Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Para que alguém vai querer ajuda de uma estranha, se podemos resolver nossos problemas amorosos (ou a falta deles) por, sei lá, um aplicativo no seu smartphone? Eu sei que parece um tanto quanto antiquado, mas eu realmente gosto do que faço. Amo sentir que ajudei alguém a encontrar o amor da vida dela ou reconquistar. Algumas vezes na vida, nós acabamos seguindo um caminho errado. Não por maldade, às vezes pode ser apenas incerteza ou falta de costume. Acredite, já tive clientes que pediram ajuda porque terminaram um relacionamento por se sentirem felizes demais e ficaram com medo de sofrer no final. Bem, talvez esse seja o mal do mundo, afinal. O medo de sofrer. Eu encaro o sofrimento como aprendizado. Dói? Sim, dói bastante. Mas você aprende, descobre até que ponto pode ir e de onde tem que voltar. Conhece seus próprios limites e descobre sentimentos que nem sabia que existiam. Meu nome é Taylor Swift e eu sou uma conselheira amorosa.
Atrelo meu trabalho como psicóloga com o de conselheira, sempre deixando claro os meus limites. 1. Não me envolvo pessoalmente em nada. Ou seja, não vou falar com seu ex-namorado e pedir que ele volte com você; 2. Não separo relacionamentos. Seguindo essas duas regrinhas, eu levo a vida ajudando e juntando as pessoas, tornando todo mundo um pouco mais feliz. Eu me baseio nos relatos dos meus clientes e entendo um pouco sobre a pessoa que ele ama, dessa forma, eu posso buscar meios de ação que sejam mais efetivos. Se a pessoa gosta de lírios, um buquê pode ajudar, mas se ela tiver alergia, devemos esquecer as flores e focar nos chocolates, por exemplo, mas esses não funcionam se a pessoa viver numa dieta. Algumas pessoas condenam minhas atitudes, como se eu estivesse manipulando as pessoas. Mas não é bem assim. Eu apenas dou aquele pequeno empurrão que a pessoa precisa para correr atrás do que quer. Estar preparado para as situações não é manipular, é apenas ser, digamos, precavido.


- Temos um encontro com o novo cliente às 17h naquela cafeteria de sempre, não se esqueça. Pelo o que ele me explicou no telefone, é uma conquista e não uma reconquista, como o último caso. – Alex disse, animado. Ele adorava o início do processo, era a parte mais divertida para ele, que adorava caçar informações das pessoas pela internet. Eu já falei que qualquer dia ele estará atrás das grades por invasão de privacidade, mas ele dá sempre a mesma resposta: “Se está na internet, não é privativo.” Não tentei argumentar sobre isso uma vez, mas foi inútil, então eu apenas ignoro. Olhei para o relógio e vi que ainda nem eram 16h, então peguei um café e esperei que o próximo paciente chegasse. Arnold chegou pouco tempo depois e eu logo me arrependi que ter marcado com ele tão tarde, porque ele sempre ocupa tempo a mais da consulta e acabou me atrasando para o encontro.
Alex e eu caminhávamos apressados até a esquina, já estávamos mais de quinze minutos atrasados. Entramos rapidamente, avisando um rapaz sentado na mesa que sempre ocupávamos, porque assim tornava mais fácil a identificação, já que ninguém conhecia ninguém. Alex me disse que iria ao banheiro e que encontrava na mesa. Me aproximei, já com um pedido de desculpas ensaiado.
- Taylor? – perguntou, balancei a cabeça levemente, apertando a mão que ele havia estendido. – Sou . – ele continuou, sorrindo em seguida.
- Muito prazer. – falei rapidamente, me sentando na cadeira na frente da que ele estava anteriormente.
- Eu estou meio nervoso, então não leve a mal se eu agir de forma estranha, ainda estou tentando me acostumar com a ideia.
- Com a ideia de ter alguém te ajudando a conquistar a garota dos seus sonhos? – brinquei e ele sorriu mais abertamente.
- Reconquistar.
- Ah, ok. Mas não precisa se preocupar, é até bem simples. Você vai me contar sobre ela e eu, com o meu olhar feminino diante da situação, vou te ajudar.
- Tudo bem, eu vou me acostumar.
Alex veio em nossa direção e sentou do meu lado, arregalando um pouco os olhos ao ver o rapaz. Reprimi um sorriso vendo sua reação e torci para que não tivesse percebido. Ele, educadamente, estendeu uma das mãos na direção de Alex, dizendo que era um prazer conhecê-lo e eu entendi muito bem o tom que Alex usou ao responder “o prazer é todo meu” logo em seguida. voltou usa atenção ao menu e Alex me olhou com a expressão chocada, murmurando um “wow” com os lábios. Ele nunca conseguia se controlar ao conhecer um rapaz bonito.

- Então, , me conte sobre ela. – pedi e ele sorriu de lado, apoiando a xícara de café na mesa.
- A é prima do Edward, que você ajudou, ele é meu colega de quarto e foi quem te indicou. Eu a conheço da minha vida toda, fomos colegas de turma na escola, começamos a sair no colegial e nosso namoro durou até entrarmos na faculdade, que foi quando tudo desandou.
- Hmm, um namoro longo então. Adoro relacionamentos duradouros. – comentei, sorrindo.
- O que mais você precisa saber?
- Por que terminaram?
- Eu me apavorei. Quando você está muito tempo num relacionamento, você acaba se acomodando, sabe? – balancei a cabeça, concordando. Já havia presenciado muitas crises como essas. – É necessário que alguém agite as coisas, tire um pouco o namoro da mesmice, mas nenhum de nós tinha essa preocupação. Talvez tenha sido esse o problema. Eu me via numa relação engessada, tentando pensar num futuro, mas me perdendo no meu próprio presente. Eu sempre a amei, sempre mesmo, desde quando coloquei meus olhos nela. Queria casar, ter filhos e dividir minha vida com ela, mas eu a deixei escapar por uma insegurança idiota há seis meses.
- Esse tempo todo? – perguntei, vendo-o fazer uma careta.
- Eu estava com medo da reação dela numa possível aproximação minha. Ela é uma pessoa difícil. Muito difícil. – ele riu de lado, com sua voz num misto de amor e saudade.
- Nada é impossível, , vamos ter fé, ok? – pedi, esperando que ele se animasse uma pouco mais. – Temos nosso reforço?
- Edward está disposto a ajudar, assim como a Nora, mas ela não sabe que você está intermediando as coisas.
- Eles têm bastante contato com a ? Porque precisamos de pessoas que ela confia.
- A Nora no apartamento em frente ao da e o Edward é quase da família pra ela.
- Ótimo! – sorri. Peguei uma espécie de ficha numa pasta e entreguei a ele. – Preencha isso com a maior quantidade de detalhes que você lembrar: cor preferida, flor que mais gosta e etc. – ele fez um gesto com a cabeça e começou a escrever. – Começaremos amanhã.

Remind her how it used to be
Lembre-a de como costumava ser


Seguindo as informações que nos deu, seguimos até a casa da . Compramos um buquê da sua flor favorita, que era bem difícil de encontrar por perto, e que ela sempre falou que se lembrava dele sempre que via, porque levou uma flor dessa para ela na primeira vez que saíram juntos. Pedi que escreve algo simples num cartão para colocarmos junto com as flores. Ele escrevu algo como:
“Você se lembra de como costumava ser?”

Compramos um buquê de tulipas amarelas e Alex de fingiu de entregador. Ele se divertia nessas missões onde podia exercer seu antigo sonho de ser ator. Parei o carro um pouco mais atrás e fiquei observando da janela do carona. Alex atravessou a rua e seguiu até a casa. Pelos horários que nos foram passados, ela estaria em casa agora.
Alex tocou a campainha uma vez e assumiu uma postura mais séria. Vi uma movimentação pela janela aberta e acompanhei andar pelo corredor até a porta, abrindo-a. Sua expressão se tornou surpresa ao ver as flores. Suas bochechas assumiram um tom avermelhado e ela mordia o lábio inferior, evidenciando seu nervosismo. Ela agradeceu ao Alex e pegou o buquê de suas mãos. Ele se despediu e fechou a porta, deixando-o parado lá sozinho.

- Você acha que vai funcionar? – perguntei, quando Alex voltou para o carro, assumindo o volante.
- Você tinha que ver como os olhos dela brilharam ao ver as flores. Tenho certeza que ela lembrou dele na hora. – comentou, dando partida no carro.
- Ok, vou avisar que a primeira parte do plano está concluída e daremos início ao processo para sabermos se deu certo.

chegou ao meu consultório no dia seguinte quase vinte minutos adiantado. Ele disse que não estava conseguindo conter o nervosismo e a ansiedade. Segundo ele, Edward tinha ido até a casa de na noite passada e conversado com ela, para tentar descobrir como ela reagiu ao buquê.

- O Edward disse que ela chorou muito, muito mesmo. Parecia que ele tinha voltado no tempo e estava lá servindo de ombro amigo no momento pós-término. – ele disse, com uma expressão derrotada.
- , se ela chorou, é porque ainda sente alguma coisa. Se você fosse passado, ela poderia ter seguido com a vida dela, podia estar com um namorado novo agora e ter jogado suas flores no lixo, mas não. Ela guardou as flores, assim como guardou você. – ele fez uma careta, como se não acreditasse em mim. – Eu juro pra você que nós ainda temos uma chance.
- Ela disse que não era certo eu fazer isso depois de tanto tempo, que eu estava sendo justo de brincar com os sentimentos dela dessa forma.
- Vamos fazer assim, então. Daremos uns dias para que ela absorva o que tá acontecendo e depois seguimos com o plano, ok? Peça para o Edward acompanhar tudo de perto, servindo de apoio, deixando com que ela desabafe. Ela sabe que vocês também são amigos e que o que ela fala pra ele, ele pode dizer pra você. Então ele é como um telefone sem fio de vocês.
- Eu tenho medo de nada disso dar certo e eu magoá-la mais ainda. – comentou.
- A qualquer sinal de falha iminente, o Edward está instruído a nos falar, não é? Então tenha mais um pouco de fé, rapaz.
- É que eu acho muito difícil que ela me perdoe, Taylor. Muito difícil. Eu sumi da vida dela e nunca disse o real motivo, talvez possa ter parecido que a culpa foi dela, mas não foi. Nunca foi.
- Você terá uma oportunidade de explicar tudo isso pra ela, terá uma chance de consertar tudo. E, bem, meu trabalho vai até certo ponto, depois é com você, então tenha em mente tudo que você quer falar, tudo o que tenha para se desculpar e vamos em frente, sem desanimar. Vamos pegar sua garota de volta.

With pictures in frames, of kisses on cheeks
Com fotos emolduradas de beijos no rosto


Pedi algo antigo e significativo dos dois para e ele me enviou uma foto deles num dos primeiros encontros que tiveram. Eles estavam num parque de diversões, sentados na roda gigante e com a cidade ao fundo. dava um beijo estalado no rosto dela, que sorria abertamente. Era uma foto muito bonita e até mesmo aquecia o meu coração só de olhá-la. E eu não tenho nada a ver com essa história, imagina o que isso poderia fazer com a ? Alex foi até um laboratório de fotografia e fez uma cópia ampliada da imagem, colocando num porta-retratos bem bonito.
me disse que fez questão de se desfazer de grande parte das coisas que lembrava dele, inclusive das fotos. E essa em questão ocupava um espaço de destaque na casa dela, ficando na estante da sala, sendo a primeira coisa que as pessoas viam quando entravam. Edward tinha dito que tudo ainda estava lá, mas numa caixa quase que lacrada, escondida no fundo do armário. Se as coisas ainda estavam lá, o amor também estava.
Para que as coisas não ficassem todas acumuladas e tudo virasse um turbilhão, esperamos passar uma semana entre a entrega das flores e do novo presente. Esse não foi entregue pelo Alex e sim pelo Edward, que aproveitou um convite dela para comer uma pizza na casa dele, junto com a Nora. Quando ele entregou o embrulho para ela, ele disse que pode ver a expressão dela mudar. O olhar se tornou apreensivo e tudo piorou quando ela abriu e o viu o que ela.

“Por que você tá fazendo isso comigo?” era o que ela perguntava incessantemente para Edward, que tentava acalmá-la, para que ela viesse o que estava por trás de tudo aquilo. Ele explicou que era um presente do e que era uma tentativa dele de se reaproximar dela. Mas nada iria para frente caso ela não o quisesse mais, de forma alguma mesmo. Ele pediu que ela dissesse que era passado e que eles nunca mais teriam uma chance. E que se ela falasse isso, ele levaria a foto de volta e nunca mais tocaria no nome do amigo perto dela. Segundo ele, não conseguiu responder nada, nem que sim ou que não. Ela, simplesmente, pegou a foto e foi para o seu quarto, de onde não saiu mais pelo restante da noite. Edward e Nora ficaram preocupados, mas decidiram dar tempo e espaço para ela, mas antes de irem embora, foram até o quarto de e a encontraram dormindo em sua cama, com diversas fotos dela com o espalhadas por todo o lado e uma blusa, e agarrada a uma blusa que eles julgaram ser de , pelo tamanho que ela tinha.
Ou seja, ainda tínhamos chances.

Tell her how you must have lost your mind
When you left her all alone
And never told her why

Diga a ela como você devia ter estado louco
Quando a deixou sozinha
E nunca lhe explicou o por quê


Deixamos uns dias se passarem, para que pudesse pensar a respeito e se acostumar com a ideia de ter em sua vida novamente, porque era certo que ela ainda estaria pensando nele por todos esses dias, ainda mais depois das reações que ela teve em relação aos presentes. E agora era a hora de entrar em ação, ele deveria mostrar que estava arrependido, que queria ter sua namorada de volta, que a amava mais do que qualquer coisa nesse mundo. Marcamos no fim da tarde no meu consultório e decidimos que seria hoje mesmo. Fomos no meu carro, parando basicamente no mesmo lugar onde eu fiquei espiando no dia que Alex foi levar as flores para .
A noite já tinha caído, assim como a chuva. Estava um pouco frio, mas nada que justificasse a forma que tremia. Não era frio, era nervosismo mesmo. Olhei em sua direção e tentei soar confiante.
- Vai dar tudo certo. – sorri. Ele passou a mão pelo rosto, fazendo uma careta.
- Eu nunca estive tão nervoso na minha vida. – ele confessou, respirando fundo.
- Lembra de tudo que eu te disse mais cedo? – perguntei e ele assentiu, acenando com a cabeça. – Então chegou a hora.
- Boa sorte! – Alex disse, entusiasmado até demais.

- Vamos repassar. – falei, girando na cadeira e ficando de frente para ele. – Já trabalhamos na aproximação prévia, deixamos o coração dela menos duro. A sentiu que você está arrependido e aposto que já percebeu o que está acontecendo, ela não é boba. Você vai até a casa dela hoje à noite, vamos aproveitar o tempo ruim para criar uma situação dramática. Chuva sempre combina com reconciliação.

atravessou a rua correndo, a chuva tinha apertado e ele já estava todo molhado. Ele parou debaixo da parte coberta da casa e tocou a campainha insistentemente. Seu corpo tremia e ele passou os braços ao redor do mesmo, tentando manter-se aquecido. A luz da sala se acendeu e apareceu na porta, complemente surpresa por encontrar o ex-namorado ali parado. Ela fez uma expressão surpresa, franzindo a testa.
- Você enlouqueceu? – perguntou, apertando o casaco ao redor do corpo.

- Certo. E o que eu falo? – perguntou e eu sorri de lado.
- Diga que foram seis longos meses e você estava com muito medo de dizer a ela o que queria.


- Foram seis longos meses, . – disse, deixando os braços caírem ao redor do corpo. – E eu estava com tanto medo de te dizer o que queria.

- E depois? – ele indagou, com a testa franzida, como se duvidasse do meu método.

- E o que você queria, ? – perguntou.

- Depois diga aquilo que eu te ensinei mais cedo: Eu te quero na alegria e na tristeza.

- Eu te quero na alegria e na tristeza. – ele começou, vendo a expressão da menina suavizar.

- Eu esperaria para sempre e sempre. – continuei.

- Eu esperaria para sempre e sempre. – ele segurou uma de suas mãos, colocando perto do seu coração.

- Se eu parti seu coração, eu irei consertá-lo.

- Se eu parti seu coração, eu irei consertá-lo. – sussurrou, vendo um sorriso surgir no canto dos lábios de .

- Eu te quero para sempre.

- Eu te quero para sempre. – finalizou, colocando uma de suas mãos no rosto da menina. Ela sorriu, repetindo seu gesto. Ele se aproximou lentamente, estudando a reação de , que não foi contrária. Seus lábios se tocaram e ela jogou os braços ao redor do pescoço dele, trazendo-o para mais perto.

- E é assim que funciona, Alex. – sorri, abrindo um pouco o vidro da janela do carro. Estávamos parados perto da casa da , acompanhando a tentativa de reconciliação de de perto. E, felizmente, tinha dado tudo certo. – É assim que você conquista uma garota.


Fim



Nota da autora: Só tenho três coisas falar:
1. Amo esse cd e essa música;
2. Fic mais difícil de escrever da vida;
3. E acho que é uma das minhas piores.



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