Última atualização:18/04/2021

Capítulo Único

Tudo indicava que eu estava andando em círculos, perdida no meio daquela floresta. tinha dito para encontrá-lo em uma cabana, mas eu já tinha rodado aquele lugar todo e não a encontrei. Uma sensação estranha, de que estava sendo observada, me dominou e eu tentei ficar calma. Se fosse alguém se esgueirando em meio aos arbustos, tudo poderia dar errado; eu não deveria estar ali. A sensação ficou mais forte e então eu comecei a correr, se alguém estivesse realmente ali, os seus passos logo atrás o entregaria. Escutei a pessoa correr também e segurei meu vestido longo de modo que não tropeçasse em meus próprios pés. Uma mão me agarrou pela cintura e então eu caí em cima de quem quer que fosse; era . Eu comecei a respirar um pouco mais aliviada e um sorriso travesso se formou em seus lábios.
— Você parecia uma gazela encurralada. — ele disse com resquícios de riso na voz.
-E você um super boboca. — eu me desvencilhei dele e levantei, tirando um pouco de terra e folhas do meu vestido.
— Você se saiu muito bem, minha bela dama.
— Me poupe dos seus papos sem fundamentos.
— Por que está assim? Você não é tão arisca comigo. — ele disse, a medida que se aproximava de mim e colocava minha franja atrás da minha orelha.
— Meu pai. Ele aceitou o dote que o Conde ofereceu por minha mão.
— Mas ele disse que eu poderia ter a chance de apresentar o meu dote, disse que me daria a sua mão em casamento. — me encarou desnorteado.
— Não sei como acreditou nele. Ele só queria ganhar tempo, querido. — eu acariciei a mão dele que estava caída ao lado do seu corpo. Ele parecia abatido e triste.
— Quando isso aconteceu??
— Hoje pela manhã. Eu os vi tomando café e saí pelos fundos. — respondi apreensiva ao me lembrar da cena em que os dois homens apertaram as mãos.
— Graças aos céus eu te mandei o bilhete ontem. Ele deve querer casar vocês no início do mês; eu não a veria mais. — me abraçou com uma urgência que eu nunca tinha visto.
— Eu estou aqui, vamos ficar juntos por agora. – falei enquanto tentava não pensar no tal casamento.
— Agora, mas e depois?
— Eu só preciso do agora para ser feliz, , porque o meu agora é você.
selou os nossos lábios com delicadeza e me abraçou novamente. Ele se sentia traído por meu pai o ter passado para trás e se sentia fraco por não poder impedir o casamento. Eu sabia que ele estava se martirizando por dentro, por não ter condição o suficiente para cobrir o dote do Conde e sabia, também, que ele, cedo ou tarde, abriria mão da nossa relação; ele sempre dizia querer o melhor para mim. Eu não queria me casar com um cara que eu mal conhecia, aquilo esmagava meu coração e me deixava com falta de ar só de pensar. Apertei os meus braços ao seu redor e segurei a lágrima que estava prestes a cair. Eu amava com todas as minhas forças.
— Onde fica essa cabana realmente? Andei pela floresta toda e não a achei. — eu quebrei o silêncio, depois de alguns minutos.
— Por aqui, madame. — se afastou e pegou a minha mão. Me guiando para o lado oposto ao que viemos.
Andamos por alguns minutos até a cabana ficar visível alguns metros. Ela era pequena e parecia ser bem aconchegante por dentro. Várias folhas pintavam seu telhado e perto da porta. me guiou até ali e abriu a porta com que parecia ser um pedaço de madeira.
— É meio que uma fechadura. — ele disse, quando notou que eu observava.
Seguimos para dentro da cabana e lá era realmente aconchegante. O cheiro ali dentro era bom, um pouco doce, porém nada enjoativo. Ele colocou a sua capa em cima de uma estante e me ajudou a tirar a minha. Eu andei em direção a mesa perto da janela e observei cada detalhe daquela mesa. Ela parecia ter sido feita com muito cuidado, pois os seus detalhes eram muito bem feitos.
— Eu que fiz. Minha mãe costumava vir aqui antes de morrer com a gripe, essa foi a casa da minha avó por um tempo antes de…
— Antes de a executarem na fogueira. Sinto muito por isso, . — eu completei a sua fala receosa.
— Enfim! A minha mãe sempre me disse para trazer a garota que um dia eu quisesse me casar e então eu a trouxe. Esse lugar foi muito importante para as duas únicas mulheres que eu já amei na vida e espero que, de certa forma, seja para você agora. — disse tranquilamente e me abraçou por trás, apoiando seu queixo na minha cabeça por ser mais alto.
— Nunca esquecerei esse lugar.
Eu me virei, ficando de frente para o corpo dele e o beijei com intensidade. Suas mãos apertaram a minha cintura e eu apertei a sua nuca. Podíamos sentir o sabor da saudade ao passo que o nosso beijo se estendia. me guiou para um canto e eu caí sentada num espaço macio, me dando conta depois de que era uma cama. Se fosse ser uma despedida, eu iria eternizar aquele momento. Nos encaramos por um breve minuto e ele entendeu o que eu queria, me ajudando com o vestido logo em seguida. Nos despimos em sincronia, sem cortar o nosso contato visual. Ele me beijou como se fosse a última vez e eu apertei o seu ombro. O seu cheiro cítrico se misturou com o doce do lugar e eu me senti entorpecida. Seu corpo estava colado ao meu sem nenhuma peça de roupa impedindo isso. O nosso contato era intenso, rápido e ardente. Eu o queria mais que tudo e ele demonstrava o mesmo. estava por cima e parecia ansioso por aquele momento. Eu não fazia ideia do que fazer, mas ele sim. Ele pediu que eu fechasse os olhos e então eu senti os seus lábios passearem pelo meu corpo. Me arrepiei quando ele chegou aos meus seios e colocou um deles em sua boca; o contato quente e frio era delirante. Enlacei minhas pernas na sua cintura e o mesmo me encarou com os olhos transbordando desejo. segurou a minha cintura com firmeza e aproximou ainda mais o seu corpo do meu, colando nossos corpos nus. Senti as nossas intimidades se tocarem de leve e o meu íntimo implorar por um contato maior. Puxei a sua cintura em direção a minha e o mesmo travou o seu corpo.
— Tem certeza que quer isso, ? — Sim! — Assim que fizermos isso, seremos um do outro para sempre. — Quero ser sua para sempre. – respondi, com toda confiança que consegui reunir.
Ele relaxou seus braços e os colocou ao meu redor como um abraço meio frouxo, ao passo que ele fazia isso, as nossas intimidades se aproximavam mais. pegou uma de minhas mãos e a ajudou a guiar o seu membro ereto até o seu ponto de partida para dentro de mim. Minha mão tremeu de leve e ele a segurou com firmeza, ao passo que eu sentia o seu membro me preencher. Soltei a respiração que eu nem percebi que prendia e me permitir aproveitar aquela mistura de sensações. Fechei os olhos quando senti uma dor um pouco aguda me atingir e recuar. Eu era virgem. Isso não era novidade alguma para ele, contudo sua expressão era tão dolorosa quanta a minha. Indiquei com cabeça para que ele continuasse com os movimentos e ele continuou; eram movimentos de vai e vem, com o tempo eu consegui me adaptar e aproveitar a parte boa daquilo tudo. Minha intimidade pulsava em dor e prazer. Ele colou os nossos lábios e eu senti o suor escorrer pelas suas costas se misturando com o meu. Estava selado.
A noite tinha caído lá fora e eu estava deitada na cama com . A sua respiração era suave e me fazia relaxar. Eu não consegui dormir, mas percebi que ele estava em um sono profundo. Seus lábios entreabertos revelava o dia exaustivo de trabalho que tivera. Observei cada detalhe do seu rosto como se fosse a última vez e beijei a sua testa. Sem dúvidas, ele era a minha morte divina.




Fim!



Nota da autora: Oooi gente, eu gostei demais de ter escrito essa história e ter participado desse ficstape. Espero que vocês tenham gostado da história. Não esqueçam de deixar um comentário ou sugestão. Isso é muito importante para mim e me ajuda com outras histórias.

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