Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

não deveria ter sobrevivido, mas seu povo era leal e usou de todos os recursos para trazê-la novamente a vida e isso inclui a água da fonte de povos mágicos do século passado.

“Que a vida volte a soprar em seu corpo” ela ouvia ao fundo, sentindo a dor em seu abdômen pelo tiro que havia levado e a pressão que aplicavam ao local.

“Que a mágica dentro dela ressurja, curando internamente seus ferimentos, ela não nasceu princesa por um motivo vago” seu ouvido parecia não querer focar em quem dizia aquelas palavras, de qualquer forma, ela não reconhecia aquela voz.

“Que o espírito antigo descanse e a guerreira do passado reapareça, a guerra continua”

Ela sentiu um sono muito forte, sono que a impedia de continuar vendo aquela cena embaçada, seu corpo pesava e sua alma realmente parecia querer deixar seu corpo.

“Reviva” ela escutou como um sussurro, fazendo com que seus olhos se abrissem no mesmo instante.

O sol não foi a primeira coisa que ela viu, nem a terra que normalmente circulava pelo ar. Ela apenas escutou as ondas do mar baterem contra as rochas próximas, seus olhos ainda tentavam se acostumar com a claridade quem aprecia não ver a séculos, vendo então, o teto da cabana em que estava.

Um frio subiu em sua espinha e ela não soube explicar a sensação.

Se levantou com cuidado, sua cabeça pesava e sua respiração estava desconfortavelmente descontrolada. Ela esperou com que seu corpo se acostumasse com os movimentos rápidos, se lembrava de quem era, do que havia feito, mas de nenhum detalhe. Foi em direção a pequena saída da cabana dando de frente com um enorme e azulado mar, que fez com que ela quisesse se aproximar.

Parecia hipnotizada e sequer sabia como seus pés andavam em direção às grandes e profundas águas.

! — alguém gritou e ela não deu a mínima.
— Princesa! — mais gritos foram deferidos em sua direção.

Eles falavam com ela? Foi a primeira coisa que ela se perguntou olhando em direção às pessoas desesperadas que vinham em sua direção.

— Princesa ! — Um dos rapazes mais altos se aproximou entrando na água com rapidez.

Ela o olhou de forma confusa, quem era ele? Ela se perguntava, tentando forçar sua mente a se lembrar de um rosto não memorável.

Seu ferimento latejou e sua alma pareceu entrar e sair de seu corpo com a dor. Seus olhos lacrimejaram e ela olhou para ele mais uma vez, com a dor do ferimento — que sangrava — e a dor de não se lembrar por completo de quem ele era. Sua cabeça se recusava a liberar as memórias, mas seu coração sabia que algo estava errado.

Sua visão ficou borrada mais uma vez como se a água estivessem tomando-a por completa, assim como seus pulmões, que pareciam não funcionar propriamente.

— Você está bem? — ele perguntava com ela em seus braços.
— Você não é mais — ela escutou em sua cabeça e repetiu.
— Do que você está falando princesa? Retorne aos seus sentidos — ele perguntou agoniado com aquela cena onde ela não parecia consciente.
— Sua princesa não existe mais — Os lábios de pronunciaram antes de desmaiar outra vez.

Nenhum deles naquele acampamento sabia o que estava acontecendo, tentaram falar com os místicos mas eles disseram que a pedra do nascimento não fazia escolhas errôneas.

Mesmo aquela, não sendo uma escolha da pedra.

— O que aconteceu? — ela perguntou abrindo seus olhos novamente, despertando dentro de sua cabana como três dias depois do ocorrido — quem é você? — ela perguntou vendo o rapaz de costas para ela.
— Você não se lembra? — ele perguntou atônito.
— Onde estou? — ela ignorou sua pergunta.
— No povoado dos sete mares — ele respondeu — um daqueles que resistiram depois do fim, os outros estão cuidando do nosso novo reino, mas nós precisávamos tratá-la e eles eram os únicos que podiam fazer algo, você não se lembra de nada?

Flashes rápidos sobre sua luta contra seu irmão passavam por sua cabeça, mas nada além disso.

— Soldado , nós vamos sair para…— a voz conhecida por fez com que até mesmo seus ossos se arrepiarem — Filha?

pegou a espada que estava próxima a ela, provavelmente deixada por algum dos soldados que a vigiavam e se posicionou em defesa.

— O que faz aqui? — ela perguntou em tom raivoso.
— Princesa — disse pulando em frente ao antigo rei, tentando acalmá-la e protegê-lo — está tudo bem, ele veio junto de nosso povo na mudança, ele concorda com nosso lema.
— Filha eu…— mais uma vez o mais velho tentou falar e foi interrompido.
— Eu não sou sua filha — ela disse ainda segurando sua espada com força.

Por algum motivo seu corpo reagia daquela forma, como se um rancor existisse, mas doía em seu peito agir daquele jeito, afinal, não era o que ela queria.

Seu corpo e suas palavras eram involuntárias.

— Filha, nós conversamos, você me perdoou — ele disse confuso.
— Ah! — ela exclamou de dor deixando a espada cair, colocando suas mãos em sua cabeça por conta da dor que surgiu — eu…eu não me lembro

saiu de sua tenda sendo recepcionada pelo sol e olhares curiosos.

“Você sou eu” ela escutava em sua mente.
“Eu não sou você” ela disse segurando sua cabeça “eu sou eu”
“Não por muito tempo” a voz disse em sua mente.

— O que está acontecendo? — Um dos soldados perguntou se aproximando — ?
— Sam — ela diz com a voz baixa é fraca — Sam eu não consigo me lembrar por muito tempo, as memórias vêm e vão.
— Respire fundo — ele disse segurando os braços dela — Vamos, você está tendo um ataque de ansiedade, tente controlar sua respiração.

respirava tão forte que seus pulmões pareciam que sairiam de seu corpo. O chefe do povoado e dos místicos se aproximava com cuidado tentando entender a situação e quando seus olhos se chocaram com os dela, entendeu.

Ele se apressou, se aproximando com a pedra do nascimento que haviam usado para curar seus ferimentos anteriormente e colocou-a sobre sua testa, fazendo com que ela desmaiasse.

— Nós temos que encontrar a pedra real de seu nascimento — ele disse guiando os outros para a tenda de tratamento.
— O que aconteceu? — perguntou preocupado.
— Existe um traidor entre vocês — ele disse analisando o rosto da garota, buscando por sinais.
— O que? — perguntou confuso.
— A pedra do nascimento foi trocada e com ela sendo trocada, qualquer espírito perdido poderia encontrar este caminho — ele disse se referindo a — vocês podem não acreditar mas aquela pedra é a principal guia para que o espírito da princesa não se perdesse, o único motivo para o fio de prata não se rompesse, e se não encontrarmos o quanto antes, iremos perdê-la. Ela não suportará o fluxo de energia.
— De que pedra estamos falando aqui? — perguntou olhando ao redor.
— Ametista — disse fazendo com que atenção fosse até ele — ela sempre andava com uma pelo castelo, tem valor sentimental para ela.
— Certamente! — o curandeiro disse — a pedra ainda deve estar pelo acampamento, se não ela já teria perdido a cabeça e não seria mais a princesa que vocês conhecem.
— Precisamos buscá-la entre alguém no acampamento? — perguntou — nós não podemos simplesmente sair revisando a todos.
— Mas podem esperar na rocha até ao amanhecer para ver se algum dos soldados age de forma estranha — apareceu ofegante pela porta.
? — e perguntaram juntos.
— Como ela está? — disse olhando com pena a mais velha.
— Com uma febre de quarenta graus — o curandeiro disse — ela foi atingida por uma bala envenenada, a pedra era a única forma do veneno se dissipar, o que aconteceu mas, ao invés dela melhorar, ela está com outra infecção e agora, em sua alma — ele comentou — sua alma está sendo dividida em duas por algo que seguiu a pedra trocada.
— Por que você está aqui? — perguntou.
— Fomos descobertos e sofremos ataques— ele disse — ainda não sei quem lidera a rebelião do outro lado já que o príncipe está morto mas, já nos movemos, estamos mais ao sul, protegidos pela comunidade perdida.
— Vocês se unificaram? — ele perguntou incrédulo.
— Fizemos um acordo — Ele respondeu — eles nos protegem enquanto ajudamos eles com os recursos, porém, eles apenas aceitaram isso com a liderança da princesa.
— Então precisamos dela para continuar com o acordo — concluiu.
— Para isso precisamos da pedra — disse — e eu acho que tenho uma ideia de quem pode ser o traidor.

, e o curandeiro não entenderam, mas o simbolismo do sangue de no pano jogado pela mesa dizia muito para ele. o havia avisado antes de desmaiar pela primeira vez quando levou o tiro.

“A traição do sangue é sempre mais forte do que imaginamos, eles nunca mudariam do dia para noite”

Foi quando os sinos tocaram em sua mente e a lâmpada apagada acendeu de repente.

Era ele.

— Eu tenho uma ideia! — disse saindo da cabana sendo seguido pelos outros — Mas precisamos de .

A noite caia e eles sentiram a energia do local pesar junto da frieza da noite que chegava. As ondas do mar batiam nas rochas e o frio arrepiava a espinha de cada um ali.

— Meu rei! — disse entrando na cabana do antigo rei — missão cumprida, povo atacado

sabia que o antigo rei não tinha um contato concreto para seus comandos, então, ele não sabia a quem seria passada sua informação no ataque à comunidade. havia avisado a e a sobre suas suspeitas enquanto ele estava no outro carro em direção a seu povo.

desde então ficou de tocaia com cada um dos soldados dentro do acampamento, sabendo que algo estava sendo tramado. o trouxe junto quando foi avisar sobre a invasão e o acordo, o que já era um sinal que seu plano daria certo.

— Você é meu contato? — ele perguntou indignado — você traiu meu filho, como posso confiar em você?

De qualquer forma, ele não podia.

Eles descobriram naquela tarde quem era o contato interno do antigo rei e deram um jeito de trocar os papéis dele com .

— Talvez eu tenha traído o príncipe, mas sou muito fiel ao rei — ele disse se curvando.
— Certo! — ele disse desconfiado — eu não tenho tempo para isso, vá, suma com isso, jogue ao mar ou algo do tipo.
— Certo, meu rei! — ele disse pegando a pedra roxeada em mãos.

podia sentir a energia gigantesca que vinha daquela pedra, ele sabia que deveria guardá-la com cuidado mas não confiar no rei, aquele rei não poderia mais viver.

Seria o sangue dele pelo de que havia sido derramado.

pegou sua espada com força e ameaçou cobrar uma vida pela outra. Mas explodiu, entrando no local e indo em direção ao mais velho.

— Eu sabia que você aprontaria alguma coisa — ele disse segurando o antigo rei pelo colarinho — ela também soube.
— Vocês não podem contra meu exército — ele disse rindo — não sem ela.

Ele sabia que ela era a força do povo.

— Você quem pensa — ele respondeu rindo — vai!

Ele gritou a que saiu pela porta correndo em direção ao curandeiro que os estava ajudando.

observou a cena em que estava, ele sentia o ódio que todos sentiam, mas a dele era maior por algum motivo.

— Eu sou seu rei, você me deve obediência — ele disse autoritário.

riu, sabia que a única obediência que ele deveria mostrar, era a .

— A única pessoa que merece minha lealdade — ele disse segurando com força sua espada — é a princesa mais corajosa que eu já conheci e apenas a ela.

Ele ergueu sua espada.

— Espere! — a voz fraca disse antes que ele pudesse finalizar aquilo — nós não somos iguais a ele.
— Princesa? — ele disse afoito vendo-a subir a cabana com um ferimento a mais em seu estômago — o que faz aqui?
precisa de ajuda — ela disse respirando fundo — eu cuido dele.

sabia o que fazer, ela sabia que aquilo não poderia continuar então ela terminou, o que havia começado.

Começou com ele, terminou com ele.

Os soldados que lutavam do lado de fora também foram derrotados. E com a lealdade contrária deles, tiveram mesmo destino de seu antigo rei.


— Está acabado — ela disse — nós precisado retornar ao nosso povo. Porque como ele — ela apontou ao antigo rei já sem vida — vários irão surgir, precisamos cuidar do que é nossos, nosso povo é prioridade

Tudo que começou com ele, terminou com ele mesmo depois do fim.


Fim



Nota da autora: olha aquiiiii a segunda parte — ou pelo menos o pouco dela — de firework. Eu nem acredito que coloquei a nossa princesa para mais um perrengue HAHAAH enfim, espero que tenham gostado, mais coisas desse reino surgiram, não se preocupem, esse foi apenas um gostinho.

Obrigado por terem lido!!!


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