Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Você já se apaixonou perdidamente?
Eu já e por isso estou aqui, quase no fundo do poço. Não sei se o problema foi a paixão em si ou a pessoa para quem eu direcionei o meu amor. Eu tentei, juro que tentei de diversas formas, mas eu, simplesmente, não consegui. Já estava impossível manter os olhos fechados e ignorar tudo o que ela fazia. Um, dois, três, dez caras diferentes. Era como se ela pegasse meu coração e pisasse nele, o destroçasse, cada vez que eu a via com outro. Sempre que isso acontecia, eu jurava para mim mesmo que era o fim, me agarrava ao pensamento de que eu merecia algo melhor, alguém que me respeitasse, que sentisse o mesmo. Só que no dia seguinte ela aparecia, com aqueles olhos hipnotizantes e o sorriso encantador. Se quando ela me tocava, eu mal conseguia lembrar quem eu era, como poderia lembrar o que ela havia feito? E então eu ignorava. Sempre ignorava. Na esperança de que um dia isso não aconteceria mais e ela perceberia que eu era o único que ela precisaria. Mas era apenas uma mentira e eu era o idiota que mentia para mim mesmo. Pior, acreditava. Não havia nenhuma chance dela mudar, ainda mais mudar por mim. Ela nasceu para ser livre e eu não seria aquele que iria prendê-la. Demorou um pouco mais eu entendi. Eu entendi. Deus, eu finalmente entendi. Meu mundo era pequeno demais para ela. Se eu tinha um mundo, ela queria o universo. Melhor, ela era o próprio universo. De qualquer maneira, não havia mais como apagar tudo ou esquecer, eu deveria fazer alguma coisa sobre isso e faria. E dessa vez seria definitivo. Eu poderia seguir em frente, deixando tudo de vez para trás.

"Love is a luxury", she says
"I'd rather be in love than dead"
But now, it's her, oh God know it's her
She's the type of girl who makes love hurt

This is The End – The Maine


DOIS MESES DEPOIS


Eu tentei levar minha vida numa boa nesses últimos meses, mas era quase que impossível. Tudo ao meu redor remetia a ela. Era só eu fechar meus olhos, que eu conseguia imaginá-la perfeitamente. Se eu esticasse minha mão, meus dedos roçariam em sua pele delicada e macia; eles também poderiam se embrenhar em seus cabelos, para que eu pudesse trazê-la para mais perto, para que eu pudesse sentir seus lábios tocarem os meus, suavemente no principio, mas intensificando depois, quando nós dois fossemos tomados pelo desejo que sempre nos guiou nesses momentos. Mas era tudo fruto da minha imaginação, ela não estava aqui e nunca mais estaria. Eu terminei tudo, pedi que ela ficasse longe, não me procurasse, porque eu sabia bem que tudo seria mais difícil com ela por perto. Perto o bastante para eu sucumbir e esquecer toda essa história de terminar. Eu sei que no fundo não é culpa dela, quer dizer, é claro que é, mas não nesse sentido. Ela sempre disse que não mantinha relacionamento sérios, que esse não era um conceito aplicável a ela. Eu sempre soube disso e mesmo assim me apaixonei. Ao longo dos quatro meses que passamos juntos, ela confessou diversas vezes que nunca havia ficado tanto tempo com alguém, que eu realmente era alguém especial para ela. Só que eu, burro, entendi esse especial de forma equivocada. Um amigo pode ser especial, um cachorro pode ser especial, até mesmo um livro pode ser especial também. Isso nunca significou que ela sentia o mesmo por mim, que ela me amava também. Sempre que estávamos juntos em algum lugar público, ela me apresentava como um amigo. Aquilo sempre me revoltou. Que espécie de amigo é aquele que dorme com você? É um namorado, certo? Porém essa palavra não fazia parte do dicionário dela. E eu, bobo, louco e apaixonado, apenas aceitava, com medo de perdê-la de vez. Eu pensava que era melhor ter uma parte dela, do que não possuir nada. Bem, eu pensava assim no começo, pelo menos. Mas quando ela passou a aparecer na porta da minha casa, às duas da manhã e completamente bêbada, as coisas complicaram um pouco. Era eu aquele que cuidava dela, segurava seu cabelo enquanto ela estava debruçada na privada, aquele que lhe dava banho quando ela mal conseguia se manter em pé, aquele que conseguia passar uma noite inteira ao seu lado, sem ter, ao menos, um pensamento maldoso. A partir desse dia, eu comecei a pensar se teria toda essa dedicação de volta se precisasse e tudo indicava que não. Ela não tinha o mesmo comprometimento, o mesmo carinho, o mesmo amor. Foi então quando eu abri os meus olhos e fechei meu coração. Decidi que não haveria mais espaço em mim para ela.

FLASHBACK ON –

Tentei controlar minha respiração enquanto ela se aproximava. Até o andar dela me encantava. Ela mantinha um sorriso nos lábios e estava com aquele brilho característico no olhar. Ela parecia emanar uma luz própria, como se fosse o próprio sol. Por isso todos os olhares se voltavam para ela ao passar, não havia nenhuma pessoa que conseguia se manter indiferente. Eu costumava me sentir quase que poderoso ao ver a reação de todos ao olharem para ela, afinal, era comigo que ela estava. Mas então eu lembrava que não era só comigo, que, na verdade, ela estaria com quem ela quisesse estar e se isso incluísse um dos caras que a olhavam no bar, todo o meu poder se dissiparia rapidamente. Assim que me avisou, seu sorriso aumentou e ela apressou o passo, como se eu realmente significasse algo para ela. Sentando-se a minha frente, ela umedeceu os lábios avermelhados antes de se pronunciar.

- Fiz você esperar muito tempo? – sua voz melodiosa não combinava muito com o seu estilo. Remetia a uma garota frágil, delicada, meiga. Mas não, era o inverso. Ela era independente, forte, intensa. Nada com ela pode ser simples, tudo deve ser complicado, difícil, complexo, senão não há graça. Talvez seja por isso que um relacionamento não combina com ela ou que aja dessa forma, afinal, há uma forma mais rápida de desgastar uma relação além de uma ou várias traições?
- Não, acabei de chegar. – respondi, o mais seco possível.
- O que foi? – ela perguntou baixo, tocando meu rosto. Desejei segurar sua mão fortemente e pedir, pela milésima vez, que ela parasse de complicar as coisas e vivesse normalmente comigo. Mas não, não essa noite. Hoje eu estava decidido.
- , eu tomei uma decisão. – comecei, desviando meu olhar do seu. Seria impossível dizer todas aquelas coisas enquanto eu encarasse aquele brilho. – Acho que nós não deveríamos mais nos ver. – ela manteve o sorriso nos lábios e uma das mãos em meu rosto, não parecendo nenhum pouco abalada.
- Pare com isso, . – ela murmurou, rindo baixo. – Vamos para a sua casa, vou fazer você esquecer tudo isso mais uma vez.
- Não. – falei firme, porém baixo. Ela estranhou o tom e deixou sua mão cair do meu rosto. Uma ruga surgiu no espaço entre os seus olhos e ela me encarou, confusa.
- O quê?
- Não. – repeti, um pouco mais alto, chamando a atenção das pessoas ao redor. Ela se assustou o pouco, encolhendo-se na cadeira.
- ... – ela murmurou, sem jeito. – O que você está fazendo?
- Eu estou terminando tudo com você. Eu estou cansado, . Cansado de ficar no segundo plano, ser sempre aquele idiota que você procura quando está sozinha. Não preciso disso, pelo menos, não deveria precisar. Tenho que achar alguém que goste de mim da mesma forma que eu gosto, alguém que retribua meus sentimentos. – respirei fundo, encarando seus olhos, agora marejados, pela primeira vez.
- Eu gosto de você, ou porque você acha que eu estaria aqui? Eu sempre estou aqui por você. – ela respondeu, com a voz trêmula.
- Não, você não está aqui por mim, está aqui por você mesma. Por tudo que você pode perder, me perdendo. Porque, no final das contas, a única coisa que importa é como você está se sentindo, certo?
- Errado. – ela disse firme, secando as lágrimas que teimavam em brotar em seus olhos. – Eu poderia estar em qualquer lugar, com qualquer outra pessoa, mas não, eu estou aqui com você. Isso é bastante para provar que eu me importo. Bem, pelo menos é o bastante para mim.
- Mas não pra mim. Eu não quero que você se importe, , eu quero que você me ame. – disse, e ela sorriu friamente, secando suas lágrimas.
- Amor é um conceito bobo e antiquado. – ela sorriu abertamente, mas não havia nenhuma felicidade naquele movimento. Era um gesto duro, frio, quase egoísta. – Se você pode ter tudo o que eu tenho a oferecer, sem precisar desse tal amor, por que procurá-lo tão intensamente? Ele é desnecessário, traiçoeiro e dispensável... O amor é um luxo, . Luxo esse que eu não me dou o direito de ter.
- Mas eu me dou e quando eu amo, eu quero ser amado de volta. – eu mesmo pude sentir o peso das minhas palavras. Ela suspirou, olhando em meus olhos. Sustentei seu olhar durante alguns segundos, até que ela se levantou e mordeu o lábio inferior, antes de dizer alguma coisa. Gesto característico de quando ela estava irritada. Eu costumava amar quando ela fazia isso, mas agora eu não sentia nada. Ou pelo menos achava que não sentia nada.
- Se é assim que você deseja, é assim que será. Boa sorte na sua busca pelo inexistente.

Poucos segundos depois, ela já tinha desaparecido do meu campo de vista e, provavelmente da minha vida. Eu desejava me sentir bem com aquilo tudo, mais leve, tranquilo. Mas o que eu vou fazer com esse aperto que eu estou sentindo no peito e essa sensação de vazio que está me dominando agora? Como vou preencher esse buraco que eu tenho no lugar do coração? Respirei fundo, chamando o garçom. Nada e ninguém mais me entenderia, além de uma boa dose de whisky. Talvez duas. Ou três.

– FLASHBACK OFF

Desde então, eu não tinha mais visto e nem sequer ouvido alguém falar sobre ela. Como se houvesse uma conspiração para que eu a tirasse do meu pensamento, para que eu virasse a página da vida e continuasse com a mesma. Mas como isso pode ser possível se, em cada noite desse últimos meses, eu coloco minha cabeça no travesseiro imaginando onde ela está, o que está fazendo, nos braços de quem ela repousa? Não há dúvidas, ela foi feita perfeitamente para mim, seu corpo foi moldado ao meu, como um encaixe perfeito. Ela pode procurar em qualquer lugar, mas nunca encontrará alguém para me substituir, afinal, por mais que ela fosse parar em outras camas, era para a minha que ela sempre voltava. Eu diria que isso é amor, pois ninguém como ela, que vive dessa maneira, tão livre, consegue se prender a outra pessoa, mesmo não completamente. Há algo mais. Há algum sentimento. Na minha concepção seria amor, no mínimo uma paixão não assumida, mas para ela não era nada além de luxúria. Luxúria pode até explicar o fato dela não se contentar apenas comigo, mas não é o suficiente para me fazer entender o porquê dela sempre voltar. Quer dizer, ela voltava. Dois meses que eu não sinto seu doce perfume. Dois meses que eu não beijo seus lábios. Dois meses que eu não sinto seu corpo sob o meu. E, infelizmente, essas são as únicas coisas que eu desejo no momento.

Respirei fundo, chutando uma garrafa de cerveja que estava jogada pelo chão. Olhei em volta e a confusão quase me tomou, não havia nada no lugar correto. Era como se um furacão tivesse passado pelo meu apartamento e transformado o mesmo numa zona. Bufei, não arrumaria isso agora. E nem tão cedo. Puxei um casaco que estava debaixo e algumas outras peças de roupa em cima do sofá e vesti o mesmo. Precisava sair, precisava espairecer. Claro que nada disso diminuiria a necessidade que eu tinha dela, mas talvez eu poderia encontrar outra garota... Ri internamente, a única coisa que aconteceria, era que eu veria a
no lugar de quem quer que fosse. E ninguém merece isso. Assim como eu também não merecia o que ela fazia comigo. Nunca mereci. Ok, talvez um pouco. Eu sempre fui muito fraco quando estava com ela. Sempre muito dependente, submisso. Sempre correndo atrás, sempre choramingando e ela pisando em mim, passando por cima como se eu não fosse nada. E a cada vez que ela fazia isso, mas apaixonado eu ficava. Isso seria bem típico se a situação fosse o inverso, ela correndo atrás de mim, enquanto eu a ignorava.

Acabei parando no bar de sempre, com a cabeça dividida entre o desejo reprimido de encontrá-la e a razão e gritando para que o coração ficasse quieto ao menos uma vez. Sentei numa banqueta e pedi uma cerveja, fechando os olhos com força e respirando fundo algumas vezes. Ela não saia da minha cabeça por nada, parecia algum tipo de maldição, não sei, como se tivesse sido condenado a ficar preso a ela por toda a eternidade.
Ouvi o barulho da porta abrindo e antes mesmo de olhar, algo me dizia que era ela. Não sei como ou o porquê, eu apenas sabia. Só que ela estava diferente, não havia mais o mesmo brilho no olhar ou a mesma pose altiva, o sorriso brincalhão nos lábios e até mesmo o vermelho de sempre tinha sumido. parecia outra pessoa. Ela não olhou pra mim, nem mesmo virou o rosto em minha direção, mas eu coloquei o corpo no caminho por onde ela passaria, impedindo que ela continuasse seu trajeto. Ela, lentamente, virou seu olhar de encontro ao meu, como se perguntasse o que eu queria e, por alguns segundo, eu vacilei. Ela parecia tão frágil. Eu senti uma necessidade incontrolável que tomá-la em meus braços, de cuidar dela, de protegê-la, por mais que eu soubesse que ela não precisava de nada disso. Era uma necessidade minha, apenas minha. Uma necessidade misturada com saudade. Uma das misturas mais perigosas que existem no mundo.

- Você poderia me deixar passar, por favor. – pediu, com a voz baixa e calma.
- Eu queria falar com você.
- Sobre? – questionou, sustentando meu olhar por longos segundos.
- Qualquer coisa. – confessei, vendo-a suspirar.
- Não acho que seja uma boa ideia, acho até que eu deveria ir embora. – ela falou, virando o corpo na direção da porta, mas segurei, gentilmente, seu braço.
- Não, por favor, não vai. – soltei o ar pesadamente, derrotado. Eu não conseguia me desprender dela, poderiam passar mais dias, meses, anos, e eu ainda me sentiria da mesma forma, eu ainda a amaria da mesma forma. Mesmo ela não me amando de volta.
- Eu não sabia que você estaria aqui ou então nem teria vindo, tenho tentado evitar vir ou frequentar os mesmos lugares que você...
- Por quê? – perguntei rapidamente, sentindo aquilo me machucar por dentro.
- Porque é difícil demais pra mim, . É difícil demais te ver, só isso. – disse, mordendo o lábio inferior. – Eu pensei muito em tudo o que você me disse, pensei sobre como eu me sinto em relação a você, em relação a nós dois e eu não sei chegar a uma conclusão. Eu sei que sinto, só não sei o que. Sei que tenho um carinho, um desejo enorme por você. Pra mim isso é o bastante, mas pra você não é. Eu aceitei isso, é um fato, mas quando eu te vejo...

Olhei profundamente em seus olhos por alguns segundos, antes de passar meus braços por sua cintura e puxar seu corpo ao encontro do meu. Sentir aquela pele colada a minha mais uma vez, foi como uma passagem direta ao paraíso. Ela continuou imóvel, apenas olhando em meus olhos. Subi uma de minhas mãos pela lateral do seu corpo, vendo que ela fechava fortemente os olhos, num sinal claro de que estava tentando manter o controle. Meus dedos roçaram levemente seu rosto e ela tombou um pouco a cabeça na direção do meu toque. Sorri brevemente, enquanto apoiava minha mão em sua nuca e deixava meus dedos brincarem um pouco com seus cabelos. Puxei seu rosto para mais perto, sentindo sua respiração fraca batendo no meu rosto. abriu os olhos e eles brilhavam intensamente, como das primeiras vezes que nos encontramos, quando tudo era mais simples e fácil, quando não havia problemas. Éramos apenas nós dois, pelo menos na minha cabeça. Meu olhar se desviava entre seus lábios e seus olhos, num eterno conflito. Ela entreabriu a boca, deixando que sua língua umedecesse seus lábios e os tornassem praticamente irresistíveis. Eu estava ciente de que as coisas continuassem assim, elas iriam por um caminho perigoso novamente, mas a única coisa que se passava em minha mente agora, era o desejo de tê-la crescendo descontroladamente. Eu não estava mais pensando. Não queria pensar.

- ... – ela murmurou, me tirando de meus devaneios. – Por favor, pare.
- Por quê? – perguntei baixo, pousando minha mão na base de suas costas e pressionando seu corpo contra o meu.
- Porque eu não quero que você se arrependa amanhã.
- Mas sou eu que terei que conviver com a culpa e não você. – ponderei e ela balançou a cabeça, negando.
- Não, eu não posso deixar isso acontecer, não depois das coisas que você me falou. Você estava certo, sempre esteve certo. Eu não te mereço, . Você precisa estar com alguém que te ame e não alguém que apenas queira o seu amor.
- E você quer o meu amor? – perguntei, confuso, me afastando um pouco, para conseguir olhar em seu rosto.
- Eu sempre quis. – ela confessou, sorrindo fraco em seguida. – Mas eu não tenho como retribuir, nunca tive, mas isso não significa eu não queria ser amada. E era você que me proporcionava isso. Eu voava por ai e sempre voltava para você, porque sabia que aqui eu teria o amor que tanto precisava. Eu sei que é a coisa mais egoísta que você já deve ter ouvido, mas é a verdade. – ela respirou fundo. – Por isso que eu acho que nós não devemos continuar com isso, . Não só se preocupando com a forma que você vai se sentir amanhã, mas também com a forma que eu vou me sentir, porque a partir do momento em que eu sair por aquela porta mais uma vez, eu deixarei de ser amada mais uma vez. E eu não quero isso. – ela completou, encarando o chão por fim. Precisei de alguns segundos para absorver tudo o que ela havia dito. Sim, era completamente egoísta, mas naquele momento eu não estava me importando com aquilo ou com qualquer outra coisa. Eu apenas queria fazê-la se sentir amada mais uma vez, da forma que ela merecia.
- ... – sussurrei, fazendo com que ela levantasse os olhos e olhassem dentro dos meus. - Não importa como vamos nos sentir amanhã. Você quer se sentir amada e é isso que eu farei. – E sem dar tempo para que ela respondesse, juntei nossos lábios com força, fazendo com que toda a saudade que eu sentia, se fosse naquele beijo.

- Isso não significa que eu mudei, . Eu não posso prometer que vou te amar. – ela murmurou. estava deitada sobre o meu peito, enquanto eu deixava meus dedos deslizarem pelas suas costas, numa espécie de desenho informal.
- Eu sei disso, mas eu não importo. Não mais. – respondi. Ela se levantou e apoiou-se num cotovelo para olhar meu rosto.
- Não? – ela perguntou confusa. – Mas eu pensei...
- Eu não me importo, porque não interessa para onde você vá ou com quem você fique, eu sei que no final é nos meus braços que você vai parar. Eu sou o seu ponto de partida e chegada, seu início e o seu fim. – dei de ombros, enquanto ela abriu um largo sorriso. – E, por mais que você não admita, se isso não é amor, , eu não sei o que pode ser. Você me ama, apenas não sabe disso ainda.
- ... – ela disse baixo, enquanto eu sorria abertamente. – Eu pensei que tivesse sido o fim, sabe, de nós dois. – encarei sua expressão séria e beijei sua testa, puxando-a para mais perto.
- Eu também, mas acho que dessa vez nós vamos pelo caminho certo. Acho que vamos fazer tudo direito.





Fim



Nota da autora: (09/09/2017)
A primeira nota dessa fic era do Natal de 2015, então pensa como essa fic é velha, só Jesus na causa mesmo





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