meus. Minha ação poderia ter um tiquinho do álcool, mas nada preocupante visto que era isso que desejava desde o momento em que a vira. E ao ouvir uma tosse forçada me forço a separar meus lábios dos dela e concentrar minha atenção num antropólogo carrancudo. Antes mesmo que ele possa me privar de o puxo para seu “escritório” iniciando uma bela discussão.

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e seu pai haviam se trancado há algumas horas e os olhares direcionados a mim já estavam começando a me deixar furiosa novamente. Não era um dos artefatos que eles caçavam para adquirir uma nova descoberta aos seus folhetins. Estava sentada numa cadeira próxima ao centro da tenda, e sem absolutamente nada a fazer, ouvia risos e cochichos ao meu redor. Quando estava prestes a cometer um ato impulsivo os dois Wangs saem do escritório e estranhamente amigáveis. Com um aceno em direção a seu pai segue até mim com uma mochila em suas costas me puxando para dar o fora dali e sorrindo entrelaço nossas mãos. Ele acaba me levando para o hotel que me hospedara e juntos subimos para o meu quarto deixando. Sem pensar me apresso em colar seus lábios nos meus sentindo-me bem, exatamente onde deveria estar. Ele era tudo o que sempre quis.
— Me perdoe pelo o que fiz. Estive com medo e insegura sobre o que houve. Já fui decepcionada demais e com medo de me machucar o deixei para trás. – Digo quando o ar se faz necessário.
— Shh... O que passou já está no passado e o que me importa é o presente! – Me surpreendendo com suas palavras ele rapidamente me toma em seu calor inebriante me levando ao paraíso com apenas seus lábios.
Naquela noite nos amamos após lhe contar tudo o que passei desde o dia em que o deixei e tudo o que senti com isso. me contou sobre sua vida e durante os próximos dias nos conhecemos melhor ao ponto de saber tudo sobre o outro. O levei para Nova York onde lhe mostrei meu apartamento, o qual ele fez questão de me amar em cada cantinho dele e em meados de setembro ele pedira minha mão não no Central Park ou qualquer restaurante caro, fora no chão do meu humilde apartamento com Duro de Matar na TV e com uma caixa de pizza vazia sob a mesinha de centro que ele sorriu largamente e fez o pedido que jamais acreditei realmente aceitar um dia. Mas quem era eu para duvidar da vida?!
Ele era exatamente o que eu queria e estava bem ao seu lado, imensamente feliz!




Fim!



Nota da autora: Queria agradecer a todos os leitores, não há um escritor sem um leitor, nem que ao menos seja um único leitor mas sempre haverá essa relação de co dependência pois um não existe sem o outro e é isso que faz a escrita ser uma bela arte muda mas tão poderosa! Gostaria de agradecer a duas pessoinhas que tiveram muita paciência comigo, primeiro a Jessica pela capa incrível! Obrigada por me ajudar com ideais e propostas tão criativas! E a segunda pessoinha é a Bruna, garota não sei como lhe agradecer pelo o que fez por mim! Obrigada por me “escutar” quando estava indecisa sobre muitas coisas relacionada a fanfic. E bem meu último agradecimento vai a minha irmã, minha leitora assídua e a que suporta meus ataques de insegurança sobre minhas historias. Obrigada a todas por terem lido, vocês são o que move as autoras!



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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