Finalizada em: 21/06/2020

Capítulo Único


As quintas-feiras nunca mais foram as mesmas para mim desde que aquelas aulas começaram. Quando era criança, eu sempre quis aprender a tocar violão, um desejo que apenas foi crescendo dentro de mim, e por isso talvez não seria surpresa alguma que eu esperasse por aquele dia da semana com tanta ansiedade, ousava até dizer que nem os sábados eram mais tão aguardados por mim.
Eu poderia mentir e deixar todo mundo acreditar que realmente a música era o motivo de eu gostar tanto daqueles dias e, não me entenda mal, a música era tudo para mim, mas não era só o que me incentivava. A minha inspiração tinha nome e sobrenome, porém eu não era louco de sair falando isso para os quatro cantos.
Vamos lá, quem nunca teve uma queda ou pelo menos sentiu atração por uma professora, certo? O problema era que enquanto eu achava que só estava atraído pela Senhorita tudo bem, porém nunca imaginei que as coisas fossem sair completamente do controle.
Começou com um nervosismo engraçado, já que ela era bonita demais e logo o jeito que me chamava pelo sobrenome fazia com que minha mente imaginasse situações dignas de todos os pornôs que eu assistia escondido no meu quarto. De repente, eu acordava suado depois de sonhar com ela, então me pegava encarando seu rosto por muito mais tempo do que era recomendado e aí eu literalmente comecei a contar as horas para que nossas aulas chegassem. Duas vezes ela precisou remarcar e eu sinceramente quis morrer porque significaria mais uma semana inteira sem vê-la.
Não tinha maneira fofa de dizer aquilo: eu estava ferrado. Tão ferrado que eu sabia que uma hora ou outra ia acabar deixando escapar para alguém que estava apaixonado pela minha professora de violão. Para completar a tragédia, ela era uns seis anos mais velha e jamais olharia diferente para um moleque feito eu.
Eu juro, eu tentei me controlar e fiz de um tudo para tirá-la da minha cabeça, mas não tinha jeito, e parar com as aulas estava completamente fora de cogitação. Desconfiava também que, se eu trocasse de professora, as coisas poderiam desandar e... tudo bem! Admito que eu não me esforcei de verdade pelo simples fato de não querer realmente esquecê-la. Então, além de doido, eu era burro.
Naquela tarde, minha mãe saiu murmurando alguma coisa sobre um chá de bebê e a ideia de ficar completamente sozinho com minha professora fez com que as minhas mãos suassem frio. Eu não deveria ficar nervoso daquele jeito, não era como se ela fosse me dar trela, mas eu cheguei até a pensar em inventar uma doença e desmarcar a nossa aula. Claro que segundos depois eu me xinguei mentalmente, porque aquela era a coisa mais absurda que eu já havia pensado em minha vida toda.
Eu batucava os dedos em meus joelhos enquanto mexia as pernas também, de uma forma claramente impaciente. Lançava olhares de esguelha para meu violão recostado no apoio e desviava para os cadernos onde eu anotava todas as cifras que a Senhorita me ensinava.
Engoli em seco ao pensar no nome dela e mais uma olhada no relógio me informou que ela chegaria a qualquer instante. Tentei relaxar o máximo que pude para não agir com ela como um completo pateta, mas no fundo eu sabia que não teria sucesso. Eu sempre acabava dizendo algo completamente idiota, fazendo com que ela apenas reprovasse o comentário com o olhar, e depois eu ficava me questionando como ela conseguia ainda dar aulas para alguém tão idiota como eu.
O som da campainha fez com que eu arregalasse meus olhos, então passei uma das mãos pelos meus cabelos, ajeitando os fios e repetindo umas quinhentas vezes o mantra de que eu precisava segurar a minha língua dentro da boca. Não podia mais falar merda e na marra eu tiraria aquela paixonite que eu sentia por minha professora.
Me sobressaltei ao ouvir a campainha novamente, percebendo da maneira mais tosca do mundo que eu tinha ficado parado diante da porta, perdido em meus próprios pensamentos enquanto a dona dos meus pensamentos estava bem ali do outro lado.
— Vamos lá, , você consegue — murmurei para mim mesmo, ajeitando minha camiseta como se ela estivesse toda amassada, o que provavelmente nem era o caso.
Me adiantei para a porta e a destranquei, abrindo-a quase na mesma hora em que ela tocaria a campainha pela terceira vez.
— Ah, Senhor , até que enfim! — exclamou assim que me viu e foi inevitável que eu não retribuísse seu sorriso de um jeito que com certeza foi tosco. — Já estava achando que levaria bolo do senhor hoje.
— Imagina, Senhorita . Eu seria o cara mais burro da galáxia se perdesse nossa aula — respondi, me tocando tardiamente do quão exagerado eu havia soado. Como sempre, ela apenas assentiu, fingindo que não havia sido nada demais.
— Bom, nesse caso, é melhor eu entrar para começarmos logo, não é? — me encarou com uma feição de riso e aí eu me toquei que bloqueava a porta totalmente. Cocei a nuca, nervoso, e dei passagem para ela.
— Claro, me desculpa — soltei uma risada baixa e tranquei a porta, seguindo minha professora com o olhar e depois com alguns passos.
Eu definitivamente precisava parar de ficar encarando a forma como ela caminhava daquele jeito. Uma hora ou outra ela me pegaria em flagrante e eu duvidava que fosse levar numa boa.
— E então, estudou? — deu uma olhada de soslaio para o meu violão enquanto se sentava no sofá e eu na poltrona, então me encarou ao esperar por uma resposta.
— Estudei — respondi, de prontidão, vendo-a assentir.
— Praticou? — insistiu porque só ficar lendo as partituras não contava como estudo na opinião dela.
— Incansavelmente, senhorita . A ideia é melhorar ao máximo a minha agilidade com os dedos — respondi, com um sorriso orgulhoso, e de novo eu me liguei no que tinha falado. — No violão, claro — acrescentei, apressadamente.
— No violão. Certo, senhor — me surpreendi ao ouvi-la rir, porque o comum era ter aquele tipo de comentário ignorado.
— Certo — eu nem precisava dizer nada em concordância com ela, mas estava o triplo de nervoso e estava bem difícil fingir que estava numa boa. A cada aula que eu tinha com ela aquilo tudo parecia piorar em vez de ficar mais tranquilo.
— Nesse caso, que tal você me mostrar se melhorou nessa sua agilidade mesmo? — engoli em seco ao escutar o pedido dela e a encarei como se aquela fosse uma alienígena e não a minha professora de violão.
— Como? — me vi questionar, de um jeito toscamente esganiçado.
— Toque para mim, senhor — aquilo continuava soando totalmente errôneo na minha cabeça. Com certeza, ela não se referia ao que eu imaginava. — Me mostre o que andou praticando.
— O que eu pratiquei? — balbuciei, como um perfeito otário.
— Isso. Vamos lá, senhor . Não temos o dia todo! Pegue logo seu violão — senti meu rosto pegar fogo de repente, tamanha era a vergonha que eu senti, então levantei rapidamente e fui pegar o dito cujo, evitando ao máximo olhar para ela e constatar se ela tinha percebido alguma coisa ou não. Era óbvio que ela estava falando do violão o tempo todo e eu era um pervertido. Eu precisava urgentemente parar com aquilo. Terapia talvez poderia me ajudar.
— Eu pratiquei as pestanas como a senhorita me mostrou na última aula e a cifra de Smoke on the water — contei, tentando soar da forma mais natural possível, voltando para meu lugar e colocando o violão sob meu colo, me posicionando então para começar a tocar.
— Ótimo, vamos ver seu progresso — a voz dela ecoou de uma forma doce que me fez esquecer o constrangimento e voltar a encará-la.
Céus! Deveria ser proibido alguém ser tão linda.
Mordi o canto da boca, me ajeitando da forma mais confortável que consegui, então segurei o braço do violão com uma mão e com a outra comecei a dedilhar as cordas, entoando o que eu havia realmente praticado milhares de vezes naquela semana.
De início, meu nervosismo era tanto que eu me atrapalhei e errei no mínimo umas cinco vezes, mas não desisti e continuei recomeçando até acertar e me embalar. Minha professora não me interrompeu em nenhum momento, deixou que eu lhe mostrasse a música até onde eu havia treinado, antes do solo que vinha após o segundo refrão.
Assim que acabei, lancei um olhar ansioso na direção da Senhorita , que prestava atenção em mim sem desviar, então ela sorriu.
— Está muito bom, senhor . O que prova que o senhor realmente tem se dedicado — ela elogiou, então se levantou e caminhou para mais perto de mim. — Porém, preciso apenas corrigi-lo na formação de dó com quinta. Lembre-se que o dedo um pressiona fazendo a pestana a partir da segunda corda e a primeira não deve ser tocada — instruiu e eu senti que parava atrás de mim.
Ao ouvi-la mencionar aquele acorde, eu o montei de imediato no braço do violão e percebi que, de fato, eu estava pressionando a primeira corda. A senhorita então se inclinou por trás de mim, segurando em minha mão e me ajudando a ajeitar a posição do acorde, mas ela nunca havia feito aquilo antes e de repente eu voltei a suar e eu diria que até tremer feito um doido.
— Assim, senhorita ? — engoli em seco, virando meu rosto para encará-la enquanto seguia o que ela havia corrigido.
— Não se esqueça de pressionar a pestana, . No início, é chatinho para pegar o jeito, mas tenho certeza que você consegue — talvez a sensação dos seios dela encostando nas minhas costas tenha me deixado meio febril, porque eu tive a impressão de ter ouvido ela me chamar pelo nome, mas isso não estava certo. Com certeza eu estava imaginando coisas de novo, ela sempre me chamava de “senhor ”.
— Pressionar a pestana, certo — assenti, continuando a olhar seu rosto, próximo demais para o meu próprio bem.
— Perdeu algo aqui, senhor ? — levei um susto ao ser pego em flagrante e notei uma sobrancelha dela arqueada para mim, mas ela não parecia brava. Era como se o seu olhar dissesse que sabia algo que eu não fazia ideia.
— Eu só... — respirei fundo e abri um pequeno sorriso. — Gosto da sua maquiagem.
Isso é sério, ? Falar da maquiagem?
O sorriso dela, no entanto, me fez parar de querer me praguejar. Ela aparentemente tinha gostado.
— Bom, obrigada. Fico feliz que goste — juro que não estava entendendo como de repente ela aceitava meus elogios numa boa e não ignorava meus comentários idiotas, mas não ia reclamar, não mesmo.
— Você fica linda demais com ela, mas tenho certeza de que sabe disso ou não usaria — acabei aproveitando a deixa, sentindo que meu coração até acelerava com isso. — Na verdade, você é linda com ou sem maquiagem — vi sua sobrancelha se arquear novamente e gelei por dentro. Certamente, eu havia passado dos limites dessa vez.
— Quando foi que você me viu sem maquiagem, ? — de novo ela tinha me chamado pelo nome. Eu não estava louco.
— Desde quando a senhorita me chama pelo nome? Juro que não tô achando ruim, eu só... — parei de falar quando ela fez sinal de negação.
— Nada disso. Você responde antes de perguntar — soltou, em um tom autoritário que me fez ficar realmente arrepiado.
— Eu te vi uma vez sem maquiagem. Você estava saindo por um portão. Não sei se era aquela a sua casa, mas acho que não importa. Eu gostei muito — me expliquei, sem conseguir acreditar que realmente estávamos tendo aquela conversa. De uma forma mecânica, meu violão tinha sido deixado sobre o apoio novamente, mas eu mal havia olhado para conferir se tinha o colocado ali de maneira correta.
— É mesmo? E o que você gosta mais na minha maquiagem, ? — ela disse, dando a volta na poltrona e sentando-se sobre o braço do móvel. Eu já tinha notado o perfume intoxicante dela assim que havia aberto a porta de casa, mas com aquela proximidade eu o sentia com maior intensidade, o que me deixaria totalmente inebriado se eu não precisasse manter-me consciente.
— Hm, deixe-me ver — encarei seu rosto sem nenhuma restrição dessa vez, admirando cada pedacinho de um jeito que eu sempre tinha desejado fazer. — Gosto desse delineado que você faz. Realça o seu olhar de um jeito que poderia matar alguém fácil, fácil — principalmente se esse alguém for eu, acabei completando mentalmente.
— Olhar matador, gosto disso — ela riu e eu pude jurar que se inclinou um tanto para mim.
— Também gosto das cores de batom que você usa. Acho que já te vi usar várias e essa de hoje, em especial, chega num outro nível — fixei meu olhar nos lábios dela, vendo-a morder o inferior de levinho e aquilo me deixou maluco.
— A cor desse aqui se chama cherry — escutei ela dizer e, se aquilo fosse um delírio, por Deus, que ninguém me despertasse.
— Adorei o nome. Dá vontade de provar para ver se é gostoso — talvez eu fosse para o inferno por agir daquele jeito, mas eu não ligava. Ela me fazia esquecer de tudo ao meu redor e eu não podia perder aquela oportunidade que estava praticamente caindo em meu colo.
— Se estivéssemos apenas nós dois aqui, , eu deixaria você provar — puta que pariu, eu tinha ouvido aquilo mesmo? Eu ia pirar de uma vez.
— E nós estamos, creio que isso seja um sinal — abri um sorriso de canto, vendo-a retribuir e esperar, me lançando um olhar que só fazia me instigar.
— Tenho certeza que é.
Aquela era a minha deixa e eu não seria louco de hesitar. Me inclinei na direção dela e juntei nossos lábios em um beijo que rapidamente ficou intenso. Ela me apertou pelos ombros, vindo para cima de mim e quase se sentando sobre mim. Abri um sorriso entre o beijo, retomando-o com vontade e puxando-a para que de fato se sentasse no meu colo, com uma perna de cada lado.
— murmurei seu nome, como se desde que eu a havia conhecido aquela fosse uma necessidade urgente. De certa forma, era. A questão da formalidade não deixava de ser excitante, é claro, mas poder dizer seu primeiro nome era surreal. Como se meus sonhos eróticos com ela estivessem se tornando realidade.
— ela respondeu, em um quase gemido que me fez revirar os olhos, beijando sua boca mais uma vez.
— Você não faz ideia do quanto é gostoso te ouvir dizer meu nome — confessei, fazendo rir e entrelaçar meus cabelos em seus dedos.
— Aposto que consigo deixar mais gostoso — puxou os fios, me fazendo inclinar a cabeça para trás. Segundos depois, os lábios dela tocavam meu pescoço e espalhavam beijos por toda a minha pele, sugando, raspando com os dentes e me fazendo respirar com dificuldade.
— Oh, eu não duvido disso não — levei minhas mãos até sua cintura e a apertei com força, aumentando a fricção de seu quadril no meu. Em resposta, deu chupão com bastante vontade em meu pescoço, movimentando-se sobre mim e rebolando no meu colo. Soltei um grunhido mais alto do que esperava e a risadinha que ela lançou em resposta me fez apalpar sua bunda sem ter mais nenhum resquício de pudor.
foi descendo seus beijos, mordendo um de meus ombros levemente antes de dar um jeito de tirar minha camiseta. Eu nem vi onde a peça foi parar porque logo voltei a sentir sua boca em minha pele e meus olhos se reviraram nas órbitas. A cada centímetro que seus lábios tocavam, eu sentia como se pegasse fogo e o calor foi se intensificando cada vez mais, me deixando louco para me desfazer daquelas roupas, tanto o resto das minhas quanto as dela.
Como se ouvisse meus pensamentos, de repente ela parou de me beijar, me lançando um olhar ardente de desejo. Mordi minha boca, passeando meu olhar desde seus olhos até sua boca avermelhada, seguindo até seu busto, porém outra risadinha dela me fez voltar a encarar seu rosto.
— Pare de se controlar, — a voz de soou rouca, me arrepiando por inteiro.
— Eu não estou... — eu ia protestar, mas no fundo eu sabia que ela estava certa. Parte de mim ainda não conseguia acreditar que minha professora de violão, seis anos mais velha do que eu, realmente não estava apenas me dando bola como me beijava de um jeito que eu jamais conseguiria esquecer.
Notei sua sobrancelha arqueada em minha direção e então a mordidinha que ela deu na própria boca quando levou suas duas mãos até a barra da blusa que vestia e a puxou para cima, revelando um sutiã de renda azul clara que só fez me deixar ainda mais maluco.
Abracei-a com vontade, enredando uma de minhas mãos em seus cabelos e conduzindo seu rosto até o meu para que eu voltasse a atacar seus lábios, beijando-a com paixão, deixando de lado tudo o que fazia eu me conter até então. Mais uma vez eu a senti rebolar sobre meu colo, então me movimentei junto, forçando meu quadril contra o seu, esfregando o que eu já tinha de ereção e sentindo que ficava ainda mais excitado.
Guiei minha mão livre até um de seus peitos, massageando com vontade, quase grunhindo ao sentir o quanto sua carne ali estava quente, mesmo que eu a tocasse por cima do sutiã, e minha vontade foi de meter minha mão por baixo da peça para sentir ainda melhor. Em vez disso, rocei meus dedos por seu mamilo, sentindo-o endurecer e acariciando-o em movimentos circulares que arrancaram gemidos baixinhos de . Não aguentei e rompi nosso beijo para provar daquela região com meus lábios, sugando como se tivesse acabado de descobrir um doce que era tão gostoso que viciava. Ela gemeu um pouco mais alto e eu senti seus dedos puxarem meus cabelos com força. Abri um sorriso pequeno com seu gesto e puxei um pouco o tecido de seu sutiã com meus dentes, ameaçando tirar a peça bem daquele jeito, fixando meu olhar no de e percebendo que ela estava tão excitada que poderíamos transar apenas com nossos olhares.
... — soltei, contra sua pele, notando seus pelos se arrepiarem.
— Tira isso logo, — eu quase ri daquele pedido desesperado, mas estava muito ocupado dando um jeito de me livrar daquela peça de uma vez.
Encarei seus seios sentindo que minha boca salivava de vontade de senti-los e permaneceu ali parada, deixando que eu admirasse quando sua expressão dizia claramente que ela estava sedenta por mais. Quando minha língua por fim tocou sua pele, eu senti que meu próprio corpo estremecia junto com ela, então não fiz nenhuma cerimônia, lambi sua pele com gosto, envolvi sua auréola, sugando e a rodeando com a língua, afundando meu rosto no meio daqueles dois pedaços de paraíso e intercalando minhas carícias entre um e outro. Eu ouvia os gemidos dela cada vez mais intensos e fazia questão de provocá-la ainda mais, brincando e passando meus dentes de leve pela região. Deixei um chupão gostoso em um deles enquanto massageava o outro até que me parou, me puxando pelos cabelos até que voltássemos a nos beijar. Não ficamos nos beijando por muito tempo, pois logo ela nos separou, me empurrando pelo peito para que eu me recostasse na poltrona.
Sua boca voltou a me enlouquecer, espalhando beijos pela minha pele, dessa vez não se restringindo apenas ao meu pescoço e ombros, mas descendo por meu peito, explorando toda a extensão de meu abdômen, onde ela deixou sugadas mais intensas que fizeram eu me revirar e meu membro latejar dentro das calças. Com um olhar ladino, acariciou minhas coxas, apertando o interior delas e tocando minha ereção por cima do tecido. Eu nunca fiquei tão desesperado para me ver livre delas, mas mais uma vez deixei que desse um jeito naquilo por mim.
As mãos habilidosas dela rapidamente desafivelaram o cinto e ela abriu o botão, deslizando o zíper e me lançando um olhar brilhando de expectativa. Com toda certeza eu a encarava da mesma maneira. Ergui um pouco meu quadril para que a calça deslizasse por minhas pernas e fez questão de puxar minha cueca junto. Então eu estava completamente nu e ela ainda parcialmente vestida na sala da minha casa. Eu agradeci aos céus porque ninguém ia chegar tão cedo e eu poderia dar um jeito de igualar aquela situação ali.
Senti suas carícias brincarem no caminho para a minha virilha e eu segurei minha respiração, até movendo um pouco meu quadril do tanto que eu queria que ela tocasse minha excitação. abriu um sorriso de canto com isso, então sua mão finalmente me tocou, envolvendo minha ereção e deslizando por toda a sua extensão de cima para baixo, depois de baixo para cima, lento demais para meu próprio bem.
... — murmurei, sem condições de pedir de forma mais clara para que ela intensificasse os movimentos.
riu e, antes que eu pudesse processar o que fariam seus lábios tocaram minha glande, dando um beijinho de leve que me deixou quase doido.
— Caramba — deixei escapar, soltando um gemido em seguida porque ela envolveu meu membro com sua boca, chupando sua extensão até onde conseguia e deslizando seus lábios por ele. Literalmente, eu fui à lua e voltei, ainda mais quando ela prosseguiu me chupando com vontade, me estimulando cada vez mais e usando suas mãos para me proporcionar ainda mais prazer. Eu envolvi seus cabelos com uma de minhas mãos, auxiliando-a embora ela não precisasse ser guiada por mim. Sua maestria era tanta que eu precisei segurar na poltrona com força com minha mão livre. Movimentei meu quadril na direção de sua boca, fazendo meu membro ir mais fundo, sentindo que ela quase se engasgava ao tentar colocá-lo por inteiro, então ela o tirava e lambia minha glande, me fazendo estremecer.
Não consegui ficar naquilo por muito tempo, eu estava doido para provar mais de e quando estava perto de gozar eu a segurei de modo que parasse e a puxei para mais um beijo ao mesmo tempo em que avançava em sua direção. Como ela havia se ajoelhado no chão, acabamos os dois rolando por ele e eu a deitei no tapete, separando nossas bocas apenas para que eu pudesse finalmente me livrar das calças dela.
Aquela calcinha minúscula, que era conjunto com o sutiã, era realmente uma sacanagem. Como ela vinha me dar aula com uma lingerie daquelas?
— Você tem noção do quanto me deixa louco, ? — minha voz ecoou rouca pela sala e ela abriu um sorriso lindo de quem tinha adorado ouvir aquilo.
— Claro que eu tenho. Você não é bom em disfarçar as coisas que sente, — retrucou, deixando claro que havia percebido desde o começo o meu interesse por ela. — Mas eu quero que você me mostre o que diz. Tenho certeza de que vou adorar.
Ela sabia exatamente o que dizer para me fazer pirar de vez. Controle era algo já muito distante para mim.
Levei minhas mãos até suas pernas, as abrindo e me inclinando sobre aquela mulher deliciosa para beijar toda a extensão de suas coxas, explorando sua parte interna, deixando alguns chupões e adorando sentir o gosto de sua pele. Quando cheguei bem perto de sua calcinha, hesitei por alguns segundos, permanecendo próximo dali e ouvindo-a gemer em protesto.
— Vai logo, . Me chupa — pediu, daquele jeito autoritário que me fazia arrepiar todo, e eu acabei obedecendo, lambendo-a por cima da renda da calcinha e começando a sugar ao sentir seu clitóris.
se contorceu, prendendo minha cabeça entre suas pernas e eu continuei o que fazia, sugando mais um pouco como se não tivesse a calcinha dela como barreira. Explorei sua extensão com minha língua, então puxei a renda com meus dentes e não me aguentei ficar provocando por muito tempo. Minhas mãos envolveram o elástico e eu o puxei com força, rasgando sua calcinha e ouvindo uma exclamação de surpresa vir dela. Sem o tecido para me atrapalhar, eu voltei a tocar seu clitóris, fazendo movimentos circulares e apertando as coxas de a cada vez que eu a sentia se contorcer. Lambi toda a extensão de sua vulva, ameaçando penetrar sua vagina com minha língua enquanto deslizava uma de minhas mãos pela parte interna de suas coxas. Apertei bem próximo à sua virilha e quando minha boca voltou a sugar seu clitóris, meti um dedo em sua entrada, observando com atenção a reação que ela teria. soltou um gemido alto e eu movimentei minha mão, tirando meu dedo e colocando novamente, sentindo que sua lubrificação aumentava conforme ela ficava mais e mais excitada. Aumentei a intensidade de meus movimentos, ouvindo-a gemer mais alto e a suguei com mais vontade. De repente, se contorcia tanto que ficou difícil segurá-la e eu mantive o ritmo intenso, sabendo que logo ela chegaria ao seu ápice. puxou meus cabelos com força, empurrando minha cabeça contra sua vagina quando isso aconteceu, eu senti que meus dedos ficavam mais molhados ainda com sua excitação e a respiração dela estava tão ofegante que eu me afastei para observá-la. A expressão de satisfação em seu rosto com certeza seria digna de uma pintura.
Levei meus dedos até minha boca enquanto a encarava, lambendo seu prazer e vendo morder seus lábios, aprovando a cena. Ela então se levantou e voltou a tomar as rédeas, sentando-se sobre meu colo e iniciando um beijo cheio de tesão, enquanto me fazia penetrá-la. Precisei de alguns segundos para me recuperar. A sensação de finalmente estar dentro dela por inteiro era indescritível. Puxei seu lábio com meus dentes, aumentando a intensidade do beijo, apertando seus quadris com minhas duas mãos e fazendo ela se movimentar mais uma vez. Meu membro saiu e voltou a entrar lentamente, então iniciou um rebolado gostoso, me fazendo sentir cada centímetro dela. Separei nossos lábios para soltar um gemido rouco, movimentando meu quadril contra ela, tocando mais fundo. Ela continuou a se mover sobre mim, mas o ritmo foi ficando cada vez mais intenso e quanto mais eu a apertava contra mim, mais o prazer que eu sentia aumentava. Segurei em seu quadril com mais força, estocando com mais velocidade e seus gemidos se intensificaram, misturando-se aos meus porque eu não conseguia me conter. O tesão era tanto que eu sentia como se meu corpo estivesse entrando em ebulição. Ela se moveu junto comigo, rebolando com intensidade, subindo e descendo em cima de mim até que eu a segurei de forma que parasse, então inverti nossas posições em um movimento rápido, colocando-a deitada no tapete e ficando por cima dela sem que meu membro saísse de dentro dela no processo.
Segurei nos joelhos de , de forma que suas pernas ficaram bem abertas para mim e voltei a penetrá-la com intensidade, colocando mais força em minhas estocadas. Ela não demorou a enroscar suas pernas ao redor de minha cintura e isso me deu mais liberdade para aumentar o ritmo de minhas estocadas. Grudei meus lábios nos seus em um selinho, já que iniciar um beijo de verdade seria praticamente impossível. Nossas respirações estavam ofegantes e de nossas bocas saíam palavras desconexas que estimulavam cada vez mais e aumentavam aquele prazer absurdo que estávamos sentindo. Eu duvidava que aquela seria nossa única vez. Por mais errado que aquilo fosse, eu não me contentaria depois de tê-la daquela forma e sempre voltaria para mais. Provavelmente eu enlouqueceria se não tivesse. Ela era ainda melhor do que tudo que eu havia sonhado.
Senti meu corpo começar a estremecer daquela forma involuntária que eu sabia bem o que queria dizer, então aumentei mais ainda o ritmo de minhas estocadas, metendo com força e gemendo com mais intensidade contra os lábios de . Entendendo o que estava prestes a acontecer, ela se moveu contra mim, ajudando nos movimentos até que eu a apertei com força contra mim, explodindo em prazer dentro dela ao mesmo tempo que sentia sua vagina apertar meu membro com força. Havíamos alcançado nossos ápices juntos e eu tinha certeza de que nunca havia gozado tanto.
Aos poucos fui parando de me movimentar e afundei meu rosto na curva do pescoço de , sentindo que minha respiração estava tão ofegante que eu não sei como não tive nenhum ataque cardíaco. Espalhei alguns beijos em seu pescoço quando o fôlego foi se restaurando e me inclinei para encarar seu rosto, lhe dando um beijo calmo e então sorrindo quando nossos lábios se separaram.
— Isso foi incrível — escutei ela dizer e aquilo realmente havia feito meu dia. Eu estava deitado na sala da minha casa com a mulher dos meus sonhos me dizendo que nosso sexo foi incrível. Não havia mais nada que eu poderia querer.
— Eu sou doido por você, . Desde o primeiro dia que eu te vi, foi amor à primeira vista — confessei, vendo-a sorrir.
— Eu sei que é, . Mas nós dois sabemos que não podemos ficar juntos. Você é jovem demais e relações entre professora e aluno nunca acabam bem — ela disse, me jogando um balde de água fria, mas eu não queria que acabasse assim.
— Claro que podemos, . Eu posso ser mais novo, mas pode ter certeza de que eu tenho maturidade — eu não sei por que eu disse aquilo, mas não estava com muito controle de minhas palavras.
— Não, senhor , você acha que tem, mas está enganado. Nunca daria certo entre nós dois, está na hora de o senhor acordar — franzi meu cenho com aquilo.
— O quê? — acabei soltando, sem entender mais nada, encarando-a como se esperasse ela dizer que era uma brincadeira sua.
Acorde, senhor — sua voz, de repente, havia ficado distante de uma forma que eu não gostei nem um pouco.
Então eu ouvi o barulho de uma sirene.
Espera, uma sirene?
Levei um susto. Em um instante frustrante até demais, eu não estava mais deitado em cima dela no tapete e sim sentado sobre o sofá da sala, sozinho, meu violão estava sobre o apoio e a campainha de casa tocava incessantemente.
Levantei-me, me sentindo mais atordoado do que nunca, e caminhei até a porta, arregalando meus olhos quando espiei pelo olho mágico e vi que era , minha professora de violão, que havia chegado para mais uma aula.
Tudo aquilo não havia passado de um sonho e, quando eu engoli em seco e abri a porta, cumprimentando-a do jeito mais controlado que pude, eu só conseguia pensar em uma coisa.
Ah, professora! Que saudade daquilo que a gente nunca viveu.


FIM.



Nota da autora: Por favor, não me matem por causa desse final hahahaha. Eu juro que quando li a letra dessa música só consegui pensar nessa frasezinha do final e me diverti um monte com esse pp. Espero que tenham gostado!
Caso queira ler mais histórias minhas, entrem no meu grupinho! Tem todos os links por lá.
xx Frankie.

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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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