Capítulo Único
Keaton’s P.O.V.
And you're looking summertime, summertime
Summer, su-su-summertime fine
Era um calor desgraçado. Tão quente que só passando o dia inteiro na beira da piscina. O resort, localizado na paradisíaca Bahamas, que estávamos era perfeito para passar o verão. Seriam duas semanas regadas a muita sombra, praias, piscinas e águas frescas. O único problema que tínhamos é que tendo uma família grande como a minha, somos quatro meninos para a alegria e desespero dos meus pais, ficar em um resort era um luxo.
Luxo proporcionado com o árduo trabalho do meu pai, o senhor Keaton Sfarzoso. Ele finalmente tinha conseguido deslanchar na carreira de empresário para show business. As coisas estavam dando certo para ele depois de anos trabalhando para uma empresa grande e tentando conciliar a careira que o Nate construía desde criança. Então papai tinha sido recém-contratado por um nome em ascensão em uma gravadora importante. Era ótimo essa oportunidade ter surgido quando Nate estava pagando de rebelde e dizendo que que é grandinho demais para Broadway, mas no fundo ele gosta de atenção e acha que lá não está tendo isso o suficiente. Mal ele sabia que muito em breve meu pai iria recrutá-lo para ajudar lá na gravadora.
Entre os irmãos, nossa diferença de idade variava muito (sempre dependia de quem você comparava com quem) no entanto todos somos próximos, Nate e o Giuseppe são mais grudados em alguns momentos, porém sempre vamos rotacionando os irmãos favoritos do momento. Entretanto, dentro da nossa mais nova realidade de férias não tinha como eu não aproveitar o papai estava proporcionando. O que matava era estar um calor tão insuportável que a única coisa que eu e meus irmãos queríamos fazer era ficar na piscina e usar o momento para ficar de olho nas gatinhas.
Papai escolheu um hotel em uma cidade que oferecesse conforto e calmaria. Infelizmente Nate mesmo que não muito famoso acabava chamando um pouco de atenção, pois as produções da Broadway que se envolveu desde criança revelaram um talento absurdo que ele tinha e eram grandes títulos que já chamariam atenção independente do cast do projeto.
O Sol era quase individual e por algum motivo eu ainda insistia em tentar dormir na espreguiçadeira de baixo do calor, não é como se eu fosse ficar bronzeado, mas era isso ou voltaria sem nenhuma prova de que estive de férias. Minha mente se esvaia em pensamentos randômicos sobre o que fazer na vida e o que estava fazendo na faculdade. Quando precinto que entrarei no mundo dos sonhos escuto as vozes de Nate e Giuseppe comentando sobre alguma família que era tão grande quanto a nossa. Era meio incomum conhecermos famílias grandes como nós. A minha curiosidade então toma a frente e me impede de tentar continuar a dormir. Abro os meus olhos para ver o que estava acontecendo ao meu redor.
Uma família me chama atenção. Eram três meninas e um rapaz que estavam com dois adultos que pareciam ser seus pais.
Imediatamente quis ignorar eles, mas a risada de uma das meninas me chamou a atenção para a direção deles, porém era tarde demais para que eu visse graça na menina que ria livremente. Os meus olhos foram direcionados a outra menina que estava rolando os seus olhos em reação ao que a outra estava achando graça. Não sabia quem ela era e por que ela não via graça naquilo tudo, mas tudo o que tive certeza naquela hora era que eu precisava saber mais sobre ela.
Porém eu não era como o Nate ou como Giuseppe. Sou infinitamente mais reservado e centrado que eles. Por algum motivo eles dois não tinham os mesmos freios que eu. Então eu não cresci sendo o mais popular muito menos sendo o mais inteligente, eu só era o mais esforçado. Isso permaneceu na faculdade. De beleza, então, nem se fala. As meninas nunca olharam para mim. Não do mesmo jeito que elas olhavam para Giuseppe e Nate. Portanto, em um resort nas Bahamas não seria tão diferente assim.
Só tinha uma coisa nessa história toda.
Eu aprendi a não me subestimar tanto. É claro que o meu primeiro pensamento era de não ter ideias de nada, principalmente ideias que envolvessem chamar a atenção da menina de cabelos castanhos e um olhar intrigante. Se não fosse Peppe eu continuaria sem pensar em como me comportar e o que dizer a essas pessoas, principalmente a ela.
Peppe ser o extrovertido da família é impressionante. Ele consegue fazer amizades com qualquer pessoa que ele decide se aproximar. O que ele diz e o que faz, eu não sei, mas geralmente funciona. Ele sempre sai dos lugares que vai feliz. Não duvido que em futuro próximo eu veja o meu irmão se tornar alguém que tem amigos nos mais variados lugares. Portanto, obviamente, ele não demoraria a aparecer com o menino que parecia ter uma idade próxima a nossa. Eles já se falavam como se fossem melhores amigos.
— Marco, esse é Keaton. Keaton esse é o Marco. — Giuseppe diz sorridente e gesticula para esse rapaz. — Keaton é meu irmão mais velho. Marco é irmão das meninas que estão ali.
— Prazer!
— Keaton, Marco estava me contando sobre como ele e as irmãs vem aqui com certeza frequência.
— Ah, Bacana.
— Super, por isso eu pedi a ele para nos levar aos lugares mais legais daqui.
— E ele concordou? — Peppe fez que sim com a cabeça e eu imediatamente me virei na direção do Marco. — E você já caiu no papo do meu irmão? Sinceramente, cara, me desculpe.
— Para de história Keaton. — Peppe disse para mim rindo, mas rapidamente se voltando ao menino que tinha acabado de chegar. — Não ligue para ele, Marco.
— Relaxa, Giuseppe. Eu tenho três irmãs.
Nós três rimos, pois conhecíamos bem a realidade caótica de ter irmãos.
A partir daquele momento formamos um grupo. As meninas chegaram mais tarde. Durante o dia ficávamos na praia ou piscina, a tarde sempre arrumávamos alguma coisa para fazer no hotel ou na cidade e a noite nos dividíamos porque tínhamos que passar tempo com nossas famílias. As meninas, que agora eu podia chamar de Diana, Helena e Donatella, se juntavam quando queriam, mas geralmente estavam em todos os programas que combinávamos de fazer.
Portanto foi assim que eu tive a chance de me aproximar organicamente dela. A menina que me prendeu com sua naturalidade ao reagir a algo que sua irmã via graça. Obviamente por termos criado uma boa amizade trocamos telefone. Quem tinha dado essa ideia fui eu, porém nem todos quiseram fazer isso de cara e eu tive que torcer para que Diana concordasse em me passar o número. O que só aconteceu no final da viagem.
Daquele momento em diante eu só tinha uma chance, mas faria ela valer a pena porque algo dentro de mim me dizia que eu tinha encontrado a mulher com que eu passaria o resto da minha. E isso não era algo que eu queria perder.
Through all this rain
Through all this pain, I feel the same
Desde aquelas férias na Bahamas, eu mantive o contato com Diana. Não demorou para que a nossa amizade evoluísse para um namoro. Nós nos falávamos sempre que dava e nos víamos também. Inicialmente não era difícil porque eu fazia faculdade em New Jersey e ela morava com a sua família lá. Porém depois que me formei e adentrei mesmo nos negócios da família ficou complicado.
Ser o filho mais velho tinha o seu preço e era meio caro, mas eu pagava com bom grado. Éramos uma família grande, por isso, honrar todos os sacrifícios que meus pais fizeram era o meu dever. Meus irmãos mais novos, especialmente Nate e Fabrizio, não tinham tanta ideia de como foi o começo de tudo. O que me fazia refletir muito sobre como mesmo que Nate estivesse alcançando algum tipo de fama, desde sempre entendi que os holofotes não eram para mim. Optar por estudar para ter algum tipo de futuro de longe desse tipo de universo era o que eu sempre quis e fiz por conta própria. Por isso, estava seguro de que essa era melhor decisão que tomei. Com o meu diploma eu estava capaz de cuidar dos negócios da família (a empresa que começamos a construir quando Nate começou a se aventurar nos palcos de Broadway quando criança) e ao que tudo indicava dos negócios de Nate também já que tinha uns dois anos que ele está sendo o vocalista da Karma’s Joke.
A empresa da minha família só crescia e isso fazia com que eu tivesse que viajar mais e mais. A rotina de pontes aéreas para outros estados, incontáveis reuniões com outros empresários e administradores parecia me atropelar. No entanto, uma das coisas que mais me trazia paz nesse caos era estar com Diana. Nossos encontros eram perfeitos, leves e cheios de amor. Apenas ela era capaz de me ouvir e me trazer paz. A verdadeira sensação de que com ela eu conseguia me sentir em casa. Isso era muito importante para mim. Estaria mentindo se todos esses compromissos de trabalho não estivessem começando a parecer uma ameaça tudo que estava construindo.
Os encontros que tínhamos estavam ficando escassos, as ligações e trocas de mensagem também. Não era a minha intenção. Eu queria estar presente, queria estar inteiro para ela. Por querer estar cem por cento em tudo, eu não percebia que estava me afastando.
— Keaton, precisamos conversar.
— Nossa, nem um oi eu vou ganhar.
— Olá. — Do outro lado ela deu um longo suspiro antes de continuar com a sua missão. — Precisamos conversar.
— Ok... você parece estar bem séria.
— É porque é algo sério.
— Então diga...
— Nós vamos terminar, não é?
A sua pergunta me atingiu em cheio no peito. Não esperava por algo assim. Definitivamente não tinha em mente terminar com ela. Na verdade, a única coisa que eu pensava quando tinha que juntar terminar com Diana era terminar a vida juntos.
— Como assim? Do que você está falando?
— Eu fiz uma pergunta simples.
— Você quer mesmo uma resposta para essa pergunta?
— Sim, por favor.
— Não vamos terminar. Eu não quero terminar. Você quer terminar?
— Não, não quero terminar.
— Então de onde tirou isso?
— Da sua distância.
— Você diz das viagens, não é?
— Digo de tudo Keaton. Nós mal nos falamos ultimamente, mal saímos quando está na cidade também.
— Amor, é o trabalho. Você sabe que estamos trabalhando como nunca para continuar no topo e agora com a carreira do Nate na banda decolando eu t-
— Keaton, eu já te disse mil vezes que eu entendo o trabalho. Afinal tem sido complicado para mim também, mas você não saberia por que mal conversamos nas últimas semanas. — Um suspiro cansado deixou a sua garganta. — Tem semanas Keaton.
— Tudo isso?
— Tudo isso e mais um pouco. Eu não sei o que está acontecendo, mas preciso que você colabore para que esse relacionamento continue.
— Entendo.
— Não. Você não entende. — Ela continua. — Eu recebo mais notícias sobre como você anda pelo meu irmão que não desgruda do Peppe. Eu, sua namorada, tendo que fingir que tudo são notícias passadas porque meu próprio namorado não conversa comigo, não compartilha comigo.
— Me perdoa.
— Keaton, eu quero te perdoar porque te amo. Mas preciso saber da verdade. Tem alguma coisa acontecendo? Você quer terminar? Conheceu alguém? O que está acontecendo contigo?
Respirei fundo. Nunca imaginei que pudesse estar em uma situação dessas. Agora que estava não tinha como fugir. Tinha acabado de ouvir a garota que eu amo e quero passar o resto da minha vida junto dizer que me ama pela primeira vez em um contexto completamente fora do ideal. Ela merecia que seu amor fosse celebrado. Quando dei conta que estava colocando uma distância literal entre nós me doeu demais. Esse não era o tipo de atitude que eu queria ter e que aprendi com os exemplos e ensinamentos de meu pai durante todos esses anos.
— Amor, não está acontecendo nada. Quer dizer, nada além de mim sendo um completo otário por deixar você passar por isso. — Ouvir um leve suspiro de alívio foi exatamente o que eu precisava. — Acho que estou com medo.
— Medo?
— Sim, medo. — Não tinha mais como voltar. Não era a melhor situação a de abrir o coração numa chamada de telefone que Diana fez em socorro, para que ela não ficasse muito mal e tivesse dúvidas sobre nós. — Acho que nessas idas e vindas das viagens eu me dei conta de uma coisa muito importante. Sinceramente estava esperando o momento certo para dizer isso, mas não tem momento mais certo que esse.
— Keaton você está me deixando nervosa. O que é?
— Eu te amo. Te amo e quero passar o resto da minha vida com você. — disse tudo de uma vez. Ali estava o meu coração todo exposto. Cada segundo que não tinha uma resposta dela era uma tortura. Parecia que a qualquer momento o meu coração se partiria em dois e eu me sentiria como se estivesse andando em vidro quebrado e sangrando para todos os lados tamanha a dor que seria não ter mais a Diana na minha vida. — Eu sei que fazer um pedido de casamento por telefone é péssimo e você não merece nada feito de qualquer modo, então eu não vou te pedir agora nessa chamada. Só vou te dizer que eu te amo muito desde o dia que te vi lá no resort, desde que começamos a nos conhecer melhor. Sempre soube que era você, que eram os seus olhos que eu gostaria de ver nos meus futuros filhos...
— Filhos? No plural, Keaton?
— Ou no singular, amor. Quero tudo o que você quiser comigo. Principalmente quero o seu perdão. Tive medo de aceitar que admitir o meu amor por ti era um passo importante. Nunca houve ou haverá outra pessoa, Diana. Sempre foi você e sempre será. E essa é última vez que terei medo do nosso futuro. Você é uma mulher incrível e merece que alguém incrível. Se eu não for essa pessoa, peço que me dê uma chance de ser e que me perdoe. Eu prometo passar o resto da minha vida tentando compensar pelo que fiz e como te tratei durante essas semanas. Só me dê uma chance de fazer o pedido pessoalmente. De ver você e de te ter nos meus braços. Por favor.
— Sim. Eu te perdoo.
Ter me declarado no por telefone e no meio de uma viagem de trabalho não era o que eu queria ter feito. Ter praticamente feito um pedido de casamento nessas circunstâncias também não era o que eu queria, mas os meus sentimentos não tinham mais nenhum pudor. Provavelmente o desespero de ver alguém que você ama escapando da sua vida por atitudes que você nem mesmo percebeu bem que estava tendo me fez simplesmente despejar tudo o que havia dentro de mim, das inseguranças aos amores. Eu não hesitaria mais em apenas amá-la como ela deve.
I got vacation eyes
And I’m gonna have ‘em for the rest of my
Have ‘em for the rest of my life
Com meus olhos fechados eu podia sentir a brisa do Atlântico percorrer os meus braços expostos pela manga curta da blusa que usava. Era uma sensação reconfortante e definitivamente familiar. O calor do dia também me lembrava uma certa manhã há muitos anos atras. O dia que eu vi os olhos de Diana pela primeira vez. Eu nunca esqueceria os olhos dela. Não porque eles eram claros ou coisa do tipo. Eu não os tiraria da minha memória porque eles me hipnotizavam sempre. Ela me prendeu de um jeito absurdo. Não sei o que faria sem ela. E graças ao seu coração de ouro, nunca precisaria saber. Ela não só me perdoou, mas também disse sim quando fiz um pedido de casamente decente.
A minha maior conquista não era apenas tê-la ao meu lado, era saber que dentro de poucos meses estaríamos segurando a nossa filha. Ter a certeza de que não importasse as circunstâncias eu estaria ao lado dela com o mesmo amor em meus olhos e coração de quando a conheci nas férias e que ela estaria comigo não tinha preço. ainda bem que esse era o tipo de vida que sempre sonhei para mim.
Era um calor desgraçado. Tão quente que só passando o dia inteiro na beira da piscina. O resort, localizado na paradisíaca Bahamas, que estávamos era perfeito para passar o verão. Seriam duas semanas regadas a muita sombra, praias, piscinas e águas frescas. O único problema que tínhamos é que tendo uma família grande como a minha, somos quatro meninos para a alegria e desespero dos meus pais, ficar em um resort era um luxo.
Luxo proporcionado com o árduo trabalho do meu pai, o senhor Keaton Sfarzoso. Ele finalmente tinha conseguido deslanchar na carreira de empresário para show business. As coisas estavam dando certo para ele depois de anos trabalhando para uma empresa grande e tentando conciliar a careira que o Nate construía desde criança. Então papai tinha sido recém-contratado por um nome em ascensão em uma gravadora importante. Era ótimo essa oportunidade ter surgido quando Nate estava pagando de rebelde e dizendo que que é grandinho demais para Broadway, mas no fundo ele gosta de atenção e acha que lá não está tendo isso o suficiente. Mal ele sabia que muito em breve meu pai iria recrutá-lo para ajudar lá na gravadora.
Entre os irmãos, nossa diferença de idade variava muito (sempre dependia de quem você comparava com quem) no entanto todos somos próximos, Nate e o Giuseppe são mais grudados em alguns momentos, porém sempre vamos rotacionando os irmãos favoritos do momento. Entretanto, dentro da nossa mais nova realidade de férias não tinha como eu não aproveitar o papai estava proporcionando. O que matava era estar um calor tão insuportável que a única coisa que eu e meus irmãos queríamos fazer era ficar na piscina e usar o momento para ficar de olho nas gatinhas.
Papai escolheu um hotel em uma cidade que oferecesse conforto e calmaria. Infelizmente Nate mesmo que não muito famoso acabava chamando um pouco de atenção, pois as produções da Broadway que se envolveu desde criança revelaram um talento absurdo que ele tinha e eram grandes títulos que já chamariam atenção independente do cast do projeto.
O Sol era quase individual e por algum motivo eu ainda insistia em tentar dormir na espreguiçadeira de baixo do calor, não é como se eu fosse ficar bronzeado, mas era isso ou voltaria sem nenhuma prova de que estive de férias. Minha mente se esvaia em pensamentos randômicos sobre o que fazer na vida e o que estava fazendo na faculdade. Quando precinto que entrarei no mundo dos sonhos escuto as vozes de Nate e Giuseppe comentando sobre alguma família que era tão grande quanto a nossa. Era meio incomum conhecermos famílias grandes como nós. A minha curiosidade então toma a frente e me impede de tentar continuar a dormir. Abro os meus olhos para ver o que estava acontecendo ao meu redor.
Uma família me chama atenção. Eram três meninas e um rapaz que estavam com dois adultos que pareciam ser seus pais.
Imediatamente quis ignorar eles, mas a risada de uma das meninas me chamou a atenção para a direção deles, porém era tarde demais para que eu visse graça na menina que ria livremente. Os meus olhos foram direcionados a outra menina que estava rolando os seus olhos em reação ao que a outra estava achando graça. Não sabia quem ela era e por que ela não via graça naquilo tudo, mas tudo o que tive certeza naquela hora era que eu precisava saber mais sobre ela.
Porém eu não era como o Nate ou como Giuseppe. Sou infinitamente mais reservado e centrado que eles. Por algum motivo eles dois não tinham os mesmos freios que eu. Então eu não cresci sendo o mais popular muito menos sendo o mais inteligente, eu só era o mais esforçado. Isso permaneceu na faculdade. De beleza, então, nem se fala. As meninas nunca olharam para mim. Não do mesmo jeito que elas olhavam para Giuseppe e Nate. Portanto, em um resort nas Bahamas não seria tão diferente assim.
Só tinha uma coisa nessa história toda.
Eu aprendi a não me subestimar tanto. É claro que o meu primeiro pensamento era de não ter ideias de nada, principalmente ideias que envolvessem chamar a atenção da menina de cabelos castanhos e um olhar intrigante. Se não fosse Peppe eu continuaria sem pensar em como me comportar e o que dizer a essas pessoas, principalmente a ela.
Peppe ser o extrovertido da família é impressionante. Ele consegue fazer amizades com qualquer pessoa que ele decide se aproximar. O que ele diz e o que faz, eu não sei, mas geralmente funciona. Ele sempre sai dos lugares que vai feliz. Não duvido que em futuro próximo eu veja o meu irmão se tornar alguém que tem amigos nos mais variados lugares. Portanto, obviamente, ele não demoraria a aparecer com o menino que parecia ter uma idade próxima a nossa. Eles já se falavam como se fossem melhores amigos.
— Marco, esse é Keaton. Keaton esse é o Marco. — Giuseppe diz sorridente e gesticula para esse rapaz. — Keaton é meu irmão mais velho. Marco é irmão das meninas que estão ali.
— Prazer!
— Keaton, Marco estava me contando sobre como ele e as irmãs vem aqui com certeza frequência.
— Ah, Bacana.
— Super, por isso eu pedi a ele para nos levar aos lugares mais legais daqui.
— E ele concordou? — Peppe fez que sim com a cabeça e eu imediatamente me virei na direção do Marco. — E você já caiu no papo do meu irmão? Sinceramente, cara, me desculpe.
— Para de história Keaton. — Peppe disse para mim rindo, mas rapidamente se voltando ao menino que tinha acabado de chegar. — Não ligue para ele, Marco.
— Relaxa, Giuseppe. Eu tenho três irmãs.
Nós três rimos, pois conhecíamos bem a realidade caótica de ter irmãos.
A partir daquele momento formamos um grupo. As meninas chegaram mais tarde. Durante o dia ficávamos na praia ou piscina, a tarde sempre arrumávamos alguma coisa para fazer no hotel ou na cidade e a noite nos dividíamos porque tínhamos que passar tempo com nossas famílias. As meninas, que agora eu podia chamar de Diana, Helena e Donatella, se juntavam quando queriam, mas geralmente estavam em todos os programas que combinávamos de fazer.
Portanto foi assim que eu tive a chance de me aproximar organicamente dela. A menina que me prendeu com sua naturalidade ao reagir a algo que sua irmã via graça. Obviamente por termos criado uma boa amizade trocamos telefone. Quem tinha dado essa ideia fui eu, porém nem todos quiseram fazer isso de cara e eu tive que torcer para que Diana concordasse em me passar o número. O que só aconteceu no final da viagem.
Daquele momento em diante eu só tinha uma chance, mas faria ela valer a pena porque algo dentro de mim me dizia que eu tinha encontrado a mulher com que eu passaria o resto da minha. E isso não era algo que eu queria perder.
Desde aquelas férias na Bahamas, eu mantive o contato com Diana. Não demorou para que a nossa amizade evoluísse para um namoro. Nós nos falávamos sempre que dava e nos víamos também. Inicialmente não era difícil porque eu fazia faculdade em New Jersey e ela morava com a sua família lá. Porém depois que me formei e adentrei mesmo nos negócios da família ficou complicado.
Ser o filho mais velho tinha o seu preço e era meio caro, mas eu pagava com bom grado. Éramos uma família grande, por isso, honrar todos os sacrifícios que meus pais fizeram era o meu dever. Meus irmãos mais novos, especialmente Nate e Fabrizio, não tinham tanta ideia de como foi o começo de tudo. O que me fazia refletir muito sobre como mesmo que Nate estivesse alcançando algum tipo de fama, desde sempre entendi que os holofotes não eram para mim. Optar por estudar para ter algum tipo de futuro de longe desse tipo de universo era o que eu sempre quis e fiz por conta própria. Por isso, estava seguro de que essa era melhor decisão que tomei. Com o meu diploma eu estava capaz de cuidar dos negócios da família (a empresa que começamos a construir quando Nate começou a se aventurar nos palcos de Broadway quando criança) e ao que tudo indicava dos negócios de Nate também já que tinha uns dois anos que ele está sendo o vocalista da Karma’s Joke.
A empresa da minha família só crescia e isso fazia com que eu tivesse que viajar mais e mais. A rotina de pontes aéreas para outros estados, incontáveis reuniões com outros empresários e administradores parecia me atropelar. No entanto, uma das coisas que mais me trazia paz nesse caos era estar com Diana. Nossos encontros eram perfeitos, leves e cheios de amor. Apenas ela era capaz de me ouvir e me trazer paz. A verdadeira sensação de que com ela eu conseguia me sentir em casa. Isso era muito importante para mim. Estaria mentindo se todos esses compromissos de trabalho não estivessem começando a parecer uma ameaça tudo que estava construindo.
Os encontros que tínhamos estavam ficando escassos, as ligações e trocas de mensagem também. Não era a minha intenção. Eu queria estar presente, queria estar inteiro para ela. Por querer estar cem por cento em tudo, eu não percebia que estava me afastando.
— Keaton, precisamos conversar.
— Nossa, nem um oi eu vou ganhar.
— Olá. — Do outro lado ela deu um longo suspiro antes de continuar com a sua missão. — Precisamos conversar.
— Ok... você parece estar bem séria.
— É porque é algo sério.
— Então diga...
— Nós vamos terminar, não é?
A sua pergunta me atingiu em cheio no peito. Não esperava por algo assim. Definitivamente não tinha em mente terminar com ela. Na verdade, a única coisa que eu pensava quando tinha que juntar terminar com Diana era terminar a vida juntos.
— Como assim? Do que você está falando?
— Eu fiz uma pergunta simples.
— Você quer mesmo uma resposta para essa pergunta?
— Sim, por favor.
— Não vamos terminar. Eu não quero terminar. Você quer terminar?
— Não, não quero terminar.
— Então de onde tirou isso?
— Da sua distância.
— Você diz das viagens, não é?
— Digo de tudo Keaton. Nós mal nos falamos ultimamente, mal saímos quando está na cidade também.
— Amor, é o trabalho. Você sabe que estamos trabalhando como nunca para continuar no topo e agora com a carreira do Nate na banda decolando eu t-
— Keaton, eu já te disse mil vezes que eu entendo o trabalho. Afinal tem sido complicado para mim também, mas você não saberia por que mal conversamos nas últimas semanas. — Um suspiro cansado deixou a sua garganta. — Tem semanas Keaton.
— Tudo isso?
— Tudo isso e mais um pouco. Eu não sei o que está acontecendo, mas preciso que você colabore para que esse relacionamento continue.
— Entendo.
— Não. Você não entende. — Ela continua. — Eu recebo mais notícias sobre como você anda pelo meu irmão que não desgruda do Peppe. Eu, sua namorada, tendo que fingir que tudo são notícias passadas porque meu próprio namorado não conversa comigo, não compartilha comigo.
— Me perdoa.
— Keaton, eu quero te perdoar porque te amo. Mas preciso saber da verdade. Tem alguma coisa acontecendo? Você quer terminar? Conheceu alguém? O que está acontecendo contigo?
Respirei fundo. Nunca imaginei que pudesse estar em uma situação dessas. Agora que estava não tinha como fugir. Tinha acabado de ouvir a garota que eu amo e quero passar o resto da minha vida junto dizer que me ama pela primeira vez em um contexto completamente fora do ideal. Ela merecia que seu amor fosse celebrado. Quando dei conta que estava colocando uma distância literal entre nós me doeu demais. Esse não era o tipo de atitude que eu queria ter e que aprendi com os exemplos e ensinamentos de meu pai durante todos esses anos.
— Amor, não está acontecendo nada. Quer dizer, nada além de mim sendo um completo otário por deixar você passar por isso. — Ouvir um leve suspiro de alívio foi exatamente o que eu precisava. — Acho que estou com medo.
— Medo?
— Sim, medo. — Não tinha mais como voltar. Não era a melhor situação a de abrir o coração numa chamada de telefone que Diana fez em socorro, para que ela não ficasse muito mal e tivesse dúvidas sobre nós. — Acho que nessas idas e vindas das viagens eu me dei conta de uma coisa muito importante. Sinceramente estava esperando o momento certo para dizer isso, mas não tem momento mais certo que esse.
— Keaton você está me deixando nervosa. O que é?
— Eu te amo. Te amo e quero passar o resto da minha vida com você. — disse tudo de uma vez. Ali estava o meu coração todo exposto. Cada segundo que não tinha uma resposta dela era uma tortura. Parecia que a qualquer momento o meu coração se partiria em dois e eu me sentiria como se estivesse andando em vidro quebrado e sangrando para todos os lados tamanha a dor que seria não ter mais a Diana na minha vida. — Eu sei que fazer um pedido de casamento por telefone é péssimo e você não merece nada feito de qualquer modo, então eu não vou te pedir agora nessa chamada. Só vou te dizer que eu te amo muito desde o dia que te vi lá no resort, desde que começamos a nos conhecer melhor. Sempre soube que era você, que eram os seus olhos que eu gostaria de ver nos meus futuros filhos...
— Filhos? No plural, Keaton?
— Ou no singular, amor. Quero tudo o que você quiser comigo. Principalmente quero o seu perdão. Tive medo de aceitar que admitir o meu amor por ti era um passo importante. Nunca houve ou haverá outra pessoa, Diana. Sempre foi você e sempre será. E essa é última vez que terei medo do nosso futuro. Você é uma mulher incrível e merece que alguém incrível. Se eu não for essa pessoa, peço que me dê uma chance de ser e que me perdoe. Eu prometo passar o resto da minha vida tentando compensar pelo que fiz e como te tratei durante essas semanas. Só me dê uma chance de fazer o pedido pessoalmente. De ver você e de te ter nos meus braços. Por favor.
— Sim. Eu te perdoo.
Ter me declarado no por telefone e no meio de uma viagem de trabalho não era o que eu queria ter feito. Ter praticamente feito um pedido de casamento nessas circunstâncias também não era o que eu queria, mas os meus sentimentos não tinham mais nenhum pudor. Provavelmente o desespero de ver alguém que você ama escapando da sua vida por atitudes que você nem mesmo percebeu bem que estava tendo me fez simplesmente despejar tudo o que havia dentro de mim, das inseguranças aos amores. Eu não hesitaria mais em apenas amá-la como ela deve.
Com meus olhos fechados eu podia sentir a brisa do Atlântico percorrer os meus braços expostos pela manga curta da blusa que usava. Era uma sensação reconfortante e definitivamente familiar. O calor do dia também me lembrava uma certa manhã há muitos anos atras. O dia que eu vi os olhos de Diana pela primeira vez. Eu nunca esqueceria os olhos dela. Não porque eles eram claros ou coisa do tipo. Eu não os tiraria da minha memória porque eles me hipnotizavam sempre. Ela me prendeu de um jeito absurdo. Não sei o que faria sem ela. E graças ao seu coração de ouro, nunca precisaria saber. Ela não só me perdoou, mas também disse sim quando fiz um pedido de casamente decente.
A minha maior conquista não era apenas tê-la ao meu lado, era saber que dentro de poucos meses estaríamos segurando a nossa filha. Ter a certeza de que não importasse as circunstâncias eu estaria ao lado dela com o mesmo amor em meus olhos e coração de quando a conheci nas férias e que ela estaria comigo não tinha preço. ainda bem que esse era o tipo de vida que sempre sonhei para mim.
FIM
Nota da autora: Oi, oi, oiiiii!!!! Tem um tempo considerável que não escrevo uma nota de autora e sinceramente eu nem sei se fazer isso aqui ainda, mas vou tentar.
Então leitores dessa fic, espero imensamente que vocês tenham curtido a história de Keaton e Diana. Eles são inspirados em um casal da vida real, mais conhecidos como Kevin Jonas e Danielle Jonas, assim como Vacation Eyes é.
Keaton e Diana também fazem aparições em One and The Same que é uma fic minha que estava disponível no FFOBS até eu parar de atualizar por desmotivação mesmo. Em One and The Same eu conto sobre Nate e o seu interesse, ou não, em Ava. Ao escrever Vacation Eyes a chama para continuar escrevendo OATS (como eu apelidei a história de Nate) reascendeu e eu sinceramente espero que vocês possam procurar essa história aqui no site e que a encontrem. (Mandem muitos pensamentos positivos para que eu consiga terminar de escrever essa att antes do ficstape entrar.)
Agora quero agradecer a umas pessoas que me ajudaram a chegar até aqui. Primeiramente, a mim mesma que cometi a loucura de me enfiar num ficstape no meio de um bloqueio criativo. Escrever algo inspirado nos Jonas Brothers, que foram o meu propulsor a escrever e conhecer fics, era exatamente o que precisava para voltar a me apaixonar pela escrita. Agradeço demais as meninas da curadoria do ficstape pela atenção e paciência com as meninas do grupo, especialmente eu. Foi muito especial surtar com todas elas quando houve o anúncio do show deles aqui no Brasil para 2024. Agradeço as meninas do Clube das Bloqueadas. Vocês não têm ideia do quanto as reuniões e as trocas que tivemos foram importantes para que eu não perdesse a motivação e que tudo isso ganhasse vida.
Por fim, peço encarecidamente e do fundo do meu coração que não deixem de comentar. Toda interação de vocês é bem-vinda e desejada pelo autor. Queremos (eu querooo demais) saber o que passa pela mente de vocês durante e no final da leitura. Por isso, COMENTEM MUITOOOOO.
P.S.: vocês encontraram a referência que eu fiz para outras músicas durante a história? Uma dica para quem não pescou: Taylor Swift, SOS, medo.
Outras Fanfics:
→ 01. Here We Go Again [Ficstape #142: Demi Lovato – Here We Go Again]
→ 01. Weightless [Ficstape #096: All Time Low – Nothing Personal]
→ 04. Misery Business [Ficstape #160: Paramore – Riot]
→ 04. Bloodline [Ficstape #185: Ariana Grande – Thank U, Next]
→ 04. The Man [Ficstape #182: Taylor Swift – Lover]
→ 04. Sims [Ficstape#244 – LAUV: how i’m feeling]
→ 07. Successful [Ficstape #169: Ariana Grande – Sweetener]
→ 07. Summer Alive [Ficstape #228 – The Wanted: Word of Mouth]
→ 07. The Sweetness [Ficstape #246 – Ashton Irwin: Superbloom]
→ 08. Better Man [Ficstape #167: 5 Seconds of Summer – Youngblood]
→ 08. Living Dead [Ficstape #154 – Marina and The Diamonds: Electra Heart]
→ 09. Love Don’t Die [FICSTAPE #224 – The Fray: Through the Years]
→ 10. Make a Movie [Ficstape#249 – StarStruck: Soundtrack]
→ 11. Just Friends [Ficstape #175: Jonas Brothers – Jonas Brothers]
→ 13. Recess [Ficstape#261 – Melanie Martinez: K-12]
→ 14. Comeback [Ficstape #161: Jonas Brothers – Happiness Begins]
→ 23. We Were Happy (Taylor’s Version) [From The Vault] [Ficstape #025: Taylor Swift: Fearless Taylor’s Version]
→ One and The Same [Originais – Em Andamento]
→ Children’s Playbook [Atores – Chris Evans – Shortfics]
→ Royally Dreaming [Especial de Final de Ano das Indicadoras]
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Então leitores dessa fic, espero imensamente que vocês tenham curtido a história de Keaton e Diana. Eles são inspirados em um casal da vida real, mais conhecidos como Kevin Jonas e Danielle Jonas, assim como Vacation Eyes é.
Keaton e Diana também fazem aparições em One and The Same que é uma fic minha que estava disponível no FFOBS até eu parar de atualizar por desmotivação mesmo. Em One and The Same eu conto sobre Nate e o seu interesse, ou não, em Ava. Ao escrever Vacation Eyes a chama para continuar escrevendo OATS (como eu apelidei a história de Nate) reascendeu e eu sinceramente espero que vocês possam procurar essa história aqui no site e que a encontrem. (Mandem muitos pensamentos positivos para que eu consiga terminar de escrever essa att antes do ficstape entrar.)
Agora quero agradecer a umas pessoas que me ajudaram a chegar até aqui. Primeiramente, a mim mesma que cometi a loucura de me enfiar num ficstape no meio de um bloqueio criativo. Escrever algo inspirado nos Jonas Brothers, que foram o meu propulsor a escrever e conhecer fics, era exatamente o que precisava para voltar a me apaixonar pela escrita. Agradeço demais as meninas da curadoria do ficstape pela atenção e paciência com as meninas do grupo, especialmente eu. Foi muito especial surtar com todas elas quando houve o anúncio do show deles aqui no Brasil para 2024. Agradeço as meninas do Clube das Bloqueadas. Vocês não têm ideia do quanto as reuniões e as trocas que tivemos foram importantes para que eu não perdesse a motivação e que tudo isso ganhasse vida.
Por fim, peço encarecidamente e do fundo do meu coração que não deixem de comentar. Toda interação de vocês é bem-vinda e desejada pelo autor. Queremos (eu querooo demais) saber o que passa pela mente de vocês durante e no final da leitura. Por isso, COMENTEM MUITOOOOO.
P.S.: vocês encontraram a referência que eu fiz para outras músicas durante a história? Uma dica para quem não pescou: Taylor Swift, SOS, medo.
Outras Fanfics:
→ 01. Here We Go Again [Ficstape #142: Demi Lovato – Here We Go Again]
→ 01. Weightless [Ficstape #096: All Time Low – Nothing Personal]
→ 04. Misery Business [Ficstape #160: Paramore – Riot]
→ 04. Bloodline [Ficstape #185: Ariana Grande – Thank U, Next]
→ 04. The Man [Ficstape #182: Taylor Swift – Lover]
→ 04. Sims [Ficstape#244 – LAUV: how i’m feeling]
→ 07. Successful [Ficstape #169: Ariana Grande – Sweetener]
→ 07. Summer Alive [Ficstape #228 – The Wanted: Word of Mouth]
→ 07. The Sweetness [Ficstape #246 – Ashton Irwin: Superbloom]
→ 08. Better Man [Ficstape #167: 5 Seconds of Summer – Youngblood]
→ 08. Living Dead [Ficstape #154 – Marina and The Diamonds: Electra Heart]
→ 09. Love Don’t Die [FICSTAPE #224 – The Fray: Through the Years]
→ 10. Make a Movie [Ficstape#249 – StarStruck: Soundtrack]
→ 11. Just Friends [Ficstape #175: Jonas Brothers – Jonas Brothers]
→ 13. Recess [Ficstape#261 – Melanie Martinez: K-12]
→ 14. Comeback [Ficstape #161: Jonas Brothers – Happiness Begins]
→ 23. We Were Happy (Taylor’s Version) [From The Vault] [Ficstape #025: Taylor Swift: Fearless Taylor’s Version]
→ One and The Same [Originais – Em Andamento]
→ Children’s Playbook [Atores – Chris Evans – Shortfics]
→ Royally Dreaming [Especial de Final de Ano das Indicadoras]