Última atualização: 20/06/2018

Prólogo

Eu estava nervoso sobre aquilo, minhas mãos tremiam e sentia que a boca do estômago estava borbulhando, como se eu estivesse passando mal. Antes de chegar ao topo da colina, notei-a lá em cima. Ela andava por entre as plantações baixas de trigo que haviam sido colhidos antes do inverno começar. Respirei fundo e subi um pouco mais, vendo-a sorrir para mim.
- Olha quem está aqui! – Ela abriu um largo sorriso. – O novo rockstar do Canadá! – Ela abriu um largo sorriso que fez com que meu peito doesse e abriu os braços para mim. – Como foi em Montreal? - Ela perguntou.
- Foi tudo certo. – Abracei-a fortemente e ela deu um curto beijo em meus lábios.
- Eu senti sua falta! – Ela sorriu e eu acariciei seu rosto por um momento. – Então? Cadê o CD? Já está contigo? – Puxei o CD do bolso da frente do casaco, esticando a ela. – Oh meu Deus! – Ela falou animada, vendo a cópia do primeiro CD da minha banda. – Ah, está lindo! – Sorri. – Isso está sensacional! – Ela falou alegre. – Está muito legal mesmo! – Ela puxou o encarte, começando a folhear o mesmo. - As fotos estão engraçadas. – Ela riu.
- Eu preciso falar contigo. – Falei e ela ergueu o rosto para mim.
- Você não parece bem. – Ela me entregou o CD de volta.
- É seu, pode ficar! – Ela falou feliz, guardando o CD no bolso da frente do casaco também.
- O que aconteceu? – Ela perguntou, colocando as mãos no braço. – Não gostou de Montreal? A gravadora? A banda brigou? – Neguei com a cabeça.
- Não, não! Está tudo bem com a gravadora, com a banda. Foi muito legal! – Ela suspirou. – A gravadora acha que precisamos já emendar uma turnê para aproveitar o lançamento do CD.
- Mas isso é muito bom, ! – Ela sorriu. – A gravadora é pequena, então vocês precisam se divulgar o mais rápido possível.
- Eu vou ficar dois anos fora, . – Falei e notei que ela travou por um momento.
- Dois anos? – Ela repetiu. – Nossa! Isso é bastante tempo! – Ela se aproximou do tronco de árvore caído e se sentou no mesmo.
- Vamos começar pela Europa, Oceania e, se der certo, vamos para as Américas. – Ela não escutava mais, havia se isolado em seu mundinho.
- Mas são dois anos... – Ela suspirou. – E a gente?
- Eu pensei que você apoiaria isso.
- Eu apoio, ! – Ela se levantou rapidamente. – Você sabe que eu sou a única pessoa que te apoia, mais do que a sua família. – Ela balançou a cabeça. – Mas dois anos... – Suspirei, cruzando os braços.
- Eu poderia te chamar para ir, mas eles não querem namoradas na turnê. – Falei.
- Imagino por que. – Ela foi irônica, cruzando os braços.
- Você não confia em mim? – Perguntei.
- Sendo bem honesta? – Ela falou e eu revirei os olhos. – Não me entenda mal, , mas são dois anos. A gente muda de um dia para o outro, imagina em dois anos. – Ela suspirou.
- O que você quer dizer com isso? – Ela deu de ombros, se levantando novamente.
- Você me diz. – Ela falou. – Eu acabei de conseguir um emprego na escola, eu gosto de Mahone Bay, eu não vou a lugar nenhum. – Assenti com a cabeça. – Em dois anos eu ainda estarei aqui. – Ela deu um pequeno sorriso.
- Ok... – Balancei a cabeça. – Eu acho que talvez seja bom para decidirmos nossos sentimentos...
- Você! – Ela falou. – Eu sei o que eu sinto.
- Talvez eu não... – Ela mordeu o lábio inferior. – Eu não preciso tanto assim de você. – Ela soltou um suspiro e fez o mesmo movimento com os olhos como quando ela quer segurar o choro.
- Então acabou. – Ela deu seu sorriso sarcástico. – Boa viagem, boa turnê, que você faça sucesso e blá, blá, blá. – Ela falou, puxando o CD com força do bolso e batendo com o mesmo em meu peito.
- ! – Gritei por ela.
- Não! – Ela falou. – Você escolheu isso. – Ela apontou o dedo em meu rosto e suspirou em seguida. – Quer saber? – Ela pegou o CD de volta. – Quem sabe não valha alguma coisa no eBay daqui alguns anos? – Ela suspirou, começando a descer a colina.
- ...
- Não venha atrás de mim. – Ela gritou e começou a correr colina abaixo novamente.


Capítulo Único

- Valeu, cara! – Falei para o motorista. – Até mês que vem. – Desci do ônibus com minha mochila nas costas e o case do violão na mão e respirei o ar congelante de Mahone Bay depois de um bom tempo sem pisar nessa cidade.
Vi o ônibus da minha banda saindo pela cidade e pensei por alguns segundos em ligar para alguém vir me buscar, mas me lembrei de que a cidade era minúscula e coloquei minhas botinas para andar por entre as ruas cobertas de neve.
Andei menos de cinco quarteirões até chegar à cerca da minha casa e sorri, empurrando a mesma, com dificuldade por causa da neve acumulada na entrada e fechei-a, parando na porta de casa e coloquei o case no chão, procurando minhas chaves. Coloquei-a no buraco da porta e empurrei a mesma, soltando minhas coisas e entrando em casa.
- Mãe? – Fechei a porta, começando a andar pela casa. – Tem alguém aqui? – Olhei nos dois quartos que estavam vazios. – Mãe? – Segui para os fundos.
- Quem está aí? – Ouvi sua voz respondendo e entrei na cozinha.
- Quem mais te chama de mãe? – Brinquei e ela abriu um largo sorriso.
- Ah meu Deus! Meu menino está em casa! – Ela sorriu, desligando as bocas do fogão e me abraçando fortemente. – Ah que saudades que eu estava de você, me querido. – Ela me apertou forte e eu fiz uma careta com isso. – Me deixa olhar para você. – Ela me segurou pelos ombros. – Como você está bonito, querido! – Ela sorriu. – Só está magro demais. Não tem comido? – Soltei uma risada fraca.
- Isso é músculo, mãe! – Falei. – Estou malhando. – Ela riu.
- E como está meu rockstar? Vi que vocês foram um sucesso por todos os lugares que passaram. As músicas não param de tocar na rádio. – Assenti com a cabeça.
- A gravadora já encomendou o segundo CD, vamos começar a trabalhar em março. – Ela sorriu.
- Que bom, querido! – Sorri. – Mas pensei que não viesse passar o Natal em casa, você disse que a banda estava pensando em ir para as Bahamas ou sei lá que país lindo e maravilhoso. – Ri, abraçando-a de lado. – Veio ver sua velha?
- Ah, mãe! Para! Até parece que 50 anos é velha. – Ela riu.
- Você que pensa que não! – Ela retrucou e eu ri.
- Na verdade, eu vim atrás da . – Ela colocou as mãos na cintura.
- O que você veio fazer com essa menina, querido? Não acha que já magoou a demais, não? Terminando com ela de repente e partindo por dois anos?
- Eu sei, mãe! Eu fiz besteira e eu percebi isso agora, eu não posso voltar atrás e consertar meus erros, mas eu posso tentar ganhá-la de volta. – Falei e minha mãe suspirou.
- Como você pretende fazer isso, querido? – Puxei o objeto em minha mão e coloquei a caixinha na mesa.
- Eu vou pedir para ela casar comigo. – Falei e minha mãe arregalou os olhos.
- Meu Deus, ! – Ela falou surpresa, observando o anel dentro da caixa. – É lindo, querido, mas dois anos é muito tempo. – Assenti com a cabeça.
- Eu sei, mas eu preciso tentar! – Falei, suspirando.
- Boa sorte, mas quero que você saiba que nem se você recitar uma das suas músicas mais bonitas, você não a merece. – Suspirei.
- Valeu, mãe! – Assenti com a cabeça. – Era o apoio que eu estava precisando.
- Sempre que precisar, vacilão! – Ri irônico, sabendo que ela estava certa e voltei para a sala, pegando o telefone no gancho.
Pensei por alguns segundos, não porque eu tinha esquecido seu telefone, mas porque minha mãe tinha toda razão. Eu havia usado a ridícula desculpa de farrear e aproveitar a vida de roqueiro e havia esquecido o que mais importava. Nos primeiros seis meses eu fui muito bem, acho que era o orgulho e atenção que inflavam meu ego e me deixavam como se eu tivesse feito à coisa certa. Só que os outros 18 meses tinham sido infernais, minha banda queria me jogar do ônibus de turnê quando eu começava a falar dela, mas pelo menos tínhamos músicas boas para o próximo álbum.
- Alô? – Ouvi sua voz do outro lado da linha e engoli em seco.
- Sou eu! – Falei, ouvindo um bufo do outro lado da linha. – Não desliga! – Falei.
- O que você quer? – Ela perguntou e notei toda mágoa na voz novamente. O que, de certa forma, era bom, porque eu poderia tentar reconquistá-la.
- Podemos nos encontrar? – Suspirei.
- Por quê? – Ela perguntou.
- Eu percebi que errei quando disse que não precisava de você. Era uma grande mentira. Eu sinto sua falta e preciso de você. – Falei suspirando. – Estou em casa, pode me encontrar no nosso lugar? – Suspirei, esperando sua resposta.
- Eu tenho vários compromissos hoje, não sei se vai ser possível. – Ela falou e eu suspirei.
- Tente, por favor! – Falei, suspirando. – Se você for, deixa a luz acesa para eu saber que está lá!
- Ok! – Ela falou e a linha ficou muda, me deixando sozinho novamente.

Saí de casa e observei a lua alta no céu. Segui pela rua perpendicular à minha casa e olhei no topo da colina, abrindo um largo sorriso. Por meio daquele acumulado de neve, uma pequena lamparina brilhava.
Coloquei as mãos no bolso, vendo o ar branco sair de minhas narinas e segui pela rua. Parecia que Mahone Bay estava mais frio do que eu me lembrava. Senti meus pés afundarem na grama acumulada da colina e comecei a subir, vendo a pequena lamparina ficar cada vez mais perto.
Eu realmente não sabia o que eu faria quando chegasse lá. O peso daquela pequena caixinha me deixava mais nervoso, mas eu sei que ela não tinha dever nenhum em aceitar. Sim, namoramos desde o ensino médio, quando nos conhecemos na escola da cidade vizinha, já que aqui não tem ensino médio.
Namoramos por oito anos e casamento era o próximo passo. Isso era simples, fatídico e óbvio. Mas eu havia caído na lábia do pessoal da minha banda que não podíamos levar namoradas na turnê. Pior que eu nem podia pedir para ela me esperar por dois anos, não seria justo, apesar de que agora, eu sei que ela esperaria. Eu queria voltar de onde paramos, mas dessa vez queria que ela me acompanhasse onde quer que eu fosse, ou melhor, que pelo menos me deixasse segui-la.
Bufei frustrado e observei-a encapuzada, sentada no tronco da árvore velha que estava ali desde antes de começarmos a namorar. Ela não me parecia diferente desde a última vez que eu a vi exatamente nesse mesmo lugar. Os cabelos estavam escondidos dentro do capuz, mas aquele rosto, aqueles olhos, aqueles lábios... Como eu senti falta.
- Ei! – Falei, chegando ao topo e ela se levantou.
- Oi! – Ela respondeu com um sorriso de lado.
- Como você está? – Perguntei, me aproximando dela e ela deu dois passos para trás e eu suspirei. Não éramos mais a mesma coisa.
- Eu estou bem. – Ela assentiu com a cabeça. – E você?
- Tudo certo! – Falei.
- Eu te vi na TV esses dias. – Assenti com a cabeça. – Música nova, clipe novo, algo assim.
- O que achou? – Perguntei e ela deu de ombros.
- Você sabe que eu gosto das suas músicas. – Ela sorriu. – Mas, me diga, o que está fazendo aqui?
- Antes que eu diga o quão arrependido eu estou por todos esses anos, eu quero saber se você está solteira. – Ela franziu a testa.
- Eu estar solteira afeta seu arrependimento? – Ela perguntou.
- Não, mas se tiver alguém na sua vida, eu preciso mudar meu discurso. – Falei, suspirando.
- Por que teria? – Suspirei.
- Porque você estaria feliz e teria esquecido esse idiota que te magoou. – Ela assentiu com a cabeça.
- Seria uma boa! – Ela suspirou. – Mas não. Você não deu essa sorte. – Ela cruzou os braços, dando um sorriso de lado.
- Ok, eu vou falar então o que eu preparei. – Ela assentiu com a cabeça e eu puxei suas mãos, segurando as mesmas. – Você pode me bater, falar que nunca mais quer me ver na vida, mas ouça o que eu tenho a dizer antes. – Falei.
- Estou ouvindo. – Ela falou, puxando as mãos para si e cruzando-as novamente.
- Eu e você estávamos acostumados com nossa vida aqui em Mahone Bay e acabávamos sempre criticando um pouco sobre ela, sobre como poderíamos sair e fazer nossas vidas lá fora, descobrir as maravilhas do mundo. – Ela assentiu com a cabeça. – Eu fui e eu descobri que Mahone Bay ainda é o melhor lugar do mundo. – Suspirei. – Porque você está aqui. – Ela suspirou. – Eu já estive em Londres, Paris, Austrália, Roma, Nova York, Los Angeles, até em Baton Rouge, não me pergunte onde é isso, mas é uma cidade muito boa. – Ela sorriu e eu respirei fundo. – Eu conheci muitas pessoas poderosas, mulheres poderosas que nos ofereceram coisas que nós não estamos acostumados: dinheiro aos montes, carros, roupas de marcas. – Balancei a cabeça. – Melhores casas, boates, enfim... Tem muita coisa suja aí no meio, mas têm muitas pessoas bonitas, interessantes, mas ninguém me fez sorrir como você, ninguém foi como você. – Sorri. – E não se preocupe, eu não fiquei com ninguém, porque meu coração é seu. – Ela soltou um suspiro alto e eu coloquei a mão no bolso do casaco, puxando a caixinha. – Casa comigo, ! Vive essa vida louca comigo. – Ela arregalou os olhos. – Eu sei que eu fui o maior idiota do mundo, mas eu só pensava em voltar e ficar contigo. – Ela tinha travado. – Eu não via a hora de voltar para cá e ver você toda linda, com as bochechas congeladas e as mãos afundadas quase até o chão no bolso desse casaco. – Ela riu, sorrindo em seguida. – Sem seu amor eu fico louco, quero gritar para todo mundo quanto que eu sinto sua falta. – Abri um sorriso. – Eu prometo que não vou te abandonar de novo. – Falei. – Sem você eu não sou nada. – Suspirei. – E aí? O que me diz? – Estiquei a pequena aliança para ela. – Eu andei pelo mundo inteiro e vi várias coisas, mas meu lugar favorito no mundo ainda são seus braços. – Ela sorriu, balançando a cabeça.
- Você é um tonto, ! – Ela falou e eu engoli em seco. – Você me deixa sozinha por dois anos sem notícias nenhuma, me deixando pensando no que eu tinha feito para você não me querer mais. – Assenti com a cabeça.
- Eu sei, eu errei...
- Eu falo agora! – Ela me cortou e eu assenti com a cabeça. – Agora você vem e pede para eu casar contigo? – Suspirei. – Você quebrou meu coração quando eu pensei que já estivéssemos finalmente para casar, criar família e sair pelo mundo juntos. – Ela riu fraco. – Mas sabe o pior de tudo? – Ela suspirou. – Eu sabia que você voltaria. – Ela falou me surpreendendo. – Você sempre volta, ! – Ela sorriu. – Eu ainda tenho seu coração e você ainda tenha o meu. – Ela se aproximou de mim, tirando as mãos com luvas do bolso do casaco. – Você não consegue fugir de mim ou de Mahone Bay, . Você é meu. – Suspirei, colocando a mão livre no rosto. – Sim, eu caso contigo! – Abri um largo sorriso e ela pegou a aliança na caixa e colocou em seu próprio dedo, me fazendo rir. – Eu enfrento tudo o que precisar por nós dois. Mas se você se atrever a olhar para outra pessoa, vamos ter que nos resolver em casa. – Gargalhei, me aproximando dela e colando nossos lábios fortemente, nos separando com a mesma rapidez para puxar o ar gelado para o peito.
- Eu te amo. – Falei e ela sorriu.
- Eu sei! – Ela disse, me fazendo rir e me calou com um beijo.

- Você está pronta? – Perguntei.
- Tem certeza que não estamos fazendo tudo correndo? – Ela perguntou, respirando fundo.
- É sua decisão, amor. – Falei e ela respirou fundo, soltando o ar lentamente. – Podemos adiar, se você quiser. – Ela virou para mim, negando com a cabeça.
- Não! Vamos fazer isso. – Ela falou, me puxando pela mão para entrar no cartório central de Montreal, junto de nossas mães e minha banda.
- Olá, no que posso ajudar? – Um atendente nos parou.
- Nós viemos casar! – Falamos juntos, fazendo a atendente rir.
- Segunda porta à esquerda! – Ela falou e seguimos pelo corredor apressadamente.
- Oh meu Deus, é a The Band! – Minhas orelhas se atentaram quando ouvi algumas meninas conversando.
- Mais rápido! – falou, entendendo minha mensagem e demos passos largos até entrar na porta indicada, parando quando vimos uma fila ali e eu e a franzimos o rosto. – Moça... É por hora marcada mesmo? – Ela perguntou.
- Sim! – Falaram, alguns até bravos e nos entreolhamos.
- Somos os das 14:10. – Falei, conferindo nosso relógio.
- e ? – A juíza do outro lado da fila falou.
- Somos nós! – falou animada, me puxando em direção à juíza, cortando fila de todos os 12, 15 casais ali presentes.
- Vocês estão um pouco atrasados. – Ela falou e eu conferi o relógio.
- São 14:10 agora. – Falei, mostrando para ela.
- A essa hora já eram para estar presentes. – Ela falou, nos encarando e eu engoli em seco.
- Bom, mas estamos aqui na hora, pode nós casar? – perguntou e eu senti falta daquela pessoa espontânea.
- Trouxeram a licença? – Abri o paletó, tirando a licença um pouco amassada do casamento e entreguei para a mesma que me olhou estranho de novo, mas só suspirou alto.
- . – A mãe de entregou o buquê para ela que sorriu, segurando-o em frente ao corpo e o pessoal da minha banda ergueu os celulares para fotos.
- Estamos aqui reunidos para celebrar o casamento de e . – Segurei a mão livre de , olhando para ela. – Ao se apresentar perante esse cartório, essa decisão foi feita somente por vocês?
- Sim! – Falamos juntos, sorrindo.
- Estão prontos para se unir pelos laços do matrimônio e cumprir todos os direitos e deveres incluídos em um casamento? – Ela perguntou.
- Sim. – Repetimos novamente, sorrindo.
- Então, vamos lá! – Ela falou, me fazendo rir fraco. – , você aceita como sua legítima esposa, para amá-la, respeitá-la, protegê-la, apoiá-la na saúde e na doença, e será fiel a ela, enquanto vocês dois viverem? – Minha mãe me entregou a aliança e eu coloquei no dedo de devagar.
- Sim! – Falei, sorrindo para ela.
- , você aceita como seu legítimo esposo, para amá-lo, respeitá-lo, protegê-lo, apoiá-lo na saúde e na doença, e será fiel a ele, enquanto vocês dois viverem? – Ela pegou a aliança de sua mãe e colocou o buquê embaixo do braço, me fazendo rir, para colocar a aliança em meu dedo.
- Com certeza! – Ela sorriu.
- Vocês se comprometem a lembrar de que o amor, a confiança e a lealdade prevalecem como fundação para um casamento feliz e duradouro, com alegria e paz? – Ela perguntou para nós.
- Sim! – Falamos juntos, com largos sorrisos no rosto.
- Pelo poder investido em mim pela província de Quebec, eu vos declaro marido e mulher. – Ela falou. – Pode beijar a noiva. – Ela apontou para mim e sorriu.
Segurei o rosto de com as mãos e colei meus lábios nos dela delicadamente, ouvindo o aplauso de várias pessoas no cartório, incluindo os mal-humorados que queriam nos expulsar dali. Nos separamos lentamente e sorrimos juntos.
- Aqui está. – A juíza nos entregou um papel e assentimos com a cabeça.
- Para onde agora, senhora ? – Perguntei e ela sorriu.
- Para uma grande aventura! – Ela falou, esticando a mão para mim e sorriu.
- Vamos lá! – Falei e seguimos pelo lado contrário da fila novamente.
- Olha o buquê! – falou, parando na porta da sala e jogando o buquê para trás, viramos os rostos para trás para ver uma senhora mais velha pegar e sorrimos. – Sejam felizes. – falou sorrindo e seguimos para fora da sala, andando pelo corredor principal do cartório.
Observei alguns passos na minha frente com seu vestido branco até os joelhos e os pés com um all star branco também. Eu não estava diferente, usava um paletó por cima da blusa de banda que eu usava, jeans e all star também.
- Aqui, senhora ! – Benny da minha banda entregou uma jaqueta para quando passamos as portas do cartório. – Bem vinda à família! – .


Epílogo

- Pelo menos você está gostando de ser tradutora. – Falei, enquanto trocava de blusa.
- Gostando? Eu trabalho em qualquer lugar, contanto que eu tenha um computador, posso participar e aproveitar os seus compromissos e ainda continuo estudando. – Ela deu de ombros e eu passei o ponto por dentro da blusa, prendendo-o na parte de trás da minha calça.
- Vai tentar estudar outra língua agora? – Perguntei e ela deu de ombros.
- Vi um filme indiano esses dias e gostei bastante do hindu. – Virei para ela. – Talvez eu vá para esse lado. – Ri, balançando a cabeça e ouvi um barulho na porta.
- Vamos, ? – O agente da banda falou e concordei com a cabeça.
- Vamos! – Calcei os tênis rapidamente e estiquei a mão para , puxando-a.
- Vai lá arrasar. – Ela falou e eu puxei-a rapidamente para um beijo e ela sorriu, me empurrando para a porta.
Saí pela porta, encontrando meus parceiros de banda seguindo para o mesmo lugar escuro que todos. Nossos assistentes de palco começaram a distribuir nossos instrumentos e eu passei a alça da guitarra em meu ombro, ajeitei a mesma no ombro e vi logo atrás de mim. Ela assentiu com a cabeça e eu dei rapidamente outro beijo em sua testa e segui para frente do palco correndo.
- Estão prontos, Tóquio? – Gritei no microfone, ouvindo o pessoal do lado de fora gritar. – Vamos lá! – Falei, começando a tocar a guitarra rapidamente, vendo as cortinas se abaixarem e as luzes claras do holofote nos iluminarem, me fazendo sorrir.
Enquanto eu cantava ali, eu não conseguia me distrair muito da menina de vestido e jaqueta jeans que ficava escondida atrás da cortina, com aquele sorriso no rosto, os braços cruzados e movimentando os lábios como todo fã que conhecia todas as músicas de cor. Era diferente com ela aqui. Eu me sentia mais leve, poderoso e feliz, pelo simples fato de ser ela ali, me dando forças e motivos para continuar.




Fim



Nota da autora: Ficou curtinha, mas achei que ficou fofa e a cara da música, não é?! Tentei fugir da obviedade da música, mas foi mais forte do que eu. Então, achei legal pelo menos trocar o gênero do cantor para não confundir com a minha pp de Total Stranger
Apesar de tudo, espero que vocês tenham gostado! Não se esqueçam de deixar seu comentáriozinho aqui embaixo e caso tenha gostado e queira mais histórias minhas, acompanhe pelo grupo do Facebook
Beijos, beijos!





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