Finalizada em: 01/11/2017

Capítulo Único

And I wanna believe you when you tell me that it'll be okay, yeah, I try to believe you... But I don't.

Estava quase tentando prestar atenção na aula de teologia, mas eu realmente estava mais interessada em olhar para o meu celular, trocando mensagens com alguns amigos e , meu namorado.
Assim que o professor nos dispensou da aula, corri pela escola inteira a procura de . Perguntava a cada pessoa que o conhecia se tinha visto ele, e cada uma dizia não, até que o encontrei atrás de um ônibus conversando com um rapaz que eu nunca havia visto, então, antes mesmo de eu chegar perto dele, o rapaz olhou para os dois lados e tirou uma quantia de dinheiro do bolso e entregou a , que guardou o mesmo imediatamente.
Observei atentamente os dois, que se encaravam de uma maneira estranha, mas em questão de segundos o outro rapaz saiu, e sem pensar duas vezes fui até .
- Posso saber porquê você estava recebendo dinheiro de um desconhecido? – Perguntei em um tom de voz tanto autoritária.
por sua vez, virou-se assustado em minha direção e ajeitou seu cabelo bagunçado com uma das mãos, ele tinha o costume de fazer isso quando estava nervoso.
- Era só uma cobrança que eu tinha que fazer para Deaton – Ele disse receoso, enquanto envolvia seus braços em minha cintura.
- E Deaton não pode vir cobrar pessoalmente? – Perguntei, franzindo a testa enquanto encarava seriamente.
- Está doida? Se alguém ver Deaton aqui, ele vai acabar... – simplesmente parou de falar, enquanto eu o encarava ainda mais séria do que antes, esperando alguma resposta, mas ele recuou e tirou as mãos de minha cintura e colocou-as nos bolsos de seu jeans.
- Ele vai acabar o que, ? – Perguntei, quase o empurrando. Eu precisava de respostas e era o único que podia da-las.
- Dá pra falar baixo? – olhou para os lados, enquanto eu cruzava os braços sobre o peito – Ele vai acabar sendo morto, preso, levar uma surra – Ele respondeu praticamente cochichando.
- Eu não gosto de você andando com o Deaton, fazendo parte da gangue dele, e principalmente morando na mesma casa que ele – Eu praticamente cuspi as palavras, enquanto os ônibus passavam rapidamente entre nós, fazendo meus cabelos voarem com o vento.
- Eu não tenho escolha, – Começou ele – Meus pais me expulsaram de casa e eu morava na rua antes de ele me acolher, e em troca de moradia e comida eu tenho que fazer alguns favores a ele.
- Quando você vai sair dessa vida? – Perguntei em um tom mais calmo.
- Eu não sou como você, – A voz dele era ríspida e alta – Nós vivemos em mundos totalmente diferentes. Eu não tenho uma casa grande como a sua, não tenho pais acolhedores, não tenho carro e nem um futuro, o que eu tenho é o agora e se você me ama como você diz, tem que entender isso – Finalizou ele.
- Eu entendo isso, eu tenho ententido isso o ano todo, bem antes de começarmos a namorar, mas o que me incomoda é que você nem tenta sair dessa vida.
- Eu não tenho escolha – abaixou o tom de sua voz dessa vez.
- Tem sim, a polícia não iria te prender.
- Eu não posso denunciar alguém da minha...
- Gangue?
- Família – Disse ele, ao mesmo tempo em que soltava o ar de seus pulmões lentamente.
- Eles não são sua família.
- Você não entende.
- Quer saber ? Eu entendo perfeitamente – respondi, ajeitando minha bolsa no ombro – A gente se vê por aí.
Dei as costas a ele e saí andando o mais rápido que conseguia. Estava furiosa, eu odiava o fato de meu namorado estar em uma gangue e ajudando os membros com o tráfico, odiava ter que pensar na possibilidade de também ser um traficante, odiava o fato de meus pais querer distância dele e o fato de o único lugar que eu posso me encontrar com ele é na escola, e nem assim eu tenho paz.
Antes que eu pudesse dar o próximo passo em direção ao estacionamento, senti a mão de agarrar meu braço e me puxar sem cautela alguma, o que fez meu corpo virar de imediato em sua direção. Encarei seus olhos de perto e segurou meus braços com delicadeza dessa vez, fazendo carinho nos mesmos com as pontas dos dedos.
- Eu sei que não temos muito tempo a sós, mas eu quero compensar isso para você – Ele deu um meio sorriso que não mostrou os dentes – Que tal hoje a noite, na minha casa? Eu peço para Deaton e Tiny deixar a casa para nós dois e eu posso cozinhar algo especial para nós.
- , da última vez que fomos a sua casa, eles deram uma festa que chamou a atenção da vizinhança inteira e a polícia quase foi parar lá.
- Dessa vez vai ser somente nós dois, eu prometo – disse e passou os braços em volta de meu corpo e pude aconchegar minha cabeça em seu peitoral.
Mesmo que uma grande parte dentro de mim quisesse confiar em , outra grande parte não conseguia. Sempre que ele prometia alguma coisa, saía de outro jeito e eu já não conseguia mais deixar a minha confiança inteira nas mãos dele, mas eu aceitei o convite e então selou nossos lábios em um breve beijo de despedida.

When you say that it's gonna be, it always turns out to be a different way, I try to believe you… Not today.

Estava tudo perfeito. O jantar estava delicioso, eu finalmente estava a sós com , desfrutando a minha primeira taça de vinho. Pela primeira vez em quase um ano eu sentia que havia cumprido a sua palavra e me sentia confortável e segura, mas era apenas um enorme engano, pois no instante seguinte a porta da casa foi praticamente chutada por Deaton que entrara com várias pessoas desconhecidas.
Tirei o guardanapo do meu colo e o coloquei em cima da mesa e me levantei. fez o mesmo e se dirigiu até Deaton.
- O que você está fazendo aqui? – disse furioso, pegando Deaton pela gola de sua camisa.
- Estou trazendo festa a nossa casa – Disse Deaton sarcásticamente.
- Você prometeu me deixar sozinho com hoje a noite.
- Eu prometi que vocês teriam uma ótima noite e é isso o que vocês vão ter – Finalizou Deaton e soltou a gola de sua camisa.
Deaton caminhou até o sofá e tirou debaixo do mesmo uma caixa que continha um pacote transparente com vários comprimidos dentro e começou a distribuir para as pessoas ao redor da casa.
veio até onde eu estava e passou um dos braços em volta de meu pescoço e me olhou com um semblante sério.
- Desculpe por isso – Ele disse em um quase sussurro.
- Tudo bem – Eu respondi – Já que estamos aqui, vamos festejar!
arregalou seus olhos para mim, como se não estivesse acreditando no que eu tinha acabado de falar.
- , você não está pensando direito, é melhor você ir para a casa.
Antes que eu pudesse responder alguma coisa, fui até a mesinha mais próxima, agarrei uma garrafa de vodka e abri a mesma, dando um longo gole na garrafa, sentindo minha garganta queimar de imediato. Em seguida, caminhei até que estava incrédulo com a minha atitude e tudo o que eu fiz naquele instante foi rir, sim, eu simplesmente ri. Segurei por fim seu rosto e coloquei a garrafa que estava em minha mão em sua boca e fiz beber junto comigo.
Estava dançando com no centro da sala, completamente bêbada, já que havíamos praticamente acabado com a garrafa de vodka que eu peguei. Talvez não fosse a atitude mais inteligente de minha vida, mas ao meu ver, era a mais adequada para aquele momento.
- Eu estou me divertindo demais – Disse em um tom de voz praticamente inaudível.
- Eu fico feliz –Disse – Fiquei com medo de você surtar por causa disso, mas para ser sincero eu também estou me divertindo com você.
Sorri para ele e segurei firme em seu pescoço. Levei meus lábios até sua orelha e em um sussurro perguntei:
- Qual é o seu quarto?
estreitou os olhos enquanto me encarava e segurou com firmeza em minha cintura para que eu não caísse, já que eu estava cambaleando ao em vez de dançar como uma pessoa normal.
- Como assim? – Perguntou ele confuso.
- Você sabe o que eu quero dizer , este é o momento – Dei uma mordida no lóbulo de sua orelha e vi a pele de seu pescoço arrepiar no mesmo instante e sorri por dentro com isso – Me leve até seu quarto.
Então, , sem dizer nada, me pegou pela mão e caminhou comigo até o longo corredor da casa.
Passamos por umas três portas, até chegarmos ao quarto de . Ele abriu a porta para que eu pudesse passar e assim que adentrei seu quarto, ouvi a porta se fechar atrás de mim e senti os braços dele envolverem minha cintura novamente, mas dessa vez, ele me abraçou por trás.
- Tem certeza disso? – disse em meu ouvido e foi minha vez de arrepiar com aquela proximidade.
Virei meu corpo de frente a ele e segurei em seus braços, mas não por muito tempo, já que logo uma de minhas mãos foi parar em sua nuca e tratei logo de puxar o rosto dele para mim, fazendo nossos lábios colidir com certa força. Sem pensar duas vezes, fui abrindo meus lábios e senti fazer o mesmo e no instante seguinte senti a língua quente de tocar a minha em um beijo urgente, cheio de malícia e desejo. Eu sabia que não estava pronta ainda, mas naquele momento era o que eu queria fazer, queria me descobrir em , mesmo que tudo desse errado depois.
Estávamos enrolados nos lençóis, um de frente para o outro, enquanto acariciava meu rosto com o polegar e eu acariciava a curva de seu pescoço com as pontas dos dedos. Eu havia feito sexo pela primeira vez e também, e por incrível que pareça eu não estava arrependida como pensei que fosse ficar, estava zonza por causa da bebida, mas eu estava ali, nos braços do homem que eu amava, minutos depois de ter me entregado por completo a ele e nada mais me importava naquele momento.
Foi então que a porta do quarto foi arrebentada e dois policiais entraram no cômodo. Me escondi rapidamente atrás de debaixo dos lençóis.
- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou .
- Vocês tem dois minutos para se vestir e sair desse quarto – Respondeu o policial.
I don't know how I'll feel…Tomorrow. I don't know what to say…Tomorrow.

Estava sentada no banco duro e frio de uma cela de prisão, com os pés em cima do banco e abraçando minhas pernas, era essa posição que eu me encontrava e tudo o que eu queria era sumir daquele lugar. Ao meu redor, haviam mais pessoas, incluindo Deaton, Tiny e . O que mais doía não era o fato de eu estar presa com um bando de pessoas drogadas ao meu redor, o que mais doía era o fato de que eu cheguei a acreditar em , eu acreditei que tudo pudesse ficar bem, mas ao em vez disso, tudo desmoronou ainda mais sobre mim e eu já não conseguia sentir meu chão.
passou o braço em volta de meus ombros, de certa notou a situação em que me encontrava, mas eu simplesmente não conseguia mais aguentar essa relação conturbada, então, eu tirei o braço dele em volta de meus ombros e me levantei, indo para o outro lado da cela. Sentei-me perto de uma garota com cabelo colorido, eu não fazia a mínima ideia de quem era ela, mas não me importava no momento, tudo o que eu queria era ficar longe dele.

Duas horas se passaram até que um guarda chegou até nossa cela.
- Senhorita ? – Perguntou, olhando para cada rosto que estava dentro da cela.
- Sou eu – Levantei a mão.
- Você está liberada, o restante permanecerá na cela – Disse ele, retirando do seu cinto um molho de chaves e destrancou a cela.
Assim que me levantei, vi levantar-se também.
- , escuta – Ele começou – Eu sinto muito, eu me sinto péssimo.
Continuei andando até a saída da cela sem dizer uma palavra sequer, mas quando o guarda a trancou novamente, eu olhei para dentro dela e vi totalmente desamparado, parecia que estava mais sem chão do que eu, mas eu não conseguia simpatizar com a sua agonia, com sua dor, eu estava anestesiada. Virei-me para o corredor e segui, sem conseguir dizer uma palavra para a pessoa que eu tanto amava e que me deixou nessa condição.
Its always been up to you, its turning around, its up to me. I'm gonna do what I have to do… Just don't.

Faziam exatamente três dias que eu não havia visto , pelo o que parece, ele ainda estava preso, então eu podia caminhar pelos corredores da escola com um certo alívio, mas ao mesmo tempo com certa agonia, uma mistura dos dois explodia dentro de mim e eu não sabia mais o que fazer ou para onde correr, eu tinha que encarar a realidade e a realidade era que meu namorado passou dos limites.
Assim que virei o corredor, vi ao longe. A princípio eu queria fugir, mudar de lado, dar meia volta e seguir outro caminho, mas um lado bem forte dentro de mim precisava vê-lo, saber como ele está, o que ele passou e quando eu percebi estava suficientemente próxima a ele, então eu fui dando passos lentos até chegar a ele.
- Você tem um minuto? – Perguntou .
- O que você quer?
- Eu quero saber como você está – Começou ele – Como você se sente depois de tudo o que aconteceu, porque as coisas aconteceram muito depressa e ficaram fora do meu alcance.
- Eu estou bem – Eu disse.
- – Ele tentou segurar meus braços, mas eu me afastei antes que ele pudesse fazê-lo – Me desculpa, eu sou o pior namorado do mundo, eu não deveria ter te levado em casa, eu não deveria ter deixado você beber e não deveríamos ter dado um passo a mais em nossa relação, não estávamos prontos.
- Quer saber, ? É tudo sempre sobre você! Eu tenho vivido na sua sombra por muito tempo, nossos assuntos é somente sobre você e os seus parceiros de crime, quando ficamos sozinhos somos interrompidos ou por eles ou pela polícia, você nunca cumpre o que promete e obviamente não quer sair dessa vida, então quer saber do mais? Pra mim já deu – Meu tom de voz era alto e eu não estava dando a mínima se haviam pessoas ouvindo.
- , não faça isso, nos dê outra chance, me dê outra chance, eu posso consertar isso – disse praticamente implorando.
- Não, você não pode. Eu não acredito mais em você.
Assim que terminei de falar, virei-me de costas e comecei a caminhar de volta de onde eu tinha vindo. Eu sei que havia sido dura com ele, mas no momento eu me sintia assim, sem paciência para outro drama na minha vida, embora meu coração estivesse apertado, minha mente estava no lugar, e essa sensação veio para ficar.
Give me a little time, leave me alone a little while… Maybe its not too late.

Eu estava trabalhando em um projeto de teatro da escola há um mês, isso me distraía de pensar em ou ir falar com ele e sim, não nos falamos mais durante o mês inteiro e isso doía em mim mais do que eu podia imaginar. Eu realmente o amava, mas eu precisava de um tempo só para mim, tudo ocorreu rápido demais, aquela noite realmente arruinou uma parte dentro de mim, uma parte que eu implorava para que voltasse ao normal, mas por mais que eu tentasse eu simplesmente não conseguia.
- , precisamos de você na sala de customização – Uma colega me disse e eu acenei positivamente com a cabeça e me dirigi até a sala.
Adentrei a mesma e notei que ela estava mais escura do que o normal, então, procurei por um interruptor, pois eu praticamente não enxergava mais nada, foi então que as luzes se acenderam sem que eu fizesse nada e quando olhei para frente eu o vi. estava parado com uma das roupas da peça e me encarava seriamente.
- O que está fazendo aqui? – Foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça.
- O garoto que fazia esse papel não pode vir, então eu estou aqui para substituí-lo – respondeu ele.
- Ótimo – eu disse, me virando para sair daquela sala.
- Eu disse para a sua colega mandar você vir aqui para que eu pudesse te ver – Ele disse antes que eu pudesse sair.
- Me ver? Pra que?
- Eu sei que já te pedi desculpa antes, mas eu estou novamente aqui para te pedir de novo. Estávamos bêbados e o que fizemos foi burrice porque fizemos naquelas condições, mas eu não quero fingir que nada aconteceu porque eu fico feliz que a minha primeira vez tenha sido com você.
As palavras de rodavam em minha cabeça, me atordoando, acho que era pelo excesso de informação recebida de uma vez só. Levantei meu rosto e olhei para ele, eu não tinha mais condições de ser má com ele novamente, eu o amava e era tão claro como água, então, para que ficar fugindo de meus sentimentos se ele também passou pelo o mesmo que eu passei?
- ? – Eu disse baixinho.
- Sim? – Ele respondeu.
- Eu fico feliz que a minha primeira vez tenha sido com você também – Eu sorri, sim, eu simplesmente sorri.
- Tem mais algumas coisas que eu preciso falar pra você - disse, chegando cada vez mais perto de mim.
- O que? – Perguntei, observando cautelosamente cada passo dele.
- Eu entreguei Deaton a polícia e conversei com meus pais e eles arrumaram um apartamento para eu morar e conseguiram um emprego para mim em uma empresa de um amigo da família – finalizou e também sorriu, ficando próximo o suficiente para poder levar uma das mãos em meu rosto e tocá-lo com delicadeza.
Fechei meus olhos por alguns segundos ao sentir seu toque gentil em minha pele e suspirei aliviada, ele havia mudado durante esse mês em que não nos falamos, finalmente estava começando a fazer as coisas certas como eu sempre torci para que ele fizesse.
- Você fez tudo isso? – Perguntei baixinho novamente.
- Sim, em parte eu fiz isso por mim, mas especialmente por você.
Eu não conseguia mais me controlar, eu queria gritar ou até dançar naquele momento, então eu segurei o rosto de em minhas mãos e uni nossos lábios. Senti abrindo seus lábios lentamente e comecei a abrir os meus e então senti a língua quente de entrelaçar na minha em um beijo urgente, me trazendo a memória o gosto dos lábios de novamente, como eu senti falta disso. As mãos dele foram parar em minhas coxas e no instante seguinte, ele me levantou em seu colo e sem pensar duas vezes, envolvi minhas pernas em volta de sua cintura. Levei umas das não até seu cabelo perto da nuca e entrelacei meus dedos nos fios do mesmo e os puxei com certa força, enquanto era carregada por pela sala. No instante seguinte, ele me colocou sentada em uma das mesinhas que estava na sala e posicionou seu corpo entre minhas pernas. sugou meu lábio inferior sem delicadeza e em seguida senti suas mãos subindo lentamente em minhas coxas. Comecei a descer meus beijos de seus lábios até seu pescoço, sem desgrudar meus dedos de seus cabelos, quando ouvimos a porta da sala abrir e ambos paramos e olhamos na direção da mesma.
Tiny entrara na sala com um canivete em uma das mãos e assim que o vimos, tratou logo de me colocar no chão e ficou com seu corpo na frente do meu.
Eu estava tão apavorada naquele momento, quanto o dia em que os policiais entraram no quarto de , então apenas apertei minhas mãos em volta dos ombros dele e fiquei escondida atrás do mesmo.
- Como você pode fazer isso? Como você pode denunciar Deaton? – Tiny dizia, ficando cada vez mais próximo de nós.
- Ele precisava ser parado, Tiny, você mesmo sabe disso – disse em um tom suave, tentando acalmar Tiny, que tremia com o canivete na mão.
- Você não entende, ele era como um irmão para mim. Quando perdi meu pai, minha mãe começou a beber e cada dia estava com um namorado novo, ele me acolheu, ele foi como uma família para mim e agora ele está preso - Tiny dizia entre lágrimas.
- Você não precisa mais dele, Tiny – Começou – Eu posso te arrumar um emprego na empresa onde comecei a trabalhar, podemos superar isso juntos.
- Eu não sei – Tiny disse.
- Tiny, o que você vai ganhar ferindo a mim ou a ? – perguntou.
- Nada.
- Então – foi chegando mais perto de Tiny e segurou a mão que o mesmo segurava o canivete – Vamos nos livrar disso de uma vez por todas – Finalizou , tirando o canivete da mão de Tiny.
- Vai dar tudo certo, não vai? – Perguntou Tiny para .
- Claro que vai – Disse de uma maneira confortante.
- Me desculpem por isso, eu já vou – Tiny se desculpou e saiu da sala, deixando e eu a sós de novo.
Segurei pelos braços e o virei de frente a mim e logo em seguida segurei em seu rosto, fazendo-o olhar para mim.
- Obrigada por me salvar – Eu disse.
- Eu tive tanto medo de alguma coisa acontecer – Disse .
- Mas não aconteceu e você salvou a todos nós, você foi o nosso herói.
- Obrigada por me fazer sentir melhor e por nos dar outra chance.
- Enquanto houver razões, sempre haverá chances, – Sussurrei e sorri para ele – Agora vamos, porque você tem uma peça a ser feita e estarei na primeira fileira observando você.
- Eu te amo, .
- E eu te amo, .
Ele selou nossos lábios novamente e dessa vez, tudo estava no lugar onde deveria estar. Agora era um novo começo para uma antiga história, o começo certo, onde eu podia confiar de novo, onde eu podia amar.
Tomorrow it may change




Fim.


Nota da autora: Olá, essa é a minha primeira ficstape/shortfic em anos de uso do site, espero que gostem. Eu fiquei tão feliz em conseguir essa música, porque Tomorrow é a minha preferida desse album da Avril e eu realmente espero que vocês tenham gostado da história e quem não conhece ainda a música, corre ouvir que é maravilhosa. E para quem quiser acompanhar mais do que eu escrevo é só visitar Wildest Dreams . Um beijo a todas!


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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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