09. I Want

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

“O dinheiro compra até amor verdadeiro.”
-Nelson Rodrigues-


Apesar de estar muito frio lá fora, aqui dentro do pub está quente. Ou eu estou bêbada demais para sentir frio. Eu não ligo.
Vamos às apresentações: meu nome é , sou escorpiana de corpo e alma, formada em psicologia e trabalho num consultório. Sou brasileira, mas com três anos fui morar em Portugal com a minha mãe, então, quando terminei a faculdade vim morar em Londres. Eu e minha mãe não somos pobres, mas também não somos podres de ricas e é por isso que desde pequena escuto minha mãe dizer que amor a gente só sente pela família e que, por conta disso, devemos sempre optar pelo dinheiro. E é isso que eu venho exercendo por um tempo. Namorar homens ricos e me aproveitar ao máximo do dinheiro deles acabou virando meu esporte favorito.
No momento eu estou solteira e em busca de uma nova alma para sugar seu dinheiro em viagens, jóias, acessórios e roupas de marca. E como a mulher experiente que sou, estou no Funky Buddha, um dos pubs mais bem frequentados da região com a minha única melhor e verdadeira amiga .
Acho que até agora, uns dez caras já me pagaram bebidas extremamente caras e com uma quantidade absurda de álcool, e não, eu não dancei, beijei ou fui pra cama com nenhum deles. Eu só sei me aproveitar das pessoas do melhor jeito possível, acho que é um dom.
Após alguns shots e muita dança eu comecei a ficar meio tonta e resolvi me sentar com .
- Já cansou, ? – Para variar, já estava com um homem loiro beijando seu pescoço.
- Para você ver, ... Acho que estou ficando fraca para bebidas. – Nos encaramos por breves segundos e começamos a gargalhar.
- Você – me olhou tentando ficar seria. - Fraca para bebidas? Então, meu amor, eu sou virgem. – Gargalhamos de novo. Digamos que está longe de ser virgem e eu estou longe de ser fraca para bebidas. Mas acho que hoje eu exagerei um pouco... Não sei nem quantos shots eu bebi.
- Anyway, eu acho que hoje eu realmente exagerei, . Vou pegar um taxi e ir pra casa. – Olhei para o loiro, que agora me olhava com atenção junto com a minha amiga. – E você – apontei pra ele, já com um sorriso malicioso – cuida bem da minha menina, hein! Quero ela em casa com um sorriso no rosto.
Sim, nós duas dividimos um apartamento. Eu a conheci na faculdade e desde então virou minha fiel friend to infinity and beyond. E como ela aderiu ao meu modo de pensar, ambas só gastamos dinheiro com as coisas do apartamento, o que nos deu a chance de ter um apartamento meio grande.
Estava quase na saída quando fui, literalmente, empurrada para os braços de um cara e, logo em seguida, caí no chão com ele.
- Mas que merda é essa? – Ele gritou já se levantando.
- Ai, meu Deus! Desculpa! Alguém me empurrou e eu perdi o equilíbrio. – Eu falei tão rápido e arrastado que eu não sei se ele começou a rir de mim, da situação, da vida. Eu só sei que aquela risada era tão gostosa que eu ri junto.
- Tudo bem. Acontece. – e deu de ombros. – Hm... Você está indo embora?
- Estou sim. Por quê? – Dei um sorriso meio tímido.
- Eu estava pensando se você não quer ir comigo tomar um café.
- Agora? – Olhei no celular. – São quase 4h da manhã.
- Eu conheço um café 24h. Não fica tão longe. – Então ele me olhou com cara de cachorro que caiu da mudança. – Por favor. – Dois segundos depois estávamos rindo.
- Só vou porque eu te derrubei no chão. – Rimos novamente.

Em 15 minutos chegamos ao café, sentamos numa mesa e fizemos nossos pedidos.
- Então – comecei. – Qual é o seu nome, mesmo?
- . E o seu?
- .
- Então , o que você faz da vida? Além de derrubar pessoas alheias em pubs?
- Eu sou psicóloga – disse rindo um pouco. – E você?
demorou um pouco para responder, fazendo uma cara meio estranha.
- Você não sabe quem e... – Ele não completou a frase, pois as bebidas chegaram e logo ele puxou outro assunto. – Eu amo esse cappuccino, me lembra um pouco a casa da minha mãe. – Sorriu nostálgico.
- Então você não é daqui de Londres?
- Não... Eu vim morar aqui há uns anos por causa da ban... Hm... Melhores condições de trabalho. E você? Seu sotaque te denuncia um pouco. – Riu.
- Eu sou brasileira, mas fui morar em Portugal com a minha mãe com três anos e, agora que me formei, vim morar aqui com a minha amiga.
- Entendi... E você voltou para o Brasil desde que veio para a Europa?
- Sim. Eu vou pra lá todos os natais para passar com a família. Você já foi pra lá?
- Uma vez com os meus amigos... Fomos para São Paulo e Rio de Janeiro.
- Nossa... Que legal! E para quais outros lugares você já foi? – Ui! Acho que acabei de encontrar meu próximo alvo.
- Bom... Para vários. Pode-se dizer que eu e meus amigos fizemos um “mochilão” pelo mundo todo. – Alguém me leve pra Las Vegas porque hoje é meu dia de sorte.
- E depois de toda essa experiência, qual foi o lugar que vocês mais gostaram?
- Não dá para escolher somente um, mas acho que o Brasil está entre os melhores. O que dizem sobre as brasileiras não é mentira. – Rimos e ele me olhou malicioso.
Continuamos uma conversa simples e cheia de olhares com segundas intenções e, quando olhei para o celular e já eram 05h29min da manhã. Além de já estar meio tarde/cedo, domingo é o dia em que eu e tiramos para arrumar a casa e passar a tarde toda vendo filmes, series e etc., bebendo nosso vinho e comendo pipoca. E para isso, nós combinamos que teríamos que, pelo menos, estar em casa 8h para dormir um pouco. E eu gosto muito de dormir. Ninguém merece passar o dia todo como uma múmia.
- , nossa conversa está realmente ótima, mas eu preciso ir pra casa. – Ele me olhou por alguns segundos até dizer algo.
- Ah... Sim. Hm... Posso te dar uma carona, se quiser, claro. – E sorriu meio sem jeito.
- Seria legal... Eu não sou muito fã de andar de taxi há essas horas.
- Você tem toda a razão, mademoiselle – rimos e fomos para seu carro.


Resumo da madrugada: Eu cheguei umas 6h, peguei o número dele dizendo que ia mandar uma mensagem no dia seguinte, tomei um banho quente e fui dormir.
7h43min. Que raio de merda está acontecendo aqui?
Abri os olhos no momento em que ouvi uma gritaria e logo peguei minha faca de baixo da cama – eu guardo ela em para algum caso de emergência – e fui devagar para a sala.
Quando cheguei lá, estava gritando com nosso vizinho, Ethan.
- EU NÃO QUERO SABER, ETHAN! EU NÃO SOU OBRIGADA A OUVIR VOCÊ E UMA PUTINHA GEMENDO ÀS 7:30 DA MANHÃ!!!
- EU ESTOU NA MINHA CASA! M-I-N-H-A! EU POSSO FAZER O QUE EU BEM ENTENDER NA MINHA CASA. E VIRA A BOCA PARA FALAR SOBRE QUEM EU TRAGO AQUI. ALIÁS, VOCÊ NÃO PODE FALAR SOBRE QUEM EU TRAGO AQUI. A VIDA É MINHA, VOCÊ NÃO PODE FICAR FALANDO DA VIDA ALHEIA POR AÍ, MENINA.
Quando vi se preparando para bater nele, resolvi intervir nessa briga.
- EI, EI, EI!!! – Fui entrando no meio dos dois. – São 7:40 da manhã e ninguém quer ouvir vocês gritando, porra. Será que vocês podem me explicar que merda que está acontecendo aqui? Sem gritos e UM de cada vez.
- Esse idiota do Ethan estava transando com alguém e eu não estava conseguindo dormir, então eu vim aqui pedir para eles ficarem quietos. – falou e cruzou os braços encarando Ethan.
- Em minha defesa essa menina já veio gritando comigo, grossa e xingando.
- Bom crianças, vamos fazer o seguinte: , vai dormir e Ethan, você pode gemer baixo? A gente quer dormir. Se você não sabe, hoje é domingo.
Ambos me olharam estressados, bufaram e entraram em suas casas. Juro que não sei como eles ainda não se pegaram... A tensão sexual aqui é óbvia.
Entrei em casa e fui direto pra minha cama e voltei a dormir.
Acordei 13h57min, fiz minha higiene pessoal e fui para a cozinha fazer um café da manhã/almoço.
Quando terminei, fui chamar , que estava se trocando.
- , vem comer. Hoje a gente tem que acabar a 5ª Temporada de Vampire Diaries!
- Ok xuxu, tô indo – disse rindo. – Mas então, como foi a noite?
- Ai amiga... Eu caí em cima de um cara muito gato e a gente foi tomar um café. E só. Mas a sua deve ter sido mais legal, né. – Falei com a voz carregada de ironia. - Considerando seu humor de hoje de manhã.
- Nem me lembre disso! – Colocando as mãos na cara. – O cara era casado. A mulher dele ligou no meio do caminho pro motel.
- Eita! Essa semana você arranja outro... Nem encana. – Demos risada, sentamos no sofá e começamos a comer e assistir o 8° episódio.





***
Eu odeio segunda-feira. É o dia mais inútil que alguém poderia ter criado. Ainda mais quando se tem que acordar 6h da manhã para trabalhar. Não que eu não goste do meu trabalho, mas eu não gosto de acordar cedo.
Anyway, saí de casa 5 minutos atrasada e peguei o pior trânsito do mundo, e quando cheguei no consultório já haviam pacientes me esperando.
- Bom dia Dani! – Cumprimentei a secretária com um sorriso no rosto. – Tudo bem?
- Tudo ótimo, . E com você?
- Estou bem. Vou arrumar as coisas lá dentro e já aviso para o paciente entrar.

No meu horário de almoço, geralmente vou com Dani para um restaurante em frente ao consultório. Chegando lá meu celular começou a tocar e avisei à Dani que já entrava.
-Alô. Quem é?
-? Achei que você tinha salvado meu número. – riu.
- E eu salvei... Só que não reparei em quem era ao atender. Aliás, como sabe meu número? Não me lembro de ter te dado.
- E não deu, mas tenho meus contatos. Mas vamos direto ao assunto. Quando eu irei te ver de novo? – Uma dica que eu super utilizo é: Diga que irá ligar, mas não ligue. Se ele realmente te quer, ele vai ligar. Agora a etapa dois: se fazer de difícil e decidida.
- Hm... Acho que quinta à noite eu não tenho nada. Esteja em casa às 21h. Agora eu tenho que almoçar. Até logo, .
- Estarei lá. Até logo, .

O resto da semana ocorreu de forma totalmente entediante. e Ethan continuaram com certas discussões sem motivo e, quando contei a meu encontro com o cara do café, pareceu que ela ficou mais feliz que eu. Não é como se ele fosse alguém especial ou um crush. Era só um cara “x” que eu havia conhecido e, aparentemente, era rico.
E assim quinta-feira chegou. Comecei a me arrumar 19h30min. Tomei banho, fiz uma maquiagem leve e deixei o cabelo solto. Como não sabia para onde iríamos, optei por usar algo que fosse um meio termo. Coloquei um vestido que ficava pouco acima do joelho, justo na parte de cima e meio solto na parte de baixo. Coloquei um salto preto e 20h40min estava pronta. Cinco minutos depois me ligou.
- , está pronta?
-Sim. Já esta chegando?
- Na verdade, estou em frente ao seu prédio.
-Ah, ok. Estou descendo, então. – E desliguei, peguei minha bolsa e saí.
Chegando lá em baixo, estava encostado na porta do carro vestindo um smoking.
- Acredito que eu acertei na escolha da roupa, não é mesmo? – dei risada.
- Acho que sim, senhorita. – disse beijando as costas da minha mão e foi abrir a porta para mim.
-Será que eu posso saber para onde vamos hoje?
- Primeiramente, ao mercado. – Espera. Mercado? - O resto é surpresa.
-Ok...

Chegando ao mercado me emprestou um casaco para disfarçar um pouco a roupa, e colocou um moletom com um gorro, cobrindo um pouco sua cara. Não questionei, até porque ele devia estar meio desconfortável, assim como eu. Qual é?! A gente estava no mercado com roupas muito formais!
Lá dentro, ele foi direto comprar comida. Marshmallow, salgadinhos, chocolate, algumas frutas... Ai meu Deus! Será que ele vai me sequestrar? Eu carreguei meu celular, né? Acho que vou avisar , pelo menos assim ela avisa a polícia se eu demorar ou coisa assim.
- , eu me esqueci de trancar a porta de casa. Vou avisar . Cinco minutinhos, tá?
- Sem problemas, . – Deu um sorrisinho pra mim.
Atende, atende, atende, atende meu Deus!
- Alô? – Graças a Deus!
- , eu estou no mercado com o e ele está comprando comida. Eu achei melhor te avisar, porque vai que ele me seqüestra... Sei lá. Qualquer coisa, o nome dele é . Eu não sei qual é o sobrenome. Mas você sabe como ele é, então é só descrever para a polícia.
-Caramba amiga! Ok. Qualquer coisa eu ligo. Mas tenta me avisar onde vocês estão indo. Rápido.
-Pode deixar! Te amo, amiga.
- Também te amo. Se cuida!
E desliguei. E sim, às vezes eu sou meio paranóica mesmo.
Fui à procura de e ele estava vendo biquínis. Tudo bem... Agora a porra ficou estranha.
- O que você está fazendo? – Ele estava tão distraído que se assustou. Foi cômico.
- Que susto, ! – Ele riu. – Eu estava tentando escolher um biquíni para você, mas eu não sei qual escolher!
- E porque você está escolhendo um biquíni pra mim?
- Só digo que vamos pra um lugar que tem água. – Ele vai me matar afogada? Ok, respira . Talvez ele te leve pra uma cachoeira ou algo assim e só.
Escolhi um biquíni azul com detalhes pretos. Ele foi pagar e pouco tempo depois estávamos na estrada ouvindo o rádio. Então começou a tocar aquela música. Sabe aquela música que por mais que você tente, você não consegue não cantar? É como se não houvesse essa opção.

- Are you getting back, coming to the stage is a girl who's new in town – Comecei. Olhei para e ele já ria de mim, e cantou comigo. - She goes by the name where your stacks at this pretty little thing I swear won't let you down. Watch it drop it like....hey.
- It's not complicated, so this won’t take a while. You see music make her dance, and money money money make her smile!
Dançamos e rimos até ter que parar o carro no acostamento para parar de rir, fato esse que só nos fez rir mais.
- Eu não acredito que você gosta dessa música! – disse meio boba ainda.
- Bruno Mars é o rei, baby.
- Tenho que concordar. – Ele ligou o carro e voltamos à estrada. – Mas então... Já pode me falar para onde estamos indo? Ou pelo menos se tem sinal?
- Não falo. E fica tranquila que eu não vou te sequestrar – Gelei. Será que ele ouviu minha conversa? – Lá tem sinal, sim.
- Então ok... – Preferi deixar quieto a parte do sequestro. – Em quanto tempo nós chegamos nesse lugar?
- Acho que em 15 minutos estamos lá.
Dito e feito. Em 15 minutos estávamos numa praia linda!
começou a pegar as coisas no carro e me pediu ajuda.
- Meu Deus, ! Que lugar lindo!
- Eu costumava vir aqui com o meu pai para acampar quando era menor.
- Entendi... E pelo visto nós vamos acampar hoje, né? – Perguntei vendo ele levar uma barraca até um ponto da praia, e ele concordou com a cabeça. – Você sabe que eu trabalho amanhã, né?
- Claro que eu sei, . 7h30min você estará na porta do seu trabalho.
- Bom mesmo! – meu celular começou a tocar. . –Eu vou atender, já volto.
- Alô?
-? Está bem? – ouvi a voz dela meio cortada.
- Estou bem, . Estou numa praia com ele e o sinal é horrível. – falei devagar para ela entender mais o que eu dizia.
-Ah... Ok amiga. Aproveita o boy. Beijo. – E desligou.
Voltei para , que estava fazendo uma fogueira.
- Ok, agora me explique porque você está de smoking. Porque eu estou assim por um “chute” – rimos.
- Estamos assim porque eu sou uma pessoa que gosta de dançar, e hoje você vai dançar comigo. E nada melhor do que roupas de gala para uma valsa, não é mesmo? – Eu pisquei, e pisquei de novo, e sorri. De onde esse homem veio?
Enquanto eu estava no meu transe “eu bati a cabeça e eu estou sonhando” colocou uma música em seu carro.
- Me concede essa dança? – Disse segurando minha mão.
- Claro, meu senhor. –disse rindo.
Começamos a dançar e eu comecei a agradecer mentalmente por ter feito aulas de dança na adolescência.
Depois de algumas músicas fomos comer alguma coisa.
- Ok, vamos jogar um joguinho que eu amo. – disse a – eu te pergunto alguma coisa e você tem que me responder sem mentir.
- Gostei! Eu começo. – concordei com a cabeça. – Qual é a sua filosofia de vida?
- Que pergunta direta. – ri – Minha filosofia de vida é “Pra que amor quando se tem dinheiro.”
- Então você acha que não vale a pena se apaixonar?
- Acho que agora é minha vez, não? – Dei um sorriso vencedor.
- Claro. – riu.
- Se você pudesse voltar no tempo e alterar algum fato, o que seria?
- Acho que eu não mudaria nada, até porque se eu mudasse, eu não estaria onde eu estou hoje, não conheceria pessoas que eu conheço, e não estaria com você. – Sorri e olhei para baixo. Eu estou com vergonha? Eu nunca fico envergonhada. Pare com isso agora, . – Minha vez! – sorriu – Você não acredita no amor, que pode se apaixonar por alguém independente de seu dinheiro?
- Amor não existe, . Não basta de uma ilusão. Nunca existiu. Desde séculos atrás, as pessoas se casavam por serem obrigadas, não é? Então devem ter criado esse sentimento para esconder o fato de que os casamentos são baseados em puro interesse.
- Boa resposta. Mas eu tenho que discordar. Quando você se apaixonar, vai ver que isso tudo que você diz, não basta de puro desentendimento do assunto.
- Ok, . Vai sonhando. Minha pergunta é: O que você faria com seus “15 minutos de fama”?
Ele me encarou por alguns segundos como se perguntasse se eu sei de algo.
- Por quê?
- Porque a gente está jogando um jogo de perguntas e eu quero saber das coisas. Por que, ? Esta escondendo algo de mim? – Cerrei os olhos.
- Não. Não estou, não. – riu levando a mão ao pescoço. – Eu acho que eu sairia com muitas garotas e gastaria muito dinheiro em nada importante. Qual a sua banda favorita?
- Acho que One Republic... – Olhei pro céu. – Essas estrelas são tão lindas...
- Sim... Era o que eu mais gostava de fazer. Deitar e olhar as estrelas.
Ficamos uns 10 minutos em silêncio.
- No que você está pensando? – Olhei pra e vi que ele estava muito perto.
- Em como a vida é estranha. Eu nunca pensei que eu traria alguém aqui. – Calma ai...
- Como assim?
- Você é a primeira pessoa que eu trago aqui. – Ai caralho. A porra tá seria aqui.
- Hm... , eu não acho que você entendeu. Eu não me apaixono por ninguém, então, por favor, não começa a gostar de mim. Eu não sou a pessoa certa para isso. E eu só estou avisando isso para você porque eu realmente acho você alguém legal.
- Relaxa ... Só deixa acontecer. Se for para algo importante acontecer, vai acontecer independente do que você diz agora.
- Realmente , você não existe. – Rimos.
Cinco minutos depois fomos para o mar.




***

Acordei assustada já achando que eu havia perdido o horário, até que olhei para frente e vi que o sol estava nascendo.
- Bom dia flor do dia! – Vi sorrindo. – Estou cortando umas frutas para comermos e então vamos para o seu trabalho. A ligou faz uns 15 minutos e eu atendi e tomei a liberdade de pedir para ela levar uma roupa para você e deixar no consultório.
- Bom dia e obrigada. – dei um risinho.

Quando cheguei em casa, depois do dia de trabalho, estava no sofá só me esperando.
- O que aconteceu lá? Você deu pra ele? Ele beija bem?
- Calma mulher! – Ri – Eu não dei pra ele. Não beijei ele. Nós dançamos, conversamos, nadamos, dormimos e só.
- Aham, tá bom amiga. – Revirou os olhos. – Ele é gay ou coisa assim?
- Acho que não. Ele só me respeita e quer isso devagar. Ele acha que eu vou me apaixonar por ele. – Ela me encarou e começamos a rir.
A campainha tocou.
- Eu atendo! – disse pulando do sofá. Eu não tive nem tempo de responder. – Oi Ethan.
- Oi e . Hm... , será que a gente podia... – Ethan fez menção de sair, a chamando para conversar.
- Ahn... Claro. – Ela olho pra mim com uma cara de “depois explico” e eu concordei.

Acordei com alguém me sacudindo.
- , acordaaa eu quero te contar tudo sobre o Ethan!!!! Levantaaaaa.
- Ai caralho, já to acordada sua vadia! Que horas são?
- 21h43min. Daqui a pouco você tem que se arrumar pra gente sair. E é o seguinte: eu e o Ethan estamos transando.
-E...?
- E o quê? É isso... Por que você não está com cara de surpresa?
- Porque era óbvio que isso ia acontecer. Vocês demoraram muito.
- Nossa amiga... Você poderia fingir que não sabia, né.
- Ok... – Me levantei – MEU DEUS SUA VADIA! COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ TRANSANDO COM O NOSSO VIZINHO???? VOCÊS VIVIAM BRIGANDO! SUA VADIA LOUCA E SAFADA! – Disse pulando de alegria e rimos da minha atuação.
- Obrigada por me chamar de vadia louca e safada.
Então meu celular tocou e adivinhem só quem era.
- Alô?
- Boa noite, !
- Boa noite , como está a noite?
- Melhor agora que eu tô falando com você. – Ri.
- Então me diga o que me traz a honra de estar falando com você. – Rimos.
- Você quer sair comigo hoje?
- Hoje é dia de sair com a ... – olhei pra ela e ela começou a falar, monossilabicamente, que eu podia sair com ele. – Mas como ela está parecendo uma louca falando que eu preciso sair com você, esteja aqui 23h.
- Estarei aí. E onde você quer ir hoje?
- Que tal um bar?
- Boa! 23h estou aí.

-Amiga, você tem que me ajudar a escolher uma roupa.
- Por que? Quer impressionar o boy magia? – Riu.
- Talvez... – Dei um sorriso meio tímido e parou de rir.
- , você não está... – a interrompi.
- Gostando dele? Claro que não! – ou sim... Não! Não estou! – Eu só quero que ELE goste de mim, você sabe, pra conseguir algumas coisas dele. Como sempre.
- Aham... Ok amiga. Vocês vão num bar, né? – concordei com a cabeça. – Então você vai com esse cropped, – era um de manga comprida de renda e todo branco. – essa saia, – era uma saia longa salmão de seda com uma fenda até o meio da coxa – essa bota. – a bota era preta, de cano curto e com um salto médio e fino. – E esse casaco. – era um casaco preto de couro.
Tomei um banho rápido, fiz uma maquiagem leve, peguei uma bolsa preta pequena e fiz uma trança soltinha. 22h58min estava pronta, já no hall esperando ele. Então meu telefone tocou.
- ?
- Oi , já pode ir descendo, estou chegando.
- Já estou aqui em baixo.
- Nesse caso, em 1 minuto estou aí.
Desliguei o telefone e comecei a pensar. Sabe, parece ser alguém que realmente está tentando me conhecer. Isso nunca aconteceu, até porque eu nunca deixei isso acontecer, mas com ele é diferente. Eu não sei porque, mas eu confio nele. Eu nunca senti algo desse jeito por ninguém. Parece que quando eu estou com ele tudo está simplesmente certo, que eu realmente deveria estar com ele, fazendo seja lá o que for, com ele. E antes que eu comece a pensar no motivo disso tudo, ele chegou. E estava lindo, para variar um pouco.
Entrei no carro e senti aquele cheiro maravilhoso de seu perfume.
- Uau! Você está simplesmente perfeita, .
- Se eu estou perfeita você está o que, ? - Rimos. Meu Deus! Esse homem não pode ser real. Ele estava usando uma blusa branca com uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans preta também. Realmente, esse homem estava querendo me matar.
O caminho para o bar foi curto e nós conversamos sobre meu trabalho, nada muito importante. O fato estranho é que quando eu perguntei de seu trabalho ele fugiu do assunto. O que será que ele tanto esconde desse trabalho?

Chegamos ao bar e tinha muitos paparazzi. pareceu se esconder para não aparecer nas fotos, mas eu não. Quem sabe eu apareço numa revista de fofoca. Lá dentro, sentamos numa mesa mais reservada.
- Então , eu preciso te contar uma coisa, mas antes eu preciso saber se você gosta de mim. Nem se for só como um novo amigo. – Ai meu Deus! Ele é gay! Será que ele trabalha com algo relacionado a isso e tem vergonha? Por isso ele muda tanto de assunto quando eu falo de seu trabalho?
- Claro que eu gosto de você. Eu já falei na praia que você é alguém que eu realmente gosto e acho legal, logo, eu espero que você confie em mim do mesmo jeito que eu confio em você. – Pronto. Ele vai falar. Mas sabe... É um desperdício, eu realmente queria ficar com ele, e talvez tentar algo mais... Para ! Você não gosta dele desse jeito!
-Então ... Eu confio. É por isso que eu... – Uma mulher de uns 20 e poucos anos parou em frente da nossa mesa com um sorriso gigante.
- Com licença, desculpe interromper –olhou pra mim e depois pra ele. – , você poderia tirar uma foto comigo? – Oi? Alguém me explica o que está acontecendo aqui, por favor?
- Claro! – E me olhou com uma cara de “era isso que eu ia te dizer” e sorriu para a foto.
Ela agradeceu e saiu.
- Pode falar agora! Quem é você, ? – tentei parecer brava, mas acho que a minha expressão foi mais para super confusa. Ele é um gay famoso? Por que raios eu nunca o vi em revistas ou algo assim?
- Eu sou do One Direction. – Uou. Ele é daquela banda que as minhas pacientes morrem ~ literalmente ~ de vontade de conhecer. Eu tenho certeza que eu devo estar com uma expressão engraçada. Ou preocupante. Whatever, ele é famoso pra caralho! Como eu nunca percebi quem ele era? Será que as pessoas já sabem quem eu sou? Eu não to bem. Nem um pouco.
- , pede uma água pra mim? – Ar? Cadê você meu querido amigo, companheiro de todas as horas?
- Cla-claro. – Ele pediu e foram logo pegar. – Você está bem? Ai meu Deus, , fica bem! – Ele disse levantando da cadeira e vindo em minha direção.
O garçom trouxe água e sal e logo eu fiquei melhor. Claro que não acreditou e queria me levar para o hospital e sei lá mais o quê. Que homem dramático, meu Deus.
- Você está mesmo melhor?
- Sim, . Relaxa. Agora voltando um pouco, eu vou me dar o direito de falar: Como assim você é de uma banda mega ultra hiper famosa e não me falou? Você é louco? E se eu não quisesse fazer parte das revistas de fofoca? Já consigo até ver “O famoso é visto em bar com uma mulher. Será ela o novo caso dele ou só mais uma para passar a noite?”. Ai cacete! Minhas pacientes vão surtar! Elas meio que amam sua banda. É algo doentio até. E só pra deixar claro aqui, você não é gay, certo? – me encarou por alguns segundos e abriu a boca varias vezes até sair alguma coisa.
- Eu sei que eu errei, mas eu gostei de você. E quando eu percebi que você realmente não sabia quem eu era, nossa – olhou pra cima e voltou seu olhar pra mim. - Você não sabe como é ter alguém que goste de você pelo que você realmente é, e não pelo seu dinheiro. – riu meio triste. Era agora em que eu deveria me sentir um lixo de pessoa? Então ele mudou totalmente de expressão e fez uma cara estranha. – Você realmente achou que eu fosse gay? – Só levantei de ombros, rindo.
Nós pedimos uma porção de batata frita com cheddar e uma bebida cada um.
- Então você não está brava? – disse bebendo sua Coca-cola de cereja e fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.
- Claro que não. Eu entendo que você queria aproveitar a chance de alguém que não te conhece, te conhecer de um jeito diferente das pessoas que normalmente você conhece. – Rimos. – Isso nem fez sentido. – Rimos mais.
- Faz sim! Todos me conhecem como do One Direction, então quando percebi que você não conhecia, aproveitei.
Nós ficamos no bar até 1h e decidimos ir para algum lugar para beber, então ligou para um de seus seguranças para nos levar, já que ele não iria dirigir bêbado.
Chegamos no bar e começamos a dançar e beber. Estava tudo lindo e maravilhoso, eu estava no meu décimo shot de tequila e em seu quarto de vodka. Então eu decidi que queria dançar e ele ficou sentado, apenas me observando. Acho que estava tocando Sex And Candy do Marron 5, por isso tive que me controlar MUITO para não fazer besteira. Qual é? Essa musica é a melhor musica para dançar sensualmente e convenhamos que dançar sensualmente + salto fino + bebida = queda humilhante. Então, no meio da música chamei para terminar a dança comigo e ele veio até mim rindo e arriscando alguns passos de dança. Ele segurou forte na minha cintura e eu em seu pescoço e comecei a rebolar seguindo o ritmo da música, ficamos assim até o fim da música, quando me encarou e começou a se aproximar. E finalmente me beijou. E que beijo! Meu corpo inteiro se estremeceu e só paramos o beijo quando o ar acabou.
- Acho melhor nós irmos embora. – disse me encarando sem expressão. O que deu nele?
- Se você acha, quem sou eu pra contrariar, né. – Ele concordou com a cabeça.
- E desculpe por ter te beijado. Não deveria ter feito isso. – Ele disse e saiu andando. O quê?
-. – chamei, mas ele não me ouviu, e se ouviu me ignorou. – !!!! – Gritei o puxando pelo braço.
- O que fo... - O beijei. Pronto, se ele não quisesse isso, não teria feito antes. – ...
- nada! Qual é o problema? – Já estava meio sem paciência. Então saímos de lá e demos de cara com uns trinta paparazzi.
- Esse é o problema. – eu só conseguia ouvir “, quem é ela?” “, vocês estão namorando?” “, olha pra cá!” – Vamos. – Ele disse me puxando pro carro.
- É sempre assim? – Ele concordou com a cabeça. – Como você consegue viver desse jeito?
- Ah... Esse é um mundo onde não existe volta e quando percebemos, já estava assim. Uma vez na mídia, sua vida nunca mais será a mesma. Por isso que... – Ele respirou fundo. – que eu preciso saber – ele me encarou e segurou minha mão. – Você quer mesmo seguir com isso?
Eu quero? Eu aguento isso? Se eu não quiser, eu vou perder ele. Será que eu consigo viver sem ele? . Para. É claro que você consegue. Ele é só dinheiro, não é? Essa não é a sua razão de vida? Dinheiro? Então, é só arrumar outro cara rico. Mas... Eu não quero outro cara rico. Eu quero esse cara rico. Por que eu ainda estou mentindo pra mim? É obvio que eu estou gostando dele.
- Eu prefiro pensar nisso amanhã. Hoje eu ainda quero aproveitar com você. – sorri.
Então fomos para a casa de e entrando lá, ele já me ofereceu vinho.
- Por acaso você está querendo me embebedar, senhor ? – Ri pegando a taça.
- Eu? Longe de mim fazer isso, senhorita. – rimos.
Acho que bebemos a garrafa toda de vinho. Ok, não bebemos ela inteira porque eu derrubei um pouco na minha blusa, o que levou a me emprestar uma camisa. Só sei que começamos a nos beijar no sofá e a coisa começou a esquentar.
Seus beijos foram da minha boca para meu pescoço e passaram a ser leves mordidas, mordidas essas que foram até minha orelha e não teve como não me arrepiar. Então ele voltou para minha boca e começou a descer, beijando a parte da camisa que estava aberta.
Quando vi estava só de calcinha e sutiã e sem a blusa e estava em seu colo, a caminho de seu quarto, logo senti minhas costas no colchão e deitamos ali.
já estava há muito tempo no comando da situação, portanto tomei a liberdade de ficar por cima dele. Fui beijando e mordendo desde a sua boca até o elástico de sua cueca que estava aparecendo e comecei a tirar sua calça.
(...)



***

Acordei numa cama diferente, então senti uma mão na minha cintura e percebi que estava na cama do . Então tudo me veio na cabeça. One Direction, muitos shots, paparazzi, segurança dele nos trazendo pra casa dele, garrafa de vinho e sexo. Eu transei com ele.
Saí dos braços dele tentando não me mexer muito, e fui procurar minhas roupas. Entrei no banheiro e tomei um banho, e quando vi que minha blusa estava cheia de vinho, peguei uma camisa de botões vermelha de e a cortei para não ficar tão grande e coloquei a saia por cima da camisa. É como dizem, quem não tem cão caça com gato. E fui fazer algo para comermos.
Quando terminei de fazer as panquecas, a campainha tocou, e como estava dormindo, eu fui abrir a porta.
- , a gente t... Você não é o . – Um garoto moreno falou me encarando.
- Não... Eu sou uma... amiga. Você é o...?
- Você não sabe quem eu sou? – Ele me olhou em duvida e eu neguei. – Bom, eu sou o .
-Ah! Da banda, né? – Ele concordou. – Quer panqueca, ?
- Claro!
Então eu comecei a contar pra ele como eu e nos conhecemos e então o mesmo apareceu na cozinha.
- , por que você não me acordou? – Ele viu e fez uma cara de dúvida. – O que você esta fazendo aqui, ?
- Puta merda – ele bateu na cara. – Eu vim avisar que a gente estava atrasado para a gravação de Drag Me Down e Infinity.
- Caralho! Eu tinha esquecido! Será que a pode ir com a gente? – Ambos olharam pra mim.
- Sei lá... Mas os meninos têm que conhecer ela. – sorriu pra mim.
- ... Essa não é minha camisa? – olhou, analisando a camisa.
-Ah, sim. Eu a peguei, já que minha blusa está suja de vinho.
- Hm... vai colocar uma roupa decente e vamos! – disse se lembrando do atraso.

Chegando na gravadora, e levaram a bronca do ano por estarem uma hora atrasados e logo fomos ao encontro dos outros membros da banda, os quais eu tive que pesquisar antes de sair de casa.
- Por que raios vocês demoram tanto? – , é isso? Bom, acho que deve ser, gritou.
- É que a panqueca da estava tão boa que eu tive que comer, e acabei esquecendo de avisar de que estávamos atrasados. – disse a .
- Você deve ser a , certo? – disse, sorrindo para mim. E como resposta concordei com a cabeça. – Prazer, sou o . – Estendeu a mão pra mim e nos cumprimentamos. – E esse é o . – Ele apontou. E acenou e eu fiz o mesmo.
- Bom, vamos logo gravar essas músicas. – disse esfregando as mãos e rindo de algo que tinha dito.

Realmente, Drag Me Down era uma música fodasticamente sensacional! Apesar de eu ter achado Infinity calma demais para os meus padrões de vida, algo me dizia que esse próximo álbum deles ia ser ótimo! E o nome do álbum? Made In A.M. Eu simplesmente amei esse nome!
Anyway, vamos ao que interessa. Saímos do estúdio 20h, e os meninos me convidaram para ir no Funky Buddha para beber com eles e como não sou burra, concordei. Mas antes fiz passar em casa para eu trocar de roupa.
Cheguei lá em cima e estava tomando seu café sagrado de toda noite.
- Oi . Esse é o , , essa é a . – Eles se cumprimentaram e fui para o quarto, seguida de .
- Amiga, você quer ir no Funky Buddha? O pessoal do One Direction tá lá. – Disse como se fosse algo normal.
Ela parecia em transe.
- Como assim One Direction? , esse é o da banda? – Comecei a rir de seu desespero.
- , respira. Sim. Eu descobri isso ontem. Agora vai se arrumar e vamos.
- , você ganhou na loteria com esse seu novo boy. Parabéns. – Ele disse exalando felicidade e eu apenas dei um sorriso fraco.
Em 20 minutos nós estávamos prontas, indo para o carro de .
- Então meninas, como vocês se conheceram? – perguntou sem tirar os olhos da rua.
- Foi no segundo semestre da faculdade. – começou. – Eu estava hm... Digamos que alguns problemas. – estava entrando em depressão, pois seu namorado havia terminado com ela e eu, como uma ótima pessoa, fui falar com ela e começamos a conversar sobre o amor e eu a convenci que amor não existe e bla bla bla. – Então me ajudou. Muito. E desde então viramos melhores amigas. – sorriu para mim e eu para ela. – E você , como começou o famoso One Direction? E a pergunta que não quer calar. Por que Zayn Malik saiu da banda? – Olhei para ela com dúvida. Como ela sabia disso? – , eu tenho pacientes iguais a você. – deu ombros.
- Bom, tudo começou quando nós fomos para o The X Factor... – começou a contar a história.
(...)
- E foi por isso que ele saiu da banda. – Ele acabou a história bem na hora que chegamos na balada.
- Nossa, deve ter sido difícil pra vocês, e para as directioners também. – disse e só concordou com a cabeça.
- Bom pessoal, agora vamos nos divertir! – Disse soltando um gritinho animado e entrei segurando pela mão.
Estava tocando 3 da Britney Spears. Nem preciso dizer que eu e fomos direto para a pista dançar.
Quando acabou fomos para a mesa dos meninos.
- ! – gritou. – Já estava com saudades! – Ri e ele me abraçou. Sabe... Eu gostei dele. – Ah, e o curtiu muito sua amiga. – Ele riu. Parece que tirou a sorte grande.
- Jura? – Disse rindo e olhei para eles, que estavam conversando e logo percebi que já tinha ligado o modo “Quero esse cara agora.” – E aparentemente ela também quer ele. – Disse e rimos.
Depois que já tinha cumprimentado os três, pediu uma garrafa de Jack Daniel’s, que em menos de meia hora já havia acabado.
A noite foi ótima. Nós dançamos, conversamos, bebemos, mas obviamente algo tinha que estragar minha felicidade. E foi justamente que fez isso. Na hora que ele me puxou para conversar já tinha percebido que não estava tudo bem.
- O que houve, ? – perguntei acariciando seu rosto.
- , você sabe que minha vida é corrida, não sabe? – concordei com a cabeça. – Shows, fãs, entrevistas... – suspirou. – Bom, o fato é que nós temos alguns shows para fazer na Austrália e Nova Zelândia, e vamos ficar fora por um mês ou um pouco mais, ainda não sabemos.
- Uou. – É agora que eu finjo estar feliz? Acho que sim... – Que legal! Austrália deve ser bem legal mesmo! E Nova Zelândia então! – E o abracei. – Quando vocês vão?
- Bom, nós vamos na segunda-feira, mas amanhã nós temos que acordar cedo para gravar mais uma música.
- Entendi... Então, nesse caso, vamos aproveitar. – Disse e o puxei para a mesa, onde só estava. Procurei com o olhar e ela estava beijando ninguém mais, ninguém menos que . Típico de senhorita .

Acordei com uma dor de cabeça infernal. Depois que me contou da viagem eu bebi muito, e o meu consolo é que também bebeu horrores, o que me leva a pensar que assim como eu, ele estava mal por ter que ficar longe de mim por tanto tempo.
Assim que liguei a TV me assustei.
- ELLA! NÓS ESTAMOS NA TELEVISÃO! CORRE AQUI! – gritei tão alto que em menos de cinco segundos ela estava do meu lado me pedindo para aumentar o volume.
“Ontem, os cantores da banda One Direction e saíram da badalada Funky Buddha acompanhados. Isso mesmo, queridas directioners. Acompanhados. Não era surpresa que estaria com a psicóloga , mas estava acompanhado de uma mulher que, segundo fontes, é amiga de e se chama , também psicóloga. Será que os garotos finalmente irão se comprometer com alguém, ou elas são só mais algum de seus casos passageiros? Isso é algo que só saberemos em algumas semanas, já que nossos amáveis garotos estão indo para a Oceania fazer alguns shows.
Por enquanto é isso pessoal. Agora voltamos com nossa programação.”

- Ai...
- Meu...
- Deus! – olhamos uma para a cara da outra e ficamos sem palavras. Eles sabiam tudo sobre nós!
Após essa notícia, percebemos que nossos celulares não pararam de tocar. Eu ganhei CINCO MIL SEGUIDORES NO INSTAGRAM!
- Essas meninas são meio possessivas, não? – disse vendo comentários na sua foto. Nós não ligamos para críticas, então isso foi algo um tanto quanto engraçado.
- Essa menina – tentei falar, mas estava quase sem ar de tanto rir. – Ela disse que você parece um pato com essa boca.
- E mesmo assim eu beijei – rimos mais ainda. – Essas meninas têm uma imaginação muito fértil.
Depois de respondermos alguns comentários positivos resolvemos ver um pouco de séries. E assim o dia passou bem rápido.

As semanas seguintes foram bem corridas. Eu falava com todos os dias e ele estava bem preocupado pelos comentários das fãs, e demorou um pouco para ele perceber que isso realmente não me incomodava. Varias revistas tentaram entrar em contato comigo para falar sobre o , mas recusei tudo. Em relação ao trabalho, não foi muito complicado, já que eu tinha deixado claro às pacientes que eu não tinha permissão de falar nada sobre eles, e elas respeitaram, e as que não aceitaram isso logo foram substituídas. Nem preciso dizer que o meu número de consultas triplicaram, né?
A mesma coisa aconteceu com , então digamos que muito dinheiro começou a entrar.
Decidimos não ir a lugares muito cheios por enquanto para evitar algo indesejável, então optamos fazer o mês das amigas. Todos os fins de semana do período em que eles estavam fora faríamos algo diferente. Então fomos a um SPA passar um fim de semana, fomos ao cinema, teatro, jantar fora...
E assim passou bem rápido e quando percebemos nós estávamos indo ao encontro deles no Funky Buddha.

- Será que hoje você vai cair em alguém? – Disse uma voz atrás de mim, colocando as mãos em meus olhos. – Espero que não. Você é pesada. – Ri e virei, dando de cara com um bronzeado, e quando eu digo isso, eu quero dizer vermelho.
- Acho que eu não posso cair em ninguém, já que eu meio que estou ficando com um cara.
- Ah é? – concordei com a cabeça, segurando o riso. – E onde ele está?
- Não sei... Talvez ele esteja atrás dessa segunda pele a lá camarão . – Ri me referindo à sua cor.
- Ei! Não me zoe. Eu só estou um pouquinho bronzeado. – riu.
- Um pouquinho? – Rimos – Ok lindinho, vamos fingir que é só um pouco, assim como você fingiu que protetor solar não existe.

Cumprimentei os garotos e começamos a beber. Acho que, na verdade, tomamos quase todas as bebidas que tinham naquele lugar.
Então “Seven Nation Army” começou a tocar e eu não hesitei em agarrar e levá-lo para a pista. Eu não sei se foi o fato de eu ter tomado muita bebida ou se foi o fato de eu amar essa música, mas eu dancei muito. Então, acho que foi no meio da música, foi pegar uma bebida e eu continuei dançando, então uma mão envolveu minha cintura e eu achei que fosse ele, e virei, foi ai que vi que não era ele.
- Hm... Desculpe, mas eu estou acompanhada. – tentei sair de seus braços, mas ele começou a me segurar com força. E de repente fiquei sóbria de novo.
- Ele deve ser um idiota, já que te deixou sozinha aqui. – O homem disse exibindo seus dentes num sorriso assustador.
Então tudo aconteceu. o socando. Ele o socando de volta. Seguranças. Uma mão em direção à minha cara. Tudo escuro.

Acordei e vi que estava num quarto branco. Tentei levantar e senti uma forte dor de cabeça.
- Não tente levantar, . Sua cabeça só vai doer mais ainda. – disse.
-Hm... O que houve?
- Aquele homem te socou e você bateu a cabeça numa mesa, e em seguida no chão e desmaiou. E fique tranquila, que ele já está preso.
- Ah... Tá, eu acho – disse confusa. – Você não deveria estar fazendo alguma coisa mais importante?
- Claro que não. Eu só saio daqui com você ótima! – Disse me dando um selinho. – Eu vou chamar a enfermeira. E antes que você pergunte, passou a noite aqui com , mas a convencemos de dormir um pouco em casa. – Então ele saiu em busca da enfermeira.

Os próximos seis dias que se seguiram foram bem chatos. O médico disse que eu deveria ficar em observação no hospital, e eu fui obrigada a ficar. e faziam visitas toda manhã e noite, já que tinham que trabalhar. E eu sentia muita dor de cabeça e no rosto, devido ao soco. Então quando sexta-feira chegou, eu quase pulava de alegria por sair daquele lugar.
chegou e eu já estava pronta para ir para casa. Eu não tenho nada contra hospitais, mas enche o saco ficar quase uma semana presa num lugar, sem poder sair nem nada. Então, no caminho para o carro simplesmente falou:
- Só eu que acho que nós deveríamos namorar? – Eu parei de andar na hora.
- Quê?
- , pensa comigo. Nós já estamos nessa de ficar faz dois meses. Oito semanas. Cinquenta e seis dias. Mil trezentos e quarenta e quatro horas. Eu tenho certeza de que eu amo você. Você já disse várias vezes que eu sou alguém que você gosta muito, que confia, que não é assim com nenhum outro cara. – Ele ajoelhou e estendeu uma caixinha com um anel dourado – Namora comigo?
Ok , não entra em choque. Calma. Você sabe que gosta dele, ele gosta de você, então qual é o problema? Você sabe que o dinheiro dele não é nada comparado ao sentimento. Ou não sabe?
- Sim. – O abracei – Sim, sim e sim. – ele me abraçou de volta e me rodopiou no ar – , eu também te amo. Muito. – Pronto. Falei. Eu amo ele. Muito. Ou será que não? Amor para mim ainda é algo muito relativo. Mas que eu não largo mais dele, eu não largo.


Alguns dias depois...
Colocamos a música I Want para tocar, já que esta havia se tornado nossa favorita devido a certas coincidências...
- , posso te fazer uma pergunta? – disse enquanto tomava seu café. Já disse que amo domingos?
- Claro xuxuzinho – sorri.
-Você realmente ama o ou é só o dinheiro e fama? – Parei para pensar. Segundo a internet, se você ama alguém, você provavelmente daria a vida por essa pessoa, só pensaria nela, sente uma saudade absurda, você não vive sem, existe uma obsessão, nem que seja mínima, você não consegue imaginar uma vida que seja sem a pessoa. E digamos que eu sinto isso. Mas com o dinheiro dele. Então eu ri. Essa foi minha resposta. Uma risada. E como uma ótima amiga, logo entendeu que a resposta era não. Eu não amo o . Claro que eu gosto dele. Ele é legal, assim como o pessoal da banda. Mas é como eu disse, amor não é algo que eu realmente acredite. E de uma coisa eu tenho certeza, ele até pode estar apaixonado por mim, mas eu? Eu sempre vou querer mais, mais e mais. E antes que você diga, não. Isso não é uma loucura.


FIM



Nota da autora (30/10/2015): Meu Deus! Primeira fic aqui – claps – eu queria agradecer a Lubis por ter me ajudado pacas aqui. A você que esta lendo isso agora e, bem, ao 1D por ter escrito essa música incrivelmente incrível. Espero que vocês tenham gostado e, qualquer coisa que queiram falar, é só comentar aqui, ou me procurar nas redes sociais:
Twitter: @Bezoka14
Insta: _bialves16
Mil e um beijos e abraços, até a próxima xuxuzinhos <3

Nota da beta: Gente, esse final HAHAHAHAHAHAHAHAH eu amei demaissss!

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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