Finalizada.
             

 

 

                            

Capítulo Único

— Pagode… — tentou dizer em português a palavra que a amiga tinha acabado de dizer.
— É , hoje eu vou te levar pro pagode, o que você acha? — Ela disse em inglês, mesmo ele se empenhando em aprender português desde que se apaixonou pelo Brasil quando veio em turnê com o grupo alguns anos antes, ainda não estava bom o suficiente para que se comunicassem sem que parasse para traduzir uma palavra ou outra e naquele momento estava com pressa demais para dar mais aquele intensivo para ele.
conheceu quando ele se inscreveu em suas aulas online de português, ela ensinava a língua para boa parte da Ásia, era impressionante como as pessoas naquele continente tinham vontade em aprender a língua, e ela deu sorte de conhecer alguns idols no meio do caminho, tinha certa fama com eles e as empresas, então sempre que um ídol, ator, atriz, cantor, cantora, modelo ou figura pública da Ásia e principalmente da Coréia queria ou aprender a língua ou arranhar algumas palavras que fosse a procuravam. E com não foi diferente, ele a encontrou e vinha sendo um de seus alunos mais empenhados, embora ficasse confuso às vezes.
Agora ele estava de férias no país e a amiga estava apresentando para ele o melhor de São Paulo, já tinha levado ele em Itaquera para assistirem uma partida de seu time de futebol favorito. No mercado municipal - o mercadão -  no centro para comer o famoso sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau, nesse mesmo dia, o levou para passear pela 25 de março e pelas ruas das lojas populares da região. Levou também ele em todas aqueles museus e lugares incríveis como a pinacoteca, museu do Ipiranga, da língua portuguesa, da imagem e som, o museu de arte de São Paulo - MASP - foi um dos lugares que ele mais amou conhecer até ali. Entre outros pontos turísticos da cidade, estavam com uma viagem marcada para São Roque, visitar seus vinhedos e aquela cidade linda, mas antes, estava empenhada em levar o homem por um passeio mais underground, tinha levado ele já em um baile funk, onde ele ficou com certo medo daquele monte de gente junto no meio da rua, mas no final, dançou como ninguém aquele tipo de música, que era muito diferente do que ele produzia e consumia, eles foram também para uma batalha de rap, que mesmo ele entendendo pouco o que os rapazes e garotas falavam em seus raps e improvisos, se sentiu mais "em casa" aquilo se assemelhava mais ao que ouvia, fazia e tinha feito na época que era artista underground. Para completar aqueles rolês todos, a mulher sabia que o que faltava mostrar ao amigo que ela tinha certeza que ele ia adorar, mais do que adorou pastel com caldo de cana, era um bom pagode e samba de raiz, ela já tinha combinado com alguns amigos próximos de irem juntos para aquele lugar naquela noite e iria com eles com certeza.
Claro que o homem era imensamente famoso no país e principalmente na cidade em que ela morava, então a mulher tentou ser o mais discreta possível naqueles passeios, e de certa forma, tinha dado certo! Foi em dias menos movimentados e em lugares que seria difícil que o reconhecessem. Para foi como se ele estivesse vivendo a vida de outra pessoa e ele gostou de certa forma, daquela "liberdade" que ela conseguiu proporcionar a ele.
— Vem! — Ela o puxou pela mão. — Eles só estão nos esperando para irmos.
já estava arrumado, ele sabia que iam fazer alguma coisa naquele dia, como vinham fazendo em todos os outros e como estava hospedado na casa da mulher, não demorou muito para que ela se arrumasse depois da última aula que tinha agendado aquela tarde até aquele momento em que o arrastava para fora da casa. Do lado de fora, um carro por aplicativo estava esperando pelos dois. entrou no automóvel, cumprimentando solicita o motorista e ela sempre fazia aquilo, sempre imaginava que ela conhecia a pessoa ao volante, porque sempre conversavam muito, aí ao final da corrida quando eles desciam, ele se lembrava que era um carro de aplicativo, similar ao que usavam na Coréia.
— Você vai adorar esse lugar! — Ela disse em coreano com ele, ele se sentia mais confortável falando em coreano em uma conversa casual na frente de outras pessoas e respeitava aquilo.
— O que tem lá? — Ele estava curioso, tinha ouvido outras vezes os amigos de falando que seria incrível que ele conhecesse um pagode ou uma roda de samba, e ele já tinha ouvido o gênero outras vezes, realmente tinha gostado, então estava animado!
— Tem comida gostosa, cerveja gelada, caipirinha e muita gente bonita dançando! — também estava animada, amava aquela atmosfera e fazia tempo que não dava uma sambadinha.

— Seu namorado é japonês? — O motorista perguntou, depois que assentiu para a resposta de e eles pararam de conversar.
— Eu sou coreano! — respondeu sorridente por ter entendido o que o outro perguntou sem ficar meramente confuso, já que ele não movimentou as mãos para falar. Aquilo ajudava muito no entendimento dele, era feliz em como os Brasileiros "falavam com as mãos" sempre fazendo gestos que remetiam ao que eles falavam.
— Ah, que legal. — O outro respondeu. — Você fala a nossa língua? — Estava curioso, desde os dois entraram no carro, só a mulher tinha falado com ele e depois eles começaram a conversar naquela língua estranha, ele achou que ele não falava português.
— Mais ou menos! — respondeu sorrindo e então, pouco tempo depois e ele ficou com aquilo de que não tinha corrigido o motorista sobre ele ser namorado dela, eles chegaram ao destino.
O lugar tinha uma pequena fila para entrar, tinham chegado cedo, e encontraram o grupo de amigos, já esperando por eles em um lugar favorável da fila, seriam uns dos primeiros a entrarem no bar. O Vila do Samba sempre foi um lugar bom para dançar, embora geralmente estivesse em sua lotação máxima, a música e a comida eram ótimas, aquela noite um grupo de covers de pagode 90 faria a música do local e já na fila, o esquenta tinha começado, com cantorias e algumas bebidinhas.
nunca tinha vivido nada do tipo, antes do seu debut, saia com os amigos e até dançava nas ruas então era sempre uma algazarra, mas nunca como aquela, outro dia tinha levado ele só para beber no meio da avenida Paulista, em um domingo em que a avenida é fechada para os pedestres, e o passeio naquele dia, foi beber todo tipo de bebida e ficar conversando, rindo e dançando coisas desconexas.
A vez deles chegou e bem como estavam curtindo do lado de fora, começaram a curtir lá dentro, os amigos de já tinham adotado como parte do grupo então eles conversavam confortavelmente e quando não entendia sempre traduzia para ele ou então só o ajudava com um termo ou outro.  Jeito moleque tocava alto e a empolgante, quando pegaram a mesa que ficariam, e já começou a cantar, só não dançou porque queria tomar uma cerveja, a noite estava agradabilíssima, fresquinha do jeito que ela gostava, mas independente do clima, ela estaria lá, pedindo a sua cerveja, era só um pretexto.  adorava ver a mulher animada daquele jeito, ela sempre foi animada, mas quando estava no ambiente que gostava, era como se ela se transformasse no próprio Sol. E ele era conhecido como sol, então, sempre ficava feliz, porque imaginava que as pessoas o enxergavam daquela forma. Quando começou a tocar Boka Loka, mesmo que a cerveja dela ainda não tivesse chegado, levantou como se alguém tivesse a cutucado e começou a dançar, acompanhada de sua amiga e as duas cantavam como se fossem as próprias cantoras, foi lindo, não conseguia tirar seus olhos de como a mulher rebolava e acompanhava o ritmo de música, era um show - pelo menos para ele - e ele não sabia como ela fazia aquilo, ali de graça na frente de todo mundo, era realmente uma experiência nova. E ele estava maravilhado. Outra música começou a tocar e elas continuaram dançando, o local ia enchendo aos poucos e o clima ficando cada vez mais agradável.
— Ela sabe que você está afim dela? — , um dos amigos do grupo, perguntou em inglês para , que estava quase hipnotizado com a mulher dançando.
— Do que você está falando? — respondeu desprendendo o olhar dela para o rapaz que tinha pulado para a cadeira do lado dele.
— Qual é , todo mundo já percebeu e olha como você não tira os olhos dela. — Ele tinha voltado a olhar para a mulher, que parecia não cansar.
— Somos só amigos, ! — Respondeu meio longe daquela conversa, vendo um cara enorme e cheio de gingado, chegar perto delas, dançando também, a expressão dele tinha mudado, mas ele não tinha percebido.
— Então tudo bem, se ela terminar a noite com aquele cara grandão ali? — provocou o amigo, percebeu que talvez, nem ele sabia o que estava sentindo, tinha contado aos amigos sobre como as coisas eram na Ásia e mais especificamente para os idols famosos como ele, então, talvez ele tivesse criado algum tipo de bloqueio para aquela percepção de gostar de alguém ou algo do tipo.
— Eu vou chamar as meninas, a bebida chegou! — Foi a única coisa que ele disse, e se levantou, assim que o garçom deixou a bebida na mesa deles.
Talvez estivesse com razão. Ele ficou incomodado com aquelas risadinhas e como aquele cara estava próximo de , como ele falava alguma coisa no ouvido dela, por conta da música alta e todo aquele climinha, se ele só sentisse sentimentos de amigos por ela, não se importaria com aquilo, certo?
— As bebidas chegou! — disse alto chegando perto das meninas.
— Eba! — disse animada, estava ficando cansada e morrendo de calor, precisava tomar uma cerveja bem gelada.
— Vamos, ? — disse em coreano e soube que ele estava direcionando a fala somente para a amiga, que estava entretida, tanto com a dança, quanto com o homem que a acompanhava.
? — percebeu que estava um pouco incomodado e chamou a amiga. — A cachaça chegou! — Disse mais perto do ouvido da mulher que direcionou a atenção para eles e sorriu, indo para a mesa e puxando os dois junto dela.
O clima não ficou pesado, quando voltaram para a mesa, afinal, estavam ali para se distrair e se divertir, fora , ninguém mais viu a cara de chateado de e um segundo depois, quando os puxava pela mão, ele já tinha mudado de semblante, então estava tudo bem.  Quando estavam no meio de um papo sobre vida fora da terra, começou a tocar "Eu me apaixonei pela pessoa errada" e automaticamente e se olharam e começaram a rir. olhou com cara de "Que foi?" Para , que traduziu o refrão da música, e ele entendeu mais ou menos porque eles estavam assim, muito pelo papo com , quanto pela letra fazer certo sentido pelo que ele talvez estivesse sentindo.
— Sua música, !  — disse alto, recebendo olhos arregalados da amiga e uma risada do grupo todo, salvo e .
— Larga de graça, mocreia! — disse e riu, riu junto só porque achou a palavra engraçada, mesmo que não soubesse o que significava, quanto torceu o nariz, ele soube que era um xingamento.
— A verdade te assusta, ? — A amiga respondeu não recebeu nenhuma palavra sequer em troca.
Começou a tocar uma música mais romântica, cujo a melodia não parecia com os sambas e pagodes que estava acostumado.
— Que tipo de música é essa? — Ele perguntou em português e quis muito apertar as bochechas dele, de alegria, ela sempre ficava assim quando ele falava perfeitamente uma frase em português.
— É pagode, meu bebê! — Ela respondeu também em português. — Vavá, ele canta um pagode mais romântico, para dançar agarradinho, tá vendo ali? — Apontou para alguns casais que dançavam juntos, como se fosse música que tocava naqueles bailes de formatura, em que os casais dançavam bem agarradinhos.
Ele adorou aquela sub categoria do pagode. Quando estava prestes a convidar para dançar, a música mudou para uma bem agitada do Pixote. acendeu como fogos de artifício, engoliu o resto da caipirinha que tinham pedido há algum tempo e segurou o pulso de , a início ele achou que ela tinha ficado tonta por ingerir aquela boa quantidade de álcool em tão pouco tempo, mas ela o puxou e ele percebeu que ela queria que ele fosse dançar com ela. Mesmo não sabendo dançar nada aquele ritmo, foi! Ela com certeza o ensinaria o básico, e ele tinha observado os outros dançando, tempo suficiente para pegar um passo ou dois, ele não era conhecido como um dos melhores dançarinos da Coreia atoa.  Como a música era agitada, eles dançaram separados e pela cara de felicidade de , ele estava dançando certo, ela, ele nem precisa falar, aos olhos dele, parecia que ela nasceu só para rebolar e mover seu corpo naquele ritmo, era como se aquele tipo de música fosse a casa dela. dançava muitas coisas com maestria, mas ali, naquele lugar, era como se ela tivesse inventado aquela dança. Talvez não fosse tão boa assim, só naquele salão, outras davam uma lavada nela, mas para ele, parecia uma deusa sim e ninguém mudaria aquela visão. Dançaram mais duas músicas separados e o pagode romântico voltou ao som de "Oâ Oâ (canção de amor)" do Art Popular. estava muito animada, o puxou pela cintura para que aproximassem seus corpos, logo em seguida passou os braços pelo pescoço dele, que instintivamente passou as mãos para a cintura dela e colando bem seus corpos, como viu os outros casais dançando mais cedo. Seguir o ritmo da melodia não era difícil, mesmo que alguma vezes ele tenha pisado no pé dela ou ido para o lado errado, estavam seguindo bem, dançaram a música toda e durante a música toda, sentiu vontade de beijar . Talvez fosse aquele cheiro adocicado de sua loção hidratante, ou do shampoo nos cabelos, talvez aquela proximidade e o fato de conseguir sentir o coração dela batendo rápido pela dança, por estarem muito perto um do outro. Quando estava prestes a separar os corpos para não cometer uma loucura, a música mudou, começou a tocar "É no pagode" do Exaltasamba e quando ele fez menção em separar os corpos, o segurou firme e colou seus lábios, em um selar demorado que o pegou de surpresa, fazendo com que não movesse nenhum músculo sequer. A mulher separou os lábios e quando ele percebeu que ela estava prestes a se desculpar, segurou o rosto dela com as duas mãos e iniciou um beijo intenso, daqueles de arrepiar quem estava participando, e de tirar o fôlego de quem assistia. As mãos, que a início estavam no rosto dela, desceram uma para a cintura e outra para a nuca, e ele pode mostrar a ela que a pegada era tão boa quanto aquele beijo. Quando separam os lábios, mesmo com o som alto, conseguiram ouvir os amigos da mesa comemorando.
As festas ficaram coladas por alguns instantes, enquanto eles assimilavam o que tinha acabado de acontecer. Era um sentimento diferente, porém incrível, nem na imaginação deles, aquele beijo poderia ser tão bom quanto foi na vida real. Logo em seguida se virou de costas para ele e com os corpos inda bem próximos, começou a dançar, outra música agitada estava passando e o clima entre estava subindo muito, vez ou outra ela passava com a bunda nele enquanto rebolava. não aguentou, a puxou de leve pela cintura, novamente, para que os corpos se unissem mais uma vez, não parou de dançar nenhum minuto e aquela sensação do corpo dela, se esfregando no dele, quase o fez subir pelas paredes. Passou o nariz no pescoço dela, cheirando aquele perfume inebriante e reparou os pelos do corpo dela se arrepiando, estavam quase se pegando ali mesmo, mas de virou, com cara de espanto, olhando para o rosto dele, e logo depois levou seu rosto para perto da orelha de .
— Acho que a gente não devia ter feito isso! — Disse em um tom alto e em coreano, para que ele ouvisse, mesmo com o barulho ao redor.
— Me desculpa, você não gostou? — Ele respondeu no mesmo tom no ouvido dela, estava realmente preocupado de ter passado algum limite.
— Eu amei, mas você é uma figura pública, e alguém pode te reconhecer e vazar e…
— Calma , respira! Tá tudo bem, eu sabia no que estava me metendo quando começamos a nos beijar, por favor, não fica assim. — Ele a abraçou de forma carinhosa, ela estava realmente nervosa com aquilo, nunca tinha ficado daquela maneira e público com alguém famoso. Ainda mais com a carga que ele tinha.
— Vamos pra casa? A gente pode ficar mais à vontade lá! — Ela perguntou, não queria parar de ter aquele momento com ele, mas realmente, não queria acordar envolvida em um escândalo com um idol famoso, ainda mais quando a grande maioria de seus cliente e sua renda vinha de idols famosos. E também, por saber que no país dela, ela seria quase endeusada pelas fãs dele, mas no país dele e em boa parte do mundo, ele seria massacrado e até sua carreira de sucesso corria riscos.
— Mas a gente bebeu, você tem certeza? — Ela amava como ele era cauteloso, mas não estava bêbada, embora tivesse bebido, se conhecia, faltava muito para estar bêbada, mas talvez ele tivesse e aquilo era errado de toda forma.
— O que você acha que a gente vai fazer em casa? — Disse segurando o riso.
— Nada, eu, quer dizer, a gente… — Ele ficou momentaneamente nervoso, odiava como ninguém, ultrapassar o limite das pessoas.
— Eu tô brincando, seu bobo! — Ela riu alto, e ele abriu um sorriso de alívio. — Você está bêbado? A gente pode não fazer nada Hoje ... — Frisou o hoje, para ele entender que, quando estivessem bem, com certeza eles poderiam ter algo. — só ficar de chameguinho ou sei lá, conversar sobre o que aconteceu hoje! — O sorriso que ela abriu, fez com que ele se sentisse muito confortável e adorou aquela sensação.
— Eu não estou bêbado, mas acho que a gente pode ficar de, como é? chameguinho — Disse a última palavra em português, imitando .
Ela então se afastou dele mas não muito, pegou sua mão e eles voltaram para a mesa.
— Vamos para casa! — Anunciou para os amigos, pegando sua bolsa e os casacos de , bem como o dela.
— Vocês quase se comeram lá na pista, eu já ia perguntar se quiseram um quarto! — disse brincando e recebeu uma risadinha cúmplice de . Nesse mesmo momento o refrão de "sai da minha aba" do Alexandre Pires começou a tocar.
— Sai da minha aba, sai pra lá, não aturo mais você… — cantou junto com o Alexandre em direção a amiga. — A sua música tocando aí, sua palhaça. — Disse com humor na voz. — Até mais amigos, vamos ! — Saiu puxando o rapaz, que só deu um aceno com as mãos para os outros - como tinha ensinado, para se despedir sem ter que cumprimentar um por um e eles foram para fora, esperar o carro por aplicativo.
Lá em frente, enquanto esperavam, comprou duas águas, água sempre ajudava a tirar o álcool de seu corpo, e rezou silenciosamente para que resolvesse com também. Não por nada, mas se ele fizesse sexo bem, como beijava, ah, ela estaria no paraíso com certeza e não queria adiar aquela visita. O caminho até em casa foi tranquilo, puxou para ficarem abraçadinhos e davam alguns breves selares de lábios, não queriam constranger o motorista, odiava se pagar de forma mais íntima dentro de carros por aplicativo, era constrangedor para quem estava dirigindo, e quem dissesse que não, era algum safado pervertido. Aquela hora, o trânsito para voltar para o bairro estava muito bom, demoraram metade do tempo, que levaram para ir, mais cedo para o local.  Toda a brisa da bebida tinha passado, pelo menos para que parecia ter tomado uma água milagrosa, sabia que a mulher aguentava beber, mas ali, em frente a ele, procurando a chave na bolsa, ela parecia que tinha saído para comer pizza com coca-cola de tão bem que estava. Com ele as coisas funcionavam de forma um pouco diferente, embora não estivesse bêbado, ainda conseguia sentir o álcool em seu corpo, as bebidas do Brasil eram muito fortes para ele.
— Eu vou tomar um banho! — anunciou, jogando a bolsa e as chaves sobre o móvel mais perto da porta, depois de trancar.
— Eu vou fazer um café. — respondeu em coreano, em um tom mais alto, indo até a cozinha. Estava como hóspede na casa da mulher, mas se sentia em casa, e fazia questão de fazer com que ele não fosse paparicado por ela, mesmo ela sendo uma excelente anfitriã, no quesito de paparicar as pessoas.
Então ele já estava familiarizado com as coisas e em fazer seus lanches, suas refeições e o café. Tinha ouvido falar em algum lugar, que o café ajudava na bebedeira, claro que em casos mais graves, mas ele queria tomar um café fresquinho também.  apareceu na porta da cozinha, mas o cheiro dela chegou pelo menos dois minutos antes. Era sempre assim, sempre que ela tomava banho, o cheiro ficava pela casa toda, a forma como o perfume do sabão, ou do hidratante que ela passava depois do banho - ele não sabia distinguir o que era - casava tão bem com a pele dela, que todo mundo podia sentir como ela era cheirosa.
Vestia um baby doll preto, que ficou lindo em seu corpo. percebeu naquele momento que ele gostava de tudo na mulher, não mudaria nada naquela visão. Ela com a roupa confortável e sexy ao mesmo tempo, com os cabelos semi secos, pela toalha que puxou deles assim que parou onde estava, chinelos nos pés, sem nenhuma maquiagem em sua pele. Ele já tinha visto a mulher assim, tirando aquela roupa de dormir super sensual, geralmente quando estavam juntos, ela vestia um hobby ou algo do tipo, quando dormia com uma roupa daquelas.
— O chuveiro está livre! — Ela disse despretensiosamente, enquanto tentava secar um pouco mais os cabelos com a toalha. não se moveu, só conseguia ficar admirando aquela mulher. — Você está com fome? Eu posso preparar um lanche! — Disse a última frase em coreano, talvez ele nem tivesse entendido a primeira e ela não queria arriscar.
— Eu vou… — Ele parecia buscar as palavras, não por não saber, porque diariamente dizia que ia tomar banho, quando ia tomar banho, é que ele estava realmente hipnotizado por ela.
— Pode ir, sua toalha está pendurada! — Ela voltou a falar em português, quando viu que ele se movia em sua direção, já que estava parada no batente da porta.
— Me espera acordada? — Peguntou assim que passou por ela e deixou outro selinho em seus lábios, só que dessa vez mais demorado.
— Claro, meu amor! Já estou pronta e esperando por você! — Ela sentiu que o café ajudou ele com aquele lance da bebida e estava feliz, tinha se preparado mesmo, colocado a roupa mais sexy e curta que tinha no armário, não vestindo nenhuma calcinha ou o hobby como era de costume e passando aquele hidratante, que o homem sempre elogiava.

Ele então subiu e ficou na sala esperando por ele, o tecido daquela roupa a estimulava demais, adorava como o cetim fazia cócegas em seus mamilos e como o contato mesmo de leve em seu clitóris, quando ela se movimentava sentada no sofá, era uma delícia, claro que o clima que se instaurou entre eles e que permaneceu até ali, ajudou com que a mulher ficasse excitada naquele ponto. Começou passando a mão nos seus por cima do tecido sentindo aquela sensação gostosa e o coração batendo mais forte e quando deu por si, já estava com a outra mão dentro de seus shorts, estimulando seu clitóris e gemendo baixo, queria ter esperado , mas resolveu começar a brincadeira antes, porque não sabia realmente se desceria para o play. Não que ele tivesse demorado a voltar, mas precisava de algo mais, então, subiu para seu quarto, passando pela porta do banheiro, que ficava praticamente em frente, ouvindo o barulho do chuveiro ainda ligado.

, estou indo pro meu quarto. — Ela gritou da porta do banheiro, ainda fechada.
— Abre a porta , eu não entendi nada. — Ele gritou de volta e ela abriu apenas uma fresta da porta, mas que conseguiu ver boa parte do corpo do homem nu, já que ele tinha aberto o box para que ouvisse melhor o que ela estava falando.
— Eu disse que estou indo para o meu quarto e que se quiser, a porta está aberta, você pode participar da diversão. — O tom dela era sexy e provocante, e não tinha dado tempo que ele respondesse, fechou a porta e seguiu, deixando um com shampoo nos cabelos e o pau dando sinal de vida.
foi até sua gaveta de calcinhas e pegou alguns de seus brinquedinhos eróticos, sendo eles um vibrador roxo, que era seu preferido, um plug anal e lubrificante que deixou sobre a cômoda ao lado da cama junto com as camisinhas, talvez não usasse aquilo tudo, mas por precaução estavam lá. Começou a se tocar primeiro com os dedos, estimulando mais uma vez seu clitóris e sentindo molhar o fundo do shorts que usava, com seu prazer. Depois pegou o vibrador e começou a se masturbar, tirando o shorts e deixando primeiro que vibrasse em seu clitóris que já estava inchado de tesão e depois introduzindo em sua intimidade, deixando lá alguns segundo sentido somente o vibrar do brinquedo e depois fazendo o movimento de vai e vem, gemendo baixo, não conseguia conter os gemidos, ainda mais quando estava imaginando aquele nu que acabara de ver no banheiro. Pouco tempo depois, avistou o homem, que só usava uma bermuda leve e nada mais, parado na porta do quarto, seu pau já estava duro, só de assistir por poucos segundos aquela cena. Aliás, ele poderia passar o resto dos seus dias admirando a mulher se dando prazer daquela maneira, ele nem precisava participar, só queria acompanhar o show.
— Você vem? — Ela perguntou em meio aos gemidos que intensificou só para provocar.
não respondeu nada, só foi até a cama, olhando para ela, que ainda tinha o objeto sexual dentro de sí, e mantinha os movimentos. Ele chegou perto e colocou sua mão sobre a dela, auxiliando na movimentação, enquanto olhava nos olhos de , que queimavam de prazer. Ela se contorcia a medida em que, em conjunto, eles aumentaram a velocidade. alcançou os lábios de , que se inclinou um pouco para chegar seu corpo mais perto do homem, eles começaram um beijo intenso, cheio de tesão e um sentimento diferente, o qual eles não saberiam explicar nem se quisessem, afastou a mão do vibrador e só continuava com os movimentos enquanto seus lábios estavam grudados ainda no beijo.  Quando separaram os lábios, ele tirou o objeto de dentro dela e o colocou de lado, ainda estava com os olhos fixos nos dela e foi se esquivando para o meio das pernas dela, a parte de cima se seu corpo estava apoiada na cama e a de baixo para fora, mas ele estava na posição perfeita para fazer o que queria fazer, que era sentir o gosto daquela mulher.
Começou passando o nariz na parte interna das coxas e nas virilhas dela, que respirava profundamente com o ato, era inebriante a forma com que ele aproximava o rosto naqueles região, depois foi passando a língua nos mesmos lugares, fazendo com que ela soltasse um suspiro em antecipação. Ele levantou o rosto e abriu um sorriso safado, mordendo os lábios.
— Estou louco para sentir seu gosto. — disse em um português enrolado, introduzindo um dedo dentro da intimidade de , que arfou com o toque daquelas mais dentro de si. — Mas que tal brincarmos mais? — Disse agora em inglês para melhor entendimento dos dois.
— Eu gosto dessa opção. — A mulher disse alcançando no móvel ao lado da cama o plug anal e o lubrificante e entregando para ele que sorriu. Descendo o dedo de onde estava para o meio das nádegas dela, estimulando o local com a lubrificação natural dela.
sentiu o estímulo daquele toque percorrer todo seu corpo. Aproveitou que ele começou um vai e vem vagaroso com o dedo e desceu uma das mãos que agarrava forte os lençóis para seu clitóris e começou a se estimular também, seu toque junto ao dele era a coisa mais prazerosa que ela sentia naquele momento e não via a hora de ter-lô 100% dentro dela. Vendo como a mulher estava empolgada se estimulando. tirou o dedo de dentro dela e pegou o tubinho de lubrificante lambuzando o local onde estava com a mão anteriormente e também o objeto de metal que tinha uma pedra roxa na base, sabia que a mulher ia gostar, porque só com o contato dos dedos no material frio, já fez com que sensações de excitação corresse seu corpo.  De forma lenta, foi inserindo o objeto no meio das nádegas da mulher que tinha voltado as mãos para o lençol e o apertava com força. Não doía, ele tinha a preparado antes e também, já estava acostumada com o volume daquele brinquedo dentro de si. O que a fazia contorcer mesmo era aquela sensação do metal gelado dentro de si, tinha comprado um daquele material, justamente por ler a sensação que ele trazia, e ela podia comprovar, não sabia se era a marca ou o que, mas a sensação era incrível. Com o objeto dentro dela, começou um pequeno vai e vem, prolongando a sensação de prazer que ela sentia. Começou a, junto com a movimentação do plug, estimular mais uma vez o clitóris dela que estava super inchado, sentia o corpo todo queimar com aqueles estímulos e não poupou gemidos quando ele escorregou dois dedos para dentro de sua intimidade e em sincronia com o plug começou o vai e vem. Era prazeroso demais ver a forma com que ela gemia e se contorcia de prazer, junto aos movimentos dele, ela agarrou seu próprio seio e começou a brincar com seus mamilos, os apertando e dando leves beliscadas. Aquele sexo estava tão sensorial que ela facilmente podia gozar e se sentir satisfeita só daquela maneira. Mas antes que pudesse chegar a seu ápice, o homem parou os movimentos que estava fazendo. E descendo a cabeça para o meio das pernas dela outra vez. Dessa vez a língua dele tinha destino certo, começou passando ela por toda a extensão saboreando cada pedaço daquela mulher, depois começou a chupar como se ela fosse seu picolé favorito. E naquele momento, ela era seu sabor favorito. sentia que podia tocar as estrelas, de tão bom que aquele oral estava sendo, não sabia se o fato dele usar bem a língua com seu rap ajudava naquelas sensações ou se ele tinha muita prática, mas baby, se ele continuasse a mover a língua daquela maneira, ele iria longe. Mais uma vez, sentiu o princípio de orgasmo chegando, mas parecia saber e parou mais uma vez antes dela atingir seu ápice.
— Você me odeia, ? — perguntou ofegante em português e a expressão dela foi tão engraçada que o homem soltou uma risadinha, antes de se deitar.
— Você no comando! — Disse também em português, e abriu um sorriso safado quando ela se levantou, passou uma perna de cada lado do corpo dele, mas ficou de costas queria ver a cara de prazer, mas adorava aquela posição e ela era ótima para o estímulo com o plug.
Empinou bem a bunda e começou a se agachar bem de vagar. Quando sentiu que estava perto o suficiente do corpo de , pegou o pau duro dele e começou a passar a cabecinha por toda extensão de sua intimidade, lambuzando a ponta do membro de com deu prazer.
— Que sabor você quer? — Ela perguntou, dando uma leve reboladinha no pau dele.
— O que? — Ele estava confuso, e sua mente, com aquela provocação, estava entrando em parafuso.
— De camisinha, elas estão aí no móvel, escolhe um sabor, o de menta e chocolate é ótimo, o de café também, acho que você vai gostar. — Ela falou, dessa vez em inglês e ele esticou a mão, pegando qualquer uma sem notar, precisava sentir seu pau indo fundo naquela mulher, e qualquer sabor valeria a pena.
— Uh, melancia e menta, essa eu nunca usei. — Ela estalou a língua no céu da boca. Abrindo o pacotinho e colocando a camisinha no pau de , que gemeu em antecipação.
Assim que terminou de colocar não fez rodeios, encaixou novamente o pau dele na sua entrada e foi rebolando, sentindo seu interior se preencher totalmente até atingir a base e bater de leve nas bolas. Aquela camisinha era incrível, não tinha outra descrição. Mais duas reboladas com o pau dentro de si e começou a subir e descer, apoiando as mãos nas panturrilhas dele. ficou maravilhado com a cena, ela estava toda empinada e ele conseguia ver seu pau sumindo e reaparecendo de dentro dela. Colocou as mãos na cintura de e ficou auxiliando com a movimentação do corpo, mas sempre deixando que ela ditasse as regras. Vez ou outra ele girava de leve o plug e ela gemia alto com as sensações que estava tendo. Adorava ficar no controle e ainda mais naquela posição. Quando se cansou, ajeitou o corpo em cima dele, sem tirar o pau de dentro de si, apoiou as pernas na cama e curvou um pouco o corpo para trás, apoiando as mãos nas laterais do corpo do homem, à medida que se mexia o plug ia no mesmo ritmo e aquilo sim que era posição favorita, se inebriava com o prazer que ela estava exalando sentir e o próprio que ela estava dando para ele. Era coisa demais para processar e quando se deu conta, algum tempo e bons gemidos de ambos depois, que tinha recebido o que tanto queria desde o início, o orgasmo atingiu seu corpo de uma forma fantástica, ela parecia brilhar e só se sentir a mulher tendo espasmos em cima dele, atingiu seu êxtase máximo, gozando logo em seguida, o copo de caiu sobre o dele e ela esticou as pernas. Ficaram um momento ali, um sobre o outro, respirando fundo e tentando assinar o sexo maravilhoso que tinham acabado de ter.
Se deitaram, sem tomar banho ou qualquer coisa do tipo, só descartou o preservativo no local correto e eles ficaram de conchinha, só nas carícias, até que pegaram no sono, mas aquele não era o último round da noite, só precisavam repor as energias.

O sol batia de forma leve no rosto de , que despertou lentamente tateando por na cama. Abriu os olhos com certa dificuldade pela claridade.
— Oi! — Ouviu a voz de que estava pelado, com sua xícara de café nas mãos, olhando pela janela do quarto que tinha a vista para a rua. — Bom dia . — Se virou para ela e sorriu. ficou extremamente feliz por ele ter falado aquilo em português e mais feliz ainda, por ter aquela visão linda pela manhã.
Antes que pudesse responder o rapaz, sentiu o celular vibrar, estava jogado em algum lugar da cama.

Mensagem de : Pulseira vip pro sertanejo hoje, anima? Leva seu boy para ver uns agroboy. Responde rápido vaca, preciso saber se chamo ou não o contatinho. Bjo, amo você.

— Bom dia meu bem! — Respondeu direcionando o olhar do aparelho para ele que sorria só de ver a forma que ela sorria. — Vamos conhecer uns agroboy hoje?
— Agroque? — se levantou rindo e foi até ele dar um selinho, antes de entrar para o banheiro, e explicar para ele o que era um agroboy.




FIM.



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? EU QUERO DIZER QUE EU AMO ESSA FANFIC E QUE JUNG HOSEOK QUASE ACABOU COM A MINHA VIDA NESSA RESTRITA, MAS VALEU TOTALMENTE A PENA, AGORA EU TO TRISTE QUERENDO IR A UM PAGODE COM O HOBI AAAAAAAAAA. Espero que tenha gostado de ler assim como eu gostei de escrever.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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