Finalizada em: 16/10/2017

Capítulo Único

Flashback: The New Beginning in Berlim

“Yeah baby, minha rainha
Você me governa
Reforçando! Mesmo se você berrar, no fim a resposta é não
Os fragmentos quebrados do meu coração estão cintilando
Eu me apaixonei por você, sem alguma coisa como saída”


- Você certamente é frágil demais para fugir de mim. - a voz do homem ecoava pelo beco escuro em que a garota se encontrava. - Eu só quero ter uma conversinha com você, talvez nós podemos resolver isso de uma forma menos complicada, você não acha?
Os cabelos negros e compridos se mexiam conforme seus passos, seu rosto estava coberto por uma máscara onde apenas os olhos severos e irônicos podiam ser vistos. Sua risada ecoava pelo beco, assustando a garota mais ainda e fazendo com que a mesma recuasse a cada barulhinho escutado por ela. Ela chorava baixinho, tapando sua boca para que ele não a escutasse.
- Eu sei que você está por aqui, e se você der uma olhadinha para trás. – ele riu ironicamente. – Você verá que não tem outra saída a não ser aparecer em minha frente na contagem de cinco. - ele andou mais um passo à frente e respirou fundo, começando sua contagem. - Cinco! – ele deu mais um paço a frente e passou as mãos largas por seus cabelos cumpridos enquanto se divertia com a situação. Ele podia sentir de longe o medo exalado pela garota. – Quatro! – ele dessa vez riu estrondosamente. – Três! – mais um passo foi dado e juntamente uma ameaça. – Você é realmente muito corajosa! – ele então deu dois passos de uma vez, o que fez com que a garota recolhe-se para si mais ainda, abraçada aos joelhos no canto em que se encontrava. – Dois! – então ele deu mais um passo para a frente e suspirou levemente irritado, mas ficou em alerta assim que escutou um barulho. Foi então que até mesmo a garota se assustou, não havia sido ela a fazer o barulho. Pensou ser o homem a encontrando, mas assim que olhou para sua frente, agachada do outro lado, em sua direção, estava uma garota com os cabelos curtos e negros onde até mesmo no escuro era possível ver seus lábios pintados com um intenso tom de vermelho e suas roupas também podiam ser vistas da mesma cor. A garota olhou para a outra e a mesma apenas fez um sinal de silêncio para a menor, pedindo em seguida que continuasse onde estava e quieta.
- Você é uma garota má! – o homem simplesmente disse ainda em alerta, buscando de onde o barulho anterior poderia ter vindo. – Então vamos lá, vamos continuar com a nossa contagem, só te resta uma chance. – ele se preparou para dar o último passo e contar a última vez.
- Um! – a voz rouca da outra garota soou pelo beco. - Você definitivamente deveria arranjar alguém do seu tamanho para brincar de rato e gato. Qual é, Dongyul, você planeja uma festa e não me convida? Eu deveria me sentir ofendida sobre isso? – os sapatos da garota ecoavam pelo beco com pesar, a tensão no homem aumentou de uma forma que era possível visualizar a mudança em seu olhar. Não é a toa que dizem por aí que a porta da alma seria nossos olhos. Ele temia nesse momento e era possível ver isso.
- ? – ele gaguejou. – ?
- Sentiu minha falta, querido? – riu debochada. – Porque a mamãe voltou ao lar. – com seus cabelos curtos apareceu como um gato negro que se esgueira sobre a noite sem ser percebido, ficando frente a frente com o homem. – E dessa vez ela não vai se dar o luxo de ser boazinha.
- Você! Como é que... - ele claramente parecia confuso e de certa forma aterrorizado, tanto que nem mesmo conseguia dizer uma frase completa.
- Como estou viva? Como estou em Berlim? Como eu ainda não estou com as minhas unhas presas em sua garganta? – ela sorriu perversa. – Anda, homem, termine sua pergunta. – ela riu estridente. – Você nem mesmo consegue ser firme como estava tentando ser com a pobre garota segundos antes? Você sabe que eu não gosto de lutar com fracos, certo? – ela suspirou. – É fácil demais, então por favor, me poupe de ficar no tédio antes do que eu imaginava.
- Era para você estar no fundo de um lago neste momento, como foi que você sobreviveu? – ele perguntou, dando mais um passo, mas dessa vez, seus passos eram para trás.
- Primeiro, eu tive uma boa ajuda e segundo, vocês definitivamente deveriam ter checado. – ela riu mais uma vez. – Ellene, - ela disse alto. - saia de onde está e caminhe diretamente a sua casa, vá sem falar com ninguém, assim que chegar faça uma ligação anônima para a polícia dizendo que foi atacada nessa direção e que provavelmente o agressor estaria por aqui procurando outras vítimas.
- Como sabe meu nome ? – a garota ainda perguntou, assustada, mas obedecendo às ordens da mais velha.
- Seu uniforme! – comentou. – Agora vá! – ela completou e antes que o homem tomasse algum passo para relar na garota, ele recebe um chute em seu estômago, onde ficaria dolorido por semanas, sem dúvidas. – Nem mesmo pense em se mexer, sabe ela não é tão mais nova do que a minha idade naquela época. – ela riu alto. – Você não vai fazer com ela o que fizeram comigo, seu porco desobediente. – ela cravou as unhas na garganta do mesmo. – Vamos ver quem está no comando agora.

Flashback Off

“Eu eventualmente perdi meu lugar e meu caminho
O sol ardente se põe, isso faz você mais deslumbrante
Antes de eu saber disso, eu estava cegado
Eu não posso sequer ver a resplandecente chama antes de mim
Lentamente pegando fogo”


As ruas escuras de Seoul não haviam mudado desde a última vez que eu estive aqui. Era impressionante como anos se passaram e eu consigo me lembrar de cada detalhe, depois de tudo o que aconteceu. Obviamente não era com clareza que as memórias vinham, mas da mesma forma era algo fora do normal.
- Sozinha a essa hora? – um homem aparece ao lado, seus olhos escuros escondiam sua perversidade, mas ela era clara no sorriso sombrio e frio que se encontrava em seus lábios. O pior era que ele não fazia questão alguma de esconder aquilo.

- E quem disse que ser... - olhei no relógio e suspirei fundo, hoje eu definitivamente não estava à procura de uma briga. – Quem disse que ser três da manhã muda algo?
- Não são horas para uma jovem, com esses fios de cabelo tão lisos. – ele passou aquelas mãos sujas esgueirando meu pescoço e seu sorriso se tornou ainda mais perverso que antes. – Com esses lábios tão convidativos e essa roupa de dar inveja a qualquer uma - ele suspirou. -, estar na rua. Pode ser perigoso.
- Muito provavelmente eu deveria tomar cuidado e me trancar em casa, certo? – eu sorri debochada. - Muito provavelmente eu não deveria estar falando com um estranho as três da manhã cujo apenas de olhar o rosto já me dá pura repulsa e desgosto. Realmente, se eu soubesse que teria que ver esse seu rosto nojento hoje, eu provavelmente teria me escondido em casa, seria bem mais lucrativo.
- Yah. – seus olhos foram de sem expressão a fúria e perversidade que antes não estavam e ele agarrou meu braço com força. – Limpe primeiro essa sua boca para falar de mim, vadia!
Puxei meu braço com força e sorri debochadamente mais uma vez, ajustei minha roupa e o olhei nos olhos.
- Quem você pensa que é? – ele falou de forma grosseira e ríspida.
- Provavelmente alguém que você não deveria conhecer tão cedo na sua vida. – eu já disse que a maioria dos meus sorrisos são de deboche?
- Sua...- ele levantou seus braços em menção a me bater e eu nem mesmo o parei. Como eu disse, não estava com vontade de arrumar briga nenhuma, mas sua mão foi interrompida por uma outra. – Mas o que...
- Por que não procura alguém do seu tamanho? – o outro homem com seus cabelos em um tom bem escuro e olhos apertadinhos disse, o olhando sério.
- Por que você não arranja alguém da sua idade para brincar garoto? – ele respondeu grosseiramente, empurrando o outro para o lado.
- Eu não preciso de ajuda! – eu disse assim que vi que ele voltaria, o mesmo me olhou sem entender. – E você, tire suas mãos imundas de mim! – eu disse ao mais velho que me segurava agora pelos braços com força.
- Já mandei você ficar quieta. – ele disse sem paciência.
- Qual é, Jung-Sik ! – eu disse pretensiosa, já deixando de lado toda aquela cena e vi os olhos dele estralarem colo duas bolinhas de gude, eu sorri com o susto em seus olhos. –Jung Ji Sik, é seu nome verdadeiro não é?
- Que-Quem é você? – ele largou meu braço com força e deu um passo para trás.
- Eu disse que não precisava de ajuda! – olhei para o garoto ali presente, assistindo com interesse a cena, jogando uma leve piscada para ele.
Eu passei a mão por meus cabelos e respirei fundo, afinal, uma semana seguindo esse cara para no final eu acabar dando uma surra nele aqui mesmo, e eu nem mesmo estou de ressaca para não sentir vontade de esmagar os ossos dele. É só que, é muito chato quando tudo acontece fora dos conformes ou de como eu havia imaginado. Um saco.
As minhas mãos foram diretamente ao colarinho da jaqueta de Jung-Sik e o mesmo recuou com medo.
- Você se lembra agora ? – eu mostrei a marca na lateral do pescoço. – Não? – eu sorri amargamente. - Vamos ver se você consegue se lembra agora. – eu o soltei e puxei minha manga do braço esquerdo, mostrando mais uma marca, mas dessa vez era uma marca de nascença, o motivo de toda a minha vida ser fora do comum.
- ? – ele gaguejou, eram todos iguais. Sempre a mesma forma de ficar surpreso, cansativo e clichê.
- O que foi? – eu ri mais uma vez, debochadamente. – Até parece que viu um fantasma. – eu ri baixo. - Ou talvez tenha mesmo visto um.
O homem ali em minha frente sentia tanto pavor que era possível ver tudo através de sua respiração irregular, seus olhos brilhavam, mas não eram de felicidade e sim de puro medo, afinal, eu havia me tornado tão ameaçadora assim?
Não seria mais do que pura culpa desses porcos, eles foram a maldição em minha vida, desde então, meu senso de justiça só ficou mais e mais aguçado.
Vida normal?
Eu não sei o que é isso desde meus dezoitos anos.
- Escuta aqui, seu covarde, não se atreva a tocar nesse celular. – observei o homem tentar alcançar seu celular em um dos bolsos. - estamos lidando com isso, eu e você, de forma justa.
- Escute, , eu não quis participar, eles me obrigaram... Eu-eu n...- ele se calou assim que olhou para mim mais uma vez, ele viu que não teria jeito.
E definitivamente não teve tempo, eu simplesmente coloquei ali toda a minha força e raiva. Eu podia sentir dor, eu podia sentir a droga que fosse, mas estar ali, colocando tudo o que por anos eu pensei e que acabei dando início em Berlim fazia com que eu me sentisse bem. Definitivamente eu estava bem com aquilo. Muitas pessoas devem ter se perguntando antes de eu ser conhecida como a vadia fugitiva que fez os pais sofrerem e que teve um terrível fim, em apenas duas semanas meu status social mudou muito na minha pequena cidade, de filha má a coitada. Eles sabiam desde o começo que eu nunca faria isso com a minha família, mas mesmo assim encobertaram tudo que se passa naquela cidade. Eu os odeio muito.
- Escute, eu posso te dizer onde todos estão! – o homem tentou se livrar depois de alguns golpes, poucos minutos e ele já estava ao chão, apanhando novamente. – Eu sei onde todos estão, eles estão a procura de outra feito você. Você foi nossa perfeição.
- Seu filho de uma...- eu deferi mais alguns tapas no homem que já se encontrava sangrado ao chão.
– Ele te quer de volta, ele se arrependeu por ter descartado você.
- Ele não me descartou. – eu protestei. – Você será descartado.
De repente, ele riu. Ele teve um grande colapso, ria feito criança. Ria alto e jorrava o sangue de sua boca quando fazia tal ato.
- Você realmente acha que é isso tudo? – ele riu mais uma vez, mostrando seus dentes cheios de sangue. – eles podem te substituir, maldição! – ele gritou e sua voz ecoou pela rua. - Eles já fizeram isso.
Foi então que mais uma vez o destino deu mais um soco na boca do meu estômago.
Eu não ligava sobre exatamente nada daquilo, eu apenas queria vingança e mais vingança, foi por isso que me tornei essa pessoa. Não foi por algumas agulhadas em minha veia sem que eu percebesse ou por pura manipulação psicológica, não! Droga! Foi porque eu não aceitei a forma que fui tratada por anos, como a minha família sofreu por eles me arrastarem para o mais puro nada.
Nada. Era exatamente essa palavra que me definia.

“You were stepping on your toes
Always tripping over nothing
But nothing's on the floor...” – Devil, Cash Cash



Flashback: Before the new Beginning

“Tudo isto é um sonho, você é a rainha cruel
Você tem espinhos escondidos atrás da beleza
Perigosa, perigosa, ela é tão perigosa
Florescendo dentro de um sonho desacordado
Estou quebrando a longa solidão e voando para longe
Êxodo, êxodo, é o meu êxodo”


- Eu te amo. – o garoto com seus dezesseis suspirou e se declarou para a garota apenas um ano mais nova. – Nós vamos mudar tudo juntos, como planejamos. Nós vamos fazer você ser melhor, eu serei melhor e todos esses babacas vão estar em nossas mãos.
- Eu não quero ninguém em nossas mãos, eu só quero estar perto de você, se nos separarem eu nem mesmo sei como vou aguentar mais tempo. – a garota suspirou pesadamente e tossiu forte.
- Não seja fraca ! – ele a repreendeu. – Para que você viva melhor, outros devem sofrer, francamente não me faça perder tempo ouvindo isso, eu preciso cuidar de você.

Flashback Off


“Passo para trás! Mesmo se você berrar, meu coração é um colapso dominó
Você está assentindo com a cabeça
Tudo o que você fez é irreversível
Eu perdi toda a minha força em um suspiro profundo, garota”


- Você está bem? – senti mãos gélidas tocarem a minha pele, me tirando do meu transe no mesmo instante.
- Si-sim. – eu respirei fundo, prendendo a respiração assim que olhei para ele. – Para onde ele foi? – disse com dificuldade.
- Ele saiu correndo assim que eu cheguei, já deve estar longe, você se machucou? Precisamos ir para a delegacia. – o garoto com seu boné vermelho olhou preocupado.
- Não é preciso! – falei apressadamente. – Eu mesma vou atrás dele.
Toda a raiva que havia em mim era suficiente para adormecer todos os meus sentidos do corpo. Eu tremia de raiva e tremia por medo. Para encontrar aquele cara, provavelmente seria muito difícil agora e agora ele, a minha fonte, saberia da minha volta.
- Você precisa ir ao menos ao hospital. – ele suspirou. – Seu nariz está sangrando muito.
- Eu não preciso de hospital. – eu disse dura, finalmente prendendo meus olhos nos dele que eram, de certa forma, cobertos pelo boné, mas que podiam ser vistos pelo brilho ali presente.
- Você ainda não aprendeu a deixar as pessoas cuidarem de você ? – ele suspirou mais uma vez.
- Digamos que eu tenho um certo dedo podre para isso. – eu conclui. Me lembrava dele muito bem, daquela voz. Por mais que houvesse se passado anos, eu nunca seria capaz de esquecer.
- Vem! – ele puxou meu braço com certa delicadeza e da mesma forma me levou rua a baixo. – Entre.


Ele era e sempre foi o único que depois de tanto tempo sabia sobre a verdade, ambas as verdades. A sobre quem eu fui logo após deixá-lo e a de quem eu sou logo após não estar mais em um maldito lago congelando.
Mas uma vez, não foi porque eu quis, mas porque ele precisava que eu estivesse longe dele. Ele seria igual a eles, igual a ele e de qualquer eu não queria que a ambição, maldita ambição depois de um êxito, ficasse presa nele.
Eu não queria que ele fosse igual aos outros, igual a mim.
- Toma! – ele disse, entregando um pano. – Coloque isso enquanto busco a caixa de primeiros socorros e não se atreva a sair daqui.
- Eu não preciso de ajuda, . – eu respondi séria.
- Você sempre precisou! – ele concluiu.
- O que está fazendo em Seoul? – perguntei curiosa.
- Consegui minha vaga em Seoyul. – ele se referiu a faculdade em que pretendíamos ir juntos.
- Seoyul? - eu ainda não acreditava que ele realmente havia ido para lá. – Você realmente foi para lá depois de...- não terminei a frase.
- Você realmente acha que eu não sei o porquê de você não ter ido, não é? – ele suspira cansado. – Você pode não saber, mas eu te conheço melhor do que ninguém.
Nossa conversa acabou ali, nada mais saia, nem dele e nem de mim. Seus olhos eram pesados sobre mim e eu apenas pensava em sair dali.


Alguns meses depois


Depois de tanto relutar, foram tantas coincidências que nem mesmo soube explicar. não me impedia de simplesmente continuar com todos meus planos, eu continuava da mesma forma, nos aproximamos mais uma vez, como amigos, como antes. Ele cuidava de mim e eu dele.
Foi então que depois de oito deles serem pisados, que tudo ficou quieto.

Flashback: Last Week

- Como foi a caça de hoje? – disse, entrando e colocando seu casaco no sofá. – Bong Yul confere ?
- Sim! – a garota respondeu, cruzando as pernas e então esboçou um barulho confuso com os lábios. – Mas sabe, eu tive essa sensação, alguém além dele estava lá, eu estava sendo observada.
- E por que acha isso? – o garoto perguntou curioso.
- Porque eu vi o capuz mais uma vez! – ela respondeu. – Você se lembra quando éramos crianças? Antes que eu ficasse doente, quando íamos ao lago, eu via o mesmo capuz.
- Lembro. – ele disse, recordando da garota que tinha pesadelos e corria no meio da noite para a casa do mesmo. – Você vinha diretamente para os meus braços quando sonhava com ele.
- Eu nunca soube o porquê dele me causar tanto medo. – ela respirou fundo e jogou-se para trás, caindo confortavelmente no colchão. – Eu nunca cheguei realmente a ver quem ele era e tenho a plena certeza de que seja .
.
Esse nome a causava arrepios dos pés à cabeça. Ele não era tão mais velho que a garota e , a culpa de tudo acontecer foi dele. Maldito !
- Mas faltam apenas mais dois para você acabar com tudo isso não é? – ele recordou. – digo, além de , faltam dois, certo?

Flashback off


“Você é um choque dentro da minha cabeça, não importa aonde eu vá, sua voz alcança meus ouvidos
Antes de eu saber disso, eu era surdo
Não importa o que dizem, eu não consigo ouvir ninguém além de você
Estou possuído por você, sem descanso”


Eu poderia muito bem ter parado com isso no momento que encontrei onde se escondia, ridículo e óbvio demais para ser verdade. Eu odeio a linha de pensamento dele, ele é ridiculamente bom no que faz.
- Pensando em como fazer um café? – disse, entrando no local. Fazia mais ou menos três dias que não o via por estar muito atarefado com a faculdade – Porque definitivamente você não é boa nisso. – ele riu e depositou um beijinho em minha bochecha, me surpreendendo.
- Eu...hum, só estava procurando algo para comer! – a sensação de gostar da proximidade dele me incomoda e me deixa sem paciência.
- O que você tem por aqui? – ele se aproximou mais, observando as prateleiras. – Se você quiser, eu posso cozinhar algo para nós.
- Você não está fazendo isso. – eu o afasto das prateleiras. – É só pedirmos uma pizza. Simples, rápido e fácil.
- Simples, rápido e fácil. – ele repetiu e direcionou seu olhar aos meus lábios, e então, eu simplesmente achei que meu coração fosse pular pra fora do meu corpo.
- O que você...- eu fui interrompida e mais uma vez era pelos olhos dele, droga! Ele tinha que vim com um sorriso junto?
- Eu estou apenas sendo prático. – ele aproximou mais seu rosto do meu e então direcionou seus lábios próximo ao meu ouvido. - Eu estou observando sua beleza de perto, simples, rápido e fácil.
Seus sussurros me arrepiavam, seus lábios me chamavam, suas mãos eram tão delicadas que quando elas tocavam a minha pele eu parecia ser a única a ter passado por elas, como se fosse algo preciso, como uma rainha, uma rainha cruel e cheia de espinhos.
- Até quando eu vou ter que esperar por você? – essa frase ecoou em minha cabeça e a fez latejar por esses tipos de pensamentos. Eu e ele sempre fomos uma só pessoa, desde sempre. Nos conhecíamos há tanto tempo, ele era o único que sempre sabia de tudo sobre mim. Quando “voltei a vida”, ele foi o primeiro que eu busquei para dizer aos meus pais a verdade e os tranquilizar, os fazendo mudar para o outro lado do oceano. Ele sempre esteve comigo e teve motivos de sobra para me deixar sem nada. – Não estou reclamando, eu apenas quero saber, tenho que me preparar.
- Não muito! – eu disse e também direcionei meus olhos aos dele. Eu não podia, mas me entreguei a essa coisa toda reprimida desde que nos conhecemos a anos atrás.
Seus lábios foram direcionados aos meus e a minha respiração definitivamente já não era estável. Seus lábios eram macios e era possível sentir o desejo dele, não faltava da minha parte também, mas ele me conduzia por completo.
- Eu esperei tanto por isso! – ele exclamou entre um dos beijos. – Eu esperei muito por você, . Eu esperei por cada centímetro seu.
- Me desculpe por ter feito você esperar tanto! – eu exclamei.
- Esperar só aumentou meu desejo por você, esperar só fez com que você se prendesse mais em meu coração. – eu entrelacei meus dedos em seu cabelo, fazendo com que em seguida ele soltasse um suspiro de aprovação. – Eu esperei por seus beijos. – ele me beijou sem pudor nenhum, parou e continuou a falar. – Eu esperei por seu corpo com o meu. – ele puxou minhas pernas ao redor de sua cintura, me fazendo ficar totalmente grudada a ele. – Eu esperei para te ter. Ele nos conduziu até a cama que estava próxima, seus beijos eram conduzidos por toda a extensão do meu corpo. Ele beijava meu pescoço com vontade, distribuía seus beijos por meus lábios e voltava a distribuição para outros cantos. Sua respiração batia em minha pele e tudo o que eu desejava era ser dele.
- Eu já disse que você é perfeita em todos os sentidos? – ele disse parando os beijos e me olhando. – Eu sabia que você um dia, seria minha. Você sempre reinou em todos os meus sentimentos.
Depois disso eu definitivamente era dele e ele, por fim, meu. E isso seria um grande problema.


Flashback: Who is ?


“Tudo isto é um sonho, você é a rainha cruel
Você tem espinhos escondidos atrás da beleza
Perigosa, perigosa, ela é tão perigosa
Florescendo dentro de um sonho desacordado
Estou quebrando a longa solidão e voando para longe”


- Você sabe como ser um cara sem graça. – a garotinha disse, brincando e empurrando o menino ao seu lado.
Ela com seus quinze era cheia de vida até certo momento desse mesmo ano, quinze anos, a idade onde se inicia a parte divertida da vida, onde você começa a definitivamente estar em uma posição conhecida em seu colégio, conhecer pessoas legais, ter alguns namorados aqui e ali e por fim aceitar que está crescendo de forma normal.
- Escute, podemos ir hoje ver aquele filme que você tanto estava enchendo o saco para ver. – o garoto propôs. – O que acha? – ele finalmente havia tomado certa coragem e chamado a garotinha para sair.
- Hum...eu acho que sim! – ela assente para ele. – Mas você paga.
- Eu disse que você pagaria? – ele disse, deixando ela para trás. – Hoje às oito horas eu passo na sua casa.

Flashback off



“Êxodo, êxodo, é o meu êxodo
Você é uma parede de vidro transparente para a cidade
Brilhando como joias, eu estou preso em você
Eu estou louco por você, louco assim como
Um doente com uma doença inevitável
Ela é tão perigosa”


- Está tudo bem? – ele disse, acomodando-me na mesa ali presente e distribuindo beijos pela lateral do meu pescoço.
- Sim, eu estava lembrando de quando íamos sair pela primeira vez. – eu olhei diretamente para ele e sorri. – Poderíamos ter tido uma vida tranquila, não é?
Seus olhos remetiam saudade. Todo esse tempo ele me esperou e continuou com a vida que brevemente imaginamos que teríamos. Entrou na faculdade que desejamos, comprou o apartamento totalmente parecido com os que nós falávamos quando éramos crianças.
- Foi aos quinze, quando você sumiu pela primeira vez e te levou para Lyon, certo? – ele perguntou com um certo desconforto na voz. Eu apenas assenti e assim voltei a depositar beijos nele.


Flashback: Who is ?

- Você espera aqui? – o garoto sugeriu. – Vou buscar nossas pipocas e prometo que já volto.
- Ok! Fico aqui te esperando, então. E me trás um chocolate, huh. – a garota completou.
Ela ficou esperando que ele voltasse, mas sabia que a fila estaria grande o suficiente para que demorasse. Estava esperando tranquilamente até que uma mão tão gélida quanto o próprio olhar que a cercou apareceu.
- Sozinha? – o homem com olhos grandes e azuis e de boa aparência apareceu em sua frente. –Garotinhas bonitas não deveriam ficar sozinhas em lugares como esse.
- Moço, estamos no cinema! – ela disse, sendo óbvia. – E eu não estou sozinha.
- Não está? – ele sorriu de forma misteriosa e assustadora e aquilo deu calafrios nela que pensou imediatamente em sair dali e procurar , mas seus pés congelaram e ela não movia um músculo se quer. – Sim, você está.
não era alguém comum, ele era uma pessoa perversa e usava de tudo para fazer o que quisesse. Ele a levou para Lyon naquele mesmo dia, fazendo com que ela desaparece sem nem mesmo alguém ver. Parecia que eles nem mesmo existiam, ela pediu por ajuda, mas não sabia o que acontecia, eles pareciam ser invisíveis e ninguém os via, todos fechados em seu mundo. E assim ela foi levada para longe de todos.
Aos quinze, deixou sua adolescência no momento que aplicou a primeira de muitas injeções nela.

Flashback off


Nós nos envolvemos tanto que meu coração ardia de calor, eu nunca tive uma experiência como sentimentos normais, eu nunca pude, desejei, mas não pude.
Eu só desejo momentos felizes como todo mundo.


Semanas depois


- Vamos naquele café que você tanto ama hoje? – perguntou, entrando em meu quarto. – Depois da faculdade?
- Nós definitivamente vamos! – eu disse animada. – Assim que você sair me manda uma mensagem e vamos juntos.
Ele assentiu e olhou para os meus olhos. Algo dentro de mim se alarmava sobre isso, se alarmava sobre se eu realmente o veria mais tarde.
- Você que qualquer coisa tem que me avisar, certo? – eu disse, o alarmando. – Você sabe que ele ainda está solto e que já sabe sobre eu estar viva e provavelmente sobre você.
- Você sabe que não precisa se preocupar, não é? – ele suspirou fundo. – Quem deveria estar cuidando de algo deveria ser eu.
- Ele não chegará em você se não for por minha causa. – eu o olhei. – Você deveria ter ficado longe de tudo isso enquanto podia, assim sua vida seria melhor.
Isso tudo me pesava, pensando na forma que ele me tratava, na forma como me olhava, me beijava, da forma como me tinha para si. Ele mesmo diz que eu sou e sempre vou ser a “rainha cruel com beleza imensurável cheia de espinhos e perigosa” que valeria a pena arriscar.


Horas mais tarde

“No seu doce abraço, eu sou um fraco e débil rei
Eu perdi tudo que não é sobre você
Perigosa, perigosa, ela é tão perigosa
Preso em seu abraço
Eu sigo a luz além do caminho e escapo de você
Êxodo, êxodo, é o meu êxodo.”


não havia me mandado a mensagem, ele havia me avisado que provavelmente as oito já estaria pronto para sairmos. Algo me alarmava em relação a ele poder ter esquecido, isso não seria normal.
- Sozinha? – um homem de expressão forte se aproximou enquanto eu já havia decidido ir esperar por na entrada da faculdade. – Garotinhas bonitas não deveriam ficar sozinhas em lugares como esse.
Uma frase muito bem conhecida por mim, eu sabia que ele era mais um dos de . É bem o tipo daquele lunático trabalhar com caras desse estilo.
- O que quer dessa vez? – eu respondi, voltando a minha atenção à rua a minha frente.
- Você não faz a mínima ideia? – o homem perguntou, surpreso. – Ele realmente deve ter tirado o seu foco. - ele gargalhou. – A única coisa que eu tenho para te dizer. – ele me olhou e esboçou um sorriso maldoso. - "O amor dá coragem e dá fraqueza"


Flashback: Why?


- Por que você me mantém aqui? – a garota gritou, já cansada de tanto passar por aquele tipo de situação.
- Você se lembra do que eu disse? – o mais velho perguntou com a cara carrancuda. – Isso não vai deixar com que você sinta nada. – ele sorriu. – Estou evitando que sofra como as outras pessoas. – ele olhou para ela e riu sem humor. - Mas também ele não pode impedir com que você crie esse tipo de coisa, você é fraca. – ele suspirou cansado. – Você sabe que se você se envolver com alguém e criar sentimentos por essa pessoa será a sua fraqueza não sabe? É por isso que eu te mantenho presa.

Flashback Off



- ! – meu grito poderia ser ouvido por toda a cidade de tão nervosa que eu me encontrava, eu não tenho educação, isso já pode ser notado, então eu entrar chutando a porta de uma pessoa para chutar a bunda de outra não era nada comparado ao que já havia feito. – Onde você está, seu covarde?
- Você realmente não apreendeu a ter bons modos com o tempo, não é? – a voz ecoou pelo salão da enorme casa.
- Você não me deu tempo para isso. – eu ri irônica. – Vai continuar se escondendo para o resto da vida com pistas óbvias demais?
- Eu nunca me escondi de você, flor de Lis. – eu odiava, odiava profundamente quando ele me chamava assim, soava tão nojento. – Eu deixei bem claro da última vez que nos vimos que eu queria que tudo fosse tão justo quanto está sendo nesse momento. – ele riu de forma que apenas me causava mais raiva.
- Você é ridículo! – eu disse, o buscando discretamente mas eu sabia que ele me observava e que sabia meus movimentos então eu teria que optar por um modo mais claro. Eu apenas me virei e me retirei daquele lugar, indo em direção ao estacionamento aberto do outro lado da rua. A essa altura já chovia muito e eu já me encontrava ensopada.
- Devo dizer – ele entrou no local em passos lentos – eu realmente te ensinei bem mentalmente e fisicamente vejamos como você se sai.
- Você não vai sair daqui sem sentir pelo menos uma parte do que eu senti. – eu ri alto e perceptível e andei em sua direção. – Você vai implorar por compaixão. – eu dei mais um passo para perto dele - vai implorar para que eu pare – eu cheguei bem perto dele. – Você vai pedir por redenção.
- Vamos ver quem se dá melhor nisso tudo. – ele me desafiou. – Te dou pontos de vantagem, vou permitir que você me de alguns golpes.
Ele bateu em seu próprio rosto levemente, demonstrando onde eu deveria começar. Ele era um homem sem escrúpulos nenhum, duvidava mesmo se era uma pessoa de verdade. Eu não soquei onde ele havia me pedido, eu o soquei diretamente no estômago. Dois anos presa por ele pelo menos algo eu deveria ter aprendido de fraqueza, as dores no estômago em eram frequentes e sem dúvidas qualquer coisinha que o tocasse ali o fazia ficar em alerta sobre dor, então um soco ali poderia ser dor por meses.
- Sua vadia. – ele definitivamente estava furioso. – Como você... - Ele não continuou, sua dor era tão grande que nem mesmo o deixava falar.
- Eu disse que você sentiria. – eu sorri vitoriosa. – Você me levou para longe da minha família. – depositei mais um soco no mesmo lugar. – Você me deixou presa por dois anos. – Eu dei mais um soco no mesmo lugar. – Você injetava coisas que eu na época nem mesmo sabia o que eram, eu tinha apenas quinze anos, seu miserável. – eu dessa vez o soquei com força no rosto. – E mandou que me matassem aos dezessete. – dessa vez a súbita raiva me alcançou e eu chutei seu estômago com força o que fez com que ele caísse com dor e já com sangue pregado em seus dentes.
- Você realmente tinha potencial desde muito nova. – ele riu, ainda se contorcendo pela dor. Nesse momento a chuva engrossou mais e eu o olhei confusa. – Sabe quem sempre te deu medo desde sempre? – ele riu estridentemente. – Eu te observei tantas vezes, você sempre foi fraca, você sempre fugia para se esconder na casa de outras pessoas, mas o seu próprio lar nunca te deu segurança, eu só te livrei de ter que precisar das pessoas para se sentir segura.
- Era você! – eu assimilei tudo. – Você era o capuz!
- Eu sempre fui seu pior pesadelo sem nem mesmo você ver meu rosto. – ele ria alto, o que causaria calafrios em qualquer um. – Eu também fui sua salvação, você não precisa dele e de ninguém. – ele se levantou furioso. – Você só precisava de mim para te dar coragem suficiente e libertar esse seu grito interior. – mais uma vez seu sorriso maldoso apareceu. – Quem você acha que te deixou doente a ponto de fazer com que seus pais vendessem quase tudo? – todas essas informações, de que tudo desde o começo foi parte do plano dele, me pegou de surpresa e um sentimento que há muito tempo eu não sentia reapareceu. Tristeza. Fraqueza. – Eu fiz tudo por você.
- Você gosta de levar essa vida miserável? - eu disse, o olhando diretamente nos olhos, cada gota que caia daquela chuva podia ser sentida por mim, meu corpo tremia e eu já não sabia se era de raiva.
- Você é uma ingrata! – seus olhos se encheram de raiva e era possível ver. Foi então que ele me chutou com força no estômago, me fazendo ranger de dor. Logo em seguida seus dedos grossos foram diretamente ao meu pescoço, o apertando com força. – Você achou mesmo que seria tão fácil?
- Você é simplesmente mais um miserável egoísta nessa vida. – eu disse sufocadamente. – Você realmente acha que eu não sei da verdade?
Ele me jogou no chão e seus golpes ficaram cada vez mais pesados, a esse ponto eu também cuspia sangue, seus olhos emitiam raiva e os meus não estavam diferentes, eu tinha certeza.
- Depois de tanto esforço você se tornou fraca. – ele gritou.
- Eu nunca quis ser forte dessa forma. – eu respondi a ele. – Apenas se fosse para te matar de uma vez.
- Você se tornou fraca por ele. – ele apontou para , que apareceu pelo portão todo molhado e cheio de sangue por si. Ele não estava acordado e estava sendo carregado por dois dos homens de .
Por fim, ele parou de me golpear, por motivo nenhum e apenas ficou olhando por alguns instantes.
- Vamos parar com isso. – ele disse de repente. – Vamos nos arrumar, temos uma reunião para decidirmos como vamos nos acertar. – ele sem mais e nem menos se virou e saiu andando pelo local.
- Você realmente acha que eu não sei sobre sua doença todo esse tempo? – eu soltei com dificuldade, tentando me levantar, mas ainda assim a chuva me atrapalhava, me fazendo escorregar. Eu realmente estava fraca e precisava criar forças para terminar de uma vez com isso.
Ele não se virou, ele apenas parou sua caminhada e olhou para o lado. Ele estava surpreso, disso eu tinha certeza. Peguei com cuidado a faca que ficava dentro de minhas botas para que o mesmo não percebesse e me levantei silenciosamente. Assim que ele se virou para a frente mais uma vez, fui para a parte mais escura do estacionamento, me esgueirando pelos cantos. Assim que ele não me viu no mesmo lugar, seus olhos alarmaram-se e seus comparsas que seguravam já não estavam olhando no momento.


Flashback: Final conversation


- Eu estou dizendo, senhor. – um dos capangas de afirmava freneticamente. – Ela não tem nenhum tipo de efeito colateral as injeções.
- Isso não é possível. – estava furioso. – Nenhum deles até o momento conseguiu passar da fase três.
- Senhor, já até mesmo refizemos os testes. – ele suspirou. – E cada vez que aplicamos ela fica mais forte, ela pode ser a sua única saída.
- Não podemos ter erros. – gritou e agarrou o colarinho do outro. – Se você cometer um engano, se você cometer qualquer coisa que seja, quem vai morrer com uma dessas – ele pegou uma das injeções e espirrou líquido a fora. –, vai ser você.
- Não vai ter erros, senhor. – o homem respondeu com puro medo em seus nervos.
- É bom não ter, eu estou no meu limite. – disse de forma cansada. – E preciso de provas sólidas e não de possibilidades.

Flashback Off


- Você deve estar se perguntando como eu posso ter descoberto. – eu ri sem humor. – Você não é de lá muito discreto, não é? Você me deu uma injeção paralisante e mandou que me atirassem em um lago. – eu ri mais uma vez. – Tudo isso para depois me salvar? Ou você realmente achava que eu não tinha visto o homem do capuz, ou melhor, você, me salvar?
Ele respirou fundo e podia-se ver surpresa em seus olhos, seu olhos vagavam por todo local, mas ele ainda sim não era capaz de saber onde eu estava.
- Meu DNA era mais forte que o seu, não era? – eu ri mais uma vez. – Por isso você precisava dele.
- Vo-Você... - até mesmo suas palavras eram confusas, nenhuma frase sequer saia de seus lábios completa.
- Ao final, quem era fraco era você mesmo! – eu sussurrei em seu ouvido e em seguida minha faca foi direto em seu estômago, no mais profundo dos cortes. – E ele – eu segurei seus cabelos com força, direcionando-o para olhar diretamente onde os guardas dele estavam com os olhos feitos bolinhas de gude assustados com a cena, ainda segurando com medo. – ele me dá mais forças do você jamais poderia me dar.


Fim.



Nota da autora: Eu sinceramente espero que tenham gostado, depois de tanto tempo me escondendo eu finalmente tomei coragem. Essa foi uma história inesperada então por mais que não esteja tão boa, meu carinho é enorme. Eu realmente espero que tenham gostado.
Xoxo Lay

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