eonjedeun nolleowayo
(Venha brincar a qualquer hora)
nunchigeimhaji malgo
(Não se preocupe com os outros)
shigani mojarada neukkyeojindamyeon
(Se você sente que o tempo está se esgotando)
maeil yagangaejanghalgeyo
(Eu vou abrir todas as noites)

sentia a ponta de seus dedos formigando pelo nervosismo do que logo aconteceria por ali, ainda mais ao deixar que seus olhos caíssem hora ou outra pelo longo caminho que levava da entrada do parque de diversões até onde ele estava. Não pôde deixar de se recordar de tudo o que havia lhe motivado a planejar algo como aquilo, mas só de saber a emoção que sua amada sentiria ao ver toda a surpresa, não tinha preço. Nunca teria.
O rapaz pressionou os lábios, sentindo o coração descompassar com todas as luzes que iluminavam a extensão do lugar e em como os brinquedos pareciam um pouco mais iluminados do que anteriormente. O céu estrelado também colaborava com a decoração que se misturava ao ar livre, o fazendo deixar um sorriso leve transparecer em seus lábios. O pouco frio que repassava volta e meia pelo lugar, balançando as folhas das árvores que rodeavam boa parte do parque, fazendo assim com que algumas se soltassem voando por ali, o fez estremecer um pouco mais, notando que até o clima daquele anoitecer estava de acordo com o que tinha em mente.
Talvez o fato de se declarar da forma certa, rondando pela sua mente vez ou outra, estivesse o deixando inquieto demais para que pudesse pensar em qualquer outra coisa e olhar para aquela extensa entrada também estivesse dificultando um pouco acalmar parte de seus sentimentos.
Ele deixou um pequeno sorriso crescer, ainda brincando com seus dedos e ergueu a cabeça em direção ao céu estrelado, fechando seus olhos brevemente. Pôde se lembrar nitidamente de quando conheceu , quando olhou o sorriso daquela mulher e nem mesmo pensou em como algum dia ela seria dona do turbilhão de emoções que dançavam dentro de seu peito com um pouco mais de intensidade naquela noite. E mesmo com todas as coisas que o fizessem ser tão diferentes, se amavam de forma tão transparente, tão pura, podiam dizer certamente que compartilhavam do mesmo sentimento, ardentemente.
Isso o fez lembrar de quando se aproximaram um pouco mais, se mostrando tão ocupada quase como se não tivesse tempo nem mesmo para respirar, somente para trabalhar e resolver seus afazeres. Ele podia ver nos olhos daquela mulher como fazia falta algo que a tirasse do chão pelo menos uma vez, algo que mostrasse que havia outras coisas que valessem à pena, não só como o trabalho que ela possuía.
E se ele não fosse insistente como tinha sido dentre todas as vezes que tentou se aproximar mais, nunca teria ela como a mulher que sempre sonhou na vida. Nem mesmo aceitando ser sua namorada.

O olhar do rapaz vagava por toda a prolongação da empresa que trabalhava, deixando que seus olhos vagassem pelas janelas acesas assim como sua atenção voltava para alguns funcionários que saíam naquele horário. Ele já podia avistar a lua que iluminava parte da cidade, assim como as luzes que saíam dos postes da rua enquanto com uma das mãos no bolso da calça social, esperava pela mulher terminar seu expediente.
Ele podia sentir seu coração palpitar um pouco mais apressado por saber que logo a encontraria e só de imaginar em como ela poderia estar linda trajando qualquer sobretudo sobre seu corpo pela friagem que fazia naquele anoitecer, tinha certeza que não aguentaria por mais tempo para se declarar como vinha planejando.
precisava dizer à ela como se sentia todo esse tempo.
Ele pôde avistar a silhueta da mesma caminhando em sua direção e assim que colocou seus olhos sobre o dele, um sorriso ameno surgiu em seu rosto.
— Você está aqui?
— Sim, eu disse que viria. — comentou, um pouco mais baixo. A mulher ajeitou os fios que esvoaçavam seu rosto, os colocando atrás da orelha. — E então, como você está?
— Cansada, o usual. — soltou uma risadinha. — Você quer ir a algum lugar?
— Só se não for exaustivo para você.
se posicionou ao lado do mesmo, balançando a cabeça veemente.
— Não mesmo. Nós vamos beber!
deixou uma risada fraca escapar com o ato da mulher que julgou por ser adorável naquele momento.
— Parece que você está bem animada. Bom, seu desejo é uma ordem. Vamos? A mulher o olhou por alguns segundos, sorrindo antes de colocar as mãos no bolso do seu grosso casaco começando a caminhar com ele em direção ao pub do centro da cidade que os dois conheciam bem.

Já era de se esperar que começariam com risadas altas e divertidas com toda a empolgação que e sentiam ao conversar sobre assuntos aleatórios depois de algumas cervejas já viradas. Não sabiam exatamente que horas eram e nem mesmo se importaram com aquilo quando a presença de ambos se fazia suficiente naquele instante.
O rapaz não queria desperdiçar nenhum segundo do momento que tinham e a vontade que ela tinha não era tão diferente. Eles tinham toda aquela troca de olhares, as borboletas que insistiam em fazer voltas na boca de seus estômagos e os sorrisos dados com, mesmo que não quisessem admitir, segundas intenções.
Aquilo era algo bom a se sentir.
— É complicado, por mais que eu não queira pensar muito nisso. — soltou um suspiro, brincando com o copo que ainda continha parte da bebida. — Você sabe como pode ser chato fazer a mesma coisa o tempo inteiro, não é? E eu queria, não sei, pelo menos um dia não ter com o que me preocupar.
O rapaz inclinou a cabeça levemente, observando a mulher falar como se estivesse colocando para fora tudo o que estava pressionando seu peito naquele tempo.
— Desculpe, acho que estou falando mais do que deveria.
— Não tem problema. Você pode desabafar se isso te faz melhor. — sorriu de canto, erguendo o copo com a cerveja. — Mas acho que consigo entender toda essa frustração. Quem sabe um dia eu possa te fazer ver o lado bom de tudo isso.
Ela deixou uma risadinha escapar, afirmando.
— Você sempre tentando levantar meu ânimo.
— E não é isso que os amigos fazem?
ergueu seu olhar, piscando lentamente ao focalizar o rosto de em seu campo de visão. Ela analisou todas as palavras que saíram de sua boca, se perguntando mentalmente se aquilo era o que ela realmente queria. Desde que havia o conhecido, o rapaz esteve disposto a ajudá-la com o que quer que fosse, mesmo sabendo de seu temperamento e dos poucos horários vagos em sua agenda sempre ocupada. Pôde vislumbrar um pouco mais do rosto de , que a olhava naquele momento inexpressivo, apenas a analisando assim como ela fazia. Naquele instante, a troca de olhares havia sido definitiva para apenas uma decisão.
— Eu sei que talvez não estejamos em nosso melhor estado e espero que não ache loucura, mas… — coçou a garganta, desviando seu olhar do dela brevemente. — Gosto de você, , bem mais do que achei que gostaria quando te conheci.
ficou em silêncio assim como ela, aguardando qualquer que fosse a resposta. Ela piscou algumas vezes, ainda o encarando.
— Você gosta de mim? — apontou para si mesma, o vendo concordar. — Mas eu não posso oferecer metade do tempo que você tem.
— — pronunciou o nome da mesma. Aquilo a fez despertar. — Você está oferecendo agora. — pressionou os lábios, contendo uma risadinha ao vê-la avermelhar. Ele conseguia se sentir infantil ao extremo só de olhá-la daquela forma, tão adorável. — Não sinta tanta pressão em apenas uma frase, não peço para que goste de mim da mesma forma. Seria incrível, mas…
— Mas eu gosto.
Aquilo fez com que ele parasse imediatamente, ainda com a atenção sobre o rosto da mulher à sua frente. Agora, quem tinha o pequeno sorriso contido no canto dos lábios era . Ela parecia tão ansiosa como ele, sabendo exatamente o poder que suas palavras teriam sobre o homem que a olhava, nitidamente não crendo no que tinha acabado de ouvir.
colocou o corpo um pouco mais para frente, esticando seus dedos em direção às mãos de e assim, as afagou, sentindo o calor que ele emanava.
— Eu gosto, . E acho que podemos tentar, por mais louco que possa ser.
E ele soube que aquele momento definiria a maioria das coisas que aconteceriam dali em diante.

jureul seo gidaril piryo eopseo
(Você não tem que esperar na fila)
jayuiyongkweoneul junbihago
(Prepare seu passe livre)
yeogi modeun geoshi always (Tudo aqui sempre está)
neol gidarigo isseo
(Esperando por você)
ibgureul jina keun namu ape
(Passando pela entrada e na frente de uma grande árvore)
majung naga seo isseulgeyo
(Eu vou te encontrar lá)
geugoseseobuteo nae son kkok jabgo
(A partir daí, segure minha mão com força)
nal ttarawajumyeon dwaeyo
(Você só precisa me seguir)

sorriu, mais uma vez. Pôde sentir o vento enlaçar vez ou outra, como estava fazendo desde cedo e tentaria se concentrar em qualquer outra coisa que não o fizesse pensar na forma que estava nervoso, mas a visão de longe dele, na entrada do parque, o fez se esquecer de todas as lembranças e preocupações que ocupavam sua mente no momento.
Ele só queria focar na mulher que amava.
Não era como se ela não fosse linda de todas as maneiras, mas olhá-la tão resplandecente com o vestido solto ao redor de seu corpo a deixando ainda mais deslumbrante do que já era. Aquela visão era demais para que ele pudesse aguentar.
A observou caminhar todo aquele corredor, tendo as luzes do parque e dos brinquedos a iluminando. Tudo começaria naquele instante.
franziu o cenho ao encontrar a entrada do parque tão vazia como não costumava ficar. Observou que as únicas pessoas que se encontravam por ali eram alguns funcionários espalhados e todos pareciam sorrir para ela, como se quisessem a deixar o mais confortável possível e aquilo fazia com que seu coração palpitasse levemente pela curiosidade em saber o que estava acontecendo.
Quando caminhou a passos lentos pelo caminho que levava até o meio do parque de diversões, uma de suas mãos fora levada até a boca involuntariamente pelo que estava vendo. estava parado, no meio de toda a arborização e iluminação do lugar, segurando um pequeno buquê de rosas em uma das mãos enquanto a outra estava dentro do bolso da calça, tentando conter toda a ansiedade que sentia ao esperá-la.
Ela não podia acreditar que tudo aquilo havia sido ideia do namorado.
— Você…
— O que foi? — perguntou contendo o sorriso aberto que queria surgir em seus lábios ao ver a surpresa estampada no rosto da mulher. Ela olhava ao redor, encantada e desacreditada ao notar tudo o que a esperava. não estava acreditando que havia feito algo daquele tipo, nem mesmo imaginava que ele planejava algo assim.
— O que foi? — repetiu, levando uma das mãos no braço dele. — Querido, olhe ao redor. Isso é… Você fez isso?
Ela ergueu o indicador, apontando para os brinquedos acesos e a pouca música que tocava. O rapaz aproveitou sua distração para aproximar seu corpo, colocando suas mãos nas laterais da namorada.
voltou a olhá-lo, piscando algumas vezes. Ele balançou a cabeça, concordando com sua pergunta.
— Você ficou louco?!
— Por você, sabe que sim. — deixou um pequeno beijo em sua testa, ainda ouvindo a namorada exclamar com o que havia feito.
— Você sabe que não precisava de algo assim para me fazer feliz. Eu te disse que podíamos ficar em casa curtindo qualquer outra coisa e...
Ele voltou a olhá-la, deixando seu olhar cair sobre a mulher que tentava arrumar alguma desculpa provavelmente ao imaginar o trabalho que tudo aquilo deveria ter lhe dado. pressionou os lábios, contendo a vontade de beijá-la ali antes de tudo o que tinha em mente.
— Nós podemos fazer isso também depois, não tem problema. — sem pressa, deixou que suas mãos deslizassem dos braços da namorada em direção ao rosto dela, o segurando. — Mas agora, meu amor, eu vou fazer de tudo para que você tenha a melhor noite, sem qualquer preocupação.
Dito isso, sorriu minimamente, a beijando na testa mais uma vez. fechou os olhos por alguns segundos, podendo sentir seu corpo esquentar pela proximidade que ele demonstrava e sentindo também, as borboletas em seu estômago um pouco mais evidente.
Ela aproveitou o quão próximos estavam para enlaçar seus braços ao redor do namorado, podendo sentir o cheiro do perfume que ela tanto amava sentir em seus dias mais estressantes e ocupados, era uma das únicas coisas que sabia que poderia a manter sã. nunca pensou que algum dia poderia se sentir tão segura perto de alguém como se sentia com ou até mesmo naquele instante, em que os barulhos ao redor não importavam para nenhum dos dois.
A presença deles ali já bastava.
— Você está pronta? — perguntou, podendo ver o olhar no rosto da namorada brilhando por si só. Ela sorriu.
— Para qualquer coisa se eu estiver com você.
— Isso é melhor do eu esperava. — deixou um beijo morno, de forma rápida, na bochecha da mesma antes de se afastar minimamente para poder observá-la um pouco mais. Olhá-la em seus braços, tão confortável, o fazia perceber que parecia tão pequeno ao seu lado, o fazendo se dar conta de que ela era tudo o que ele precisava.
estendeu uma das mãos em direção a ela, pronto para que a mesma a segurasse e pôde sentir o morno dos dedos da namorada entrelaçando os seus.
— Você só precisa me seguir, amor.

jeogi gwallamcharo galkkayo
(Vamos para a roda gigante ali?)
dangshin wihae mandeulgo gakkun
(Eu só o guardarei para você)
jeongweongwa nae mameul boyeojulgeyo
(Eu vou te mostrar o jardim e meu coração)
jeo rolleokoseuteoneun eottaeyo
(Que tal aquela montanha russa?)
hollo jisaeudeon bamcheoreom
(Como a noite que passei sozinho)
oreuraknaerirakhaeyo
(Vai para cima e para baixo)

Sempre que tinha a oportunidade e em todas as vezes que se encontrava distraída observando toda a arquitetura e brinquedos espalhados por ali, deixava que seus olhos repousassem sobre ela, admirando o quão linda ela estava naquela noite e por mais que não quisesse admitir aquele fato, se encontrava mais nervoso do que estava quando soube que ela já estava a caminho.
Ele queria, mais do que tudo, que todo seu planejamento desse certo a ponto de que, ao final, obtivesse a resposta que tanto queria desde que se imaginou fazendo aquilo. Os dedos nervosos vasculhavam o bolso da calça, como se aquilo o mantivesse um pouco mais calmo, sabendo que não daria muito certo, então apenas focou no fato de que a mulher que amava estava ali, a seu lado, inteiramente aconchegada em seus braços.
Quando se aproximaram de um dos brinquedos mais simples pelo qual começariam mais uma vez, pôde sentir que parte de sua surpresa começaria ali, assim que se sentassem no mesmo. Ele deixou propositalmente que fosse mais na frente, ainda mantendo seus olhos sobre ela e vagarosamente, caminhou em sua direção. Ela se virou, ajeitando o vestido para que pudesse se sentar e quando se virou, se deparou com um pequeno cartãozinho preso de forma firme ali, para que não voasse.
desviou o olhar para o namorado, franzindo o cenho e deixou um sorrisinho bobo escapar, abrindo o pequeno envelope no mesmo instante que sentiu os braços do rapaz a abraçando.
— Eu quero te oferecer os melhores sentimentos e te dar todo meu coração. — sussurrou para ela, a afagando um pouco mais. ainda mantinha um sorriso no rosto ao ouvi-lo e ao ler o que ali estava escrito.

“Quero lhe mostrar como meu amor pode ser grande, tão grande quanto o jardim desse parque. Tão grande como meus sentimentos, dentro de meu coração...”

Ela o olhou, podendo avistar o rosto de próximo ao seu, ainda sentindo o nervosismo e ansiedade tomar conta de si pelo que acontecia.
— Espero conseguir te mostrar, não só com palavras, o quanto eu amo você.
E assim, encostou seu rosto ao dela, fechando os olhos brevemente, como também fez, sentindo que seu lugar era ali, nos braços do homem que a fazia se sentir segura.

benchie anja shwilkkayo
(Vamos sentar no banco)
aiseukeurim gachi meogeoyo
(e tomar um sorvete)
chokowa banilla gomini dwendamyeon
(Chocolate ou baunilha? Não se preocupe)
honhabe chyureoseu saolgeyo
(Vou comprar os dois)
gwishine jibeuro galkkayo
(Devemos ir para a casa mal assombrada)
museoumyeon angyeodo dwaeyo
(Se você estiver com medo pode me abraçar)
i sonman nochiji marayo
(Não solte minha mão)
jogeumdo ashwiweo marayo
(Não fique nem um pouco desapontada)

Não havia como expressar a onda de sentimentos que tomavam conta do casal naquela noite. A cada pequeno gesto, a cada pequeno brinquedo que eles iam e se divertiam, o sentimento de pertencer um ao outro crescia um pouco mais, se tornando mais intenso e profundo, os dando a certeza de que não havia dúvidas de que estavam com quem realmente queriam estar.
se sentia muito mais do que encantada com tudo o que o namorado havia planejado para ela, não só como a surpresa principal que havia sido o parque só para os dois, mas como cada pequeno recado que deixava para ela nos brinquedos, deixando claro o quanto ele gostava dela, sem rodeios. Tão direto como ele sempre havia sido. Aquilo fez com que a mulher se recordasse de como ele havia feito de tudo para se aproximar, para estar com ela, para fazê-la feliz e mesmo com todas as desculpas e ocupações, se sentiu extremamente grata por não ter recusado a primeira vez que em saíram, a primeira vez em que trocaram olhares e a primeira vez que se beijaram.
Ela pôde ter certeza de que valia mais a pena do que podia imaginar.

Os olhos da mulher rodeavam o parque Namsam, pensando seriamente se deveria estar ali naquela hora e tentava vasculhar em sua mente se não tinha algum compromisso ao invés de estar na entrada no lugar, protegendo seu rosto do pouco sol que se abria no céu de Seoul naquele início de tarde, esperando por alguém.
A verdade era que costumava não ter tempo nem para ela, costumava só pensar em seu trabalho e não focar nas demais coisas que aconteciam ao seu redor, muito menos fazia questão em iniciar novas amizades, mas tinha algo em que a fazia querer o contrário de tudo aquilo. A fazia querer conhecê-lo, sentir vontade de conhecer um pouco mais de tudo o que tinha a seu redor e que tinha perdido todo esse tempo. E por mais que não quisesse admitir, no fundo de sua mente, algo estava começando a brilhar um pouco mais, mostrando o real sentido de tudo que ela havia deixado de notar.
E o responsável por tudo aquilo era .
Ele sentiu seu peito esquentar com o pensamento e involuntariamente, um sorriso pequeno escapou no canto de seus lábios, a fazendo se perguntar que tipo de sentimento era aquele o qual ela não queria deixar se esvair.
Por uma pequena fração de segundo, se imaginou fazendo o possível para que não deixasse escapar.
— Espero não ter deixado você esperando por muito tempo.
Piscou algumas vezes pelo pequeno susto com a voz do rapaz tão próxima a si e virou o corpo, o avistando. parecia mais bonito naquele dia, com o sol batendo sobre seu rosto enquanto sorria com os olhos em direção à ela.
respirou fundo. O que era aquilo remexendo em seu coração?
— Não deixou, está tudo bem. — balançou a cabeça, tentando conter um sorriso. Ele continuou a olhando. — O dia hoje está tão bonito que realmente não notei quanto tempo se passou.
Ele deixou uma risadinha fraca escapar, o que chamou a atenção da mulher.
— Você parece mais aliviada hoje. Quase como se não houvesse nenhum estresse do trabalho. — deu de ombros, se posicionando ao seu lado. — E isso é muito bom.
— Ah, sim, claro…
O rapaz pôde notar o exato momento em que as bochechas de tomaram um tom mais avermelhado, a fazendo levar suas mãos até o local, tentando disfarçar o que acontecia. E aquilo só o fazia achá-la ainda mais encantadora.
Ela tentou puxar qualquer outro assunto que o fizesse não notá-la, nem deixá-la envergonhada como estava deixando. Por mais que não quisesse admitir, o rapaz tinha um efeito sobre ela que não sabia descrever. Talvez pelo fato de estar sendo um bom amigo, mas ela sabia que no fundo não era isso.
Na verdade, ela tinha certeza, só não queria acreditar que realmente estava nutrindo sentimentos por .
Eles continuaram a caminhar pelo parque sem se importar com a hora que passava nem mesmo com as vozes de algumas conversas e os gritos agitados de algumas crianças que brincavam ao redor. Nada daquilo importava muito no momento, eles só queriam apreciar o fato de que era muito bom estar perto um do outro.
— Como você está se sentindo? É realmente bom estar fora do nosso local de trabalho.
— Eu preciso mesmo concordar com você. Não faz ideia de como eu me sinto aliviada! — disse, sorrindo abertamente quando seus olhos encontraram o do rapaz. Ela os desviou, fechando os seus brevemente. — Caramba, até o cheiro do ar livre é incrível.
— Eu te disse que faria bem. — concordou, colocando uma das mãos no bolso da calça. — E que bom que você veio, fico muito feliz.
— Eu também fico.
Com isso, o olhou mais uma vez, pressionando os lábios ao tentar conter outro sorriso que ressurgiria ali. Por alguns segundos se sentiu como uma garotinha, com aqueles sentimentos novos se aflorando cada vez mais só por estar com alguém.
Ela só não fazia ideia de como seria bom se sentir daquele jeito.
Não demorou muito para que continuassem a caminhar por ali e assim como a conversa ia se intensificando, o calor também fazia o mesmo. ajeitou os cabelos para trás, fazendo manter seus olhos sobre seu rosto quase como se fosse uma pintura a ser observada, sem pressa e quando ele voltou a olhá-la, piscou brevemente desviando de seu olhar, um tanto envergonhada.
— Eu vou comprar um sorvete. Você aceita? — ele a viu assentir. — Chocolate ou baunilha? — demorou um pouco mais de tempo para escolher qual preferia e o rapaz sorriu com sua indecisão, balançando a cabeça. — Não tem problema, vou trazer os dois. Você me aguarda aqui?
— Sim, mas espere. Deixe eu pegar… — ergueu o indicador, abaixando a cabeça para abrir sua minúscula bolsa, mas era claro que não aceitaria aquilo. Ele esticou uma das mãos, encostando na dela e sorriu abertamente.
— Não precisa disso. Só me espere aqui, ok? Já estou voltando.
E com olhar de ainda sobre si, ele a observou um pouco mais antes de se virar e caminhar entre as árvores que decoravam o parque ao redor, fazendo com que ela continuasse ali o aguardando, mas ainda sentindo seu coração bater mais rápido dentro do peito.

— O que é esse olhar em seu rosto?
A pergunta fez com que ela fechasse seus olhos brevemente antes de abrir e se deparar com a feição adorável do namorado em sua direção. Por mais que pudesse responder naquele momento, continuou o observando tentando achar uma forma de agradecê-lo por nunca ter desistido, por sempre ter arrumado algum jeito de se aproximar e ter feito de tudo para que ela fosse sua.
seria eternamente grata por aquilo.
Ela deixou que uma de suas mãos seguissem em direção ao rosto do amado, depositando ali um leve carinho com a ponta de seus dedos, e assim se aproximou levemente.
—O olhar de quem quer te falar tudo o que deixei de falar um dia.
Aquela resposta fez com que estremecesse um pouco, ainda parado, mas ao ver os olhos brilhantes de sua namorada, teve certeza de que ela não o decepcionaria.
— Por mais que eu esteja ansioso para saber o que quer dizer e céus… Eu realmente estou — segurou as mãos da mulher, deixando escapar uma risadinha nervosa. — Você consegue aguardar só um pouco mais?
O olhar ansioso estampado no rosto do homem à sua frente, a fez franzir o cenho tentando vasculhar em sua mente algo que o fizesse estar daquele jeito, mas a única coisa que conseguiu anotar era a forma com que ele parecia inquieto, enquanto tentava não transparecer seu nervosismo.
Ver daquela forma era novo para ela, já que o rapaz era o único que sempre a acalmava por transmitir sua tranquilidade.
— E quem sabe depois de visitarmos a casa mal assombrada, eu também possa te dizer tudo o que eu sinto.
Deixou mais um sorriso escapar, este que fez o coração da mulher derreter gradativamente dentro do peito e esticou sua mão mais uma vez, não demorando muito para que sentisse sua namorada a afagando.

weonhamyeon mweodeun matchulgeyo
(Farei o que você quiser)
Always always be yours
(Sempre, sempre será seu)

sentiu o nervosismo tomar conta de si mais uma vez e mesmo que quisesse pensar que fora por um susto qualquer dentro da casa mal assombrada, ele sabia que não se tratava disso. O rapaz sabia que aquela noite estava terminando e o ponto alto de tudo o que planejou estava se aproximando um pouco mais. Não queria entender o motivo de todo o nervosismo e inquietação que tomava conta de si no momento. Não queria entender porque a cada risada que ele podia ouvir de sua namorada, o fazia ter mais certeza de que ela era a única pessoa que ele queria em sua vida para sempre.
E era exatamente por conta disso que não havia motivos para que ele pensasse que nada pudesse dar certo.
— Meu Deus, amor! Você está bem? — perguntou, tentando segurar a risada que continha por ver a expressão estampada no rosto do rapaz. Os dois haviam gritado mais do que imaginavam com cada assombração que aparecia na frente deles. — Para ser sincera, eu achei que me assustaria mais do que você.
— Se eu soubesse que ia parecer tão real assim, seria um dos brinquedos que eu não faria questão de que estivesse funcionando. — tentou se explicar, o que arrancou mais uma risada da mulher e aquilo o fez rir junto dela.
— Não precisa se explicar. Você até que ficou uma graça com esses olhinhos arregalados.
esticou suas mãos em direção a ele, passando os dedos na lateral de seu rosto e os deslizando até suas bochechas. a olhou.
— Você não faz ideia de como eu estou satisfeito de ver esse sorriso no seu rosto. — se aproximou levemente da namorada, beijando a ponta de seu nariz. — Por mais que você tenha dito que eu sou um louco por ter feito isso, nessa noite — soltou uma risadinha fraca, a puxando para si. — Eu sei que ainda tem muito mais que eu possa fazer por você, .
Ela deixou seus olhos sobre ele, balançando a cabeça levemente.
— Eu não preciso de mais nada, se você estiver comigo. Não vou precisar de uma surpresa enorme, nem mesmo presentes caros, já que tudo o que eu desejo, está bem aqui, na minha frente.
nunca teve dúvidas de que ela era a mulher da sua vida, mas aquela frase despertou a coragem adormecida que ele tanto estava precisando para fazer o que queria. O rapaz segurou a mão da namorada, depositando um beijo leve no peito da mão em que segurava e a olhou uma última vez, antes de começarem a caminhar por ali.
— Então, meu amor, espero que esteja preparada para nossa última diversão dessa noite.
Eles continuaram a caminhar, podendo avistar a roda gigante quase ao fim do parque, ainda tendo todo o caminho iluminado até que chegassem lá.

kkumgwa sarangi gadeukhaeyo
(Cheios de sonhos e amor)
shinbihan sesangeuro tteonayo
(Vamos para um mundo misterioso)

Ele podia jurar que ouvia seu coração batendo rápido dentro do peito, mesmo tentando deixar que seus olhos caíssem sobre a namorada como se aquilo fosse o acalmar. não queria tentar demonstrar como estava nervoso com o que faria, nem mesmo queria estragar a surpresa entregando tudo, mesmo não sendo sua intenção.
Com isso, deixou seu olhar cair sobre a roda gigante uma última vez, antes que subissem os pequenos degraus do brinquedo. Ele acenou brevemente para um dos funcionários que ali estava e com um sorriso ameno em seu rosto, se virou para observar a feição deslumbrada que tomava conta de ao olhar vagamente para o brinquedo iluminado perto de si. Vê-la ali, tão distraída e encantada, como se não houvesse qualquer preocupação para tomar conta de seus pensamentos, o fez ter certeza de que havia tomado a decisão certa ao planejar uma surpresa como aquelas. sabia que era o mínimo que poderia fazer para sua amada.
Os dois se ajeitaram brevemente em uma das cabines, enquanto travavam o brinquedo com segurança e assim que a olhou mais uma vez, pôde ver que a namorada se encontrava agitada, da maneira como ele imaginou que ela ficaria.
Aquilo o fez sorrir.
— Eu não sei explicar o quão incrível você é para mim. — começou, se ajeitando da forma que pudesse entrelaçar seus braços juntos aos dele, assim se aconchegando junto ao namorado. — Não precisava de tudo isso, como te falei, ainda não caiu minha ficha de que você alugou um parque inteiro só para nós dois…
Ela ergueu o olhar para , fazendo com que os dois soltassem uma risadinha fraca.
— Hm… Realmente. — disse, parecendo pensar. — Eu me lembro bem de quando, em uma conversa que tivemos, você me disse que queria ter pelo menos um dia sem qualquer preocupação. — inclinou a cabeça levemente, ainda mantendo seus olhos sobre o dela. — E eu espero ter realizado esse desejo, da forma que queria.
fechou os olhos brevemente, aproximando o rosto do namorado, depositando um beijo leve no instante seguinte.
— Você fez muito mais que isso, .
O rapaz soltou um suspiro lento, ainda com o rosto da mulher próximo ao seu e com um sorriso fraco, a olhou uma última vez. virou o rosto assim que o brinquedo começou a subir lentamente, podendo fornecer uma vista admirável da cidade no campo de visão dos dois. Ela levou uma das mãos na boca, não acreditando no que via, em como as luzes de toda a cidade contrastavam com o céu estrelado e azulado e aquilo só fez com que as luzes coloridas do brinquedo desse um toque mais do que especial.
— Isso é lindo demais. — sussurrou, ainda com os olhos brilhando pela excitação e admiração. só conseguia observar a forma com que ela se encontrava.
— É muito bom ver como você está gostando, meu amor. — aproximou o rosto do dela, deixando um beijo calmo na lateral de sua cabeça. — Acho que acertei dessa vez.
— E quando é que você chegou a errar, querido? — deixou outra risadinha escapar. Ele ainda a olhava. — Você sempre fez tudo da melhor forma e eu sem… Oh — se remexeu, olhando para os lados como se algo a incomodasse. abaixou a cabeça, colocando suas mãos atrás do corpo e com delicadeza, retirou o último envelope que ali estava. — Outro envelope? O que é? Tem uma cor diferente.
O rapaz balançou a cabeça, concordando com ela e deixou os olhos pousarem sobre o envelope avermelhado, diferente de todos os outros que eram brancos.
— Parece que você o encontrou. — esticou a mão em direção ao rosto dela, afastando os fios teimosos que balançavam pelo vento. — Por que não abre para descobrir?
— Você…
A mulher franziu o cenho, deixando que um pequeno sorriso curioso surgisse no canto de seus lábios e sem esperar muito, com os dedos agitados, retirou o pequeno selo que o fechava, abrindo a carta e deixando que seus olhos passeassem pelo pequeno papel que ali dentro estava.
No primeiro momento, inclinou a cabeça para o lado, tentando decifrar a pequena frase e ao olhá-la, sentiu seu coração acelerar um pouco mais.

“Assim como esse parque de diversões, eu também quero ser um para você, mas isso só pode acontecer se você aceitar…”

continuou com os olhos sobre ela, aproveitando o pequeno tempo em que a namorada ainda olhava para o pequeno papel em mãos para levar uma de suas mãos até o bolso da calça, retirando a minuciosa caixinha de veludo preta dali.
— Aceitar? Eu não enten… — perguntou, sentindo a roda gigante parar em seu topo, deixando toda aquela paisagem disponível para o casal. Quando virou seu rosto, podendo ver o do namorado próximo ao seu, segurando aquela caixinha já aberta, deixando à mostra o anel que ali reluzia da mesma forma que os olhos do rapaz, pôde sentir seu coração parar.
Ela o sentiu parar exatamente como o tempo, percebendo que a única coisa que existia ali, não era a roda gigante, nem mesmo a paisagem que era de tirar o fôlego. A única coisa que ela conseguia focar era o rosto de , tão ansioso e inquieto como ela também estava começando a ficar.
— Isso só pode acontecer se você aceitar se casar comigo. — completou a frase antes escrita no papel, ainda sem tirar os olhos da mulher que amava. pressionou os lábios, sentindo seus olhos começarem a marejar brevemente com o que ele tinha dito e por alguns segundos, não soube o que fazer, muito menos como agir. Ela só sabia que sua resposta seria sim.
Mil vezes sim.
A mulher balançou a cabeça com tanta certeza que seu ato fez com que soltasse uma risadinha fraca, se sentindo emocionar exatamente como ela.
— Então seja meu parque de diversões. Para sempre.
— Isso é um sim?!
piscou algumas vezes, deixando um sorriso aberto escapar, sem conseguir contê-lo. deixou uma risadinha fraca escapar pela surpresa no rosto do namorado e balançou a cabeça mais uma vez.
— Com toda certeza é um sim, meu amor. Eu amo você.
Com isso, aproximou seu rosto do dele, selando seus lábios em um beijo profundo e imerso em emoções, as quais somente eles conseguiam decifrar naquele momento, com toda a mistura de sentimentos que só os fizeram ter certeza de que tudo havia acontecido da melhor e mais bonita forma que deveria acontecer. Os dois sem qualquer preocupação e agora, cheios de sonhos e amor para seguirem juntos.

hwaryeohan bulkkonnori
(Fogos de artifício coloridos)
dulmane meotjin peoreideu
(Um desfile maravilhoso para nós dois)
naneun dangshine norigongweon
(Eu sou seu parque de diversões)

Nota da autora: Oi, pessoal! Queria dizer que essa shortfic ficou a coisa mais fofa, ainda mais que tive um pequeno surto com o Siwan por esses dias hahaha Espero que vocês tenham gostado também! Um parque de diversões pode oferecer uma experiência e tanto! hahaha Beijos!
Caso queira ler mais histórias minhas, vou deixar minha página de autora: aqui

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