05. Sex You


Finalizada em: 07/12/2019

Capítulo Único

Proteção à testemunha é a segurança proporcionada para uma pessoa ameaçada, a qual fornece testemunho em tribunal. Atualmente, esta é a situação de .
Desde o início, quando havia decidido tornar-se um advogado de defesa – ou porta de cadeia, como eram comumente chamados – sabia dos riscos que corria, incluindo um de seus clientes buscando vingança por um caso perdido. Porém, em seus trinta e sete anos de vida e onze de carreira, esse cenário nunca o acometera.
Era uma noite de sexta, em novembro, fazia frio e ele, mais uma vez, havia se perdido nas horas. Já passavam das vinte e duas quando deixou seu escritório em Soho, Londres e por questão de horário e com uma pequena ajuda do clima, as ruas estavam calmas nesse lado da cidade. Quase que muito calmas.
Caminhou até o seu carro – um Audi A7, o qual se orgulhava de possuir – e sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha. Algo estava errado.
Duas horas depois, já não estava mais próximo ao enorme prédio. Agora, na frente dele, encontrava-se o seu pior pesadelo: A Detetive.
A história deles, um pouco – muito – longa. Viam-se em praticamente todos os julgamentos. Enquanto ele defendia criminosos, ela os prendia e jogava na cadeia ao mesmo tempo que vangloriava-se de mais uma vitória, uma de muitas, para a indignação do advogado.
“Sabe por que ganhamos?” ela sempre vociferava, não perdia a oportunidade de iniciar a chaminha de raiva dentro de “É porque faço o meu trabalho, e muito bem.” E saía rebolando seus quadris deliciosos, pronta para uma noite de muito álcool junto aos seus colegas de farda, em comemoração a outro glorioso dia em sua carreira.
, a detetive, era relativamente nova em idade e apesar de possuir apenas vinte e cinco anos, já ostentava um Phd em Ciências Forenses pela Universidade da Cidade de Londres, e mesmo tendo todo um clima de rivalidade no ar, o advogado a admirava muito por suas conquistas.
Mas ele também a repelia, em particular na situação em que se encontrava.
Depois de muita discussão o delegado responsável pelo seu caso de agressão decidira colocar o homem no Programa de Proteção à Testemunhas. Ao que parecia, Louis, - seu ex-cliente irritado – teria matado alguns de seus outros advogados e agora estava encarregada de ser sua guardiã. “Quem diria” falou ela, o circulando como uma presa “Sua vida em minhas mãos”. Ah, a ironia.
fora levado para uma casa digna de filmes de terror - caindo aos pedaços – e quando olhou de soslaio para a detetive, soubera no mesmo instante que ela havia feito a escolha do local. “Espero que goste do seu novo lar, afinal a operação pode demorar dias, meses, ou até anos para ser completada.” Sorriu sapeca “Não se preocupe, vou fazer companhia a você” deu uma piscadinha.
As semanas passavam como um vulto, iguais aos que ele tinha a mais absoluta certeza de que vira naquela maldita casa e todos os dias, fazia uma pequena aparição no local, trazendo consigo comidas e produtos de higiene pessoal.
A questão era que estava enlouquecendo. Não aguentava um minuto a mais naquele lugar amaldiçoado. Precisava sair, e fez o que desejou.
Ás treze horas em ponto, faltando exatamente cinco horas para aparecer na casa, ele subiu em um transporte público com a intenção de visitar seu escritório e pegar um caso ou dois para trabalhar no tempo que ficaria preso naquele lugar. Trinta e um minutos depois, desceu em frente ao seu local de trabalho e quando estava prestes a entrar recebeu um soco no rosto. E logo em seguida, mais quatro.
Duas horas depois, ainda perambulava pelas ruas, agora com os lábios sangrando e o olho em um roxo profundo. Tentava se recuperar lentamente do que acontecera, e parando para pensar, não sabia muito bem o como havia escapado da morte por uma segunda vez. Talvez fosse o destino, ou apenas sorte.
Já em frente da antiga casa, procurou suas chaves, que se encontravam milagrosamente em um de seus bolsos. Agradeceu aos céus pela imensa sorte, apenas para, logo após entrar, pedir pela piedade de Deus mais uma vez naquele dia.
No grande sofá preto de couro estava a detetive, com a arma na mão e sangue nos olhos.
“Eu posso explicar.” Logo começou, sendo prontamente interrompido.
“Você só pode ter problemas mesmo.” Continuou sentada, enquanto ainda saía de seu choque inicial. “Estou pondo minha carreira e minha vida em risco para salvar a sua pele, e você simplesmente faz a decisão mais estúpida da sua vida.”
“Eu sei, me desculpe.” Soou arrependido.
“ O que aconteceu com o seu rosto?” suspirou “Me deixe adivinhar, eles te seguiram?”
O homem não respondeu, afinal, era bem óbvio o que tinha lhe ocorrido.
“Por Deus, ” levantou-se em direção ao homem, moldando delicadamente sua mão à dele e trazendo-o de volta ao sofá.
Apertou forte os olhos, tentando impedir com que as lágrimas deslizassem por seu rosto.
“Eu sei que tudo o que está acontecendo comigo é porque eu mereço” soluçou “fui ganancioso e escolhi essa vida de defender e deixar livre o pior tipo de ser humano que existe.”
“Olhe para mim, .” Ainda segurando o rosto do homem, encaravam-se profundamente nos olhos “Sou policial, sou uma detetive, e posso te dizer com absoluta certeza que nem todos que vão a julgamento são culpados.” Sorriu, de forma a validar o fato “Todos merecem um direito à defesa, mesmo aqueles que são realmente culpados.”
Colocou a mão máscula por cima da dela, como que agradecendo por todas as palavras reconfortantes que saiam de seus lindos lábios. Aproximou-se o suficiente para encostar sua testa na dela e fechou os olhos para sentir o respirar da mulher contra o seu rosto e apreciar o leve carinho que fazia em sua bochecha. Com uma onda inesperada de coragem, a beijou calorosamente, expondo através daquele beijo todos os sentimentos que tinha guardado por ela durante tanto tempo. Todos aqueles dias no tribunal, casos diferentes, criminosos diferentes, mas sempre a mesma detetive e sempre os mesmos sentimentos ardentes.
Perdidos naquela paixão compartilhada, já sentava em seu colo, tirando a blusinha fina que usava apesar do tempo frio, percorrendo os dedos pelos cabelos cacheados do homem.
As mãos de traçaram sem proposto algum a extensão das costas de e seu rosto moldou-se em um sorriso um tanto reservado enquanto ela suavemente puxava para cima a camisa suada que o homem usava.
mordeu o lábio, e durante o tempo em que desnudava o homem em sua frente sentiu um calorzinho espalhar-se pelo seu abdômen. “Você não faz ideia de quanto tempo esperei para fazer isso.” emitia leves gemidos com as tentativas da mulher de abrir suas calças “Ver você, todo santo caso, vestida naquelas roupas elegantes e nojentamente próprias. Ouvir você abrir a boca e destruir toda a minha estratégia com apenas algumas palavras.”
soltou uma risadinha “O fato de eu acabar com você no tribunal te excita?”
“Amor, você não tem a mínima ideia do que a sua cabeça inteligente faz comigo.”
Ela segurou uma lamúria alta quando ele, de surpresa, roçou os dedos em seu clitóris coberto pelo tecido da calcinha, apenas para encontrá-la molhada em suas partes sensíveis. As mãos delas agarraram-se firmemente nos ombros dele no mesmo momento em que introduzia dois dedos em sua abertura feminina, deixando sair de seus lábios um gemidinho gostoso com o toque tão esperado. Com seu corpo duro pressionando o dela, ele libertou-se de suas roupas de baixo inserindo delicadamente a masculinidade na vagina da mulher. deu um longo suspiro, com a sensação maravilhosa que sentia enquanto seus corpos juntavam-se em um só. Ela foi puxada de seus pensamentos quando ele mordeu delicadamente seus seios expostos, fazendo carinho nas costas da mulher que fazia movimentos para cima e para baixo em seu colo.
assistia se desfazer em pequenos pedacinhos, e quanto mais perto chegava de sua liberdade, mais forte agarrava-se à mulher, segurando-a contra seu peito como se o seu mundo dependesse daquele toque final.
E assim, com as respirações descompassadas e músculos tremendo, chegaram juntos ao céu. Tudo que ele sempre desejou. Agora, abraçados um outro, ele sorriu para ela de forma carinhosa, perguntando a si mesmo onde esse relacionamento tão abrupto iria os levar depois de um momento tão pequeno e cheio de confissões. Apesar desse ser o pior momento em sua vida para começar a relacionar-se de forma amorosa com , queria retirar todo o dinheiro do banco, vender a sua casa e fugir com quem ele possuía absoluta certeza de ser a mulher da sua vida.
“Preciso dizer uma coisa” começou, com expressão séria. A mulher, agora preocupada, retornou seu olhar “O que é?” perguntou calma. Respirando forte, respondeu “Posso jurar que vi um vulto passando atrás de você.” Brincou, exclusivamente para ouvir sua risada divertida encher seus ouvidos.





FIM.



Nota da autora: Me desculpem por essa cena de smut, sou péssima pra escrever esse tipo de cena. Espero que gostem Xx



Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


comments powered by Disqus