Fanfic finalizada.

Prólogo

30 de agosto , querida, seu amigo já chegou.— ouvi a voz da minha mãe e joguei a mochila no ombro, saindo rapidamente do quarto. — Você é a melhor mãe do mundo.— abracei-a o mais forte possível, enquanto distribuía beijos por todo o seu rosto. — Seu pai não pode saber que eu estou deixando você sair com um garoto.— afastou-me pelos ombros enquanto me encarava de modo sério.— Prometa-me que você vai chegar amanhã antes das quatro. — Mãe, papai não vai nem desconfiar que eu saí.— sorri de modo reconfortante e ouvi a buzina de .— Tchau, mãe, chegando lá eu te ligo. — Boa praia.— escutei quando estava na porta, virando em sua direção e dando um tchau com a mão, saindo de casa em seguida. Fechei a porta e sorri ao ver escorado na janela de seu carro, encarando-me com um sorriso nos lábios. Andei rapidamente em sua direção e abri a porta do passageiro, jogando minha mochila no banco do carona e selando nossos lábios rapidamente. — Você acredita se eu te disser que já estou com saudades?— perguntou após afastar nossos rostos. — Você me viu ontem.— rebati e apenas deu de ombros. — Não posso fazer nada se você me deixou dependente de você.— falou e embrenhou a mão em meus cabelos, colando nossos lábios em um beijo intenso. — Você sabe que eu estarei indo embora no domingo.— falei após o beijo e separou nossos rostos, focando seu olhar na rua.— Não devíamos ter nos apegado assim. — Que tal nós não falarmos disso agora?— encarou com um meio sorriso e eu apenas concordei com a cabeça.— Então vamos para Malibu, babe. Liguei o som do carro, cantando junto com todas as músicas possíveis. A capota para baixo me fazia sorrir ao sentir a brisa quente e o sol do verão californiano. Senti vontade de poder controlar o tempo e entrar em uma fenda, ficando presa no mesmo dia com para sempre. — Você está muito quieta.— murmurou despertando-me de meus pensamentos. — Só estava pensando.— sorri e aproximei meu corpo do seu, encostando minha cabeça em seu ombro.— Minha bunda já está doendo, ainda falta muito? — Mais meia hora e estamos lá.— falou após beijar minha cabeça. — Não sei por que precisamos ir tão longe, podíamos ficar por Costa Mesa ou até mesmo em Newport Beach.— resmunguei e apenas deu de ombros. — Eu não poderia deixar você ir embora sem conhecer uma verdadeira praia californiana. — Você é um anjo.— suspirei fundo.— Saiba que essas férias só foram boas pois eu te conheci. — Digo o mesmo.— selou nossos lábios rapidamente e voltou a prestar atenção na estrada. Voltei a minha posição de antes e recostei-me ao banco, afundando meu corpo no banco do carro e pensando na tamanha besteira que eu cometi ao me apegar tão rápido a em apenas um mês juntos. Fiquei perdida em meus pensamentos até a voz de despertou-me novamente. — Pare de pensar no futuro, pense em nós dois agora.— colocou a sua mão sobre a minha, apertando-a levemente.— Já chegamos, babe. 31 de agosto Aproximei-me ainda mais do mar e chutei a água na direção de , rindo ao encarar sua falsa expressão ofendida. O sol de meio-dia queimava minha pele e eu sentia vontade de entrar no mar novamente. Senti as mãos de na minha cintura e então meus pés já não tocavam mais o chão, enquanto rodávamos juntos. — Eu voltarei para a Austrália e nunca mais te verei novamente.— encarei após ele me colocar no chão. — Não fale isso.— suplicou segurando meus braços. — Mas é a verdade.— suspirei fundo.— Eu acabei de ter o melhor verão da minha vida e agora eu terei que ir embora.— abaixei a cabeça, encarando a areia.— Isto não é justo. aproximou seu corpo e segurou em minha nuca, levantando minha cabeça e beijando-me desesperadamente, começando a alisar meu corpo. — Não exagere.— afastei nossos corpos de modo mínimo enquanto arfava. — Não estou exagerando, eu só quero melhorar.— murmurou e eu respirei fundo. — Não tem o que melhor, , este é o fim.— dei um meio sorriso. — Este não é o fim.— sorriu maroto.— Este é apenas o começo.


Capítulo 1 - Grease

3 de setembro Sorri nervosa ao encarar meu reflexo no espelho, ansiosa para a primeira semana de aula em Orange Coast, na Califórnia. Quando meu pai avisou que a simples viagem de verão se tornaria algo provisório por causa de seu trabalho, eu não consegui conter a animação. Durante o mês de férias que eu passei ao lado de , nós decidimos não trocar números ou procurar o outro na rede social, pois assim, quando eu fosse embora, seria um pouco mais fácil esquece-lo. — , a filha da Coralee está aqui para ir com você até a escola.— minha mãe gritou do andar inferior e eu arrumei a mochila em meu ombro, descendo as escadas rapidamente.— Boa aula.— murmurou após eu passar pela porta. — Bom dia.— sorri para a menina que me encara com um sorriso nos lábios.— Sou a . — , mas todo mundo me chama de .— sorriu e enlaçou o braço no meu, entrando em uma conversa animada até a escola. A menina tinha me falado que a única escola de Costa Mera que possuía ensino médio era aquela. Sorri animada com a frase, pois aquilo significava que eu tinha grandes chances de reencontrar ali, para que pudéssemos continuar nosso amor de verão. Arregalei os olhos ao encarar o tamanho da escola, seria difícil encontrar qualquer um ali, o local era simplesmente enorme. ... — De onde você era, ?— questionou pouco tempo após eu sentar em sua mesa. possuía um grupo de amigas que se auto intitulavam pink ladies, e pelo o que eu entendi, grupos nomeados era algo muito comum naquela escola. Por exemplo, um grupo de garotos, considerados os mais depravados, eram conhecidos como T-birds. — Eu morava em uma cidadezinha no interior da Austrália.— sorri. — E o que você fez no verão?— questionou enquanto me encarava com uma das sobrancelhas arqueadas. — Eu conheci um garoto maravilhoso.— suspirei e as garotas riram. — Aqui? Em Costa Mesa?— o tom de voz irônico de me fez a encarar confusa. — Sim, qual o problema?— olhei para cada uma delas, observando-as apenas dar de ombros.— Ele passou o último mês junto comigo o tempo inteiro, minhas férias só foram boas por causa dele. — Por favor, só não comece a cantar Summer Nights.— revirou os olhos e as meninas riram. — É sério, ele era o garoto mais doce que eu já conheci.— debrucei meus cotovelos na mesa, apoiando minha cabeça em minhas mãos. — Qual o nome dele? Talvez a gente te ajude a encontrar seu amor de verão.— me encarou com um sorriso nos lábios, enquanto as outras meninas concordavam com a cabeça. — .— sorri ao pronunciar seu nome e as garotos se entreolharam com os olhos arregalados.— O que foi? Vocês conhecem ele? — Você sabe o sobrenome dele?— me encarou e eu apenas neguei com a cabeça.— Pode não ser ele.— murmurou enquanto encarava as outras duas. — Espero mesmo que não seja, para o bem dele.— falou entredentes. — O que está acontecendo?— murmurei confusa e afagou minhas costas. — Talvez a gente o conheça, mas se for quem nós estamos pensando, ele não é igual você narrou.— explicou e eu neguei com a cabeça. — Então não é ele.— rebati e as meninas se entreolharam. — Olha, se for quem nós estamos pensando, ele nunca vem a aula no primeiro dia.— falou e as outras duas concordaram com a cabeça.— Mas hoje a noite, ocorre uma comemoração de boas vindas, toda a escola estará lá, principalmente o . — Cruze os dedos e reze para que esse não seja o seu , pois se for, você vai desejar não ter conhecido ele.— murmurou enquanto apontava seu garfo em minha direção. ... — Você está linda.— comentou assim que eu as encontrei próximo ao campo. — Obrigada.— sorri nervosa.— Eu estou super nervosa. — Não fique, querida.— enlaçou seu braço no meu, enquanto fazia o mesmo do outro lado e segurava o de .— Se for o Holt, você vai precisar esquecer tudo o que você viveram e virar a página. — Não a assuste, nós nem sabemos se é ele.— resmungou e revirou os olhos. — Você sabe que o destino não lhes proporcionaria essa dádiva.— sorriu falsamente e começou a andar na direção do estacionamento levando-nos junto. A cada passo que nos aproximávamos do estacionamento, eu sentia meu coração acelerar e meu estômago dar um salto. Respirei fundo assim que adentramos o estacionamento e sorri ao ver o carro de ali. — É o carro dele.— murmurei encarando as meninas. — Eu te disse.— resmungou cética e bufou. — Carros conversíveis são todos parecidos, ela pode ter se enganado.— rebateu e eu neguei com a cabeça. Eu conhecia muito bem o carro de .— Certo, não é como se apenas ele tivesse esse carro. — , cala a boca.— intrometeu-se e bufou novamente. Caminhamos na direção do carro e conforme nos aproximávamos mais alto ficava o som da conversa e das risadas. Olhei apreensiva para as garotas que apenas sorriram minimamente. soltou meu braço e caminhou na frente. — Tenho uma surpresa para você, Holt.— ouvi sua voz e logo sua mão me puxou, fazendo-me levantar a cabeça e encarar a pequena roda de garotos próximo ao carro conversível. Prendi a respiração ao bater os olhos em que possuía uma garota sentada em colo, fazendo-me engolir em seco enquanto ele me encarava com os olhos arregalados. afastou a garota e desceu da traseira do carro, andando em minha direção. — , eu pensei que você já estava na Austrália.— riu sem jeito ao parar de frente para mim. — Meu pai decidiu ficar aqui por causa da proposta de trabalho.— dei de ombros.— Achei que seria uma surpresa para você me ver aqui, mas parece que eu que me surpreendi. — Babe, você falou que quando você fosse embora, eu precisava continuar com a minha vida.— falou com o tom de voz mais baixo e eu concordei com a cabeça. Eu tinha falado para ele que deveríamos seguir nossas vidas normalmente, eu não podia exigir algo dele. — Você está certo, desculpa.— ri sem graça. — Quem é essa daí, Holt?— a voz feminina sarcástica me fez encarar a menina sentada no carro, que brincava com o pingente de pimenta entre os dedos enquanto me encarava com desdém. E porque você ainda não a dispensou? — Oi?— revezei o olhar entre os dois, esperando uma explicação de Holt.— Quem é ela, ? — Olha só, a novata chegou achando que pode exigir explicações.— um dos amigos de falou, fazendo os outros rirem. — Não fale merda, Ken, se não eu mesmo vou até aí e soco todos esses seus dentes falsos.— ameaçou fazendo-os para de rir. — Até onde eu sei, eu devo satisfações nenhuma, .— falou friamente e afastou-se, voltando para perto da garota em seu carro.— Pode nos dar licença agora? — Você é um falso.— falei com a expressão enojada enquanto me afastava.— Se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca teria passado esse último mês com você. — Saiba que eu digo o mesmo.— senti minha visão arder e dei as costas, segurando no braço de e saindo dali o mais rápido possível. — Nós sentimos tanto.— a garota me abraçou após sairmos do estacionamento e eu apenas retribuí o abração. — Foi melhor você descobrir agora, do que continuar acreditando em uma farsa e se machucar ainda mais no final.— falou enquanto juntava-se ao abraço. — Não fique chateada por nós lhe mostrarmos quem ele é de verdade.— foi a última a falar e a me abraçar. — Vocês mal me conhecem há um dia e já deram uma aula de sororidade grandiosa.— afastei-as e sorri enquanto as encarava.— Vocês não tinham nenhuma obrigação de me mostrarem isso e mesmo assim cá estamos nós. — Eu não gostaria que as minhas futuras amigas soubessem que o garoto que eu estava começando a nutrir sentimentos fosse um tremendo babaca e não me falassem.— falou enquanto as outras duas concordavam com a cabeça.— Não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem contigo. — Muito obrigada.— sorri sincera, já sem resquício de qualquer lágrimas querendo rolar por meus olhos.— Mas sabe, ele parecia ser tão diferente. — Todos parecem, querida.— sorriu de lado. — No começo da conversa ele parecia o mesmo garoto que eu encontrei no verão e me apaixonei.— suspirei fundo lembrando de todas as lembranças.— Mas quando aquela garoto e o amigo dele falaram, ele mudou totalmente. Como se estivesse fazendo aquilo só para provar para eles. — Homens são idiotas e não merecem nossa atenção.— piscou em minha direção fazendo-me rir baixo.— Holt não precisa provar nada para ninguém, os garotos na escola que parecem sempre querer agradá-lo. — Ele criou toda uma fama de pegador, sabe?— falou e eu apenas concordei com a cabeça. — O que é ridículo.— resmungou e eu ri.— É sério. Eu acredito que ele tenha sido essa pessoa que você falou no verão, então por que ele não continua assim em vez de ser um idiota que tenta seguir a imagem que lhe foi criada? — Você mesma respondeu a sua pergunta.— rebateu.— Porque ele é um idiota. — Estou me sentindo em Grease.— murmurei fazendo as garotas rirem. — Pois saiba que se você ficar com ele e mudar sua essencial só por causa de macho, eu te dou dois tapas na cara para ver se seus neurônios voltam a funcionar.— ameaçou e eu arregalei os olhos.— Certeza que se tivessem feito isso com a Sandy, ela não se prestaria aquele papel.

Capítulo 2 - You’re not Sandra Dee

10 de setembro Já tinham se passado uma semana desde o encontro com no estacionamento e eu estava feliz por não nos encontrarmos novamente pela escola. Eu não sabia se Deus estava sendo muito bom comigo, ou se apenas estava matando aula, como eu escutei que ele fazia. Adentrei ao corredor praticamente vazio, pois eu estava atrasada, e andei apressada até meu armário. Destranquei-o e peguei o material do primeiro tempo, fechando-o e me assustando ao ver escorado no armário ao lado do meu. — Queria te pedir desculpas pelo modo que eu agi com você naquele dia do estacionamento.— quebrou o silêncio enquanto me encarava com um sorriso de lado. Maldita beleza californiana. — Tá, tanto faz.— apertei meu material contra o meu corpo e passei por , caminhando na direção da sala. — , aquilo que eu falei não foi verdade.— falou vindo atrás de mim e eu respirei fundo.— Esse mês que eu passei ao seu lado foi maravilhoso e se eu pudesse, eu faria todos os meses como aquele. — E você podia, .— rebati parando de andar e virando em sua direção.— Nós podíamos continuar o que tivemos no verão. Mas você não saber agir de modo racional quando está com aqueles garotos. — Eu fiquei nervoso naquele dia, babe. — Por quê? — Eu, eu não sei.— admitiu de cabeça baixa. — Eram desculpas que você queria ouvir?— questionei e seus olhos me encararam novamente.— Pronto, está desculpado. Tchau. — Não, .— segurou em meu pulso quando eu fui andar e eu respirei fundo, tentando ignorar o formigamento na área que sua mão segurava meu braço.— Eu quero te mostrar que eu estou disposto a ficar com você. — Você promete que não vai ser mais idiota como naquele dia?— encarei seu rosto e sorriu abertamente. — Prometo.— aproximou-se e selou nossos lábios rapidamente.— Que tal sairmos após a escola? — Claro.— afirmei tentando conter minha animação. — Só não conte nada para as meninas do pink ladies.— selou nossos lábios novamente e eu o encarei com a sobrancelha arqueada. — Elas não gostam de mim e fariam de tudo para que você desistisse de me dar uma segunda chance.— explicou e eu concordei com a cabeça, certa de que não contaria aquilo para as garotas.— Me espere após a aula duas ruas após o estacionamento. Concordei com a cabeça enquanto possuía um sorriso bobo nos lábios ao observar afastar-se. Finalmente as coisas iriam se acertar. ... Saí da escola o mais rápido possível, colocando meu celular no modo avião e indo para o local que tinha pedido. Escondi das meninas o encontro, pois sabia que tinha razão e que elas tentariam me fazer desistir de ir. Minha perna já doía e eu estava começando a acreditar que tinha me feito de trouxa, quando vejo seu carro virando a esquina e parando próximo da onde eu estava. — Me desculpe a demora, babe, o professor me segurou na sala.— deu um meio sorriso enquanto meu caminhava até seu carro. — Sem problemas, eu sei como eles são.— sorri e entrei no carro, selando nossos lábios rapidamente.— Você não sabe o quanto eu estava com saudades disso. — É, eu também.— murmurou virando a atenção para a estrada e acelerando. — Têm uma sorveteria muito legal aqui perto.— comentei enquanto o encarava. — Hm, eu estava pensando em algo que não envolvesse pessoas daqui.— encarou-me rapidamente e eu dei de ombros.— Quanto mais longe daqui, melhor. — Se você diz. — Babe, o que ninguém sabe, ninguém estraga.— piscou marotamente em minha direção e pegou a saída da cidade de Costa Mesa. 14 de setembro — Você é uma péssima amiga.— o tom de voz elevado de me fez virar em sua direção, vendo a garota se aproximar junto com as outras duas.— Você sumiu essa semana inteira. — Eu estive ocupada com algumas coisas lá em casa, desculpe.— sorri sem mostrar os dentes, sentindo-me culpada por esconder aquilo delas. — Se você diz.— revirou os olhos após me analisar dos pés a cabeça. — Só espero que você não esteja dando papo para o Holt, pois ontem eu o vi com a Auttun.— falou e eu engoli em seco, fincando as unhas na minha mão apenas de imaginar com a garota do estacionamento. — Então...— murmurei com a voz baixa enquanto encarava o chão, desistindo de esconder aquilo delas. — Eu sabia.— suspirou e se aproximou, fazendo-me encara-la.— , ele só está te usando e te enganando. — Ele veio dizer que se arrependi e que nós dois poderíamos realmente ter algo.— respirei fundo.— Ele foi o primeiro garoto que eu posso dizer que eu realmente amei, então quando ele veio pedir desculpas e propor uma ‘volta’, eu não pensei duas vezes. — Nós não vamos te julgar por cair na palavra dele, todas nós passamos por algo assim na vida.— sorriu de lado e as outras meninas concordaram. — Ele falou que a gente vai sair hoje após a escola. — Vocês estão fazendo isso a semana toda, não estão?— questionou e eu apenas concordei com a cabeça. — Eu encontro ele após a escola e a gente geralmente sai da cidade. — Qual desculpa ele te deu para que vocês saíssem daqui?— questionou. — Que o pessoal aqui tentaria nos atrapalhar, que vocês iam me fazer mudar de ideia pois não gostam dele.— admiti enquanto as encarava. — Que filho da puta manipulador.— murmurou perplexa.— Você vai se encontrar com ele hoje mesmo? — Quero que ele me explique o porquê nós dois só podemos sair fora se for fora da cidade, enquanto ele fica dando voltas pela cidade com Auttun.— murmurei. — Ele vai falar que você está louca.— falou e as meninas concordaram. — Não se nós planejarmos algo.— sorriu maldosa.— Você não é a Sandy para se submeter a isto. — Sandra Dee? Não, obrigada.— comentei risonha. ... Saí da sala decidida a não esperar no local de sempre. Se ele queria que saíssemos, que ele me levasse diretamente da escola. Andei calmamente até o estacionamento e tentei conter o sorriso maldoso ao ver o olhar assustado de enquanto eu me aproximava. — Oi, babe.— parei a sua frente e selei nossos lábios, ignorando os comentários das pessoas ao nossos redor. — , que você está fazendo aqui?— questionou enquanto olhava para os lados. — Eu percebi que eu não me importo com o que as meninas ou os outros vão falar se nos virem juntos.— finge sorrir de modo animado e engoliu em seco. Ele sempre atuou mal desse jeito ou eu que estava muito cega para reparar?— Você também não se importa, né?— enlacei meus braços em seus pescoço e apenas negou rapidamente com a cabeça.— Ainda bem que você saiu cedo hoje, primeira vez na semana. — É, essa professora não me prende na aula igual os outros.— murmurou. — Certo, vamos então?— questionei e notei que possuía o olhar fixo em um ponto as minhas costas.— O que você está olhando? — Nada.— falou de modo rápido e separou nossos corpos, entrando no carro logo em seguida. Dei a volta para entrar no carro e vi Auttun nos encarando enquanto permanecia estática algumas vagas antes da nossa. Ao que parece, eu não era a única sendo enganada ali. Entrei no carro e liguei o som, tentando seguir com a ideia de até o fim. — Acho que não precisamos sair da cidade hoje.— murmurei enquanto passava o olhar pelo carro, vendo de encontrava algo que pertencesse a Auttun. — É, pode ser.— respondeu aéreo e eu prendi a risada, abrindo o porta e sorrindo ao encontrar um cordão de pimenta ali. Peguei-o enquanto lembrava da noite do estacionamento em que Auttun brincava com aquele cordão.— Você comprou para mim? — Hm, você achou.— falou enquanto se remexia de modo desconfortável no banco.— Eu comprei para você.— murmurou após engolir em seco. — Eu adorei.— sorri vitoriosa e selei nossos lábios, colocando o cordão logo em seguida e vendo me encarar nervoso.


Capítulo 3 - You’re Not The One That I Want

17 de setembro Durante todos os períodos de segunda feira eu fiquei apreensiva, imaginando as diversas possibilidades que o plano de podia trazer. Auttun podia não se importar ou até mesmo saber o que acontecia, podia faltar. — Se você suspirar fundo mais uma vez, eu não respondo pelos meus atos.— exclamou nervosa. — Desculpa, acho que estou um pouco ansiosa.— mordi o lábio fortemente enquanto saíamos da escola. — Ah, você só acha?— questionou irônica e eu ri. — Desculpem, mas eu nunca fiz algo assim. — Nunca fez o certo?— questionou enquanto me encarava com a sobrancelha arqueada. — Você me entendeu.— murmurei. — Vá encontrar o seu são que nunca foi príncipe, nós vamos chamar a Auttun.— me empurrou na direção do estacionamento enquanto ia na outra direção com as garotas. Respirei fundo, disposta a acabar com toda a farsa de . Caminhei decidida até o estacionamento e o parado escorado no carro. Se ele tivesse de dignidade e vergonha na cara o que tem de beleza. — Oi, babe.— sorriu enquanto mantinha o olhar preso no pingente que eu balança entre meus dedos. — Você sumiu final de semana, nem me mandou mensagem.— murmurei e engoliu em seco. — Foi o final de semana da família, não podíamos sair de casa e nem usar o celular.— mordi o lábio inferior sabendo eu se ele me falasse aquilo uma semana atrás, eu acreditaria cegamente e ainda sentiria pena. — Sério? Eu jurava que tinha visto se carro passando pela rua da no sábado.— comentei risonha e o garoto apenas engoliu em seco. — Ken estava com o meu carro.— murmurou após o silêncio. — Oh, agora eu entendo o porque do carro ter parado na casa da Auttun e buscado ela.— dei de ombros sorrindo e coçou a nuca, visivelmente nervoso. — Não era ela a garota que você está ficando naquele dia do estacionamento?— apenas concordou com a cabeça.— É bom saber que vocês não se importam de dividir, pois eu posso ficar com ele também, não é? — Não!— exclamou rapidamente e eu o encarei confusa.— Ken está ficando com ela pois não tem mais nada entre eu e a Auttun. — Deve ser por isso então que o cordão que está no meu pescoço estava no seu carro, Ken saiu com ela e a menina esqueceu o cordão lá, né?— sorri ainda brincando com o pingente. — Esse cordão não... — Não tente me fazer de idiota, , eu sei que esse cordão é dela.— falei séria.— Como também sei que o Ken não está ficando com ela, e sim você. — Da onde você tirou isso, babe?— murmurou nervoso.— Você está louca. — Estou?— sorri maldosa ao ver as garotas se aproximando com Auttun. — Claro.— segurou minhas duas mãos e cobriu-as com as suas, colando-as em seu peito.— Eu só fiquei com Auttun no primeiro dia de aula pois eu precisava te esquecer, mas quando eu te vi no estacionamento, eu nem olhei mais para ela. Senti um bolo se formar em meu estômago e a ânsia de vômito tomou conta de mim ao escutar mentindo na cara de pau enquanto eu sabia de toda a verdade. Respirei fundo e sorri, continuando com toda a cena. — Então esse cordão não é dela? — Claro que não, babe.— sorriu e eu forcei um sorriso. — Posso saber o que está acontecendo aqui?— Auttun questionou com o tom de voz alto, atraindo a atenção de algumas pessoas que estavam próximas. O garoto perdeu o costumeiro tom bronzeado para o branco, como se todo o sangue tivesse acabado de fugir, e soltou rapidamente minhas mãos, respirando fundo antes de virar na direção de Auttun. — Posso saber o que ela está fazendo com o cordão que eu esqueci no seu carro?— a garota se aproximou de nós dois.— Você me disse que tinha perdido ele, Holt. — Auttun, eu posso te explicar.— ele murmurou enquanto a garota passava por ele e parava ao meu lado. — Não precisa, já fez isso.— sorriu e engoliu em seco. — Você é um falso, achou que podia nos enganar até quando?— murmurei indignada. — Eu não te enganei, eu realmente gostava de você.— murmurou enquanto me encarava. — Você não pode me dizer mentiras achando que eu vou acreditar em você novamente, nem tente.— falei enquanto o encarava com desprezo.— Não me perturbe novamente com pedidos de desculpas. — Você fez todo esse show só para me humilhar?— riu sarcástico enquanto encarava o pequeno tumulto que se formava ao nosso redor.— Você me criticou por fazer aquela cena no estacionamento e aqui está você fazendo a mesma coisa. Nós somos iguais. — Você nem se compara a mim!— exclamei enquanto enlaçava meu braço ao de Auttun.— Eu sei quem você é, eu deveria saber desde o começo, mas é isto. Nós duas estamos acabando com você, não queremos mais saber de você. — Obrigada por ter me feito perceber quem ele era de verdade.— Auttun falou após nos afastarmos do aglomerado de pessoas. — Não podia deixar ele brincar com nós duas.— tirei o colar e a entreguei.— Isto pertence a você. Como diriam as garotas de pink ladies, sororidade sempre!




Fim.



Nota da autora: É a minha terceira história desse ficstape e posso dizer que ela é uma das minhas preferidas tanto desse álbum como de outros. Eu sou craque em terminar a história com os principais separados, mas UGNOM não é uma fanfic de romance, e sim uma sobre a sororidade. A história é baseada em Grease, um filme maravilhoso, mas que eu não apoio o final, então eu criei uma nova versão que praticamente não tem nada parecido, só o prologo. Mas eu espero que vocês tenham gostado dessa história e que vocês comentem.



Outras Fanfics:
Are You The One? http://fanficobsession.com.br/fobs/a/areyoutheone.html Adiós Colombia: http://fanficobsession.com.br/fobs/a/adioscolombia.html

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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