Última atualização: Fanfic Finalizada

Parte Um

Naquela noite, o bar não estava cheio. Quando se tratava de lugares discretos, Liana sempre acertava. As três amigas conversavam de alguma coisa e riam, enquanto esperavam os seus respectivos companheiros voltarem. Não era exatamente comum três homens saírem juntos para irem ao banheiro, mas desconfiava que Max tinha ido buscar mais bebida para Liana, e Peter tinha sido o único a ir de verdade no banheiro, enquanto o … - Ele vai cantar para você? - Bianca quem perguntou, apontando para o palco, atrapalhando a linha de raciocínio de . Ela não respondeu imediatamente. Virou o rosto em direção ao palco, vendo parado lá, ajeitando a corda do violão sobre o próprio corpo. Ela abriu a boca para dizer algo, mas desistiu. - Provavelmente não - respondeu, dando de ombros, totalmente despreocupada. - Karaokê é um hobby estranho dele. Peter e Max chegaram exatamente na mesma hora, o segundo entregando o copo de bebida para Liana. estava feliz que finalmente sua amiga mais cabeça dura se permitiu viver um romance. Max era louco por ela desde… bom, desde que ela se lembrava. Peter ainda não era nada sério de Bianca, mas os dois vinham se conhecendo havia um bom tempo.
- Ele está cantando para você? - Max questionou, fazendo receber uma expressão bastante convencida de Bianca por ter feito a mesma pergunta. A mulher coçou a bochecha, bebendo mais um gole do seu coquetel de frutas. Ela ia abrir a boca para responder a mesma coisa a Max, mas a voz de foi mais rápida. - Estou dedicando essa música a uma pessoa especial - ele disse, com um sorriso sincero e bobo nos lábios. Ele olhou diretamente para , piscando um olho para ela. - Espero que ela entenda o recado. Algumas pessoas riram. estreitou os olhos assim que a melodia da música começou a tocar, a letra sendo exibida logo atrás de , mas ele não olhava, mostrando que sabia cada pedaço da letra que estava cantando. - Ele está mandando uma indireta para mim? - perguntou. - Você está enrolando-o há três anos - Liana respondeu, fazendo os outros rirem e concordarem. - Não o julgo. - Eu não estou enrolando-o! - ela se defendeu, e, na sua opinião, foi bastante em vão. - Eu só estou…
- Adiando o inevitável? - Bianca completou.
desistiu, suspirando. Desde que tinha se separado daquele imbecil a quem chamava de marido, ela pediu um tempo para . O homem aceitou de bastante grado, mas se passaram três anos. estava esperando-a se decidir havia três anos; se contentando com pequenos beijos e carícias, mas nunca mais do que isso. Ele queria que ela estivesse preparada para engatar um outro relacionamento, mas não entendia mais o que ela queria. Três anos era tempo suficiente para superar alguém, não era?
Ele começou a cantar, a voz tão calma e melódica, mas, principalmente, transbordando a sua própria emoção. Tinha os olhos fechados, como se não tivesse criado coragem o suficiente para cantar olhando para a mulher que ele tinha reaprendido a amar.

Like the rain on a sunny day
There's a shadow behind your face
[Como a chuva em um dia ensolarado
Há uma sombra por trás do seu rosto]

Tell me what you're running from
I don't know what made you so afraid
[Me diga do que você está fugindo
Eu não sei o que te fez ter tanto medo]

Don't you know you got the best of me?
Yeah, you're everything I want
[Você não sabe que tem o melhor de mim?
Sim, você é tudo o que eu quero]

- Caramba, - Liana murmurou, bebendo um gole do líquido no copo que Max lhe trouxera. - Isso não é uma indireta. É uma direta mesmo. Os outros riram. expressou uma careta descontente para as amigas e seus companheiros, como se estivesse repreendendo-os por estarem se divertindo às suas custas. A mulher não iria admitir naquele momento, mas seu coração batia tão rápido e forte, que quase por um momento, a culpa a esmagou.
Não era o sentimento que queria transmitir para ela, claro que não. Ela sabia disso. Mas de repente tinha se dado conta que três anos era muito tempo para alguém esperar por uma resposta. Ela estava tão ocupada refazendo a sua vida depois do ex, e tão bagunçada na vida profissional, que não encontrou tempo para resolver uma questão tão simples como aquela. Ouvir cantar aquela música era como acordar para uma realidade da qual ela esteve fugindo o tempo todo.

Anyone can see
Anyone can see
Your heartache, heartache
[Qualquer um pode ver
Qualquer um pode ver
A sua mágoa, mágoa]

You can talk to me
It's more than skin deep
But I'm trying, yeah
[Você pode falar comigo
Vai além do que se vê
Mas eu estou tentando, sim]

- Eu não queria, não era… - murmurou.
Bianca e Liana a olharam preocupadas e os meninos ficaram em silêncio, observando, com a voz de de fundo.
Era verdade, como dizia aquela música. Qualquer um podia ver a mágoa que ela tinha do último relacionamento, não podia? era tão paciente e compreensivo que aquela mulher não conseguia ter o direito de achar que merecia ele.
- - a voz gentil de Bia a chamou. - O que quer que esteja pensando, tenho certeza que não é o que está dizendo agora. - Eu sou uma mulher patética - respondeu, virando o resto do líquido inteiro. - Estou enrolando um homem incrível há três anos, por medo de fracassar em outro relacionamento. Agora tenho certeza que ele acha que o problema é ele, mas nunca foi o problema, entendem? Ele é mais parte da solução, o problema sou eu.
- - Lia chamou dessa vez, trocando um olhar com Bianca. - Acho que você deveria dizer isso a ele.
não olhava para nenhuma das duas. Seus olhos estavam em , que agora, parecia ter criado coragem de abrir os olhos e a encarar diretamente, cantando o refrão.

Since we're alone
Yeah, you can show me your heart
If you put it all in my hand
[Já que estamos sozinhos
Sim, você pode me mostrar o seu coração
Se você o colocar na minha mão]
No, I swear
No, I won't break it apart
[Não, eu juro
Não vou parti-lo]

Since we're alone
Show me all that you are
[Já que estamos sozinhos
Me mostre tudo o que você é]

And if you get lost in the light
It's okay, I can see in the dark
[E se você se perder na luz
Está tudo bem, posso enxergar no escuro]

- Eu o amo - declarou. - Eu o amo tanto. E amo aquele pingo de gente que ele chama de filho como se fosse meu. Ela sorriu, com retribuindo o mesmo sorriso, continuando a cantar a música, finalizando-a. - Se eu dedicar uma música também, vou receber uma declaração assim? - Peter perguntou a Bianca, arrancando risadas da mesa, inclusive de .
- Não seja bobo - Bianca respondeu, batendo com o ombro contra o dele.
- Eu acho mesmo que você deveria dizer tudo isso a ele, - Liana esperou as risadas cessarem para falar. - Quero que você entenda que tudo bem sentir medo, mas que um relacionamento ter sido um fracasso não significa que você é. Algumas coisas dão certos, outras não. E você precisa parar de carregar uma culpa que não é sua.
piscou os olhos, percebendo que eles tinham lacrimejados e sorriu para as duas amigas, com seus namorados. Atrás dela, finalizava a música, mas ela continuava olhando para as duas amigas. Estendeu as duas mãos sobre a mesa, uma de cada lado; Bianca aceitou a mão esquerda do seu lado e Liana aceitou a direita. , em um gesto de carinho público, apertou suas mãos contra as delas. As duas retribuíram o aperto com a mesma intensidade, sorrindo. Max e Peter ficaram em silêncio, cada um abraçado à sua namorada, observando o momento. - Eu amo vocês - disse, recebendo a mesma frase em resposta das meninas. Ela soltou as mãos das amigas no exato momento em que um corpo sentou-se ao seu lado e ela sabia que era antes mesmo de virar o rosto para ele, devido ao seu perfume chegar antes do mesmo. Ela não disse nada imediatamente, tampouco ele. Os dois ficaram ali, olhando um para o outro em silêncio, como se não houvesse uma barulheira ao redor. As quatros pessoas ao redor da mesa também não ousaram quebrar o clima com sequer uma palavra. sentia-se eufórica, apavorada e feliz, tudo ao mesmo tempo, sem um anular qualquer outro sentimento. Antes, ela acharia que estar apavorada anularia os sentimentos bons, mas percebeu que ele fazia parte de ser uma coisa boa, não importava o que significava estar apavorada. - Acho que deveríamos passar um fim de semana fora - ela finalmente disse, entrelaçando sua mão na dele. - Juntos. Tecnicamente, estou viajando a trabalho, mas é só por um dia e depois podemos… - Tudo bem - concordou. Havia um sorriso sincero nos lábios dele. Ele acariciou a palma da mão de com o polegar, incapaz de admitir que estava assustado com a sua reação por dedicar uma música para ela em público - mesmo que fosse um público pequeno, afinal, aquilo ainda contava.
não queria ser o cara que pressionava por uma resposta, por um relacionamento. Ele jamais faria aquilo. Ele só queria que entendesse que estava tudo bem ter medo de algo e mesmo assim tentar. Então, olhando-a sorrindo naquele momento, um sorriso direcionado especial e unicamente para ele, tinha aliviava o seu coração. E parecia que, pela proposta da viagem, ela levou muito o estamos sozinhos da música ao pé da letra, mas ele não reclamou. - Tem certeza? - ela questionou, um pouco insegura. - Você pode dizer não. balançou a cabeça. - Putz! Depois do que acabei de fazer? - ele apontou para o palco atrás de si. - Eu acho que não. Ela riu gostosamente e beijou a bochecha dele, chamando-o de bobo. Ficaram conversando mais um tempo com os amigos, rindo e zoando de alguma besteira interna entre eles. não se sentia tão leve desde muito tempo, mas desconfiava que fosse por finalmente ter admitido para si mesma que amava . Ela ainda não tinha dito isso para o homem, mas secretamente estava planejando fazer, só não sabia como. Parecia que o espírito do romantismo tinha abandonado o seu corpo havia muito tempo, mas se tinha uma coisa que ela sabia como ninguém, era improvisar. - Nós temos que ir - ela avisou, olhando o relógio no pulso. - Mas já? - Liana questionou, desanimada. - Não são nem 23h! - O papai aqui não pagou babá noturna - apontou para . - Temos que liberar a April. E arrumar as malas, porque finalmente o fim de semana está chegando!
- Você vai trabalhar - Bianca lembrou, implicando com a animação da melhor amiga. - É só por um dia - respondeu, dando de ombros. - Além do mais… Ela usou uma voz misteriosa, mas foi interrompida antes de completar a frase. - Por favor, não façam um novo Theo! - Liana disse, arrancando gargalhada dos outros. - Você é tão inconveniente, Lia - murmurou, levantando-se e pegando a sua bolsa. fez um high-five com Liana, arrancando um revirar de olhos de , enquanto ela se despedia dos meninos.
- Posso impedir ela de te ligar o fim de semana todo - Max disse, resmungando quando Liana beliscou a sua coxa.
- Isso vai ser ótimo.
- Devo impedir a Bianca de ser empata foda também? - Peter indagou, recebendo um olhar de reprovação da morena. - Felizmente para mim, a Bianca não empata a foda de ninguém - respondeu. - Obrigada, docinho! - Bia respondeu. - De qualquer forma - também se levantou. - Não nos liguem. Vamos estar isolados para o mundo.
Então, despedindo-se mais uma vez, o quase casal retirou-se do local.


- Você não disse nada sobre… - tentou entrar no assunto, mas não completou a frase.
Faltava poucas quadras para que eles finalmente chegassem à casa dele e ainda não dissera uma palavra sobre o que ele tinha feito. Não que ele achasse que ela precisasse ter dito algo, mas seus pensamentos estavam sendo cruéis demais com o fato dela ter ficado silenciosa o tempo todo quanto ao assunto. Ela não tinha gostado? Tinha odiado? Detestou a atenção? A música?
- O karaokê? - questionou, olhando-o.
dirigia concentrado. Ele assentiu para a pergunta dela, mantendo os olhos fixos na estrada, como se não tivesse coragem naquele momento de observar a expressão dela. Céus, ele nem era inseguro daquele jeito.
- O que você quer que eu diga? - ela continuou.
mordeu a pele do lábio, ainda o encarando. Ela não sabia exatamente o que dizer. Tinha se declarado para ele na frente das amigas, mas não diretamente para ele. não ouviu as suas palavras, não ouviu a sua insegurança, não ouviu a sua confissão. Ela queria conseguir dizer tudo novamente, dessa vez só para ele, naquele mesmo momento, mas ele merecia mais.
- Eu não sei - ele deu de ombros, virando uma quadra. - Você gostou? - … - ela sorriu, um sorriso mínimo e sincero. Tocou o no ombro, acariciando a pele do homem, na intenção de acalmá-lo. - Você saberia se eu tivesse odiado.
Ele relaxou o corpo com o toque dela. Não disse uma palavra até ter estacionado o carro dentro da garagem da própria casa. No entanto, embora tivessem chegado ao destino, nenhum dos dois saiu do carro.
- Eu também gostaria de saber se você tivesse gostado.
retirou a mão do ombro dele e suspirou.
- Podemos conversar sobre isso depois? - pediu, tentando ganhar tempo.
Ela encontraria uma hora melhor em que pudesse declarar tudo àquele homem. Uma vez que tinha admitido para si mesma que o amava, era só uma questão de tempo até ele também saber. se certificaria disso.
- Tudo bem - ele acabou cedendo.
assentiu, saindo do carro logo depois dele. Os dois entraram pela porta dos fundos da cozinha, que era ligada à garagem. O som de uma risadinha infantil chamou a atenção de ambos e quando chegaram na sala, Theo estava tentando dançar na frente da TV, enquanto a babá o observava do sofá.
- Oi, fofinho - murmurou.
Theo olhou na direção deles, parando de mexer o corpo desajeitado e correu primeiro até , estendendo as mãos para ela. A mulher riu, pegando-o no colo, sentindo a diferença de quando ele tinha apenas meses para os três anos de agora.
A babá, percebendo a presença deles, levantou-se imediatamente do sofá.
- Senhor, peço desculpas. Eu sei que já passou do horário dele dormir, mas ele está muito agitado e…
- April, está tudo bem - a tranquilizou, com um sorriso gentil no rosto, enquanto Theo ria, tentando se desviar dos beijos de . - Você está dispensada. Aqui está.
Ele retirou a carteira do bolso, tirando a quantia certa de dinheiro, entregando-a seu pagamento.
questionou se ela precisava de carona, mas a babá negou, explicando que seu namorado a buscaria e se retirou, deixando o casal com o menino que estava cuidando há pouco. andou até o sofá, ainda com o menino no braço, e os acompanhou, desligando a música da TV.
- Por que ele está agitado? - questionou, deixando Theo no próprio colo.
Ele já sabia andar a àquela altura, mas ainda tinha dificuldades de formar frases, então na maior parte do tempo, ele não dizia nada. Uma fonoaudióloga o acompanhava, mas seu processo estava sendo lento.
- Acho que está ansioso - respondeu. - Ei, garotão.
Theo resmungou algo. Olhou para o pai e pulou para o colo dele, deixando encostar o corpo nas costas do sofá. Ela o observou, Theo agarrado ao corpo do pai, como se o cansaço tivesse pego-o de repente.
- Por causa da Amber?
- Sim - ele respondeu. - Faz um tempo que ele não a vê, mas ela vem buscá-lo amanhã.
Amber era a mãe de Theo. Eles sempre dividiram a guarda e Theo sempre passava uma semana com o pai e a outra com a mãe, mas Amber tinha precisado ficar um mês fora devido ao trabalho, então o menino ficou bastante tempo com o pai. Não que ele não gostasse; Theo adorava. era um pai incrível, na visão de , e faria tudo por aquele garoto, mas era inevitável uma criança não sentir falta da mãe que ficara tanto tempo fora. Ele andava bastante agitado e ansioso, como tinha demonstrado.
- Theo? - a mulher murmurou, acariciando as costas do mais novo. - Você quer um copo de leite?
O menino virou o rosto na direção dela, ainda abraçado ao pai.
- Gelado? - ele arriscou dizer, o tom de voz baixo e leve.
Ela riu.
- Como você quiser, fofinho.
O menino assentiu e ela concordou em fazer, levantando-se do sofá. Andou até a cozinha, ajeitando o cabelo em um rabo de cavalo firme. não demorou mais que cinco minutos na cozinha preparando o copo de leite gelado, como o mais novo tinha pedido. Ela voltou para a sala, entregando o copo a Theo, que pegou com uma empolgação genuína. Beber leite o ajudava a dormir.
- Obrigado - murmurou, apertando a mão dela contra a sua.
Ela dispensou o agradecimento dele com um sorriso.
Ficaria feliz em dizer que amava o filho dele como se fosse seu também.


Parte Dois

Dois dias depois, Los Angeles.

O clima na cidade estava bastante agradável, embora estivesse mais acostumado com o frio. Não estava um calor infernal, mas estava consideravelmente quente, o suficiente para ele se livrar dos dois casacos de tecido grosso e optar por ficar apenas de camiseta. O voo também não tinha demorado tanto. Eles tinham saído cedo e dormira a maior parte do tempo, alegando que não tinha dormido bem na noite anterior, devido ao acúmulo de trabalho. Marie, sua agente, não parava de lotar a sua agenda com coisas do livro, que tinha entrado em pré-estreia há mais de duas semanas.
- Eu sei que disse que passaríamos a tarde juntos aproveitando a cidade, mas minha entrevista foi adiantada - disse, suspirando de frustração. - Tenho que ir ao estúdio agora.
a olhou, com compreensão nos olhos. Ela tinha prometido um fim de semana só para os dois, mas também alertou que trabalharia por um dia inteiro, uma coisa que ela não tinha como fugir. E, mais do que tudo, aquele homem a entendia quando se tratava de trabalho, compromisso e viagens. Claro que ele não se importaria.
- Eu posso preparar um jantar mais tarde.
- Eu estava pensando em você vir comigo - ela convidou, fazendo uma expressão bastante determinada, como se aquela tivesse sido a melhor ideia. - E depois, eu mesma posso te compensar. Mais tarde.
- Você anda prometendo muitas coisas para mim ultimamente - ele murmurou, com um sorriso, aproximando-se dela.
a agarrou pela cintura, entrelaçando suas mãos ao redor da mesma, prendendo-a consigo. Ela lambeu os próprios lábios, mudando a sua expressão para uma muito convencida.
- Eu me orgulho do meu auto controle, é claro - disse, espalmando as mãos no peitoral coberto dele. - Mas acho que está na hora de mudar algumas coisas.
- E o que seria essas coisas? - ele arqueou a sobrancelha, interessado.
- Mais tarde, - sorriu. - Mais tarde.
Ele levantou as mãos, como se estivesse se rendendo. Ela aproveitou o momento e roubou um selinho dele, afastando-se em seguida, começando a se arrumar rapidamente. não precisava caprichar no visual, já que precisaria desfazer tudo no estúdio com a equipe de estilistas e maquiagem.
balançou a cabeça, sorrindo, observando-a por alguns segundos, desde que ela tinha se afastado, e depois seguiu os passos dela. Ficou com a mesma calça, trocando somente a camisa para uma de cor azul, sem estampa nenhuma. Ambos tinham tomado um banho quando chegaram no quarto do hotel, o que facilitou em poupar tempo.
- Marie chamou um táxi - a mulher informou. - Está nos esperando lá embaixo.
assentiu, passando somente os dedos pelos fios do cabelo, empurrando-os para trás. optou por um vestido simples e leve, com um salto pequeno e o cabelo amarrado - que ela soltaria na hora da entrevista.
Os dois saíram juntos, conversando sobre qualquer coisa do cotidiano dos dois. estava acostumado a aquela euforia de viagem, de precisar ir sempre ao estúdio de música, de ficar horas e horas trancado em um lugar ou na rua. Ser produtor musical exigia um pouco dele, mas finalmente ele conseguiu ter um pouco de liberdade, alguns dias de férias, e nada mais justo do que passar esse tempo com , já que Theo agora estava com a mãe.
O casal entrou no táxi. Não foi preciso informar o endereço, porque sua agente tinha se certificado daquilo e não demorou mais do que trinta minutos para eles chegarem ao estúdio de gravação. Pagaram a corrida e saíram do carro, mas não entrou imediatamente.
- Está nervosa? - questionou ao seu lado, encarando-a com uma expressão genuína.
A profissão dele não exigia entrevistas, autógrafos e nem discursos sobre qualquer coisa em um palco enorme para mais de mil convidados. tinha estudado jornalismo, mas não seguiu nenhuma área. Em algum momento de sua vida, ela se viu naquele meio social, de repente dando conselhos e conversando sobre relacionamentos com diversas mulheres através do Youtube, até evoluir. Desde a sua separação, ela tinha recebido propostas de criar podcast, um talk show solo e uma autobiografia.
- Um pouco - finalmente admitiu, deixando o ar sair pela boca.
O homem tocou o braço dela levemente, como se quisesse passar tranquilidade.
- Extraordinária, lembra? - ele disse.
virou o rosto, um meio sorriso para ele. Ela assentiu devagar, entrelaçou sua mão na dele e finalmente deu um passo direto para a entrada do estúdio.


- Por favor, recebam !
A apresentadora exibiu um sorriso simpático e animado, levantando-se de sua poltrona para receber a mais nova convidada do programa. também sorriu e entrou no palco, acenando para a plateia, que a recebeu com aplausos. Era ótimo, ela percebeu, poder finalmente usar o seu sobrenome de solteira, e não Johnson, que remetia a lembranças desagradáveis do homem com quem ela foi casada.
- Oi, Claire! - ela cumprimentou a apresentadora, dando um abraço rápido na mulher loira.
Claire retribuiu o seu cumprimento e apontou para um sofá que ficava ali somente para os convidados e sentou nele, com as pernas cruzadas, dessa vez usando um vestido longo elegante e azul. Seu cabelo estava com os fios soltos e seu rosto exibia uma maquiagem leve, deixando-a mais bonita ainda, segundo as palavras de .
- Antes de entrar em assuntos polêmicos… - Claire fez um suspense na voz com as palavras e a plateia riu junto com a convidada. - Sua pré-venda do livro está sendo um sucesso! Como você se sente?
- Para ser sincera, não consigo descrever essa sensação - respondeu, tentando buscar as palavras que melhor definissem uma resposta. - Mas é maravilhosa. Eu me sinto grata em saber que tem tanta gente interessada em adquirir o livro.
Ela se sentia mesmo. Tinha sido um ano inteiro de noites mal dormidas, de planejamentos e de escrita incansável. Ela trabalhara dia e noite naquele livro e agora estava colhendo os resultados dele. O processo tinha sido exaustivo, mas no fim, estava valendo a pena.
- Nós entendemos que a separação é um processo difícil. Seu discurso sobre isso é um dos vídeos mais acessados da internet - Claire introduziu.
- Sim - concordou com um sorriso. - Outra surpresa para mim.
- Como foi o seu processo de superação? - a apresentadora questionou.
pareceu surpresa pela pergunta, mas não demonstrou. Ela engoliu a seco, passou os olhos pela plateia e voltou a olhar para Claire.
- Superar qualquer relacionamento é como uma montanha russa - ela começou a responder. - Eu sei que é uma comparação meio tosca, mas é verdade. É uma montanha russa de sentimentos, porque um dia… você está no topo. No outro, você caiu. - todo mundo a ouvia com completa atenção e um silêncio absoluto reinou, sendo a voz dela o único som a ser ouvido. - Eu sei que meu antigo relacionamento tinha várias coisas erradas, totalmente fora do lugar e que me desestabilizou por completo, mas é inevitável não sentir falta. Parece que seu cérebro no momento é programado para te enviar somente as memórias boas, e não as ruins que você teve com tal pessoa.
Um murmúrio de concordância passeou pela plateia. Claire assentiu, como se explicasse que entendia sobre o que ela estava falando, mas não disse nada, deixando que continuasse.
- Os primeiros meses foram difíceis, eu admito - continuou, um sorriso fechado nos lábios, tentando não gesticular tanto com as mãos. - Mas eu superei. Tive pessoas incríveis ao meu lado que me ajudaram a passar por essa fase. É sobre esse processo que o livro fala e como não é o fim do mundo ficar sozinha.
A plateia aplaudiu, fazendo sorrir abertamente, aliviada e agradecida. Ela sentia o nervosismo toda vez que falava de uma experiência pessoal em um programa de TV, mas já conhecia Claire de antes, o que ajudou para que ela relaxasse um pouco e ficasse mais à vontade para responder qualquer coisa. As duas conversaram mais sobre o livro, respondendo a algumas perguntas das pessoas na plateia e esqueceu qualquer traço de nervosismo, começando a se divertir naquele meio.
estava ali, atrás das câmeras, no primeiro corredor, assistindo-a. Vez ou outra, seus olhares se encontravam e sorria só para ele, para em seguida, voltar a atenção na entrevista. Ela começava a pensar que podia se acostumar se sua nova rotina fosse aquela, embora também achasse que estava começando a sonhar muito alto.
- Senhoras e Senhores, para adquirir o livro “E por falar no fim” de , acesse o nosso site! Os 50 primeiros que comprarem, receberão 10% de desconto - Claire anunciou para uma câmera específica, fazendo a imagem de aparecer na tela atrás da apresentadora, bem ao lado da capa do livro.
Assim que terminou de anunciar o livro e a promoção, a apresentadora voltou sua posição para , ficando bem de frente para ela em sua poltrona confortável. Ela tinha um sorriso bastante animado no rosto e fez uma careta, tentando adivinhar o que a loira estava aprontando.
- Você pensa em se casar novamente? - Claire soltou a pergunta.
- Ah… - pega de surpresa novamente, riu, nervosa. - É uma pergunta interessante.
Ela mal tinha pensado em ter um namoro com , como ia chegar a pensar em casamento? Naquele momento, exatamente no mesmo instante em que ela estava ali e a assistindo do outro lado, sabia que tinha uma equipe no quarto do hotel, organizada por Marie, para deixar o ambiente mais… romântico. A mulher tinha planejado cada detalhe, desde trazê-lo ali até o que aconteceria mais tarde, como ela tinha exatamente prometido a ele horas antes.
Ele não sabia de nada, claro. Nem sequer desconfiava.
Para , tudo o que aconteceria era somente um jantar, e quem sabe, finalmente o sexo.
- Bastante interessante - Claire concordou. - Mas para te ajudar, vou pedir que a produção reproduza um vídeo, tudo bem?
Sem saber do que a loira estava falando, assentiu, concordando. A plateia também estava ansiosa para desvendar aquele ar de mistério que a apresentadora estava mostrando. A loira acenou a cabeça positivamente para alguém da produção e, em seguida, na mesma tela que antes aparecia a foto de e a imagem da capa do livro, um vídeo começou a ser reproduzido. Primeiro, a tela estava preta e o único som que saía era somente ruídos, mas logo em seguida, apareceu a imagem de um chão e foi subindo até o palco, onde estava Weiss, ajeitando o violão no corpo.
quase engasgou com a própria saliva. Não era problema nenhum para ela exibir , mas ela não imaginava que alguém fosse gravar aquilo e ainda postarem, porque seria essa a única maneira de Claire e o programa inteiro terem acesso ao vídeo.
- Estou dedicando essa música a uma pessoa especial - disse no vídeo, com o sorriso bobo nos lábios, exatamente como ela se lembrava. Ele olhou diretamente para , piscando um olho para ela e a câmera também acompanhou, mostrando-a sentada na mesa com as amigas e seus respectivos companheiros. A expressão da mulher era indecifrável, mas era claro que ela não esperava aquela declaração. - Espero que ela entenda o recado - ele finalizou, começando a cantar a música em seguida.
O vídeo terminou antes do homem terminar de cantar a música. riu mais uma vez, sem saber o que dizer quando Claire a encarou.
- Nós - a apresentadora apontou para si mesma e para a plateia. - Queremos saber, : quem é o sortudo?
- Ai, meu Deus - ela murmurou, soltando uma risada e cobriu o rosto com as mãos rapidamente. - Ele é muito tímido, gente. Tenho certeza que está me xingando baixinho agora mesmo.
Todo mundo riu e ela abaixou as mãos, ajeitando a própria postura no sofá.
- Certo - ela engoliu a seco, pigarreando. - O nome dele é Weiss. E ele… hum, está aqui agora.
Ela olhou diretamente para ele, que a olhava com os olhos totalmente arregalados e surpresos. Ela sibilou um “sinto muito” somente com os lábios na direção dele, fazendo o balançar a cabeça sorrindo.
- Aqui? Exatamente aqui no estúdio? - Claire questionou, olhando ao redor.
- Sim, me assistindo!
- Garota, então vá buscar seu homem! - Claire ordenou, arrancando risadas de todos presentes ali.
estava se divertindo como nunca, mas sua testa se franziu em preocupação de repente, percebendo que ele podia ficar desconfortável com aquela exposição. Mas atendendo ao pedido da loira, ela se levantou e andou pelo palco, até atrás das câmeras, chegando em , que andou o pequeno espaço até chegar nela.
- Tudo bem para você? - ela sussurrou somente para que ele ouvisse. - Vou entender se não quiser isso.
- E perder a chance de me exibir? - ele brincou.
Suas bochechas estavam vermelhas, indicando que apesar dele ter feito uma brincadeira, estava morrendo de vergonha. era tímido desde sempre. Quando chegou à faculdade, conseguiu diminuir um pouco aquela timidez, mas vez ou outra ele simplesmente não conseguia controlar. achava uma coisa linda que ele ainda conseguisse ficar corado em certas situações, mas nunca o zoava por isso.
Ela pegou a mão dele, entrelaçando na sua e o puxou consigo de volta ao palco, sentando-se no mesmo lugar de antes, dessa vez com ele ao seu lado. Weiss apertou seus dedos contra o da mulher, mas sorriu.
- Então… - Claire fez uma voz de suspense, recebendo risadas do público. - Você é o cara que confiscou o coração da nossa garota?
sorriu, tentando não ficar nervoso.
- Ele já tinha confiscado meu coração muito antes, sabe, na faculdade… - respondeu.
Seus olhos encontraram o de e ela apertou a mão dele discretamente de novo, tentando passar conforto e fazendo um pedido silencioso para que ele relaxasse. O homem realmente não gostava de exposição para milhares de pessoas. Era exatamente por aquele motivo que ele não seguiu a carreira de cantor.
- Na faculdade? - a apresentadora questionou, puxando o assunto de volta. - Isso pede um quadro especial, calma aí - Claire disse, virando-se para uma câmera específica. - Pessoal, sejam bem-vindos ao quadro Tell me a story, com e Weiss!
- Ai, meu Deus - murmurou e riu. - Não precisamos fazer parte desse quadro… Ok! - ela se interrompeu aos risos quando o público protestou. - Nós nos conhecemos há muito tempo. Eu gostava de e ele gostava de mim, mas… eu também gostava de outro.
estava mais relaxado naquele momento. Ele não achava que fosse se divertir fazendo parte de uma entrevista, mas ele estava se divertindo. Seu corpo inteiro deixou a tensão de lado e ele parou de apertar os dedos da mulher, usando o polegar somente para acariciar a palma da mão dela sobre a sua. Ele observava as reações do público entre risadas e murmúrios, enquanto a apresentadora conduzia a própria entrevista.
- Como eu estava muito dividida entre os dois, deixou o caminho livre e foi assim que eu acabei casando com o outro - continuou.
percebeu que ela evitava falar o nome do ex. Em qualquer lugar, ela não mencionava o nome dele, mesmo se precisasse, e ele não se incomodava com isso.
- Você deixou a garota ir? - Claire perguntou diretamente para , que riu.
- Eu a amava, e ainda amo - ele disse, corrigindo a frase logo em seguida, recebendo uma exclamação apaixonada do público. sentiu algo vibrar dentro de si com aquela declaração tão genuína e verdadeira, mas não disse nada. - Mas naquela época, eu não era um bom competidor. Para facilitar e ela não precisar ter que escolher entre os dois, eu acabei escolhendo por ela.
- Mas como você sabe, Claire, a vida é uma coisa espertinha e nos juntou de novo - completou, mostrando as mãos deles entrelaçadas.
- Vocês vão derreter o público desse jeito - a apresentadora comentou divertida, depois da plateia suspirar novamente e o casal riram juntos. - Então, vocês estão namorando?
- Ah… - lambeu o lábio, sem graça. Ela sabia que aquela pergunta poderia surgir, mas nem assim conseguiu preparar uma resposta imediata. não ousou abrir a boca, de propósito, como se estivesse ansioso para saber a resposta dela. - Ainda não é um namoro.
Ainda.
Ele sabia que era tolice se prender a aquela palavra, mas havia um tom de esperança na voz de . O ainda indicava que eles não estavam namorando agora, mas… quem sabe em um futuro próximo?
Um futuro próximo demais?

A entrevista tinha sido um sucesso.
Claire tinha tentado arrancar mais coisas sobre a história dos dois e questionado mais sobre o porquê ainda não estar namorando aquele homem. Ela queria responder que era só uma questão de tempo, que ela estava planejando algo, mas não podia. Não queria que desconfiasse de alguma surpresa. Ela estava ansiosa e um pouco nervosa até. Não tinha experiência em preparar aqueles tipos de surpresas românticas, seu último relacionamento não era assim.
- Podemos ir jantar? - questionou.
Ele apareceu na porta do camarim compartilhado, mas ela estava sozinha lá dentro. A mulher o olhou, pegando o celular, digitando rapidamente uma mensagem para a sua agente.
- Ah… podemos jantar no quarto do hotel? - ela indagou, tentando fazê-lo aceitar a sua ideia. - Estou um pouco cansada para sair.
Ele juntou as sobrancelhas, desconfiado.
- Isso faz parte da sua promessa do mais tarde?
sorriu com a pergunta. Recebendo um “tudo ok” de resposta de Marie, ela guardou o celular e levantou-se.
- Preparei uma surpresa - ela sussurrou, parando bem na frente dele. - O jantar é por minha conta. E eu posso ser a sua sobremesa.
Ela piscou um olho para ele. abriu a boca para responder, mas não saiu nada e riu de sua reação.
- Vamos logo - a mulher disse, pegando-o pela mão e puxando-o para finalmente saírem do estúdio.
- Meu Deus, - murmurou, enquanto ainda era arrastado por ela pelos corredores até o táxi. - Você ainda vai me matar.
Ela gargalhou gostosamente.


Parte Três

- Você organizou isso tudo?
O quarto estava totalmente decorado. Não totalmente, mas boa parte dele. A mesa de jantar, forrada com um pano branco de tecido fino e elegante, que fazia parte da decoração do quarto do hotel, estava enfeitada com uma jarra de margaridas no centro, um prato de cada lado e taças de vinhos sobre a mesa. As cadeiras estavam de frente uma para a outra e, bem do outro lado, havia uma mesa pequena com pratos tampados, contendo o jantar pronto. O ambiente tinha um aroma agradável e todas as luzes estavam apagadas, exceto as dos abajures.
- Eu queria dizer que sim, mas não - respondeu, o rosto expressando uma careta descontente ao olhar o ambiente. - Pedi para Marie.
Ela tinha gostado do resultado. E pelo olhar de , ele também tinha gostado. retirou os sapatos dos pés e se livrou das suas coisas, deixando tudo no sofá. a imitou, tirando os próprios sapatos também.
- Jantar ou banho primeiro? - ele jogou as opções.
Sentindo o cheiro de comida, ela soube imediatamente o que escolher.
- Estou morrendo de fome - declarou.
riu, concordando. Beliscou a cintura dela de leve e ambos foram até a mesa pequena, que guardava o jantar. Quando retirou as tampas, percebeu que o jantar era macarrão à bolonhesa, seu prato italiano de seu restaurante favorito.
- Você se empenhou bastante - comentou, começando a servir o jantar.
Ela o abraçou por trás, beijando-lhe o ombro que estava ao seu alcance. Eles tinham momentos íntimos como aquele, às vezes, mas naquele momento, parecia mais intenso.
- Eu te disse que não odiei a sua música.
- Não é minha - corrigiu.
- Você entendeu - revirou os olhos, soltando-o.
A pedido de , ela sentou-se na mesa, deixando-o servir os pratos. Quando ele terminou de encher as taças de vinho e sentou na frente dela, tentou criar coragem para dizer o que vinha planejando, mas de repente, não soube por onde começar.
- Não posso te mostrar meu coração literalmente, mas… - ela começou, referindo-se a um trecho da música. Levou a taça de vinho até os lábios, tomando o gole do líquido. - Acho que podemos conversar agora.
mastigou um pouco do macarrão primeiro, antes de abrir a boca para responder, os olhos totalmente atentos nela. Ela não faria aquilo tudo somente para rejeitá-lo, certo?
Ele continuava preso no ainda que ela tinha soltado na entrevista de mais cedo. Tentando não antecipar o pior, ele relaxou o corpo e a mente.
- Tudo bem - concordou.
começou a comer primeiro, aproveitando o momento para reorganizar os próprios pensamentos. Ela mastigou a comida, bebeu mais um gole do vinho, reprimindo a si mesma para não exagerar muito, e o encarou. Primeiro, ela decorou cada traço do rosto dele e em como a íris de seus olhos pareciam brilhar em expectativas. Ela soltou o talher na mesa e juntou as mãos, apertando os dedos devagar.
- Eu nunca quis te deixar inseguro quanto a nós dois - ela começou a falar. - Eu tenho consciência de que eu te dei esperanças sobre um futuro comigo e sinto muito, muito mesmo, demorar tanto para cumprir isso.
achou que ela poderia ter começado melhor, com seu coração quase saindo pela boca, querendo adivinhar o que vinha depois daquelas palavras, mas ele sabia que não poderia interrompê-la naquele instante ou ela se perderia no próprio discurso.
- , o problema nunca foi você - continuou, ainda apertando os dedos. - Eu estava magoada, insegura e… tinha medo de que, se eu finalmente te desse uma chance, nosso relacionamento fracassasse. Então, fui adiando o máximo que eu podia sem perceber. E você deve me amar muito mesmo, porque três anos é suficiente para desistir de alguém.
Ele riu e ela o acompanhou, sentindo o coração mais leve.
- Aprendi a ficar sozinha - confessou. - E, durante esse tempo, aprendi a te amar mais. Quando você cantou aquela música, foi como acordar para a realidade e perceber que eu não podia mais deixar o medo me conduzir. , é claro que eu quero ficar com você. Eu te amo.
Ela estendeu as mãos sobre a mesa, e ele juntou-as com as suas.
- Você pode dizer de novo?
- Que eu te amo? - questionou, confusa.
Ele assentiu, sorrindo.
- Eu te amo - repetiu, apertando seus dedos contra os deles. - Eu te amo, eu… você está chorando?
Os olhos dele estavam lacrimejados e ele balançou a cabeça rapidamente, fazendo-a rir com gosto.
- Eu esperei três anos para isso - ele se defendeu. - Na verdade, se contar os anos que eu te amava antes…
- Cale a boca - ela o interrompeu, ouvindo o som da risada dele. soltou as mãos da dele e levantou-se da cadeira, rodeando a mesa em seguida, até chegar nele, sentando-se no colo do homem. - Você é tão bobo, .
Quando ele piscou os olhos, algumas lágrimas caíram. Ela sorriu, beijando-lhe as bochechas e segurou o rosto dele com as duas mãos, usando os polegares para limpar as lágrimas do rosto do rapaz. Os dois ficaram assim durante alguns segundos, um encarando o outro com o coração batendo contra o peito. Foi quem tomou a atitude de juntar os lábios nos dele. colocou suas mãos ao redor da cintura dela, puxando-a para mais perto de si, fazendo com que ela se encaixasse perfeitamente no seu colo, com a perna dela uma de cada lado do seu corpo. Ela ainda segurava o rosto dele, sem intenção alguma de soltar, quando iniciou o beijo. beijava-o devagar, saboreando cada sensação que ele lhe proporcionava ao tocar a língua na sua.
Aproveitando o aumento da intensidade do beijo, juntou as pernas dela firmemente ao redor da sua cintura e se levantou com ela no colo, procurando cegamente o caminho da cama. Não demorou muito para que ele conseguisse chegar e ambos caíram no colchão, as bocas desgrudadas agora, rindo.
- Você está muito ansioso - ela murmurou, com humor na voz.
A verdade era que ela também estava ansiosa. Era a primeira vez desde muito tempo que eles tinham chegado até ali.
- Não pode me culpar por isso - ele respondeu no mesmo tom de voz.
, que agora estava por cima dela, apoiando seu corpo nas mãos sobre a cama, parou para encarar a mulher por um momento.
- Tenho ansiado te tocar todos esses anos - sussurrou, confessando. - Às vezes, por noites a fio, imaginava minha boca tocando cada pedaço de carne da sua pele e em quando eu finalmente chegaria aqui.
engoliu a seco. Sua imaginação não tinha sido muito diferente da dele, mas a insegurança sempre tomava conta de seu corpo, impedindo-a de realizar qualquer fantasia que seu corpo tinha, então ela imaginava.
- Você se tocou pensando em mim, ? - ele questionou em um sussurro, levando a boca até o pescoço dela.
Ela perdeu o ar com a pergunta.
- S… Sim - respondeu, a palavra quase ficando presa em sua boca quando sentiu ele lhe mordiscar a pele do pescoço.
parou subitamente o que estava fazendo, voltando a encará-la, surpreso com a resposta. O homem realmente não esperava um sim, mas quando recebeu, seu corpo inteiro se agitou, uma ideia surgindo na mente.
Ele levantou da cama, ficando totalmente em pé. , confusa, se sentou na cama, olhando para ele.
- , o que foi?
- Ah… - as bochechas dele começaram a corar. - Você pode… pode me mostrar?
Ela piscou os olhos, surpresa com o pedido.
- Você quer que eu me masturbe para você? - questionou.
ainda tinha as bochechas coradas quando assentiu, concordando. Sim, ele queria aquilo.
Quando também ficou em pé, se afastou assim que ela começou a retirar as peças de roupa do corpo. Ele procurou a cadeira, pegando-a e sentando-se um pouco mais próximo à cama. Ele prendeu a respiração quando ela ficou completamente nua. Seus olhos percorreram o corpo inteiro dela, cada pedaço de nudez, sentindo seus dedos começarem a formigar, como se implorassem para que ele a tocasse. Ele quase desistiu do pedido, fazendo menção de levantar da cadeira, mas balançou a cabeça negativamente, impedindo-o. A mulher deitou na cama novamente, inteiramente nua dessa vez e abriu as pernas devagar. Ela não tinha como olhar para daquela posição, embora quisesse, então fechou os olhos, relaxando o corpo, sentindo a excitação tomar conta de si ao lembrar que ele a estava assistindo. Era uma sensação diferente, gostosa e prazerosa. Ninguém antes nunca tinha pedido que ela fizesse aquilo e ela começava a desconfiar que tinha uma parte de si que não mostrava muito, mas uma vez que ela o tinha dado a liberdade, ele usaria aquilo a seu favor.
respirou fundo e fechou os olhos, usando uma mão para descer até o meio de suas pernas, onde ela primeiro testou a sua umidade. Ela queria muito abrir os olhos e se esticar o suficiente para assistir à reação de , mas não o fez. Ela começou a se masturbar lentamente para ele, seus dedos escorregando para dentro de si facilmente devido a sua umidade e quando acariciou o próprio clitóris com a outra mão, um gemido escapou dos seus lábios sem que ela percebesse. começou a ficar inquieto na cadeira, as mãos suando. Seu pau latejava dentro da calça, fazendo com que ele se sentisse um pouco incomodado, mas sua atenção ainda estava nos movimentos dos dedos que fazia ao enfiar dois dedos dentro de si, iniciando um movimento de vai e vem.
tentou resistir, obviamente. Mas aquela visão estava demais para que ele simplesmente só assistisse. Por puro impulso, ele levantou o corpo da cadeira e andou até ela, ajoelhando-se de frente para cama. Ele segurou as mãos dela, fazendo-a parar de se masturbar, os gemidos contidos.
- Eu completo seu trabalho - murmurou.
Dessa vez, abriu os olhos e levantou a cabeça para encarar . Ele ainda segurava as mãos dela e quando percebeu que ela estava olhando, ele lambeu os dois dedos que estavam dentro da mulher, sentindo o gosto. sentiu o corpo inteiro arrepiar e assentiu, apoiando os cotovelos na cama para sustentar o seu corpo. Ela não conseguiu conter o gemido que saiu quando ele usou os próprios dedos para penetrá-la, como ela mesma estava fazendo antes. aumentou a velocidade do vai e vem, girando os dedos dentro dela, se sentindo satisfeito por finalmente realizar aquilo. Seu pau latejou, como se protestasse por ainda estar preso dentro da calça e ele continuou ignorando o incômodo, adicionando a sua boca e língua à brincadeira. deixou o corpo cair completamente contra a cama de novo quando sentiu ele lamber seu clítoris, fechando os olhos, sentindo todas as sensações de uma vez. Ele a lambia, chupava e a torturava ora devagar, ora rápido com os movimentos dos dedos. Sua mão livre passeava ao redor da coxa dela, acariciando a sua pele.
não acreditava que eles finalmente estavam ali. Se ela soubesse que era tão boa a sensação da língua dele lambendo a sua boceta, ela não teria perdido três anos enrolando. Ela não tinha exatamente enrolado, mas… era complicado. Um complicado que ela estava deixando para trás.
Suor escorreu de sua testa e ela arfou quando tirou seus dedos dentro dela, sentindo seu corpo sofrer pequenos espasmos. O homem deu uma atenção especial ao clitóris dela e os dedos de apertaram o pano dos lençóis.
- … - ela murmurou.
Com a boca ocupada, ele não respondeu imediatamente ao chamado dela. Segurando cada lado do seu corpo, se afastou e subiu na cama, ainda completamente vestido, encarando a mulher suada.
- Achei que a realidade não poderia superar a imaginação - sussurrou.
O homem tomou os lábios dela com os seus, iniciando um beijo urgente. As mãos de enroscaram-se ao redor do pescoço dele. Ela gemeu contra o beijo ao sentir a mão dele apertar o seu seio exposto, adorando a atenção que estava recebendo. Indignada com o fato de ele ainda estar vestido, desceu as mãos até a barra da camiseta dele, puxando-a para cima. Ambos quebraram o beijo por alguns segundos, apenas para se livrarem da camisa e voltaram a se beijarem no mesmo instante. Ansiosa para explorar, as mãos da mulher desceram todo o peitoral e abdômen dele, sentindo cada pedaço da sua pele na palma da mão. Aproveitou o caminho e desceu até a barra de sua calça, tentando abrir o zíper e se livrar do cinto, mas não facilitava o seu processo. Ele afastou a boca da dela, recebendo um resmungo contrariado em resposta. Ela queria poder aproveitar tudo o que não tinha aproveitado em três anos naquela noite, mas eles teriam todo tempo do mundo depois. Naquele instante, só podia implorar para senti-lo dentro de si.
O homem sorriu sapeca para ela, que revirou os olhos, mas não abriu a boca para reclamar de nada, porque em seguida, ele desceu o rosto e abocanhou o seu seio esquerdo, enquanto estimulava o outro. Um gemido escapou dos lábios dela, esfregando as coxas uma na outra, sentindo a sua intimidade latejar de excitação.
- … - ela murmurou novamente, o tom baixo.
Ele finalmente a olhou. soltou o ar pela boca ao encará-lo, tentando lembrar quando foi a última vez que o achou tão lindo daquela maneira, com as bochechas coradas pelo esforço. Ela ajeitou o corpo na cama, passando as mãos pelo rosto dele, até afastar os fios do seu cabelo para trás.
- Tire a calça - ele riu com a intensidade com a qual ela dissera aquilo.
- Nós temos tempo - ele tentou dizer, mas foi calado com um gesto.
- Eu sei - concordou ela, enquanto fazia mais uma tentativa de se livrar da calça dele, abrindo o zíper. - Nós vamos ter todo tempo do mundo e eu farei o que você quiser e quantas vezes quiser, mas agora pelo amor de Deus, me fode.
piscou os olhos, o corpo inteiro tenso de tesão. Ele não respondeu, não sentiu que precisava, não quando ela praticamente estava intimando-o para tê-lo dentro de si e ele nunca seria louco de negar um desejo dela daquela maneira. O homem, sentindo o suor escorrer na base do seu pescoço, ficou de joelhos na cama, uma perna de cada lado do corpo de e tirou a própria calça. Ele levantou-se rapidamente, apenas para se livrar da peça por completo, e pela primeira vez desde muito tempo, ela o via completa e inteiramente nu. O abdômen dele estava contraído e o pau totalmente ereto, como se estivesse aliviado por finalmente ter se livrado do aperto da calça. engoliu a seco e também ficou de joelhos sobre a cama. A mulher se aproximou de , sentindo a sua respiração pesada, o peito subindo e descendo em um ritmo lento.
- Fique em pé - sussurrou.
passou a língua nos lábios, obedecendo. Ele ficou em pé e ainda ajoelhada, na altura da cintura dele. O corpo inteiro do homem arrepiou assim que a mulher tocou a cabeça do seu pau devagar. Era uma visão maravilhosa, segundo ele. De pé, como se fosse um homem em uma pose gloriosa, ele tentava não tremer com a visão da mulher ajoelhada na sua frente, prestes a colocar o seu pau na boca, a mera ideia deixando-o tenso de tesão. Ele tinha imaginado muitas coisas, mas agora que estava acontecendo, era duas vezes melhor do que qualquer cenário que ele tivesse preparado. apoiou uma mão na coxa dele, e com a outra começou a massagear seu membro em um movimento lento de vai e vem. A mulher estava louca para que ele a fodesse ali mesmo, mas não conseguia resistir à tentação de provocá-lo um pouco. Ela passou a língua pela cabecinha rosa dele, ouvindo um gemido escapar da boca do homem, sentindo-se satisfeita com aquele feito. Incentivada, ela o colocou na boca até onde conseguia ir, com a ajuda da mão. aumentou o ritmo dos movimentos, masturbando-o com vontade, enquanto usava a sua boca com maestria e deixava sem conseguir controlar os gemidos que saíam. Ela tirou a outra mão da coxa dele, resolvendo brincar com as bolas dele. soltou uma respiração pesada, segurando a cabeça dela pelos cabelos, ajudando-a no movimento de vai e vem. Ela tirou o pau dele da boca, brincando com a cabecinha ao passar a língua em movimentos circulares. O corpo de começava a sofrer espasmos, indicando que ele estava quase chegando ao ápice, mas ele não poderia no momento. Com muito esforço, ele puxou pelo cabelo sem muita força e afastou a boca dela do pau dele, que latejava de excitação. Ela o olhou, lambendo os próprios lábios, apertando levemente as bolas do homem antes de também afastar as mãos.
- Como você imaginou me foder? - provocou.
Ele apertou os dedos nos fios do cabelo dela antes de soltá-la.
- De quatro.
sorriu. Sem dizer sequer uma palavra, ela virou de costas para ele e ficou de quatro na cama, empinando a bunda na direção do homem, que admirou a visão. Ele tocou o próprio membro, sentindo-o molhado da saliva dela e posicionou-se atrás dela, tentando encontrar a melhor posição para ambos. puxou a respiração antes de finalmente enfiar o pau dentro da boceta molhada dela. A mulher gemeu satisfeita, rebolando involuntariamente contra o pau dele dentro de si. começou a estocar devagar, para em seguida ir aumentando o movimento de vai e vem dentro dela. O homem firmou as mãos ao redor da cintura da mulher, enquanto ela tinha as suas apoiadas na cama, sustentando o próprio corpo, gemendo baixinho a cada estocada, ora forte, ora lenta, dele. Ela se sentia extasiada, o suor escorrendo de sua testa e nuca. continuou penetrando-a, começando a passear as mãos da cintura dela pela lateral de seu corpo. Ele diminuiu a velocidade mais uma vez, arqueando o corpo na direção do dela, beijando-lhe as costas suada. Com ajuda das mãos, ele a puxou para cima, encostando as costas dela em seu peitoral, investindo contra ela em uma lentidão absurda.
- Eu te amo - sussurrou contra a pele dela, o que a fez sorrir.
Ouvir ele dizer aquelas três palavras era gostoso, ela constatou. Não a assustou e nem a fez querer fugir, muito pelo contrário. A voz de dizendo que a amava daquela forma só a fez querer se aninhar contra o corpo dele mais ainda.
Um gemido alto escapou dos lábios dela quando ele aumentou a estocada ao mesmo tempo em que massageava o seu clítoris, a mão livre segurando-a pela cintura. Com a respiração pesada, descansou a cabeça no ombro dele, fechando os olhos para distinguir todas as sensações que estava sentindo ao mesmo tempo. Weiss afastou o pau de dentro dela, virando o corpo da mulher para si. abriu os olhos, encarando o rosto dele, as íris brilhando de prazer e sorriu, antes de ser puxada e beijada por ele.
se sentou na cama, arrastando-a junto para o seu colo. abriu as pernas, apoiando um de cada lado do colo dele, ainda beijando-o, as mãos dela prendendo o rosto dele para si. Ela mordeu o lábio dele com força, arrancando um gemido insatisfeito dele e sorriu mais ainda.
, bastante incentivada, levantou um pouco o quadril, procurando se encaixar contra ele novamente. Ela segurou o pau dele abaixo de si e sentou devagar, sentindo ele a preencher. Ambos soltaram um suspiro pesado juntos e ela apoiou as mãos nos ombros dele, sentindo as mãos dele agarrar a sua cintura assim que ela começou a rebolar contra o pau dele. O homem, ofegante, ajudava ela nos movimentos de subir e descer. Foi quem tomou a iniciativa de aumentar a velocidade das estocadas, rebolando vez ou outra, somente no intuito de enlouquecer o outro um pouco. a encarou com um misto de prazer e amor, e a puxou mais para si, pegando-a de surpresa quando ele resolveu abocanhar o seu seio direito, arrancando mais um gemido alto dela quando ele mordiscou o bico. Ele chupou e lambeu com vontade, dando atenção para o seio esquerdo da mesma forma, enquanto ela rebolava ainda mais intensa. Ela sentiu seu corpo contrair devido aos espasmos e soube imediatamente que estava quase chegando ao seu ápice, mas queria também que chegasse junto.
segurou o máximo que conseguiu, mantendo a velocidade das estocadas e quando sentiu as mãos dele apertarem a sua cintura, ela fincou as unhas nos ombros dele, gemendo baixo, a cabeça jogada para trás, os dois finalmente atingindo o orgasmo junto. Tentaram estabilizar a respiração e a abraçou, distribuindo beijos pelo pescoço exposto dela. No que pareceu ser dois minutos depois, naquela mesma posição, , agora mais recuperada, ainda sentia um líquido quente escorrendo dentro de si e saiu de cima do pau de , constatando que eles esqueceram a coisa mais importante de todas: a camisinha.
- A Liana vai nos matar - ela murmurou.
afastou a cabeça do pescoço dela e a encarou, confuso.
- Por quê?
- Esquecemos a camisinha!
Com os olhos arregalados, olhou para baixo, notando que ela não estava mentindo.
- Droga, droga, droga…
- Relaxa, - ela tentou tranquilizá-lo, uma vez que não esperava que ele fosse ficar tão nervoso. - Não tenho transado com ninguém.
Ele a olhou como se tivesse ofendido.
- Eu também não, mas não é só isso…
segurou o rosto dele com as duas mãos, interrompendo-o, obrigando-o a olhar para ela. olhou e tentou respirar fundo.
- Não se preocupe tanto - sussurrou. - Eu tomo remédio. E podemos fazer exames depois.
Weiss assentiu, mais calmo. Se fosse qualquer outro homem ali, tinha certeza que ele não daria a menor importância para o fato de que tinham acabado de transarem sem proteção, mas não era qualquer homem. Ele prezava a proteção antes de tudo.
- Mas não seria nada mal dar um irmão para o Theo, hein… - ele brincou, arrancando uma risada dela, lembrando exatamente do que Liana tinha dito.
- Nem entre nessa brincadeira - rebateu.
Ele também riu e ela sentou no colo dele, ambos se encarando em silêncio e sorrindo para o outro. , ainda com as mãos no rosto dele, usou os polegares para acariciar as bochechas do homem em um carinho silencioso.
- ?
- Sim?
tomou coragem para uma coisa que deveria ter feito há muito, muito tempo. E que era o principal motivo do jantar. Ela afastou-se por um momento, sem sair do colo dele e esticou o corpo até alcançar uma caixinha pequena, que ele não tinha notado até então na escrivaninha. Ela sorriu, incerta. Abriu a caixinha, revelando dois anéis.
- Quer namorar comigo?
Ele piscou os olhos, claramente esperando qualquer coisa, mas não um pedido de namoro.
- Meu Deus, - murmurou, derrubando-a contra a cama, com ele deitando em cima dela. - Finalmente.
Ela gargalhou antes de ser beijada por ele.
Mas não tirou a razão de quanto ao que ele disse - um jeito estranho de aceitar um pedido de namoro, embora ela não tivesse contestado. Eles estavam juntos.
Finalmente.


Fim



Nota da autora: Oi, gente! Obrigada por ler até aqui, é o meu segundo ficstape e isso realmente vicia HAHAHA Quando li a letra da música do meu crush (Niall, eu te amo) pensei que combinava com o casal de outro ficstape e fiz uma coisa curtinha só para complementar a história deles. Espero que tenha gostado, não hesite em dizer qualquer coisa. Um beijo. Até mais!





Outras Fanfics:
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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