Capítulo Único
Dean Winchester não era bom em deixar ir. Ir embora era fácil — não ter uma casa desde os quatro anos lhe ensinou alguns truques —, mas ele nunca conseguiu deixar nada para trás completamente. Havia uma grande diferença entre essas duas definições facilmente equivocadas.
— O que quer dizer com última noite aqui?
cruzou os braços, observando-o dar de ombros com indiferença. Ele estava encostado no carro, um cigarro na mão e o luar em seu rosto. Os ruídos próximos e familiares do rio, assim como as folhas dançantes, eram o único som entre os dois.
Um pouco do cabelo dela voou em seu rosto quando ele respondeu:
— Você sabe que eu me mudo muito por causa do trabalho do meu pai.
— E ele só diz que vocês vão embora um dia e pronto? Sem nenhum aviso ou qualquer coisa? — O tom da jovem tornou-se ríspido enquanto ela gesticulava exasperada Como John poderia fazer algo assim, tão descaradamente? Dean merecia mais do que um simples 'faça as malas, vamos embora de manhã'. Os dois mereciam mais.
— Às vezes o trabalho demora mais, às vezes não. — Ele deu de ombros, não compartilhando da visível indignação de . Quase parecia que ele não se importava, o que só a deixou mais irritada. — Quero dizer, passamos um mês aqui. É muito tempo para mim.
— Por que você parece estar tão bem com isso?
Dean apertou os lábios, evitando os olhos castanhos da mulher que ele jurou amar.
— Estou acostumado com isso, . Sou temporário.
— Acostumado a abandonar as pessoas que você ama? — A voz dela enfraqueceu um pouco, e o louro não pôde evitar o silêncio pesado que os empurrava para uma discussão.
Uma névoa acinzentada deixou os lábios de Dean após outra tragada. A fumaça no ar não conseguia esconder a vergonha do rapaz, refletida em um olhar cético que levantou sua língua em um estalar debochado que foi dirigido por e para ele.
Ele sabia que odiava quando ele fumava perto dela, mas o hábito aliviava sua ansiedade de vez em quando. Agora era um momento perfeito para um pouco de ajuda. O fato de que ela nem sequer o repreendeu era prova de que ele estava fodido o suficiente para precisar de um maço.
Dean suspirou.
— É complicado.
balançou a cabeça, afastando-se dele.
— Quer saber? Não importa. Eu pensei que você… que nós tínhamos algo que fazia ir embora ser difícil para você.
— Ei, ei. Não é assim. Eu nunca disse que queria pegar a estrada. — Dean jogou o cigarro na grama e pisou nele, agarrando o braço dela gentilmente no processo. O que quer que tenha feito, não poderia ir embora com pensando que ele sentiu qualquer coisa além da palavra de quatro letras que nunca chegou a dizer antes dela.— Eu não tenho escolha.
A jovem moveu seu corpo para encará-lo novamente, agora mais perto do que antes. Foi um gesto de bem-vindo, o calor que irradiava dele viajando para durante a noite fria. Sua mão deslizou sobre seu braço para encontrar a palma de Dean, e entrelaçou seus dedos para trazê-lo para perto.
— Eu poderia falar com meus pais.
— Seus pais me odeiam. — O caçador riu, envolvendo seu braço livre em volta dela.
— Encontrar você sem calças enquanto tentava sair pela janela do meu quarto não foi uma boa impressão. — Ela assentiu com uma leve careta em suas feições. — Nem o tipo bad boy.
— Mas você ama. — Ele sorriu.
— Sim, eu amo. — ficou na ponta dos pés rapidamente, apenas para pressionar um beijo em seus lábios. Dean colocou as mãos em sua nuca enquanto tentava aprofundar o beijo, mas, apesar de sua insatisfação murmurada, ela se afastou. — E se você viesse morar comigo quando eu for para a faculdade? Faltam apenas alguns dias.
Ele lhe ofereceu um olhar amoroso junto a um sorriso melancólico.
— Sabe que eu não posso. Meu pai e Sammy precisam de mim.
A quietude acolheu a melancolia de ambos com carinho. queria ficar com raiva, gritar a plenos pulmões e apontar o dedo até que esse desespero se dissolvesse em fúria, mas ela sabia que não era culpa dele. O forte senso de família de Dean foi uma das coisas que fez se apaixonar por ele, afinal.
Sua carranca derreteu em uma expressão de conteúdo.
— Quer saber? Merecemos uma despedida épica. Vamos à praia.
Dean arqueou as sobrancelhas, apontando para o acúmulo de água perto deles.
—Temos um lago bem aqui.
— Uma gaiola nunca será a casa de um pássaro, e um lago nunca será uma praia. — O Winchester revirou os olhos para o exagero dela, apesar do sorriso teimoso em seus lábios.
— Cala a boca.
A ALGUMAS MILHAS DE DISTÂNCIA
estava na frente dos olhos verdes de Dean Winchester, se livrando de suas roupas entre olhares divertidos sob cílios e risadinhas doces. As lanternas traseiras do carro brilhavam, competindo com a luz natural da lua. Dean estava parado ao lado do veículo, quando sua palma acidentalmente roçou ali em uma das lanternas; elas eram mais quentes que o inferno, mas Winchester ainda concedeu alguns segundos antes de se afastar, ocupado demais, perplexo demais pela imagem de , como se fosse a primeira vez que ele tinha a visto nua.
Algo nos finais sempre evoca emoções semelhantes aos começos.
— Vamos, cowboy. A praia está esperando por nós. Por que você ainda está vestindo roupas?
Então ela riu para Dean como se tivesse inventado o que era um sorriso apenas para dar a ele.
Ele nunca tinha ido a uma praia de verdade antes, e não havia toalhas no carro de seu pai — definitivamente ia acabar encharcado. Mas quem se importava?
Dean procurou sua racionalidade pela primeira vez, tentando controlar uma ereção que ameaçava aparecer apenas por olhar para … E seus mamilos estavam duros por conta do frio. A primeira vez na praia, as coisas poderiam acontecer, ainda assim, era o carro do seu pai. Entretanto…
Peitos. Noite fria. Praia. Carro.
Peitos. Noite. Praia.
Ele era um caso perdido assim que colocou os olhos nela, não foi? Era tão óbvio. Dean perguntou se você poderia dizer o quão devoto ele estava por você.
— Dean?
— Se entrar areia na gente, a culpa é sua. — Apontou para a garota, suas sobrancelhas levemente arqueadas quando Dean começou a se livrar de sua jaqueta.
piscou para ele, vestindo nada além de um sorriso atrevido.
— Relaxe, menino bonito. A única coisa que vai entrar em alguém essa noite é você.
Ele se apressou para tirar todas as peças de roupa depois disso, quase caindo no processo. riu baixinho do seu comportamento, Dean era tão adorável em seu próprio jeito. Como ela ia passar seus dias sem aquele idiota?
Então seus pensamentos calamitosos foram interrompidos pelo seu namorado. Finalmente jogando sua roupa de baixo fora, ele mordeu o lábio inferior enquanto olhava para ela, que sinalizou para chegar mais perto. Dean agarrou a oportunidade, aproximando-se de sua figura nua apenas para ela fugir com uma gargalhada.
— ! — gritou, ganhando uma risada ainda mais alta em resposta. Ele tentou correr rapidamente à medida que se aproximava do oceano. Ele sabia que não conseguiria alcançá-la se ela chegasse lá primeiro.
Esse era o impulso que o caçador precisava para ir mais rápido. Ainda era estranho os dedos dos pés na areia. Dean nunca tinha ido a uma praia antes, provavelmente era por isso que ele estava olhando ao redor em vez de perseguir sua namorada nua e aventureira, mas ei. Ele conseguiu ver a bunda dela por trás e quase podia sentir seus dedos tocarem sua pele. Se ao menos o Winchester estivesse acostumado a correr na areia — isso era difícil pra caralho, como se cada grão tivesse grudado seus pés ao chão como cola. Seria bom se ele pudesse sentar e aproveitar o sentimento, mas não agora.
O caçador finalmente colocou as mãos em sua presa, agarrando seu cotovelo para puxá-la para ele. sentia o oposto do medo quando seu peito tremia contra o dele, um sinal claro de que ela tinha sido pega. Seus sorrisos recíprocos brilhavam sob o luar, que banhava os dois corpos.
Se havia uma coisa com a qual Dean podia contar, era a felicidade que ele podia sentir simplesmente por estar perto de dela.
Ambos permaneceram parados na beira do mar, aquele exato ponto onde as ondas ousadas, porém tímidas, tocavam a areia nua antes de voltar para o oceano. Ele puxou-a para perto, seu peito nu pressionando contra o dele, enquanto seu membro semi-ereto tocava sua barriga. Um gemido baixo saiu dos lábios dela.
— Vamos entrar na água — ela disse, em um tom baixo, segurando seu pulso e guiando Dean para as marés rasas. A água estava um pouco fria, mas nada perto de congelar como ele esperava. O oceano cobriu-os gradativamente enquanto eles caminhavam mais fundo, e o Winchester aproveitou a oportunidade para olhar ao redor.
A praia era realmente diferente de qualquer outra coisa. A areia estava mais clara, coqueiros que cercavam o lugar e brincavam com o vento. A água que os abraçava era delicada e transparente.
Além disso, a lua brilhante tinha um certo charme, e a mulher nua na frente dele era ainda mais deslumbrante. Sim, ele adorava praias.
— Apreciando a vista? — reivindicou a atenção dele, seu dedo permaneceu em sua tatuagem enquanto ela o olhava com um sorriso. — Eu disse que você gostaria da praia.
Dean podia olhar para a lua ou para o mar, mas preferia a obra prima que ela era.
— Acho que há outra coisa aqui que eu vou gostar ainda mais.
— O quê?
Aquela lua cheia, ela está brilhando em Dean quando ele puxa para um beijo, pressionando seus lábios sobre os dela. Dentro da água quase fria, seus corpos estavam mais quentes do que o sol atrás da lua, emaranhados enquanto o oceano o abraçava, em última análise, calmo.
— Você estava certa. — Ele se afastou, mantendo os olhos em . Ela riu, a felicidade acendendo seu corpo como um fogo de artifício. — Eu amo praias.
— Eu te amo — ela admitiu para ele, todas as emoções alegres de repente tão brilhantes e altas quanto as estrelas que os observavam como se os admirassem do jeito que amantes admiram as estrelas.
Essas palavras nunca saíram de sua boca com frequência, mas pareciam naturais agora.
— Eu também te amo.
Não são apenas palavras típicas entre amantes, é uma oração silenciosa.
— Não se esqueça de mim.
Não me deixe ir quando eu for.
Eu não esquecerei você.
✰
Dean Winchester não era bom em deixar ir. Sim, ele podia afastar as coisas, mas era a gravidade: elas sempre voltavam.
Ainda assim, ele era bom em fingir. Metade de seu trabalho era sobre isso, de qualquer maneira, e ele era bom no que fazia. Quando Dean franziu os lábios e olhou para frente no banco do passageiro do Impala, nem mesmo Sam percebeu que ele estava triste, e, se John percebeu, não mencionou. Ele passou a mão no rosto e desviou o olhar.
Se Dean olhasse no espelho do carro, ele ainda poderia imaginar se abraçando quando ele a deixou na varanda ontem à noite. Então, o caçador não olhou, mesmo quando um desejo interior e desesperado lhe implorou, como se a necessidade de se machucar fosse tão necessária quanto respirar. Ele apenas manteve seus olhos verdes na estrada, não dizendo nada como costumava fazer quando as coisas quebravam — um brinquedo ou ele mesmo. Ele resolveria sozinho.
Todo mundo já teve sua cota de corações partidos, e sabia disso. Um coração não é um coração até que seja quebrado. Pelo menos ela sabia que tinha um funcionando enquanto viu a parte de trás do carro desaparecer no horizonte, sem que ele sequer tentasse olhar para trás.
E Dean já deixou algumas garotas antes, mas esses amantes não tinham nada contra ele. Não depois daquilo. Não quando se tratava dela.
— O que quer dizer com última noite aqui?
cruzou os braços, observando-o dar de ombros com indiferença. Ele estava encostado no carro, um cigarro na mão e o luar em seu rosto. Os ruídos próximos e familiares do rio, assim como as folhas dançantes, eram o único som entre os dois.
Um pouco do cabelo dela voou em seu rosto quando ele respondeu:
— Você sabe que eu me mudo muito por causa do trabalho do meu pai.
— E ele só diz que vocês vão embora um dia e pronto? Sem nenhum aviso ou qualquer coisa? — O tom da jovem tornou-se ríspido enquanto ela gesticulava exasperada Como John poderia fazer algo assim, tão descaradamente? Dean merecia mais do que um simples 'faça as malas, vamos embora de manhã'. Os dois mereciam mais.
— Às vezes o trabalho demora mais, às vezes não. — Ele deu de ombros, não compartilhando da visível indignação de . Quase parecia que ele não se importava, o que só a deixou mais irritada. — Quero dizer, passamos um mês aqui. É muito tempo para mim.
— Por que você parece estar tão bem com isso?
Dean apertou os lábios, evitando os olhos castanhos da mulher que ele jurou amar.
— Estou acostumado com isso, . Sou temporário.
— Acostumado a abandonar as pessoas que você ama? — A voz dela enfraqueceu um pouco, e o louro não pôde evitar o silêncio pesado que os empurrava para uma discussão.
Uma névoa acinzentada deixou os lábios de Dean após outra tragada. A fumaça no ar não conseguia esconder a vergonha do rapaz, refletida em um olhar cético que levantou sua língua em um estalar debochado que foi dirigido por e para ele.
Ele sabia que odiava quando ele fumava perto dela, mas o hábito aliviava sua ansiedade de vez em quando. Agora era um momento perfeito para um pouco de ajuda. O fato de que ela nem sequer o repreendeu era prova de que ele estava fodido o suficiente para precisar de um maço.
Dean suspirou.
— É complicado.
balançou a cabeça, afastando-se dele.
— Quer saber? Não importa. Eu pensei que você… que nós tínhamos algo que fazia ir embora ser difícil para você.
— Ei, ei. Não é assim. Eu nunca disse que queria pegar a estrada. — Dean jogou o cigarro na grama e pisou nele, agarrando o braço dela gentilmente no processo. O que quer que tenha feito, não poderia ir embora com pensando que ele sentiu qualquer coisa além da palavra de quatro letras que nunca chegou a dizer antes dela.— Eu não tenho escolha.
A jovem moveu seu corpo para encará-lo novamente, agora mais perto do que antes. Foi um gesto de bem-vindo, o calor que irradiava dele viajando para durante a noite fria. Sua mão deslizou sobre seu braço para encontrar a palma de Dean, e entrelaçou seus dedos para trazê-lo para perto.
— Eu poderia falar com meus pais.
— Seus pais me odeiam. — O caçador riu, envolvendo seu braço livre em volta dela.
— Encontrar você sem calças enquanto tentava sair pela janela do meu quarto não foi uma boa impressão. — Ela assentiu com uma leve careta em suas feições. — Nem o tipo bad boy.
— Mas você ama. — Ele sorriu.
— Sim, eu amo. — ficou na ponta dos pés rapidamente, apenas para pressionar um beijo em seus lábios. Dean colocou as mãos em sua nuca enquanto tentava aprofundar o beijo, mas, apesar de sua insatisfação murmurada, ela se afastou. — E se você viesse morar comigo quando eu for para a faculdade? Faltam apenas alguns dias.
Ele lhe ofereceu um olhar amoroso junto a um sorriso melancólico.
— Sabe que eu não posso. Meu pai e Sammy precisam de mim.
A quietude acolheu a melancolia de ambos com carinho. queria ficar com raiva, gritar a plenos pulmões e apontar o dedo até que esse desespero se dissolvesse em fúria, mas ela sabia que não era culpa dele. O forte senso de família de Dean foi uma das coisas que fez se apaixonar por ele, afinal.
Sua carranca derreteu em uma expressão de conteúdo.
— Quer saber? Merecemos uma despedida épica. Vamos à praia.
Dean arqueou as sobrancelhas, apontando para o acúmulo de água perto deles.
—Temos um lago bem aqui.
— Uma gaiola nunca será a casa de um pássaro, e um lago nunca será uma praia. — O Winchester revirou os olhos para o exagero dela, apesar do sorriso teimoso em seus lábios.
— Cala a boca.
A ALGUMAS MILHAS DE DISTÂNCIA
estava na frente dos olhos verdes de Dean Winchester, se livrando de suas roupas entre olhares divertidos sob cílios e risadinhas doces. As lanternas traseiras do carro brilhavam, competindo com a luz natural da lua. Dean estava parado ao lado do veículo, quando sua palma acidentalmente roçou ali em uma das lanternas; elas eram mais quentes que o inferno, mas Winchester ainda concedeu alguns segundos antes de se afastar, ocupado demais, perplexo demais pela imagem de , como se fosse a primeira vez que ele tinha a visto nua.
Algo nos finais sempre evoca emoções semelhantes aos começos.
— Vamos, cowboy. A praia está esperando por nós. Por que você ainda está vestindo roupas?
Então ela riu para Dean como se tivesse inventado o que era um sorriso apenas para dar a ele.
Ele nunca tinha ido a uma praia de verdade antes, e não havia toalhas no carro de seu pai — definitivamente ia acabar encharcado. Mas quem se importava?
Dean procurou sua racionalidade pela primeira vez, tentando controlar uma ereção que ameaçava aparecer apenas por olhar para … E seus mamilos estavam duros por conta do frio. A primeira vez na praia, as coisas poderiam acontecer, ainda assim, era o carro do seu pai. Entretanto…
Peitos. Noite fria. Praia. Carro.
Peitos. Noite. Praia.
Ele era um caso perdido assim que colocou os olhos nela, não foi? Era tão óbvio. Dean perguntou se você poderia dizer o quão devoto ele estava por você.
— Dean?
— Se entrar areia na gente, a culpa é sua. — Apontou para a garota, suas sobrancelhas levemente arqueadas quando Dean começou a se livrar de sua jaqueta.
piscou para ele, vestindo nada além de um sorriso atrevido.
— Relaxe, menino bonito. A única coisa que vai entrar em alguém essa noite é você.
Ele se apressou para tirar todas as peças de roupa depois disso, quase caindo no processo. riu baixinho do seu comportamento, Dean era tão adorável em seu próprio jeito. Como ela ia passar seus dias sem aquele idiota?
Então seus pensamentos calamitosos foram interrompidos pelo seu namorado. Finalmente jogando sua roupa de baixo fora, ele mordeu o lábio inferior enquanto olhava para ela, que sinalizou para chegar mais perto. Dean agarrou a oportunidade, aproximando-se de sua figura nua apenas para ela fugir com uma gargalhada.
— ! — gritou, ganhando uma risada ainda mais alta em resposta. Ele tentou correr rapidamente à medida que se aproximava do oceano. Ele sabia que não conseguiria alcançá-la se ela chegasse lá primeiro.
Esse era o impulso que o caçador precisava para ir mais rápido. Ainda era estranho os dedos dos pés na areia. Dean nunca tinha ido a uma praia antes, provavelmente era por isso que ele estava olhando ao redor em vez de perseguir sua namorada nua e aventureira, mas ei. Ele conseguiu ver a bunda dela por trás e quase podia sentir seus dedos tocarem sua pele. Se ao menos o Winchester estivesse acostumado a correr na areia — isso era difícil pra caralho, como se cada grão tivesse grudado seus pés ao chão como cola. Seria bom se ele pudesse sentar e aproveitar o sentimento, mas não agora.
O caçador finalmente colocou as mãos em sua presa, agarrando seu cotovelo para puxá-la para ele. sentia o oposto do medo quando seu peito tremia contra o dele, um sinal claro de que ela tinha sido pega. Seus sorrisos recíprocos brilhavam sob o luar, que banhava os dois corpos.
Se havia uma coisa com a qual Dean podia contar, era a felicidade que ele podia sentir simplesmente por estar perto de dela.
Ambos permaneceram parados na beira do mar, aquele exato ponto onde as ondas ousadas, porém tímidas, tocavam a areia nua antes de voltar para o oceano. Ele puxou-a para perto, seu peito nu pressionando contra o dele, enquanto seu membro semi-ereto tocava sua barriga. Um gemido baixo saiu dos lábios dela.
— Vamos entrar na água — ela disse, em um tom baixo, segurando seu pulso e guiando Dean para as marés rasas. A água estava um pouco fria, mas nada perto de congelar como ele esperava. O oceano cobriu-os gradativamente enquanto eles caminhavam mais fundo, e o Winchester aproveitou a oportunidade para olhar ao redor.
A praia era realmente diferente de qualquer outra coisa. A areia estava mais clara, coqueiros que cercavam o lugar e brincavam com o vento. A água que os abraçava era delicada e transparente.
Além disso, a lua brilhante tinha um certo charme, e a mulher nua na frente dele era ainda mais deslumbrante. Sim, ele adorava praias.
— Apreciando a vista? — reivindicou a atenção dele, seu dedo permaneceu em sua tatuagem enquanto ela o olhava com um sorriso. — Eu disse que você gostaria da praia.
Dean podia olhar para a lua ou para o mar, mas preferia a obra prima que ela era.
— Acho que há outra coisa aqui que eu vou gostar ainda mais.
— O quê?
Aquela lua cheia, ela está brilhando em Dean quando ele puxa para um beijo, pressionando seus lábios sobre os dela. Dentro da água quase fria, seus corpos estavam mais quentes do que o sol atrás da lua, emaranhados enquanto o oceano o abraçava, em última análise, calmo.
— Você estava certa. — Ele se afastou, mantendo os olhos em . Ela riu, a felicidade acendendo seu corpo como um fogo de artifício. — Eu amo praias.
— Eu te amo — ela admitiu para ele, todas as emoções alegres de repente tão brilhantes e altas quanto as estrelas que os observavam como se os admirassem do jeito que amantes admiram as estrelas.
Essas palavras nunca saíram de sua boca com frequência, mas pareciam naturais agora.
— Eu também te amo.
Não são apenas palavras típicas entre amantes, é uma oração silenciosa.
— Não se esqueça de mim.
Não me deixe ir quando eu for.
Eu não esquecerei você.
Dean Winchester não era bom em deixar ir. Sim, ele podia afastar as coisas, mas era a gravidade: elas sempre voltavam.
Ainda assim, ele era bom em fingir. Metade de seu trabalho era sobre isso, de qualquer maneira, e ele era bom no que fazia. Quando Dean franziu os lábios e olhou para frente no banco do passageiro do Impala, nem mesmo Sam percebeu que ele estava triste, e, se John percebeu, não mencionou. Ele passou a mão no rosto e desviou o olhar.
Se Dean olhasse no espelho do carro, ele ainda poderia imaginar se abraçando quando ele a deixou na varanda ontem à noite. Então, o caçador não olhou, mesmo quando um desejo interior e desesperado lhe implorou, como se a necessidade de se machucar fosse tão necessária quanto respirar. Ele apenas manteve seus olhos verdes na estrada, não dizendo nada como costumava fazer quando as coisas quebravam — um brinquedo ou ele mesmo. Ele resolveria sozinho.
Todo mundo já teve sua cota de corações partidos, e sabia disso. Um coração não é um coração até que seja quebrado. Pelo menos ela sabia que tinha um funcionando enquanto viu a parte de trás do carro desaparecer no horizonte, sem que ele sequer tentasse olhar para trás.
E Dean já deixou algumas garotas antes, mas esses amantes não tinham nada contra ele. Não depois daquilo. Não quando se tratava dela.
FIM
O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.