Capítulo Único

Mudei mais uma vez o canal da TV sem prestar a mínima atenção no que estava passando e suspirei, me afundando no sofá e tentando ligar o significado da palavra Erro à palavra Ilusão. Erro era a merda que eu tinha feito na última quarta-feira, deixando na ilusão de que reataríamos ou coisa do tipo. Era complicado, se tinha uma coisa que era, isso era complicado, eu estava confusa com tudo que vinha acontecendo, com aquela merda de amor só crescendo dentro de mim, mas com receio de que tudo acontecesse mais uma vez.
Quer outro exemplo de erro? Ter afugentado ele pra fora do meu apartamento sem dar nem a chance de a gente conversar que nem gente. Quando disserem que histórias com ex-namorados são complicadas, acreditem sem nem ao menos piscar duas vezes, porque são. Principalmente quando você ainda ama a praga. Levantei do sofá assim que ouvi batidas na minha porta e andei até lá, achando ser meu irmão ou minha cunhada, afinal de contas só pessoas conhecidas tinham acesso livre a minha porta.

I know, I know, I know, you think it's me
'Cause I want it all
I know, I know, I know, I know you see
That we gotta talk
You know, you know, you know we must believe
Or fall apart

- Nós precisamos conversar! – a voz grave se fez presente assim que abri a porta de madeira, e eu juro que engoli em seco. Que merda, aquele homem só ficava mais bonito a cada momento?
- ? – dei passagem, mesmo sem entender porra nenhuma do que estava acontecendo ali. – E não é assim! – soltei um esganiço, batendo a porta com força.
- É, é exatamente assim. Eu não saio daqui até a gente conversar, ! – ele cruzou os braços enormes, bem apertados contra o corpo, falando com o semblante irado e com a voz putamente séria. Merda, tinha fodido.
- Conversar sobre o quê? – armei minha postura. – Sobre tudo que você me disse anos atrás? – ah, mas não era só ele quem estava precisando soltar o veneno ali. Eu também iria! – Sobre tudo que você jogou na minha cara sem nem ao menos procurar saber a verdade?
- Você tava completamente bêbada e agarrada em um cara que não era o seu namorado! – pontuou, mexendo os braços, quase explodindo de tão inflado. – Queria que eu fizesse o quê? Aplaudisse? – a ironia na voz daquele idiota era a coisa mais irritante que eu já tinha presenciado na minha vida.
- Primeira coisa, . – respirei fundo, sentindo meu sangue querer explodir a droga da minha cabeça, e levantei o indicador. – Foi você quem me fez beber naquela merda de dia. E caso você não saiba, a sua AMIGUINHA quem armou essa merda toda! Mas adivinha? Você acreditou nela! – gritei na cara dele, o vendo passar a mão pelos cabelos. Sim, ele estava nervoso, muito nervoso. Mas se ele queria brigar, quem era eu pra negar? Já dizia a música: “Pode vir quente que eu estou fervendo”. – Uma vadiazinha que vivia pra querer te tirar de mim. Você não confiou em mim, que era sua namorada! – apontei pro peito. – E parece que ela conseguiu, nao é mesmo? – soltei uma risada irônica, que foi acompanhada por ele. Que bonitinho.
- Acreditei! Acreditei mesmo! Porque minha namorada – bateu a mão no peito e respirei fundo, olhando bem pra cara de pau dele. – não lembrava de merda nenhuma que provasse que eu estava errado!
- Ótimo! E agora a culpa é minha? Me embebedam, – comecei a enumerar nos dedos quando o que eu mais queria era cobrir aquela rolha de poço de tapas. – me DROGAM, porque eu tenho a plena certeza de que eu estava drogada, e fazem isso. E eu ainda sou a culpada. – afirmei com um aceno bem debochado e o vi ficar ainda mais vermelho de raiva. Era fácil irritar o quando você conseguia a primeira vez.
- Vai me julgar até quando VOCÊ não tinha certeza se tinha me traído ou não? Jura, ?
FILHO DE UMA PUTA! Abri a minha boca, completamente incrédula com a postura daquele cretino.
- Eu não te traí, ! Você me respeite e olhe o que vai sair da sua boca! – esbravejei completamente indignada com a postura daquele idiota e quase sacudi o dedo na cara dele. – Eu não sou mulher para esse tipo de coisa, e você sabe muito bem!
Ele se limitou a bufar de ódio e passar a mão naquele maldito cabelo, no qual eu tinha a vontade de puxar até arrancar enquanto ele fazia os movimentos mais inesquecíveis com o quadril. Eu era uma vaca! Eu não acreditava que estava desejando o cara quando ele demonstrava claramente que duvidava das minhas palavras. Mas, céus, por que raios ele ficava tão enorme quando estava com raiva? Por que droga os ombros daquele idiota ficavam tão enormes quando ele estava irado? Eu queria matar da forma mais lenta e dolorosa possível.
- Mas eu já entendi que eu sou a errada da situação toda, mesmo não tendo culpa de nada! – gritei, sentindo meu sangue ferver na cabeça, e o vi respirar fundo, ficando tão vermelho quanto eu. – , quando você vai enfiar na sua cabeça grande que EU, , não fiz nada daquilo? Quando você vai entender que eu estava drogada? – eu estava desesperada pra que ele entendesse que o que tinha acontecido sete anos atrás não era culpa minha, não era culpa dele, não era culpa de nenhum de nós dois.
Foi quando vi o semblante dele tomar um ar culpado, culpado por nossa história ter tomado o rumo que tinha tomado. Como um namoro tão bonito tinha chegado àquela bagunça sete anos depois? Quando, teoricamente, nós dois estaríamos nos resolvendo.
- Tudo bem! Eu errei. Eu admito que errei. – ele bateu no peito, me olhando com os olhos arregalados. – Mas falar que você me usou puramente para sexo naquela noite, outro dia, você não quer, não é? Isso não aconteceu de forma alguma. – jogou as palavras na minha cara com uma decepção gigantesca, e eu engoli em seco. Merda!

I feel like our ship's going down tonight
But it's always darkest before the light
And that's enough for me to try
Whatever you want
Whatever you need
Whatever you do

Quer outro exemplo de erro? Transar com seu ex-namorado mais de três vezes na mesma semana, enxotando o cara da sua cama na última vez por estar bem confusa, quando os dois ainda sentem tudo um pelo outro. Mas um dos dois é orgulhoso demais pra admitir. Aquele um era eu.
- Eu te usei? EU?! – soltei um grito esganiçado, mesmo sabendo que não estava com direitos ali. – Você bebeu? Até onde eu vi, foi você quem começou, ! Não fui eu quem te puxei e beijei daquele jeito. – gritei ainda mais transtornada, me odiando por sentir a minha nuca inteira arrepiar por lembrar da merda do beijo, da noite, de tudo. Você merece um tapa, .
- Fui eu, eu beijei mesmo. Porque eu quis! – ele bateu no peito. – Eu assumo que eu quis! Praticamente me chutar da sua cama e da sua casa na manhã seguinte é prova de amor agora? Sinceramente, . – bufou, pisando duro no chão, mostrando que estava tão impaciente como eu. Ele estava nervoso, muito nervoso com a história toda.
- E você queria que eu te acolhesse e levasse café na cama? Mesmo depois de tudo que você havia me feito passar? Você não sabe o quanto eu sofri com aquela merda toda! – soltei um suspiro saturado. – E depois de transar com você, uma coisa que definitivamente não estava nos meus planos. Você queria que eu acatasse tudo de braços abertos? – estreitei bem meus olhos para aquele filho da puta. Minha eterna sogra que me perdoasse, mas era um filho de uma boa puta. – Não se faça de vítima. Porque se eu não sou, você também não é.
- Eu acho que ao menos merecia uma conversa. Colocar tudo isso em pratos limpos! – ele passou a mão pelo pescoço, andando pra perto do meu sofá e bem pra longe de mim. Eu odiava brigar com , simplesmente odiava! – E nós dois sabemos muito bem que você não faz absolutamente nada que você não queira. Então, se a gente transou é porque a gente quis!
- Exatamente isso mesmo! – cruzei os braços com força contra o peito.
- Eu sofri com tudo exatamente como você, ! Exatamente do mesmo jeito! Você acha que foi fácil? – nossa, e agora ele vinha mostrar que estava sentido? Na época ele procurou muito bem colo.
- Claro! Foi muito difícil sim. Mas parece que tinha alguém pra te consolar. – eu acusei com o tom de voz mais ácido que conseguia, e o homem a minha frente arqueou uma das sobrancelhas, transbordando deboche. Eu ia matar ele!
- E parece que tem alguém com ciúme. – ele puxou um sorriso de canto mais filho da puta do que ele.
- Ciúme, claro! – ri com escarnio. – Estou me mordendo de ciúme, ! Eu só não achei que você fosse correndo se consolar com ela. – ah, sim, depositei toda a minha magoa acumulada durante sete anos na frase e o vi suspirar frustrado. Mas não como antes, realmente se sentia culpado pelo rumo que nossa história tinha tomado. Pela cara dele, arrisco dizer que se arrependia amargamente de ter acreditado nela e não em mim.
- Era ela que tava do meu lado. – o desespero se fez presente, enquanto ele tentava me convencer e se convencer daquilo.
- E você queria que eu ficasse depois de TUDO? – eu não queria esganiçar, mas eu juro que esganicei com a merda da proposta dele. – Depois de você brigar até com meu irmão? Você queria que eu realmente ficasse do seu lado?

Tryna' to get a breath
Thinkin' 'bout the time you said that I was your heart, baby
Tryna' understand how a grown man goes on
Without a body part, baby
I could walk away
I could always cash my chips and I'd be okay, baby
I would be okay, and you might be ok

Olhei bem pra cara dele e o vi mais impaciente ainda. esfregou o rosto e sentou de uma vez no sofá, soltando um suspiro frustrado, em resposta eu inclinei um pouco a cabeça, o olhando de longe, e me sentia tão perdedora quanto ele. Por que nós havíamos demorado tanto para conversar? Para tentar se entender? Por que tinha sido tão complicado conversar que nem gente esses anos todos? Era irônico ver que quando um de nós estava bem, o outro fazia de tudo pra não estar, nosso barco só naufragava a cada ano que passava e havia encalhado bem lá no fundo. Mais irônico ainda era a gente transar sem se resolver e findar brigando mais uma vez depois de tanto tempo. Eu juro que não estava entendendo mais nada, absolutamente nada, até que ele virou minimamente o rosto, me olhando em súplica pra que nós finalmente nos entendêssemos, porque nenhum dos dois aguentava mais se negar tanto. Eu sentia uma imensa falta dele e aposto que ele a minha.
O que tornava aquela situação uma das piores possíveis, era a nossa dependência emocional. Eu e havíamos descoberto tudo juntos, simplesmente tudo, desde o primeiro beijo, o primeiro amasso, o primeiro eu te amo, a primeira transa e, infelizmente, a primeira decepção amorosa. Nós dois estávamos inclinados a sofrer sempre por uma mesma coisa. Era sempre daquele jeito quando passávamos mais do que um mês nos relacionando, sempre dava em briga feia, e o pior de tudo era o sentimento crescer a cada reencontro, o aperto no peito, a vontade do abraço de ter um nos braços do outro. Quem disse que amar era fácil estava redondamente enganado.

Whoever said that love was sweet
Whoever said that life was easy
I wouldn't change a thing
'Cause you're the one I wanna sink with

- Não, não queria. – a frase saiu baixa e sincera, me desarmando completamente por aquela cara de cão sem dono. – Eu errei, tá? Eu tenho plena consciência. E eu me culpei por anos por ter sido impulsivo quando eu menos devia. – me chamou com um aceno, e mordi a boca, decidindo se cedia agora ou fazia mais um pouco de doce.
- Eu não devia ter te colocado pra correr daqui. – fiz a minha melhor cara de cachorro na chuva, o fazendo rir de leve e me chamar de novo com um aceno, eu resolvi ir e sentei perto dele. Meu ex, e aposto que ainda futuro, namorado, segurou minha mão e abriu um sorriso um tanto nostálgico, me deixando bem confusa. – Que foi? – perguntei baixo.
- Nossas brigas eram sempre essa loucura. – ele mordeu a boca e me olhou com um sorriso triste. – Menos a última.
- Sinto que terminamos ela agora. – ri baixo e senti meu corpo ser abraçado com força por , me fazendo entender que ele sentia minha falta e que o contrário também era recíproco. O abracei com força entre meus braços, sentindo ele acomodar o rosto no vão do meu pescoço, como se procurasse aconchego e carinho.
- Que bom. – ele suspirou aliviado. – Eu não aguentava mais isso. – me abraçou com ainda mais força.
- A gente precisava disso. – afaguei as gostas dele, o fazendo suspirar contente. – Terminar o que havia sido começado.
- Estamos bem, ? – meu ex, futuro ou ainda namorado(?), beijou minha bochecha bem pertinho da boca, e eu queria beijá-lo. Mas um beijo de verdade, pra arrepiar tudo. – Eu vou viajar amanhã e não quero ir com o coração apertado.
- Estamos bem. – ri baixo e lhe dei um beijinho apertado, um selinho meio desesperado, que fez o homem enrijecer o corpo. Por Deus, , nós tínhamos transado. O que era um beijo de nada?
me segurou pela cintura, endireitando a postura, enquanto dava vida a um beijo que tinha sido esperado ansiosamente por mim, após a gente não ter se visto mais e principalmente depois da nossa briga. Eu era louca por aquele homem e tinha um certo fetiche nele puto. Vai entender! Me agarrei ainda mais naqueles braços maravilhosos, subindo minha mão até a nuca dele, puxando seus cabelos da nuca. O soltou uma risada sacana que fez até meu último fio de cabelo arrepiar, e por fim, mordeu meu lábio, puxando entre os dentes.
- Quando você volta? – suspirei um tanto frustrada e o vi fazer uma careta.
- Em um mês e meio. – disse com a voz mais do que desgostosa e beijou de leve meu pescoço. – Sem chance de você escapar do emprego e ir me ver, pra eu matar minha vontade de você? – a pergunta saiu marota, fazendo meu coração descompassar.
- Sem chance de você ficar por aqui hoje? – saí beijando a bochecha dele até perto da orelha. – Sem chance? – soprei, ouvindo uma risada desesperada.
- Não pus uma camisa na mala ainda. – ele respirou fundo contra meu pescoço, e o abracei com força. – E eu preciso fazer isso ainda hoje. Não quer ir me ajudar? – ganhei mais um beijo no pescoço. Querendo morrer por ter que pegar plantão aquela bendita noite.
- Tenho um maravilhoso plantão hoje à noite. – meu sorriso era de gases, e soltou um grunhido frustrado, mas findamos rindo da situação.
Escorei minha cabeça no ombro dele, sentindo me abraçar com um pouco mais de força e carinho, me fazendo entender que aquilo era tudo que eu mais precisava. De carinho, de aconchego, dele. Depois de tantos anos de briga. Senti um beijo na testa e o abracei com um pouco mais de força, aproveitando os poucos minutos que nos restavam antes que ele precisasse ir.

-x-x-x-

Me espreguicei ainda na cama, chequei no celular pra ver se tinha alguma mensagem e vi uma do do começo da manhã. Já fazia quase um mês que eles tinham viajado, e minha relação a distância com o estava melhor do que a presencial, sempre nos falávamos todo santo dia, sobre tudo. E como de costume, depois do meu plantão, eu tinha dormido mais uma vez durante a conversa, o que me classificava como desonra por ter deixado o coitado falando sozinho. Ultimamente eu estava em um estado crítico de sono, onde eu me encostasse eu dormia, e aquilo era motivo para o meu maravilhoso irmão me zoar até a morte.
Levantei da cama e me espreguicei mais uma vez esfregando os olhos. Bocejei na tentativa de fazer todo aquele cansaço remanescente do sono ir embora e, por fim, me pus de pé. Suspirei, me arrastando até a porta do banheiro, sentindo minha cabeça rodar, meu corpo dar sinais de dor a cada passada que eu dava, principalmente os seios. Que merda tinha sido aquela? O plantão da noite anterior tinha sido mais do que cansativo, gente gritando de um lado, gente gritando do outro, eu me sentia a própria Florence no meio daquela bagunça em seu PS. Tinha sido destruidor, e meu sono tinha zero me feito descansar, o que combinado ao meu humor nas últimas semanas, deixava tudo pior.
Sabe quando você tem a certeza de que nada está em sintonia no seu corpo? Quando você sabe que nada está normal, mas prefere jogar a culpa no estresse do que pensar em alguma opção plausível? Eu estava exatamente daquele jeito.
Passei em frente ao enorme espelho que ocupava quase metade da parede perto do closet e parei de uma vez, vincando as sobrancelhas. Meu corpo estava diferente demais do que o que costumava ser, vinquei um pouco mais minhas sobrancelhas e fiz uma careta ao palpar os seios por cima da camiseta preta de alças finas. Eles pareciam maiores e, com certeza, estavam mais doloridos que o normal, eu estava imensa! Desci as mãos pelo quadril, vendo o quanto ele estava realmente largo e até mais arredondado. Até meu baixo ventre parecia mais alto do que costumava ser. Eu não tinha engordado daquele tanto nas últimas semanas.
E embora meu subconsciente quisesse culpar o período menstrual por todas aquelas mudanças catastróficas, uma vozinha rival a ele, gritava para meu instinto de enfermeira que aquilo nem de longe estava certo e algo tinha dado muito, mas muito errado. O foda era que eu sabia plenamente daquilo.
Passei as mãos pelo rosto e joguei meus cabelos pra trás, o amarrando no topo da cabeça. Dei uma última olhada no espelho e segui pro lavabo, abrindo um pequeno armário que abrigava todos os meus materiais de higiene pessoal e medicamentos, incluindo o anticoncepcional, uma agendinha com calendário e mais algumas coisas. Rapidamente peguei a cartela dos meus preciosos comprimidos do mês, junto com a agenda e um lápis. Abri na folha estavam os calendários individuais e quase senti minhas pernas cederem ao perceber que aquele era o último dia do meu ciclo, mas um bendito comprimido parecia sobrar ali. Como assim a menstruação estava atrasada em sete dias, e eu sequer tinha percebido aquilo? Como atrasada, se meu ciclo era um dos mais regulares que eu conhecia?
Cocei a cabeça, analisando todas as pistas dentro do calendário. Só poderia ter sido esquecimento na hora de marcar os dias, não tinha outro jeito, ou explicação. Na verdade, tinha, mas eu preferia acreditar que não. Vidrei os olhos no quadro completamente em branco, tentando me convencer do que aquilo realmente significava. Fodida, eu estava fodida.
Eu tinha sido burra, uma verdadeira idiota! Como eu, uma enfermeira competente e já na casa dos trinta e dois anos, havia deixado aquilo acontecer?
Encostei a cabeça na bancada gelada feita de mármore claro, sem querer acreditar no que estava acontecendo. Era muita irresponsabilidade pra uma pessoa só. Como aquilo tinha acontecido comigo? Soltei um riso incrédulo, sabia muito bem como tinha acontecido e com quem tinha acontecido. tinha tanta culpa quanto eu. Aliás, se culpar àquela altura do campeonato não ia fazer muita diferença, muito menos voltar no tempo e obrigá-lo a usar camisinha ou talvez lembrar de tomar a pílula.
Ainda com a cabeça encostada no mármore da bancada, respirei fundo, controlando meu emocional desequilibrado, e apanhei um teste de gravidez dentro do armário na minha parede. Sim, eu era prevenida em muitos aspectos, só tinha esquecido de me prevenir do sexo em questão. Ergui a cabeça, empinando meu nariz, e fiz o que deveria ser feito. Xixi no palito!
O coloquei meio largado na bancada, sentindo meu estômago afundar a cada respirada, e passei as mãos pelos cabelos, ainda me culpando pelo deslize. Mesmo que não tivesse mais um pingo de jeito, nós dois tínhamos que arcar com as consequências, mas antes eu precisava ligar pro Sébastien. Meu gêmeo e fiel escudeiro.


Fim.



Nota da Tatye: Oláaa! Tudo bem com vocês? O que acharam dessa curtíssima fic? KKKKK Veio bem oposta, né? Geralmente são gigantes!
Mais uma vez a sina do número 3 nos atingindo. Amém? Amém!
Espero que tenham gostado dessa confusão toda para que esses dois se resolvessem, afinal depois de uma bela briga, sempre vem as boas surpresas!

Nota da Cam L.: Oi, pessoas!
QUE BRIGA FOI ESSA, PRODUÇÃO? Preciso dizer: eu AMO ela. E foi muito bom fazer ela! Eu achei ela incrível. E vocês o que acharam?
E o PAH que foi essa descoberta de gravidez??? Meu Deus! O que acham que acontece a partir daí?
Beijos e até!



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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