Finalizada em 08/05/2021

Capítulo Único

era uma jornalista em ascensão, trabalhando em uma editora, sempre enfrentando tudo para conseguir fazer seu trabalho direito. Ela era impecável na vida profissional, mas na sua vida pessoal, ela estava machucada e traumatizada demais, por isso, evitava todos os homens que a convidavam para sair. Seu chefe, , tinha uma filha linda, chamada Vanessa. E naquele dia, havia pedido para que ficasse com a filha dele na sala dela, enquanto ele iria para uma reunião. Vanessa era um pouco tímida, percebeu de cara.
— Oi Vanessa, tudo bem? — Perguntou , se abaixando perto da menina que estava sentada no sofá, com um tablet na mão.
— Você é namorada do meu pai e quer se aproximar de mim para ficar bem com ele? — Perguntou a menina, sem tirar os olhos do tablet, fazendo cair na gargalhada.
— Na verdade, não! Não tenho nenhum interesse amoroso pelo seu pai, somos apenas colegas de trabalho. — Respondeu , sorrindo, a menina abaixou o tablet e suspirou.
— Então, você quer mesmo saber se eu estou bem? — assentiu e Vanessa sorriu. — Estou bem, obrigada por perguntar. — sorriu.
— Quantos anos você tem? — Ela mostrou todos oito dedos da mão. — Você é muito esperta para a sua idade! Por que me fez aquelas perguntas?
— Porque todas as amigas do papai que eu conheci, só me tratavam bem para ficar bem com ele, mas eram todas malvadas. — Respondeu a menina, inclinou a cabeça para o lado, fazendo biquinho.
— Isso é horrível, posso te garantir que não sou assim, eu tenho uma priminha da sua idade que é como minha irmãzinha. — As duas sorriram. — Bom, o que você quer fazer? — Ela balançou as pernas.
— Pode me mostrar tudo aqui? Eu só vejo a sala do papai e o elevador. — Ela cruzou os braços e riu, estendendo a mão para ela. Durante o dia, mostrou todo os escritório para Vanessa, e explicou com jeitinho como as coisas funcionavam, ela se dava bem com crianças. Quando voltou à sua sala, estava sentado em sua cadeira, girando.
— Vanessa! — Exclamou quando viu a filha, que correu para os braços do pai.
— Está esperando há muito tempo? Estávamos fazendo uma tour pela editora. — Explicou .
— Sério? Achei que tinham ido ao banheiro! Cheguei faz pouco tempo, vocês se deram bem? — Perguntou, confuso.
— Sim, eu adorei a tia ! — Exclamou a menina, correndo para abraçar . sorriu, abraçando a menina, estava confuso, mas sorriu ao ver sua filha se dando bem com alguém que não fosse da família.
— Isso é novidade para mim! — Ele se levantou e foi até as duas. — Obrigado por ter cuidado dela pra mim. — Disse ele, olhando dentro dos olhos de , que ficou um pouco sem jeito.
— Que nada, nós nos divertimos bastante! Agora, preciso ir trabalhar, se cuidem! — Disse ela, entrando para sua sala, enquanto Vanessa ia embora, ela acenou para , que acenou de volta.

não admitia, mas ela e seu chefe já tiveram alguns momentos em que ela fugiu, ela realmente não tinha interesses amorosos nele, ela não tinha interesse em ninguém. Ela sabia que para ele também não era algo fácil, ele havia perdido sua esposa cedo, ficou sozinho com a filha. Aquilo tudo foi juntando e eles escolheram ignorar todos os momentos que tiveram, e se tornaram bons amigos. Ela entendia suas dores e ficava feliz de ter alguém para contar, conhecer Vanessa foi bastante especial para ela. Alguns dias se passaram, e ela teria um encontro arranjado por uma amiga, o cara que iria sair com a amiga teria que levar o irmão e ela foi para fazer um favor. Esse tipo de coisa nunca funcionava, mas suas amigas ficavam devendo vários favores, então, ela aceitava. Ela conhecia aquele restaurante, de todas as vezes que comprava comida ali, quando sua mãe fez uma cirurgia no hospital ao lado. Não foi nada sério, só uma redução de mama. O encontro estava indo de mal a pior, como sempre, ela já esperava por isso, tanto que nem estava prestando atenção nas conversas. O que ela não esperava, era que entraria no restaurante, totalmente abalado.
?! — se levantou, e foi até ele, que estava vindo em sua direção, quando escutou sua voz.
— Liguei para sua casa, pois não estava conseguindo o celular, e sua mãe me disse que estaria aqui. — Ele tinha os olhos marejados.
— O que aconteceu? Você parece abalado! — Ela o levou até sua mesa, onde ele se sentou e respirou fundo.
— Vanessa está em uma cirurgia, ela tem um tumor no cérebro, que precisa ser retirado. A cirurgia estava marcada, mas teve que se antecipada! — Ele estava muito preocupado, o abraçou. — Você foi a única pessoa que eu pensei em recorrer, me desculpe por estragar sua noite.
— Você não estragou nada, por que não me disse isso antes? Eu podia te dar uma força… — Ele segurou sua mão, bem forte, e a interrompeu.
— Eu não quis te preocupar… — Agora foi a vez dela de interrompê-lo.
— Você me preocupa muito mais estando assim. — Sua amiga trouxe um copo d’água do balcão para ele, e ele tomou. — Vamos esperar lá no hospital, eu te acompanho. — assentiu, eles caminharam de braços dados até o hospital, e ficaram aguardando notícias na sala de espera.
— Desculpe atrapalhar seu encontro. — Disse ele, sorriu.
— Você me salvou, isso sim. — Eles riram fraco, e o médico veio trazer notícias.
— A cirurgia foi um sucesso! — Os dois se abraçaram, e logo após, abraçou o médico em agradecimento. — Pode ir para casa descansar, o senhor precisa, e sua mãe disse que fica com ela durante a noite.
— Obrigado, mas eu irei ficar. — Respondeu .
— É uma recomendação médica, o senhor não dorme direito faz três dias, leve-o para casa! — O médico falou com no final da frase, ela ficou espantada em saber que ele não dormia fazia tanto tempo e sequer ligou para ela, ele estava mesmo acabado, devia ser difícil para ele.
— Ei, vamos para casa, amanhã de manhã a gente volta aqui. — Ela colocou a mão em seu ombro.
— Mas…
— Ela está com sua mãe, vai ficar tudo bem, você precisa estar descansado para cuidar dela. — assentiu, ele precisava mesmo de uma luz para levá-lo para casa, e naquele momento, mais que tudo ele precisava de uma estrela para seguir. Foi a melhor escolha que ele fez, ir até . Ela dirigiu até sua casa, que ela ainda não conhecia, não se surpreendeu ao ver o quão chique e bonito o lugar era. Ele abriu a porta e eles entraram, o lugar era ainda mais bonito por dentro, estava extremamente esgotado, ele apenas tomou um banho e se jogou na cama, estava em uma poltrona, ao lado da cama. Apesar de cansado, ele não conseguia dormir.
— Sabe o que é ótimo para dormir? — Perguntou , ele negou com a cabeça. — O canto de um rouxinol. — Ela sorriu, sorriu de lado.
— Por que você não pode ser o meu rouxinol de cantar para mim? — A pergunta de espantou . — Eu soube que você canta extremamente bem, e bom, você já é praticamente a minha sanidade que resta. — Brincou ele, sorriu.
— Bom, eu posso ser. — Respondeu ela.
— Meu rouxinol ou minha sanidade?
— Os dois. — Eles sorriram.
— Eu não sei o que faria sem você, obrigado por tudo. Só de você estar aqui essa noite, eu estou bem. — Disse ele. Ela sentou na cama ao lado dele, e colocou a cabeça dele em seu colo, e começou a cantar baixinho. Os dois pegaram no sono, e era melhor que descansassem, teriam muita coisa para processar quando despertassem.



FIM



Nota da autora: oii gente, tudo bem? espero que sim! espero que tenham gostado, queria fazer algo melhor, mas to com um bloqueio péssimo, desculpem :( vou deixar meu insta de autora, pra vcs conferirem minhas outras fics, e o grupo no whatsapp de leitoras, beijos!



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