Última atualização: 21/05/2018

Capítulo Único

Ele caminhava sorrateiro, seus olhos atentos, seus sentidos aguçados. As vestes eram conduzidas pelo vento, esvoaçando sua figura sombria, ampliando sua aura de poder, enquanto a morte era espalhada, deteriorando cada figura viva ao seu redor. Toda a felicidade era sugada, toda fé era dissipada e o pavor dominava os corações fracos.
Seus súditos se curvavam diante de sua grandeza, sem questionar como era possível ele vagar pela Terra, de onde havia sido banido desde sua queda. Não haviam dito que ele estava acorrentado em sua fortaleza? Era engraçado como as mentiras cercavam aquele que era considerado seu pai.
A cada passo, uma alma se rendia, a cada movimento, um fôlego de vida era soprado para seus próprios pulmões, e seus dentes perfeitos se abriam em um sorriso extasiado.
E foi em um desses momentos em que sorria em deleite que seus olhos pousaram nela.
A figura feminina e singular, deslumbrada em lascívia, cercada pelos súditos dele e, agora, atraída por aquela análise tão peculiar. O corpo esguio não possuía nenhum tecido para esconder o que outros chamariam de vergonha. A nudez de seus seios era apenas coberta de forma delicada pelos longos cabelos acobreados, que ressaltavam sedutoramente os lábios cheios e os olhos profundos.
No primeiro momento, o que se via era uma tristeza profunda, embora estivesse deleitada em prazer, mas quando ela percebeu quem lhe encarava sua expressão pareceu se iluminar e, agora, ela também o analisava.
Todos os boatos que ela ouvira sobre ele estavam errados.
Não possuía chifres grandes e um rabo pontudo, tampouco carregava um cetro que mais parecia um garfo ou vestia uma capa vermelha esvoaçante. Aquela talvez fosse a criatura mais linda que ela já havia visto.
Fazia sentido, não fazia? A história costumava contar que aquele antes de cair era o arcanjo mais bonito dos céus, por que sua beleza seria afetada pela queda?
Ele estava ali para seduzir os fracos e seu propósito era bem-sucedido. Ela estava rendida, completamente embasbacada diante dele.
Ele? Olhos azuis como a lagoa mais límpida, os cabelos mais negros que a noite, compridos de forma ainda angelical. A postura imponente, preenchida por músculos muito bem desenhados, e o desenho perfeito emoldurava seu rosto. Esculpido pelas mãos do Altíssimo.
E corrompido pelo próprio desejo de poder.
Poder.
O poder lhe seduzia mais do que a beleza. O poder lhe deleitava mais do que o prazer. Lhe atraía mais do que água a alguém definhando de sede.
Ela tinha sede dele. Sede de se doar por inteiro, de senti-lo tomá-la por inteiro.
E como se seus pensamentos fossem perfeitamente ouvidos, lá aparecia ele em sua frente, triunfante, sorrindo com a lascívia que era compartilhada por ela.
Não era preciso que se apresentassem, mas ambos queriam ouvir a voz um do outro. O delicioso som só serviria para que o encanto fosse exultante.
- Uma bela jovem como você merecia lugar melhor do que esse, não acha? – provocativo, persuasivo era como ele soava. Ela gostava daquilo.
- Alguma sugestão, belo homem? – um retruque no mesmo tom, o olhar conectado em luxúria.
- Poderia vir comigo, garanto que conhecerá os melhores prazeres. Coisa que nenhum dos outros jamais lhe trará – ofereceu, convencido de cada uma de suas palavras.
- Como posso sair do lugar que agora chamo de lar para desbravar os confins da terra com um estranho? – questionou, com um sorriso travesso que denunciava sua falsa inocência.
- Vejo que minha aparência não dispensa apresentações no seu caso. Eu sou , o rei do inferno. – então, ele riu fraco, vendo a expressão de falsa surpresa que dominou as feições da jovem.
- , aquela que não se sujeitou às vontades de Adão – respondeu, olhando-o em desafio, talvez esperando que ele fosse impor dominância.
- Admiro-a por também não se submeter. Temos mais semelhanças do que pensa, cara – então, ele lhe estendeu sua mão, convidando-a para prosseguir em sua caminhada. Ela o olhou demoradamente e, após mais uma longa análise, sabia que não recusaria aquela oferta nem em milênios.
Segurou a mão do rei e permitiu que ele lhe fizesse sua concubina, mais tarde sua resplandecente imperatriz.
Com um choque prazeroso, sentiu como se labaredas de desejo incendiassem seu corpo e mordeu seus lábios cheios quando se chocou contra o peito forte dele, apreciando o contato pouco sutil entre suas peles.
- Olhando para você assim tão de perto, Rei do Inferno, não consigo pensar em caminhadas longas pelos confins da Terra. - declarou, deixando evidente em seu tom de voz cada nota de sedução que possuía, e foi certeira em suas intenções. já havia se sentido atraído por mortais antes, mas aquela era diferente de todas as outras.
- E no que consegue pensar? Estou ansioso para descobrir - a instigou, erguendo uma de suas mãos e tocando os fios de cabelo, que ainda caíam em cascatas, cobrindo os belos seios.
- Que eu acreditava ser a lascívia em pessoa até conhecer você. Me pergunto por onde vagou tanto antes de me encontrar? - soltou uma risada rouca.
- Preparando o inferno para a sua chegada, minha sedutora imperatriz - sorriu ao notar que havia lhe convencido com maestria. - Mas temo que esse não é o seu real pensamento. - brincou com a mecha de seu cabelo, descendo devagar e roçando seus dedos propositalmente no bico de um dos seios de .
Ela mordeu a boca mais uma vez, sentindo seu corpo pegar fogo e imaginando todas as loucuras que gostaria de fazer com o Rei do Inferno.
- É mesmo? E no que estou pensando, então? - provocou, sorrindo travessa e reprimindo um gemido baixo quando o toque dele se tornou mais evidente.
- Que você quer ser fodida com força. Que seu corpo está pegando fogo, mas que não reclamaria se o inferno te lambesse desde que isso lhe fizesse gritar o meu nome - sua voz escorreu presunção e malícia, então, aproximou mais sua boca de e mordeu seu lábio inferior, puxando-o com os dentes e deixando que cada centímetro de seu corpo descoberto colasse no dele.
- Vai me foder em um rio, diante de seus súditos e dos filhos de Adão? - soltou, divertida, fazendo com que ele arqueasse uma sobrancelha.
- Eles teriam um belo espetáculo, mas tenho uma ideia melhor - e como se nada houvesse acontecido, de repente, estavam nos aposentos dele, um quarto extremamente sofisticado para quem imagina que o inferno seja semelhante a um vulcão ativo.
A risada de ecoou pelo recinto, mas foi interrompida pelos lábios dele se chocando aos dela em um rompante, envolvendo-a com todo o calor que emanava de sua aura.
Suas mãos foram de encontro aos cabelos dele, puxando-os com vontade enquanto sentia sua língua sendo acariciada com desenvoltura.
sugou seu lábio inferior e o puxou com seus dentes, da mesma forma vagarosa que ela havia feito antes e os arrepios que passaram por sua espinha fizeram soltar uma risada rouca, subindo uma de suas pernas e enroscando suas coxas desnudas na cintura dele.
- Deliciosa - a voz dele sussurrou em seu ouvido e ele apertou sua bunda com lascívia, esfregando seu quadril contra ela e lhe fazendo sentir sua ereção, bastante evidente.
Um gemido baixo ecoou dos lábios da mulher e ela rebolou contra o quadril dele, intensificando a fricção e fazendo-o agir impulsivamente, jogando-a contra os lençóis vermelhos de sua cama e arrancando uma risada excitada dos lábios dela.
não tardou a se livrar de suas roupas, e apreciou com fascinação cada centímetro dele sendo exposto, lambendo os lábios em expectativa.
Ele retribuiu o olhar, apreciando a perfeição de seu corpo feminino, se perdendo nos seios perfeitamente moldados e a barriga lisa, seguindo para a intimidade lisinha e exposta.
- Um verdadeiro anjo - ecoou, sentindo a ironia daquele momento e arqueou uma sobrancelha, soltando uma risada sapeca.
- Um anjo procurando ser fodida de verdade - ergueu uma de suas mãos, alisando o abdômen definido dele e deslizando suas unhas compridas por ali, pressionando e deixando um rastro vermelho na pele alva.
- Está disposta a me entregar sua alma, ? - ele lhe questionou, sorrindo sugestivo.
- Ninguém vai tomar minha alma. Sou a Rainha do Inferno, não sou? - ela retrucou, descendo suas unhas até a virilha de e deixando seus dedos envolverem seu pau, enrijecido e pronto para ela. Sentiu-se encharcada de desejo por ele, mas não cederia por hora.
- De fato, é - ele lhe respondeu, se inclinando sobre ela e lambendo a pele de seu pescoço, descendo lentamente até alcançar seus seios e envolvendo-os com sua língua.
sentiu as carícias espalharam uma onda deliciosa de prazer por seu corpo, então passou a movimentar sua mão, num vai e vem que aos poucos arrancava toda a sanidade do Rei dos Demônios.
Ele soltou um gemido rouco contra o bico do seio dela e o chupou abandonando a delicadeza, apertando sua cintura com as duas mãos e buscando os lábios dela com voracidade.
Suas mãos alisaram as coxas dela com desejo, percorrendo cada centímetro de sua pele e espalhando arrepios por casa poro que passava, um rastro de fogo fazendo quase entrar em combustão, mas nada comparado as sensações seguintes que lhe proporcionaria.
Arranhou de leve a parte interna de suas coxas, então foi seguindo o caminho, explorando até alcançar sua boceta molhada, pingando de excitação e o fazendo gemer de tesão ao sentir seu pau latejar para tocá-la.
Ele a tocou, mas com seus dedos, que se lambuzaram no desejo dela e passaram a esfregar seu clitóris com movimentos circulares, estonteantes.
sentiu seus olhos se anuviarem de prazer, então os fechou, apertando-os com força e soltando gemidos sôfregos, mas ele agarrou seus cabelos com a mão livre, forçando-a a encará-lo novamente.
- Olhe para mim, doce . Eu quero ver o prazer emanando de seus olhos enquanto o diabo te fode de verdade - soltou, com lascívia, intensificando os movimentos e melando ainda mais seus dedos para então penetrar dois deles em sua boceta pronta para recebê-lo.
Ela gemeu mais em resposta, incapaz de encontrar palavras que não fossem palavrões desconexos enquanto seus quadris se moviam, rebolando de encontro aos dedos dele e encontrando todo o prazer que ela buscava de maneira absurda.
Aquele homem acabaria com o restante de sanidade que ela possuía, mas não se importava, ele teria tudo que quisesse dela.
- Me fode, . Serei a rainha que deseja, a imperatriz de seu exército. Seremos implacáveis e invencíveis. Toma-me inteira, rei da minha luxúria - clamou, cedendo por fim e ele se rendeu aos encantos dela.
O vazio que seus dedos deixaram foi preenchido segundos depois, quando ele apertou a cintura de com ainda mais força, fazendo com que as pernas dela se enroscassem nele e o prendessem para si.
Preencheu-a por inteiro, soltando um gemido alto quando sentiu seu pau tocar fundo em sua boceta, lhe dando alguns poucos segundos para se acostumar com seu volume e então iniciando seus movimentos, entrando e saindo dela com maestria, fazendo o corpo dela se sacudir enquanto a voz dela ecoava gemidos cada vez mais altos.
sentia-se preenchida como nunca antes, seus olhos se reviravam nas órbitas e o mundo ao seu redor explodia em ondas infinitas de prazer. Ela agarrou os lençóis à sua volta e logo depois as costas de , cravando suas unhas ali até o sangue dele verter e um urro de prazer ecoou dos lábios dele.
Ela sorriu com aquilo, adorando ver o quando a dor lhe era prazerosa e em resposta sentiu um tapa forte em sua bunda, o que fez ela rir, adorando o prazer que aquilo lhe proporcionava.
O choque de seus quadris poderia ser ouvido com nitidez, se os gemidos não estivessem frequentemente presentes, preenchendo o vazio a cada vez que o pau de preenchia a boceta encharcada de .
Ele afundou seus lábios no pescoço dela, chupando sua pele possessivamente, querendo deixar marcas por ela inteira, mesmo que não fosse necessário porque ela já havia se entregado inteira para ele.
E foi quando ele sentiu os dentes dela se cravando em seus ombros, deixando claro que ela o havia também tomado para si, que explodiu em prazer dentro dela, a boceta de apertando seu pau com força e denunciando que ela derramava seu prazer sobre ele no mesmo momento.
Desabou sobre ela, repousando sua cabeça entre seus seios e soltando uma risada baixa e sôfrega enquanto recuperava o fôlego perdido com o esforço físico extremamente recompensador.
- Não poderia ter escolhido alguém melhor - ele soltou, com a voz ainda rouca.
- Eu sei que não, meu bem - ela respondeu, convencida e arrancou mais uma risada deliciosa dele, que sabia que tudo se encaminhava da forma que esperava.
A vingança contra Adão seria arquitetada e cada um de seus filhos corrompidos através dos milênios.
E assim a Terra conheceu a união mais poderosa e perigosa de todos os tempos. e , os donos do inferno.


FIM



Nota da autora:

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