04. Lonely Boy

Fanfic Finalizada

Capítulo Único

e Choi Beomgyu se conheciam desde os 14 anos de idade como quase todo amor adolescente eles se conheceram na época do colégio. Logo que Gyu se mudou para a escola em que estudava eles se tornaram os melhores amigos e em pouco tempo engataram um romance, foi difícil pros dois no começo, porque eles eram de classes sociais diferentes, Beomgyu era bolsista e vinha de uma família problemática ao contrário dos que tinham uma boa vida, e davam para a filha todo amor e todo suporte que eles conseguiam. os Choi só colocaram seu filho do meio na rua por que podiam ser processados por abandono de incapaz, mas foram anos difíceis até que Gyu fosse morar com um meio irmão muito mais velho que ele. Ele não aguentou ver o irmão passar pelas humilhações que sofria, só por querer ser alguém diferente deles e ter uma vida diferente.

Os dois eram cúmplices em tudo, viviam juntos, se divertiam e tudo mais, mas conforme iam crescendo, seus desejos e sonhos, mesmo que eles não notassem, seguiam para direções diferentes. Mas como eram jovens e apaixonados, sequer notaram ou pensavam naquilo.

— Vai ser divertido. — disse parando na frente da loja com vários desenhos pendurados na vitrine, muito empolgada, enquanto Gyu só olhava para os rabiscos e algo dentro dele o alertava que aquela não era uma boa ideia.
— Eu não tenho certeza , isso vai ficar para sempre gravado na gente. — Ele disse relutante, realmente pensando que: ok ele queria ficar com ela para sempre, mas a vida era uma incógnita, e eles eram jovens demais para pensar sobre o resto de suas vidas inteiras.
— Não seja assim, você não me ama, é isso? — O tom de chantagem emocional estava quase totalmente presente naquelas falas da mulher e embora ele soubesse que ela estava usando daquela artimanha, ele sempre ficava mexido.
— É claro que eu te amo, , eu só não acho que isso vai demostrar o meu amor por você. — Além do fato de ainda serem menores de idade, fazer uma tatuagem de casal, como uma aliança de compromisso era um pouco além para o rapaz.
— Acho que só eu amo nesse relacionamento, tudo bem Beomgyu, se não quiser fazer a sua, não a faça, mas eu vou fazer a minha e carregar para sempre a marca do meu amor por você. — saiu batendo os pés e entrando no estabelecimento, Choi a seguiu até lá, não deixaria que ela fizesse aquilo sozinha, passaria por cima de suas convicções naquele momento para agradar a namorada.

Não doeu como ele imaginou que doeria (não naquele momento é claro) mas ele por algum motivo sabia que mais cedo ou mais tarde aquela marca em seu dedo seria motivo se arrependimento.

Choi e namoraram por exatos quatro anos até que o destino ou as escolhas da vida os separou.
Chovia muito para aquela época do ano, algo fora do comum, mas não tão surpreendente pela quantidade de calor que estava fazendo. Os dias eram claros e quentes, as noites eram tensas e chuvosas, muitos raios e trovões, chuvas intensas e pouca visibilidade nas estradas.

― PRA MIM JÁ CHEGA KANG. ― Gyu gritava dentro do restaurante da família , as lágrimas cobriam todo seu rosto e já chegava a molhar a gola da camisa. ― CANSEI DE SER UM IDIOTA QUE SEMPRE ESTÁ AQUI PRA VOCÊ BRINCAR COMO QUISER. ― Ele pegou a bolsa que carregava e foi em direção a porta do estabelecimento.
― VOCÊ QUER QUE EU FAÇA O QUE BEOMGYU, QUE EU PARE A MINHA MALDITA VIDA SÓ PORQUE VOCÊ INVENTOU QUE QUERIA ME VER, EU ESTOU EM UM MOMENTO DA MINHA VIDA QUE EU NÃO POSSO DAR MOLE, VOCÊ SABE O QUE A PORRA DE UMA TREINEE TEM QUE PASSAR ATÉ VIRAR A MERDA DE UMA IDOL? ― sentia seu corpo todo ser tomado por uma raiva que não conseguia controlar.
Há um ano e meio foi convidada por olheiro para ser trainee de uma grande empresa em Seul, e como ser uma cantora famosa sempre foi seu maior sonho, ela aceitou, teve apoio da família, dos amigos e principalmente do namorado, ela foi peça chave na decisão da moça na mudança para outra cidade e na busca pelos seus sonhos.
Beomgyu entendia e sempre apoiava a namorada, mas levar um relacionamento a distância era difícil e ficou ainda mais difícil quando ao invés de ficar com o amado no tempo de folga, saia com as companheiras de empresa, com a desculpa que precisava se enturmar, mas com isso ela ficava cada vez mais ausente em busan e com a família e o namorado.

― PRIMEIRO QUE EU NÃO INVENTEI QUE QUERIA TE VER KANG. ― Beomgyu disse no mesmo tom que , com lágrimas nos olhos e já na porta do restaurante. ― ERA SEU FINAL DE SEMANA DE FOLGA E ERA A DROGA DO CASAMENTO DA MINHA SOBRINHA, VOCÊ SABE O QUANTO ELA É IMPORTANTE PRA MIM, EU SÓ QUERIA QUE VOCÊ ESTIVESSE DO MEU LADO, TRÊS MESES , FAZEM TRÊS MESES QUE A GENTE NÃO SE VIA ― Ele saiu do local, se molhando na chuva forte. foi atrás dele e o segurou pelo braço, para impedir que seguisse para o carro que estava parado a poucos metros.
― Mas porra Beomgyu, não precisa de tudo isso, eu estou aqui agora não estou? Eu já pedi mil desculpas, eu pedi uma saída especial da empresa pra vir te ver. ― Ela sentiu que tinha passado dos limites, e seu tom de voz era calmo agora, sabia que de cabeça quente não iam resolver nada.
― EU JÁ DISSE QUE TE PERDOOU , EU JÁ TE DISSE ISSO PELO TELEFONE DEPOIS DE CHORAR POR UMA NOITE TODA, QUANDO EU FIQUEI TE ESPERANDO IGUAL UM IDIOTA, PORQUE NEM UM TELEFONEMA VOCÊ CONSEGUIU ME DAR, POR ESTAR EM UMA FESTINHA RIDICULA OU SEI LÁ, MAS QUER SABER? EU SOU UM IDIOTA CRETINO MESMO, QUE ACHA QUE SOU TÃO IMPORTANTE PRA VOCÊ, COMO VOCÊ É PRA MIM. ― Gyu se soltou das mãos de . ― Vai ser melhor assim , você vai poder seguir seu sonho e focar na sua vida em Seul e eu a minha aqui. ― Ele não conseguia controlar o choro, a amava como a sua vida e a dor da separação era forte, mas tinha certeza que era o melhor, ele não podia e nem queria ser prioridade na vida da namorada agora, e também não podia parar a sua vida em função da mesma, então, realmente era a coisa mais sensata a se fazer.
― Você tem certeza disso Choi Beomgyu? Você sabe que comigo não tem essa de termina e volta, eu já te disse isso. ― O tom na voz de era sério e um pouco ríspida.
― Se a gente tiver de ficar junto um dia vai ser , mas não estamos no momento certo pra “nós” acontecermos agora. Nossas vidas não estão mais na mesma sintonia. ― Ele seguiu para o carro e parou na porta do automóvel.
― Espero nunca mais olhar pra sua cara Beomgyu. ― estava magoada, irritada e sobrecarregada e terminar seu longo relacionamento daquele jeito e naquele momento só deixou seus sentimentos mais a flor da pele.
― Não diga coisas das quais você pode se arrepender . Eu te amo, espero que tenha uma boa vida. ― Gyu também estava magoado demais com toda aquela situação, mas era isso, ou viver sofrendo e se sentindo menos do que ele realmente era, dito isso entrou no carro.
― Eu te odeio Choi, te odeio.
ficou chorando parada onde estava, enquanto via o amor da sua vida arrancar com o carro.

Aquela noite estava realmente horrorosa, chovia demais e um relacionamento de quatro anos tinha acabado de acabar. Tudo que Beomgyu conseguia pensar dirigindo na chuva era: como viveria sem ela. As mãos no volante exibiram aquela tatuagem e ele só queria chegar logo em casa e se acabar, talvez de chorar, talvez de dormir - porque estava precisando e era assim que seu corpo lidava com os problemas - ou de tanto comer todos os sorvetes que tinha pelo freezer em casa.

Sabia que quando ela ameaçava ela cumpria, e nessas questões de relacionamentos também, rompia facilmente a convivência de uma vida com um parente, com um relacionamento amoroso então, nem se diga. Sabia que o orgulho dela não permitiria que voltasse atrás, mas estava realmente esgotado de toda aquela situação, estava cansado de se diminuir para se encaixar no pequeno espaço que ela reservava para ele. Não era o suficiente e ele assim como ela precisava de pessoas que os transbordassem, não que os limitassem.

Ele voltou a ser o garoto solitário, vivia a vida dele, via todo o sucesso que ela conseguiu almejar depois que debutou como a idol magnífica que ela era e sentia falta, não podia negar, talvez fosse aquela dependência emocional que todo mundo falava, talvez o fato de mesmo com todos os anos passados, aquela tatuagem em seu dedo continuava ali, um pouco mais desbotada e com uma cor que ele não conseguia mais identificar qual era, mas estava ali, com aquela marca, a marca do que um dia foi um grande amor, um grande arrependimento e hoje ainda era uma grande dor.


Fim



Nota da autora: Sem nota.
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