06. Daddy Lessons

Última atualização: 24/10/2017

Capítulo 1 - Today

Minha mão tremia. Eu tremia inteira. Não de nervoso, não assustada, eu estava com raiva. O ódio era mais do que aparente em mim, qualquer um que me olhasse saberia disso. Minha irmã chorando descompensada na minha frente, minha mãe horrorizada e tentando acalmá-la. Eu não podia acreditar nisso. Me abaixei e fiquei menor do que a menina de apenas 14 anos.

- Se acalme, meu amor, eu imagino que é difícil, me desculpe por trazê-lo a sua vida, mas eu vou acertar tudo, eu vou até ele.
- Não! – a menina falou em desespero. – Ele me ameaçou, disse que faria pior e que ainda te colocaria contra mim – ela não conseguiu terminar de falar, o choro de suas memórias, ganharam.
- Eu sei, anjo, mas tem uma diferença entre ele e eu... Eu não ameaço, eu aviso, e em casos mais graves, eu apenas faço, esse é um caso grave.

Eu me levantei e sai do quarto, fui até o meu e pensei em que eu estava prestes a fazer, eu precisaria pensar em cada detalhe, eu precisaria de ajuda, sabia quem me ajudaria, peguei meu celular em meu bolso e procurei o contato de William.

- Fala, – ele saudou.
- Will, eu preciso de ajuda.
- Estou a ouvidos.
- Está disposto a cometer um crime por justiça? – Um silêncio ficou, eu escutava apenas a respiração dele.
- Justiça? Para quem? Por quê? – ele falou rápido, aparentemente, pelo tom de voz dele, ele estranhou minha pergunta.
- Um ser humano estuprou minha irmã, acho que apenas ser preso não é suficiente – ele ficou em silêncio.

Eu precisava da ajuda dele, meio que seria impossível fazer algo sem ele, Will já fez coisa pior do que eu planejava, mas cometer um crime, nunca é fácil.

- Sabe, sempre sonhei em ser salvador da pátria e essas bobagens todas – ele finalmente falou - Então, claro! Por que não? – eu ri pelo nariz.
- Vou te passar dois endereços, um que você vai ter que ficar esperando um cara, ele vai entrar no seu carro.
- Isso está me cheirando encrenca.
- Isso é um crime, meu bem – ele riu – Continuando, você vai ter que levar ele para o segundo endereço.
- Entendi, mais alguma coisa?
- Sim, quero que você leve seu rifle e uma pistola, digamos que ele é uma pessoa sequestrada, então eu estarei esperando vocês dentro do segundo local e você vai ter que entrar com ele.
- Por acaso eu estou levando a única vitima do crime para o local do crime?
- Sim.
- Quem vai cometer o crime por acaso?
- Nós dois, eu acho.
- Algo mais?
- Quando você estiver chegado lá, me avisa, pare na frente da casa, me avise quando ele entrar no carro e você sair em direção ao segundo lugar.
- Tudo bem.
- Só isso, vou te mandar os locais.
- Certo.
- Vejo você em alguns minutos.

Desliguei o celular, sai do quarto com meu celular em mãos, passei o endereço da minha futura vítima e o local do real crime, passei na frente do quarto da minha irmã e desci até o porão, acendi as luzes, coloquei meu celular no bolso e abri a gaveta onde estavam as duas pistolas 380, coloquei o coldre de cintura e o de perna, me certifiquei que as armas estavam carregadas e coloquei uma pistola em cada coldre, desliguei a luz e subi, minha mãe aparentemente estava me esperando voltar, já que estava encostada encarando a porta pela qual eu sai, ela olhou para minha cintura, depois para minha perna e me encarou.

- O que vai fazer? – ela falou baixo.
- Você deveria estar com Meg.
- Megan dormiu. , o que vai fazer? – ela parecia brava ou irritada, agora.
- Vou dar um pequeno susto.
- Venha – ela deu as costas e saiu andando.

Eu a segui, momentaneamente eu não tinha o que fazer, fomos para a cozinha, o que era bom, estava com fome.

- O que faz com as armas de seu pai?
- Faz parte do meu pequeno susto – dei de ombros e fui ate o armário.
- Não! Você tem que falar com a polícia – eu peguei uma tigela.
- Eu? – abri a gaveta - Meg que tem que fazer isso – peguei o cereal - ela não tem condições de falar isso, então, por hora – abri a geladeira - eu faço justiça com minhas próprias mãos – peguei o leite.
- Olha no que você esta se metendo – coloquei leite e o cereal na tigela - vai sair de irmã da vítima para quem pratica crimes.
- Mãe, não é como se eu fosse matar ele, é apenas um susto – peguei um colher e comi meu cereal.
- Ameaça armada é um crime, apenas ameaçar, sem arma, é crime – continuei comendo – Ele pode te denunciar.
- Ele não vai fazer isso – falei de boca cheia e ri pelo nariz – Ele não vai ter tempo.
- ... – ela começou e eu interrompi.
- Meu pai me ensinou a proteger vocês duas quando ele não estivesse mais aqui, no dia que ele morreu eu prometi que iria proteger vocês, eu não vou falhar no que ele me ensinou muito menos no que eu prometi, fim de papo.

Minha mãe bufou e saiu, meu celular vibrou e era Will dizendo que havia chego, enviei “espere um pouco”, terminei meu cereal e procurei o contato da minha vítima, achei e liguei.

- Olá, amor, sentiu saudades?
- Saudades é a última coisa que sinto por você – fui seca.
- Ui, que grossa, o que quer então?
- Está em casa?
- Você sabe que é em casa que eu fico em tardes de sábado, você me conhece bem.
- Infelizmente não te conheço bem, conheço seus horários.
- Como assim?
- Está sozinho?
- Sim.
- Você tem 30 segundos para sair de casa e entrar no carro que está na frente na sua casa, quero te ver, começando a contagem agora.
- Como assim? Tem um carro?
- 25 segundos, agora – desliguei.

Mandei mensagem para Will.

“Se ele não sair de casa em 15 segundos, invada e pegue-o”

Will visualizou, mas não respondeu, eu estava pronta, peguei minhas chaves do carro na sala e fui para a garagem, liguei o carro e corri para o local do futuro crime.



Capítulo 2 - Flashback

- Amor, vai começar – ele gritou.
- Amor, tem como esperar um pouco e colocar na CNN? – eu apareci na sala com um pote de pipoca em mãos.
- Ah, por quê? – ele falou já dando pause.
- Estava no celular e minha mãe falou em estupro, fiquei curiosa – sentei no sofá ao lado dele.
- Ah, como se fosse uma coisa muito anormal nos dias de hoje – ele saiu da Netflix, fez o que eu pedi e pegou pipoca.
- Isso é pro filme, não pra tragédia – ele riu e colocou a pipoca na boca.
- “A mãe da menina foi quem levou o vídeo para a polícia depois de que foi avisada por um tio de que o vídeo do estupro estava na rede social” – a apresentadora não conseguiu esconder o quão aquilo a incomodava – “a rede social foi notificada, retirou o vídeo do ar e se pronunciou dizendo ‘crimes como esse são hediondos e não permitimos esse tipo de conteúdo no Facebook’, a menina que estava desaparecida desde domingo, foi encontrada ontem, terça-feira, pelas autoridades locais...”
- Credo - ele voltou pra Netflix.
- Bruce, não acabou – reclamei.
- A menina já foi encontrada, graças a Deus, vão falar disso a semana toda.
- Nossa, que frieza.
- Como eu disse, não é uma coisa anormal hoje em dia.
- Todos os homens são assim hoje e...
- Opa – ele me interrompeu – Todos nada, não generaliza, eu nunca faria nada que alguém não queira – ele pareceu irritado.
- Ah, verdade, desculpe – dei um beijo rápido no pescoço dele – Eu tenho um bom homem do meu lado.
- A minoria sempre chama mais atenção, né? – ele começou a procurar o filme novamente.
- Claro, ninguém vai postar uma notícia: ‘homem passa por menina e não passa a mão nela’, se isso acontecer, aí será o apocalipse – ele riu.
- Eu não consigo imaginar como conseguem fazer isso, gente, o que esse povo pensa?!
- Bom você disse que não faria nada que alguém não queira, já ouvi um falar que a mulher ou menina queria, foi bem sem noção – ele parou de procurar, jogou o controle de outro.
- Mas eu realmente só faço algo quando querem – ele tirou a pipoca do meu colo e colocou no chão – Tipo, você não quer nada agora, mas você é minha namorada, então – ele beijou meu pescoço – Posso fazer isso e isso – ele me deu um beijo – Se você quiser algo, você me dá liberdade, senão você vira a cara ou diz ‘não.’
- E você entenderia de boa?
- Claro, eu sou um cara muito de boa – nós sorrimos e eu o beijei.


Capítulo 3 - Now

Joguei minha cabeça para trás e passei a mão pelos meus cabelos. Eu estava esperando fazia cinco minutos, Will já tinha me mandado mensagem falando que estava a caminho, não havia motivo para que eu estivesse nervosa, a não ser aquele filho de uma puta ter tocado em minha irmã. Escutei o carro parando e a voz de Will, não entendi o que ele disse, mas segundos depois ele e Bruce entraram, Bruce com as mãos na cabeça e Will segurando a rifle e apontando a pistola para Bruce.

- O que é isso, ? – ele estava assustado.
- Pode ir, fica na porta, se eu gritar teu nome, já sabe – falei olhando William.

Will assentiu e saiu, quando a porta fechou, Bruce abaixou as mãos e veio em minha direção.

- Que brincadeira é essa?

Quando faltava menos de dois metros para que ele chegasse a mim, eu tirei a arma da cintura e apontei para ele. Bruce parou, levantou as mãos e deu dois passos para trás, eu sorri.

- Isso te assusta? – perguntei sarcástica.
- Desde quando você tem essa arma?
- Desde quando eu nasci, na verdade, era do meu pai, mas quando ele morreu, ficou para mim, tenho outras, mas só essas duas bastam por hoje.
- Você – ele engoliu a seco – Você sabe atirar?
- Claro, foi meu pai também que me ensinou, ele queria que eu protegesse minha mãe e minha irmã – eu dei dois passos à frente – E pode ter certeza que eu vou fazer isso.
- Tudo bem, por que estamos aqui? Digo, se seu objetivo é protegê-las – eu comecei a rir e ele se calou.
- Você sabe exatamente o por que está aqui, não se faça – revirei os olhos.
- Seja o que tenham dito para você... – ele começou.
- Não mente, você não sabe mentir. Se quiser sair daqui com vida, é melhor contar seu lado da historia, eu não deveria fazer isso, mas né, fala aí.
- O que quer saber? – eu abaixei a arma.
- Por que você tocou na minha irmã? – eu perdi o tom sarcástico e fui pro da raiva.
- Eu... Eu... ... Ela provocou – eu abaixei a cabeça negando e ri irônica.
- Você tá brincando comigo, né? Sério mesmo?
- Ela usava aqueles shorts curtos, saia rebolando, a gente não estava bem, ela sabia, ela provocava, ela queria – ele falou rápido.
- Não sei se você quer me enganar com essa história ou se autoenganar, mas eu te garanto que não tá rolando.
- ...
- Não me chama assim! – gritei – Você é nojento, a gente nunca brigou, na primeira briga você já tenta transar com a minha irmã, você toca ela, você a estuprou, depois você continua comigo, continua frequentando o mesmo lugar que ela todos os dias como se não tivesse feito porra nenhuma, você é doente – conforme eu fui falando eu fui aumentando o tom de voz.
- Ela queria, tanto que meus dedos ficaram molhados – ele deu um sorrisinho.

Não consegui me controlar, ergui a arma e atirei na perna dele e ele gritou, ele segurava a coxa dele e gemia de dor, enquanto ele fazia isso, eu andei até ele e soquei seu olho, minha mão doeu por conta do anel que eu usava, a cima do olho dele começou a sangrar, provavelmente por conta do anel também.

- Você é louca? – ele gritou.
- Você me deixou louca – eu ri – Você provocou – fiquei seria – Sabe, sempre me falaram que você não prestava, eu sempre te zoei falando que “Bruce” era nome de cachorro, mas não precisava levar a sério.
- Eu preciso de um hospital, , por favor – ele implorou e se levantou, tentando manter o mínimo de equilíbrio.
- Claro, vou providenciar, mas antes eu tenho que te contar que além de saber atirar, eu também já tive aulas de defesa pessoal e de boxe, então...

Eu dei um murro no queixo de Bruce e ele caiu, desacordado, a perna dele continuava sangrando, gritei por William e ele abriu a enorme porta em seguida. Ele arregalou os olhos quando viu o sangue e Bruce estirado no chão.

- Eu achei que você estava blefando quando disse que era um crime.
- Você escutou o tiro, não se faça – Will se aproximou de Bruce.
- Ele ainda tá vivo – falou sentindo o pulso de Bruce.
- Eu sei! E vivo ele ficará.
- Quer ele vivo? – ele fez uma cara de confuso.
- Sim, a morte é boa demais para ele – dei de ombros – Me diga que você sabe manter ele vivo até chegar ao hospital.
- Vai no meu carro e pega um pano enorme que tem lá e me traz de volta.

Assenti e corri até o carro, peguei o pano que parecia uma frauda enorme e levei para Will, quando eu voltei, ele parecia apertar o ferimento na perna, coloquei o pano na barriga de Bruce e Will levantou a perna dele para o alto.

- Segura assim, sem encostar no sangue.

Fiz o que ele mandou, ele seguiu fazendo pressão, pareceu parar de sangrar, Will pegou o pano e amarrou em cima do ferimento.

- Vai levar ele agora? – ele se levantou e segurou a perna de Bruce, me afastei e neguei com a cabeça.
- Você vai.
- Eu?
- Sim – eu sorri e ele arqueou a sobrancelha.
- Por acaso você tem algum plano?
- Claro! Você vai falar que o viu brigando com um cara e que esse cara deu um tiro nele e fugiu, você não viu o cara, mas resolveu salvar a vida dele, vai dizer que achou o número de alguém e ligou, já apaguei minhas últimas chamadas, pega o celular dele e apaga a minha chamada, vai que a polícia quer ver o celular dele.
- Cara, que fique claro que eu estou assustado como você planejou as coisas.
- Vai, pega o celular dele e apaga minha ligação, não posso fazer isso.
- Segura – ele disse e eu segurei a perna de Bruce – Posso saber por que você não faz isso? – ele tateou os bolsos do Bruce e pegou o celular.
- Impressão digital.
- Você é doida, pra que eles iriam pegar impressões digitais? – ele mexia no celular de Bruce.
- Eu que não me arrisco. Depois que eu sair daqui, você me liga e vamos ter uma conversa falsa.
- Ligar pelo celular dele? – eu assenti – Tá.

Ajudei Will colocar Bruce no banco de trás do carro dele sem que eu encostasse em Bruce. Expliquei para Will não sair do hospital até que eu chegasse para que ele garantisse que se Bruce acordasse, ele não abriria o bico. Peguei meu carro e corri para casa, no caminho, Will me ligou e conversamos coisas como “eu encontrei um cara que acabou de levar um tiro” “ai, meu Deus, Bruce levou um tiro?” “vou levá-lo para o hospital tal” e coisas do tipo, cheguei em casa e corri para meu quarto, afinal, agora eu era a namorada desesperada, entrei no meu quarto tirei as roupas e escolhi uma calça jeans, uma bata branca, uma jaqueta jeans e um tênis branco, me vesti e coloquei a arma que eu tinha acabado de deixar na minha cama no cós da minha calça, escondi com a bata e a jaqueta, quando sai do meu quarto, minha mãe falou comigo, mas eu só disse “depois” e sai de novo.
Cheguei ao hospital bancando a doida perguntando por Bruce, eu havia passado o nome e a idade dele por telefone para Will, a mulher da recepção me mandou para o segundo andar e me explicou onde ficava a sala de espera, quando cheguei, Will estava tomando um café.

- Oi, prazer, você deve ser a , não é? – ele veio ao meu encontro.
- Oi, você deve ser o William – nos demos um aperto de mão – Pronto, já nos apresentamos, agora parte real, o que tá rolando.
- Senta aí - fomos sentar no sofá – Ele foi para uma cirurgia, apesar do – ele pigarreou – cara ter nocauteado ele, ele precisou ser sedado e levado para emergência para passar por uma cirurgia de retirada de bala, acho que a polícia já deve estar chegando.
- Você chamou a polícia? – arregalei os olhos.
- O hospital chamou – ele deu um gole no café, bem pleno – Estava aqui pensando na verdade que eu vou falar.
- Os acompanhantes de Bruce Theyson – o medico chamou, eu e Will levantamos – Você é algo dele? – olhou para mim.
- Namorada, eu acabei de chamar a família dele.
- Certo, Bruce está estável, perdeu muito sangue, mas graças a esse senhor – se referiu a Will – Ele não sofreu mais sequelas, ele ainda está em cirurgia, mas logo a senhora poderá vê-lo.
- Ai, graças, ainda bem que nada aconteceu com ele, obrigada por ter salvo ele – abracei Will, ele retribuiu, me desvencilhei do abraço – E o senhor também, doutor.
- Imagina, estou aqui para isso, com licença – ele saiu.
- Não acredito que você trouxe isso para cá – Will falou entre dentes e olhou para minha cintura, dei de ombros.

(...)

William havia sido chamado para depor e eu estava indo em direção ao quarto de meu amado namorado. A mãe e o pai dele já haviam chegado e alguns amigos dele também, ninguém entendia como aquilo poderia ter acontecido “com alguém tão bom quanto Bruce”, tive que me controlar e apenas concordar. A enfermeira abriu a porta, me deu passagem e quando eu entrei, ela fechou a porta. Bruce seguia dormindo, os pais e os amigos já tinham visto ele, então, logo ele acordaria, confesso que eu tinha um ataque a cada vez que alguém pedia para entrar, e se ele acordasse e desse com a língua nos dentes? Mas felizmente isso não aconteceu. Sentei na cadeira ao lado da cama e o encarei, minutos depois ele começou a abrir os olhos.

- Olha, a margarida acordou – falei.
- Onde eu estou? – ele olhou em volta.
- Você me pediu um hospital, cá estamos nós – abri os braços.
- O que você tá fazendo aqui? – eu levantei e me aproximei dele.
- Estou garantindo que você vai ficar bem quietinho – peguei a arma e mostrei para ele, de um jeito que se alguém entrasse, não veria – Você felizmente ficará bem, poucas sessões de fisioterapia e você esta novo em folha, quando perguntarem do que você se lembra, você vai falar que se envolveu em uma briga com um cara bêbado e provavelmente louco, claro, se você quiser ficar vivo, porque eu posso ir até presa, mas você chega no inferno primeiro.

Ele arregalou os olhos e assentiu, eu coloquei a arma de volta no lugar e sussurrei: “bom garoto”.
Depois de certo tempo, a polícia entrou e fez perguntas, eu fiquei ali para ter certeza do que ele falaria, ele contou uma historia baseada no que eu disse para ele, quando tudo estava pronto.

Uma semana depois

Megan resolveu contar tudo para a polícia, Bruce saiu de vitima e de “alguém tão bom” para um estuprador e um monstro aos olhos da mãe dele, ele está algemado na cama do hospital agora e logo será julgado e Deus queira que ele fique uns bons anos na cadeia, Will falou que nunca mais entra em nenhum plano meu, minha mãe me fez vender quase todas as armas, convenci ela me deixar ficar com o rifle que meu pai me ensinou atirar por questões de lembranças e segurança, minha irmã iria passar por psicólogos, com toda certeza do mundo eu e minha mãe ficaríamos ao lado dela.

- Você não tem medo de um dia descobrirem? – Meg perguntou assim que eu sentei do lado dela com a pipoca em mãos.
- Bom, se descobrirem eu posso alegar que foi por legítima defesa, sabe, tivemos criações diferentes, Megan, você nasceu aqui em Dallas, eu nasci e cresci no interior do Texas, papai era todo doido quando eu era pequena – ela sorriu – E eu cresci ouvindo ele falar que “garotas do Texas nasceram para fazer justiça” e ele me avisou que caras igual você sabe quem iria aparecer e não era para mim abaixar a cabeça, era para enfrentar. Quando ele se foi, eu prometi que protegeria você e mamãe, eu vou cumprir isso, custe o que custar.





Fim.



Nota da autora: PELO AMOR DE DEUS NÃO SAIAM ATIRANDO EM NINGUEM, essa ficstape não é para romantizar nada, mas eu já ouvi uma historia assim (não sei se era real) então eu quis contar de uma forma mais detalhada, com um certo final feliz e claro passada no Texas por referencia a musica.
Estupro: Coito forçado ou violação corporal é um tipo de agressão sexual geralmente envolvendo relação sexual ou outras formas de atos libidinosos realizado contra uma pessoa sem o seu consentimento.

Se você passar por algo assim ou parecido vá à delegacia (de preferencia da mulher) mais próxima ou ligue para 180.
É isso, um beijo, se cuidem <3



Outras Fanfics:
Nothing Like Us - (Restrita – Em Andamento)
Royal Princess - (Restrita – Em Andamento)

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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