04.Gimmie Love

Última atualização: 28/02/2018

Capítulo Unico

Eu sempre fui uma leitora-nata. Amava ler historias e me afundar no mundo da fantasia, e quanto aos filmes? Vivia sonhando em ter uma história igual. Ate o momento em que eu percebi que já vivia há muito tempo. Só não enxergava por estar focada em tantas outras coisas. Passei a vida procurando amores, daqueles dignos de história. Passei meus longos dezenove anos quebrando a cara, e contando todas minhas histórias para o meu melhor amigo. Mas o clichê foi quando eu percebi que eu estava vivendo uma dessas histórias de romance. Que a pessoa se apaixona por deus e o mundo, e não percebe que quem ela realmente ama, estava ali. Bem debaixo do seu nariz. Sempre quis matar Rosie de simplesmente acontece por perceber que amava o Alex depois dele ter ido embora. Mas quem era eu pra critica-la? Eu estava na mesma situação. Dei mais um giro de cento e oitenta na cadeira giratória e observei o céu na janela que ficava em frente a escrivaninha e o tempo estava fechado. Parecia ironia ver aquele clima maldito, que só espelhava no que eu sentia por dentro. Podia ser exagero para alguns, mas eu não conseguia entender o meu nível de burrice por me apaixonar por ele somente tantos anos depois. E no momento exato em que me apaixono, tudo acaba. Ele tinha ido seguir seus sonhos.E eu não podia fazer nada por isso. Havíamos cursado as mesmas faculdades . Só que ele tinha passado e eu não. Cidades diferentes. Um fim de relacionamento e tudo parecia se perder. Ri ao me lembrar de uma das musicas antigas de uma novela infantil que eu assistia e perceber que o meu príncipe encantado era ele. E quem eu pensava que era, não passava de um sapo. Ou embuste, como dizem nos tempos de hoje. Eu não sabia o motivo por manter a confiança de que ele se arrependeria e apareceria na minha porta. Ilusão, eu sei. Eu o conhecia bem pra saber que ele não desistia dos sonhos assim. Eram dezenove anos de amizade. Não tinha como não saber seus sonhos, gostos, esperanças e medos. Eu o conhecia bem demais. E mesmo assim cometi milhões de erros. E por parte, eu me culpava por ele não estar aqui. Me culpava pelas milhares de vezes que ele me mostrou que era apaixonado por mim e eu me perdi em outros milhões de caras, que no fim, não valiam nada.. Flashback:
- Eu to puta da vida, .
- E qual seria o motivo? – Ele disse mexendo nos meus cabelos enquanto eu estava deitada no colo dele
- O Pedro
- Sempre o otário..
. - Eu sei, já tô enchendo teu saco né?
- Não, pequena.
- Canta?
- Agora?
- Sim, o violão tá atrás do guarda-roupa. – Ele se levantou fez um mini toque e começou
Ela mexe comigo, e pior que não sabe. Comentei com os amigos minha outra metade, ela.. ah eu morro de amores por ela...
- Apaixonado, ?
- Super, por você.
- Idiota – Eu gargalhei e nós continuamos a cantar.

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E analisando algumas cenas da minha vida, ou pelo menos, da minha história com , eu tinha plena noção de que eu era uma idiota. Tive que esperar meses para que eu me tocasse de que nosso relacionamento era bem mais do que uma amizade. O que tinha nos feito acreditar nessa mentira de que somos apenas amigos? Será que nós não percebemos que podemos ser tudo, qualquer coisa, menos amigos. Não, amigos não se olham como eu olhava pra ele, nem o amava, como eu amava. Eu sei que cheguei milhões de passos atrasados pra perceber isso e por demorar tanto e corro risco de que ele nunca mais queira voltar pra mim. Fazer o quê? Eu posso ter qualquer adjetivo que se encaixe na nossa relação: parceira, cúmplice, amante, amor. Menos amiga. Eu não quero mais fazê-lo ouvir sobre meus casos amorosos, eu queria viver o amor com ele. Eu não quero receber o ombro amigo dele enquanto choro por ter o coração partido mais uma vez, eu queria ser o amor dele. E ele sabia disso. Mas tinha prioridades. Não faltou sentimento, ou sequer reciprocidade. Só que o destino as vezes não é favorável sabe? O universo nem sempre para no momento que você quer. E tinha levado ele pra longe de mim. E só de pensar que há alguns meses atrás, viviamos o mais proximo possivel. Em todos os sentidos possiveis.
Flashback

, que saudades.. — Eu disse assim que ele me tirou do chão em um abraço longo e confortante. Era diferente a forma com que eu me encaixava no abraço dele, era confortante, calmo e me transmitia no minimo paz.. O caso é que de umas semanas pra cá eu e ele estamos nos aproximando cada vez mais, e eu tentava evita-lo a qualquer custo e até consegui quando ele viajou pra São paulo por uma semana com a mãe, eu morri de saudade, era claro. Mas, de alguma forma eu precisava pensar em tudo que estava acontecendo. Eu havia terminado há alguns meses e me aproximado cada vez mais dele. Começando a nutrir sentimentos jamais permitidos sentir por ele, havia começado a sentir saudades do abraço, do cheiro e principalmente eu havia gostado do beijo dele. Mas o pior, ou melhor. Ainda não conclui é que ele demonstra o mesmo. Tenho usado essa ultima semana pra pensar sobre isso, sobre nutrirmos sentimentos além da amizade um pelo outro. Por estarmos nos beijando sem ligar pra nada, e por quase transarmos. Isso não fazia sentido nenhum. Mas, eu não precisava de sentido, nesse momento quando nosso abraço cessou e ele me encarou sorrindo com a boca proxima a minha, o olhar castanho focado nos meus. E as mãos ainda na minha cintura, a uunica coisa eu precisava era beija-lo e foi o que fiz. Ou melhor, pedi pra que ele fizesse.
– Me beija —Sussurrei quase impossibilitando-o de ouvir, mas, quando ele sorriu eu soube que ele havia escutado, e melhor. Iria fazer. Acabou com toda a minima distancia que ainda impedia sua boca de encostar na minha e começar um selinho calmo que por ironia não forá correspondido por mim, eu não queria calma. Eu queria beija-lo, de verdade. Aproveitei a cara de confusão dada pelos olhos dele quando eu o impedi e puxei-o pelos cabelos curtos proximo a mim beijando-o furiosamente. E ele embora supreso não demorou a partir os labios e dar espaço pra que aprofundassemos o beijo. Nós dois suspiramos com a reação dos nossos corpos. Ele desceu as mãos mais uma vez pra minha cintura, dessa vez apertando-a sem piedade e me puxando pra si, como em um pedido para que eu não saisse dali. Eu mordia seu labio inferior hora ou outra, e recebia um aperto a mais na cintura e talvez até mãos mais ousadas proximo as minhas coxas. Eu queria beija-lo, queria muito mais se me deixasse ali. E senti-lo duro contra mim me fazia pensar insanamente sobre continuar. E se a mãe dele não tivesse aparecido aos gritos ali. Eu teria me esquecido de todos os impedimentos e ficaria ali mesmo com ele. Ele sorriu sem graça contra mim e se afastou lentamente como se estivesse esperando minha reação.
- Ai meu Deus.
- Calma, mãe. Isso não é o que você tá pensando.
- Vocês estão se pegando? Eu sabia! Sabia!
- Não estamos nos pegando, nós somos amigos. - Eu sorri sem graça e o gargalhou com a careta engraçada que a mãe dele fazia.
- Eu não!
- Somos sim. - tentou me puxar novamente.
- Não somos não, que vergonha .
- E a propósito - A mãe dele apareceu na sala de novo. - Eu não aguentava mais o falar de você e sobre a tal friendzone. - Eu gargalhei e ele girou os olhos pra ela. - Agora não vamos mesmo não.
- Então saiu da friendzone?
- Bonitinha, eu tenho tentado, mas eu tenho uma amiga que é bem difícil com isso, sabe?
- Sua amiga estabeleceu as regras.
- Regras?
- Sim, linhas. Temos lugar pra sermos amigos e lugar para termos benefícios.
- Isso tudo por?
- Porque acima de tudo eu preciso do meu melhor amigo.
- Ah, entendi. - Ele me encarou com uma cara de frustrado e eu depositei um beijo na bochecha dele.
- Até amanhã, pirralho.
- Até amanhã, bonitinha. - Fui em direção a rua pensando na proporção que aquilo estava tomando.
- ? - Ouvi ele chamar enquanto eu ainda ia abrir o portão.
- Oi?
- Amo você, pirralha. - E eu só pude sorrir e ele entendeu o recado. Eu sabia que aquele eu te amo não era de amigo, e ele sabia que eu ainda não estava pronta pra dizer. Mas eu queria. E ele ia entender e esperar. Eu esperava que sim. As coisas são confusas, procuramos por tanto tempo a pessoa ideal, erramos ao amar alguém que não valoriza nosso amor. Enquanto quem merecia e fazia de tudo por você estava ali. Bem debaixo do nariz, tão perto quanto não esperávamos. E então a gente perc ebe que quem realmente quer vai conquistando assim aos poucos. E quando vê, já te consumiu.
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Eram lembranças que me faziam questionar o motivo de tanta espera. Eu chequei o celular pela vigésima vez aquele dia e ainda nem passava das dez. Eu tinha uma sensação diferente naquele dia, e eu detestava ignorar meus sentimentos. Ou minhas intuições, raramente elas falhavam. Mesmo que eu só as tivesse raramente. Essa sensação era de algo estranhamente bom. Diferente da ultima vez.
FlashBack (06 de agosto, de 2016)
Depois que uma das pessoas que você mais ama morre, a perda de qualquer um por motivo besta, nem faz a diferença na sua vida. Nada é pior do que isso! Eu jurava que já havia sentido todas as dores do mundo. De amor não correspondido, de decepções, de tapas, ou de qualquer outra coisa, mas nada se comparava com a dor de perder alguém. Nada se comparava com a dor de não meu pai comigo. " Me dispersei dos pensamentos quando ouvi a campainha e vi me olharem com olhos preocupados. O que diabos a família do meu pai fazia ali? Não que eu não os considerasse minha família, mas eles raramente apareciam aqui, eu ameaçava dizer que isso só aconteceu quando ganhei Nicolas e em algum aniversario. Mas hoje não tinha data especial, não tinha aniversário, mas tinha algo ali.
Preocupação?
Angustia?
Dor?
- Aconteceu alguma coisa? - Foi a única pergunta que fiz e me arrependi no segundo seguinte.
- Seu pai... ele faleceu.
De todas as dores do mundo, eu senti a pior ali.
Eu senti a dor de não ter quem eu mais precisava do meu lado. Eu senti a dor de perder quem eu criei tanta base. Eu senti a dor de não ter quem me criou comigo e quem eu corria pra pedir colo quando tudo dava errado. Eu perdi meu protetor, meu super herói. Meu pai.

(...)

Quatro horas, era o tempo exato em que eu fiquei trancada no quarto enquanto Nicolas tinha ido com Pai dele para que eu conseguisse me isolar por alguns minutos. Quatro horas em que eu ignorei qualquer pessoa na qual quisesse conversar comigo. Exceto quem havia sussurrado meu nome do outro lado da porta agora.
- ? - Ouvi a voz de baixa me chamando.
- , me responde. - Eu não conseguia pronunciar nada, mas a voz dele me trazia uma paz enorme.
- Abre a porta pelo menos. - Caminhei até a mesma abrindo e a fechando em seguida quando ele entrou e me encarou com o olhar que eu não soube se era pena ou compaixão.
- Não me olha assim.
- Vem cá. - Ele abriu os braços e tudo que eu não podia negar ali agora, era ele. Eu precisava de alguém que me transmitisse paz, alguém que fosse meu ponto de equilíbrio daqui pra frente. E eu tinha plena certeza que seria ele.
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Flashback (09 de março, de 2014)
14:35
Fala sério, ! Você precisa beijar.
- Desde quando isso é necessidade?
- Desde que você tem 15 anos recém-completos, sua festa é hoje à noite e você nunca beijou ninguém.
- Eu não quero beijar ninguém hoje, tem que ter confiança pra isso e você não entende. - , é claro que eu entendo, mas o príncipe encantado não existe. Se existe alguém na qual você tem uma mínima atração, você fica e pronto.
- Não tenho atração por ninguém.
- Nem em mim? - Ele disse e eu arregalei os olhos, será que ele havia lido meus pensamentos?
- N-não.
- Então tudo bem. - Ele me lançou um olhar desconfiado e eu continuei guardando as coisas na bolsa pra ir para o salão.
23:50
A valsa vai começar, você tá pronta? - enfiou a cabeça na porta do meu pseudo-camarim.
- Eu sonhei tanto com essa festa.
- Eu sei, . Vai ser tudo perfeito! - Ele sorriu e ficou de frente pra mim vestido de príncipe, já que ele era meu par de 15 anos.
- Eu espero que seja.
- E bom, eu estive pensando
... - Você pensa? - Eu gargalhei e lhe dei um tapa no braço.
- Engraçadinha, voltando ao assunto, você me disse mais cedo que seu primeiro beijo tinha que ser com alguém que você tivesse confiança e eu sei que agora você deve estar me olhando com os olhos esbugalhados e totalmente corada, que só Deus, e que, provavelmente vai me dar um tapa, mas eu sou a pessoa que você mais confia do sexo masculino, e bom, eu já pensei em como seria beijar você e se você quiser eu posso, claro, se você puder também. - Ele disse em um impulso só e eu sorri sem conseguir esconder de como ele estava perdido. - Você quer?
Eu apenas assenti e ele ficou me olhando.
- Mas se você não me beijar, vai dar a hora da valsa e eu vou te dar um tapa.
- Você tem certeza que não vai me ignorar e sumir depois?
- Somos melhores amigos, . Vai em frente. - E naquele momento ele pousou a mão sobre minha bochecha fazendo um carinho com o polegar e sorriu se aproximando depositando um selinho leve e pedindo passagem para aprofundar. E naquele momento eu só conseguia pensar em por que eu não tinha feito aquilo ainda. E no quanto eu tinha gostado de ser dele. , meu melhor amigo.

00:15

Meu vestido rosa parecido com de princesa caia bem no corpo, sendo destacado na festa com tema totalmente rosa também. A valsa tinha acabado e eu só conseguia me sentir agradecida enquanto me trocava no pseudo-camarim. Meu pai sempre fora mestre nisso. Cumprir meus sonhos. Ele era uma espécie de herói.

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Flashback (05 de agosto, de 2014)
- Você vai sair desse quarto que horas?
- Quando eu parar de chorar
- Eu vou matar ele.
- Pai, você não mata nem formiga.
- Ah, mais ele eu mato!
- Eu não quero que mate ele.
- O que você quer?
- Ficar sozinha
- E pizza de frango à bolonhesa e chocolate?
- Quero também
- E ir pro shopping?
- Também quero.
- Então limpa essa cara de noiva cadáver. !
- Ah, eu amo você!
- Eu sei, filha. Eu sei.
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Flashback (06 de agosto de 2016)
- , você precisa levantar.
- Eu quero ficar aqui.
- Eu sei, pequena.
- Só fica aqui comigo, por favor.
- Eu não vou sair daqui, nunca.
Nós percebemos o valor das coisas em duas situações, quando perdemos alguém pra sempre e quando percebemos quem está do nosso lado em todas as situações.
Felizmente ou não, eu percebi isso da pior forma.
Eu perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida.
E percebi que meu ponto de equilíbrio estaria do meu lado, por quanto tempo eu precisasse.
E tem certas coisas da vida que doem. Eu sei que dói. Todo fim dói. É uma dor inevitável, fazer o que? Mas a vida tem me ensinado a olhar todas as coisas ruins por um ângulo diferente e eu tenho tentado. Ai alivia, sabe? Porque a gente percebe que o fim não é realmente o fim, é só a vida nos dando uma segunda chance pra gente tentar fazer direito.
- ? Quer falar algo?
- Eu gosto de você, você sabe né?
- ... Sobre seu pai...
- Eu gosto de você porque você faz todo o resto fazer sentido. Eu entendo o passado quando você chega perto. Entendo as voltas da vida e os meus tropeços e tudo que era confuso antes de você chegar. Eu gosto de você porque você não é um príncipe encantado perfeito, você é real, de carne e osso. Você tem defeitos. Vários. E eu gosto de cada um deles. Eu gosto de você porque você me tira do chão e me faz acreditar que se a gente quiser, dá pra voar. E eu quero. Eu gosto de você porque do seu lado eu perco o medo de altura e salto seja de onde for.
- Eu não gosto de você e já te disse isso. - Ele me disse em primeiro momento eu não entendi, olhei pra ele ainda com os olhos cheios de lágrimas. - Eu não quero você. Eu preciso de você. Não só um pouquinho, uma vez ou outra... eu preciso de você todos os dias. Todos os segundos. Eu preciso sentir tudo aquilo que é causado em mim por causa do seu nome. Eu preciso desejar, entende? Eu preciso fazer mil desejos pedindo você aqui, só para me deixar feliz, sem falar nada. Eu preciso do seu corpo junto ao meu, dos seus lábios com os meus, das suas mãos com as minhas. Eu preciso de nós. Eu preciso de qualquer coisa, desde que tenha você e eu. Eu não gosto de você. Eu te amo, .
E aí sim, nesses pequenos detalhes você percebe que Deus sabe direitinho quem ele coloca, e quem ele tira da sua vida. E quem vai estar ali quando tudo parecer desmoronado.
- Eu também amo você.
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O celular vibrou anunciando um alerta e eu peguei o celular pensando ser mais um grupo.
<3: Ow, desce ai!.
: Desce pra onde? Larga de fazer hora com a minha cara.
Ele já tinha feito isso um milhão de vezes. E eu sempre acreditava. E agora, eu parecia ter desencantado com o fato de que meu final feliz realmente existisse. Ele não mandou mais nenhum alerta, nenhum oi. Me levantei da cama descendo as escadas e meu telefone vibrou novamente e era alerta de uma amiga.
Yasmin: Pode falar, voce tá surtando.
: ??????
Yasmiin: Ops...
Yasmin: Vem aqui no portão.
: Tô indo, santa encheção.
Desci as escadas prendendo meu cabelo de um jeito que tirasse a cara de derrotada que eu tinha ficado o dia todo. E abri o portão tendo a maior supresa do mundo. Já sentiu algo extremamente forte? Ou algo que te fizesse acreditar que existiam as tais borboletas do estômago? Eram todas as sensações em uma só. Eram milhões de sentimentos unidos em um único nome: Amor.
Eu estava vendo tudo que eu tinha almejado por tempos. Tudo que eu esperava acontecer na minha história. - Que só existia na minha cabeça. - E agora ele estava ali, sorrindo pra mim
- Você não vai me abraçar? – Ele sorriu e ergueu a sobrancelha esperando alguma reação minha, mas nada parecia me fazer sair do lugar. Eu não conseguia acreditar que ele estava ali. Bem na minha frente, e de braços abertos. Meu estômago tinham várias borboletas imaginarias, minha cabeça parecia girar e eu parecia estar prestes á ter um ataque cardíaco. E no fim, eu estava. Só que não era por coisas ruins. Eu tinha o coração acelerado por quê no meio de mil possibilidades, eu não sabia como começar. – Pelo visto a surpresa deu certo.
- O que você tá fazendo aqui?
- Existem coisas que não são pra ser, .
- Eu repeti isso mil vezes pra mim mesma, no dia que você foi.
- E que coisas você supôs que não eram pra ser? – Ele riu e se aproximou. Nada do que existia naquele lugar pareceu existir e minha voz tinha sumido de novo. – Nós dois? – Eu assenti sinalizando que sim e ele soltou uma gargalhada gostosa. – Então eu ‘tô aqui pra repetir mil vezes pra você o contrário. Sua ausência me fez mudar, me fez crescer também. E eu percebi que qualquer lugar do mundo fica pequeno demais sem você. E eu estou parado aqui, pra te dizer que, eu e você, é pra ser sim.
E então eu realmente entendi. Que ele esteve ali o tempo todo.
- Você não existe, .
- Existo e to aqui pra você.
- Então para de me olhar e faz alguma coisa. – E no minuto seguinte ele tinha me beijado. Sem delongas, sem medo, sem angustia e sem despedidas. Estávamos bem. Agora, se estávamos juntos ou não. Não era um assunto pra agora. A única coisa que importava era ali. Eu queria o amor dele. Eu pedi a todas as forças do universo pelo amor dele. E eu o tinha ali. Inteiramente pra mim.




Fim





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