10.Somebody

Finalizada em: 05/12/2021

Capítulo Único

1 ano depois.


Eleanor estava deitada no colo de seu pai e dormia calmamente. A mulher encarava aquela cena como se fosse a primeira vez. Lembrou-se do dia em que sua filha nasceu e a sensação de ver seu marido segurá-la pela primeira vez encheu seu coração de amor e ternura. Dentre todas as coisas boas que sabia de Danny, era que ele era o melhor que ela poderia ter escolhido para seus filhos.
— Você sabe… — ele falou baixinho. — Os Heyward têm uma queda por mim.
— Ela é uma Jones, Daniel. — a advogada revirou os olhos. — Totalmente Jones.
— Por que diz isso?
— Ellie ficou no meu útero por nove meses, eu a conheço melhor do que ninguém. — disse certa. — Ela é uma mini versão sua.
— Ela tem o seu cabelo e a sua boca. — ele disse, analisando a filha.
— Mas ela tem seu gênio, seu jeito manhoso e, pior, ela tem a mesma obsessão por tênis que nos levarão à falência. Semana passada ela não largou o tênis que Dougie e Olivia deram a ela.
— Tudo bem, você tem um ponto.
— Eu gosto que ela seja parecida com você, seria chato se mais uma criança nessa casa viesse parecida comigo.
— Ok, nossos filhos são muito parecidos com a gente. Somos uma família perfeita, certo?
— E pra equilibrar, temos o Coops que se parece com a Georgia. — riu baixinho.
vai ficar chateado ao descobrir que ele não é mais o xodó do pai. — Daniel riu.
— Você sabe que você e eu deixamos de ser as pessoas favoritas dele no mundo desde que Ellie nasceu, certo?
— Sim. E eu amo isso. — ele sorriu. A pequenina que cochilava em seu colo abriu seus grandes olhos verdes e Danny se apaixonou como o grande pai babão que era. — Oi, Els. A soneca estava boa, princesa?
Eleanor encarava o pai como se ele fosse sua coisa favorita no mundo e, no fundo, a entendia completamente. Daniel tinha aquela coisa que trazia segurança e conforto para todos. Desde que se conheceram, enfrentou todos os seus traumas e ele sempre estava lá para confortá-la quando preciso. Não era dependência, longe disso. Agora, ela tinha certeza que conseguiria passar por aquilo sem ele, mas seria pior. Danny nunca fez questão de fazê-la dependente dele, mas sim de incentivá-la a enfrentar seus maiores medos. Um de cada vez, passo por passo, o mais assustador que fosse.
achava aquilo engraçado porque, ao mesmo tempo, ela era dependente dele. A advogada passou a valorizar cada vez os pequenos gestos que ele fazia por ela, mesmo que ele não percebesse aquilo. Ele sabia que tinha medo de trovões desde pequena e sempre que tempestades afetavam a cidade, ele dava um jeito de acalmá-la. Até mesmo quando estava viajando com a banda, ele sempre achava uma solução. Danny era sua pessoa. Aquela pessoa que sempre precisou para entendê-la e adorá-la, a pessoa que a protegeria — não só a ela, mas como toda sua família — como um exército.
— Estamos prestes a fazer um ano de casados. — ele sorriu. — E nós temos a família mais linda do mundo.
— Eu amo você, guitarrista.
— Eu também te amo, advogada. — Ellie resmungou no colo dele e ele riu. — Ei, princesinha do papai, eu também te amo.
— Nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria que minha vida seria essa. — confessou.
— Todo mundo precisa da sua pessoa, . — ele disse. — Você é a minha.
— Você também é a minha, Danny. Apesar de eu ter lutado para que não fosse.
— São meus olhos verdes, é um charme particular.
— O que me preocupa… — ela se aconchegou ao marido. — Nós temos uma pequenina que vai arrancar tudo de mim se souber o poder que os olhos dela têm.
— Ela é uma Heyward-Jones, . — ele riu. — Ela sempre vai conseguir tudo que quiser.
— Pai, vamos? — apareceu na porta do quarto dos pais com a case da guitarra nas mãos. — Kara está esperando. Ah, oi, mãe! Não sabia que você tinha terminado no escritório.
— Terminei, meu amor. — ela abriu os braços para que seu primogênito viesse lhe abraçar e ele o fez. — Eu amo você, filhote.
— Eu também te amo, mãe. — ele sorriu. Assim que Eleanor percebeu que seu irmão estava ali, a menininha soltou outros resmungos até que ele a pegasse no colo. — Oi, monstrinha.
Danny deu risada do apelido que seu filho havia dado a Els. era apaixonado pelos irmãos mais novos desde que os conheceu. Ele não se importava de passar horas assistindo desenhos animados com Cooper, de maneira alguma. Ele aprendeu músicas infantis na guitarra para tocar para Eleanor.
— Pai, coloca esse tênis logo! — o menino reclamou. — Dougie e Olivia vão sair sem nós.
— Dougie sairia sim, meu amor. — riu. — Mas sua tia Olive? Duvido muito.
— É tudo culpa do meu pai, mãe. — ele disse enquanto acariciava os poucos fios de cabelo da irmã. — Ele passou muito tempo com você e agora vocês só se atrasam.
— O que eu posso fazer, querido? Eu sou muito influente!
— Vamos, filho. — Daniel saiu do banheiro da suíte e seu perfume inundou o quarto. — Eu volto já.
— Tudo bem, Jones. — disse baixinho. — Suas meninas estarão te esperando.
entregou sua irmã para a mãe e beijou a bochecha das duas. Desde que Dougie e Olivia assumiram o namoro, o casal começou a fazer diversos programas juntos e Kara sempre fazia questão de levar junto. adorava porque confiava plenamente em seus amigos e, desde que havia dado à luz, mal tinha tempo para si. Daniel sempre a ajudava, mas certas coisas ele não podia fazer por Ellie, como amamentar. Infelizmente, a pequena não havia se acostumado com a mamadeira, então a única pessoa para aquele cargo era sua mãe.
— Eu acho que a gente devia fazer a soneca das garotas, o que você acha, princesa? — aninhou a filha em seus braços e as duas pareceram entrar em sintonia e dormiram.

[...]


Quando acordou, Eleanor não estava mais ao seu lado, ela estava coberta e sabia que Danny havia chegado. A advogada olhou no relógio e percebeu que havia dormido mais do que o esperado, mas todos sabiam que ela precisava daquilo. O cheiro delicioso de algo que seu marido fazia lá embaixo chamou atenção de seu estômago e ela rapidamente levantou.
desceu as escadas rapidamente, mas sem fazer um barulho sequer. Seu celular estava em seu bolso, para caso Dougie ou Olivia entrarem em contato, mas no momento tudo que ela soube fazer foi abrir a câmera de seu aparelho e começar a gravar a cena que estava vendo. Daniel estava cantando baixinho a música ‘Like I Can’ do novo álbum do McFly enquanto ninava Ellie.
Anyone can play piano, anyone can join a band, no one’s gonna sing about you, like I can… — ele beijou a testa da bebê.
— Quando eu acho que você não pode fazer com que eu me apaixone mais, você vai lá e surpreende. Incrível. — riu baixinho. Danny colocou a filha em seu carrinho e andou até a beira da escada, onde, um degrau acima, ficava na mesma altura que ele.
— A ideia é essa. — ele sorriu. — Todos os dias que eu acordo do seu lado são como um grande sonho, é sempre uma surpresa viver ao seu lado, advogada.
— Danny… — ela sentiu a ardência quando seus olhos marejaram.
— Shh… Posso falar um pouquinho, advogada? — ele pediu delicadamente.
— Pode. — ela parecia hipnotizada por aqueles olhos, aquele nariz, aquela boca… Aquele homem.
— Eu nunca fui tão feliz na vida, . — ele começou. — Você disse, em nosso casamento, que eu te salvei de se afogar em si mesma, mas você também me salvou, advogada. Você fazia questão de estar em todas as minhas conquistas, você se tornou minha fã número um. Todos os momentos ruins são suportáveis quando você está, todos os dias estressantes são resolvidos quando eu vejo o seu sorriso ou os dos nossos filhos. Eu amo amar você e eu amo o fato de que você me faz ser uma pessoa melhor sem nem mesmo tentar.
— Danny…
— Eu agradeço todos os dias por ter uma mulher tão forte como você ao meu lado, , porque eu me sinto imbatível. — ele riu. — Amo que você trata meu filho como se ele fosse seu, da mesma forma que eu trato , como se eles tivessem saído de nós. Você me deu uma menininha linda e desdentada, advogada. Você me deu tudo que eu precisava, .
— Agora é a minha vez de falar, certo? — ela enxugou as lágrimas. — Eu talvez não seja a melhor pessoa com palavras, a não ser que seja para argumentar, mas eu vou me esforçar, guitarrista. Quando você chegou na minha vida, eu tentei te expulsar dela. Eu tinha medo de fazer mais uma besteira ao me envolver com o músico, mas eu aprendi que o problema não era a categoria em que você se encaixava, mas sim com quem eu havia me relacionado anteriormente. Você é incrível pra mim, pros nossos filhos e pra qualquer pessoa lá fora. Você sempre tenta fazer os outros felizes mesmo quando você não está nos seus melhores momentos, Danny, e isso é admirável. Guitarrista, você fez questão de aprender as coisas sobre mim, meus medos, minhas preferências e meus sonhos. Você diz que eu sou sua fã número um, mas você também é o meu. Você me amou na pior versão de mim e me encorajou a buscar a que, no fundo, só você via.
— Não existe pior versão de você, . — ele disse.
— Minha vez de falar, guitarrista. — ela sorriu e lhe deu um beijo rápido. — Quando você está fora e vai chover, você fica no telefone comigo mesmo que seja tarde da noite onde você está. Você realizou todos os meus desejos, sem eu nem mesmo pedir. Você conversa comigo sem precisar de palavras! Eu acho isso uma doideira, Danny. Mas você me entende, você entende quando eu choro de estresse e vem só com um potinho com pistache porque sabe que eu amo. Você me conhece mais que ninguém, me deu amigos, família e, acima de tudo, um melhor amigo. Obrigada por não me deixar desistir de mim nunca, guitarrista. Obrigada por me fazer recomeçar.
Assim que o discurso de havia acabado, o relógio de seu marido apitou indicando que era meia noite. Daniel apertou seu abraço e pegou a esposa no colo. riu baixinho e juntou seus lábios ao dele. Aquela sensação de pertencimento, felicidade e reciprocidade encheu o peito dos dois, como sempre acontecia quando se beijavam.
— Feliz aniversário de casamento, guitarrista. — falou assim que eles se separaram.
— Feliz aniversário de casamento, advogada. — ele abriu um grande sorriso.
Antes que pudessem dizer algo mais, Ellie começou a chorar em seu carrinho e os dois riram. Assim que se aproximaram da menininha, o choro cessou. Não eram pais de primeira viagem, mas viver aquela experiência juntos era algo totalmente novo e agradável. Como tudo sempre foi para eles. E também sempre seria, porque amar alguém é aprender algo novo sobre essa pessoa todos os dias, mesmo que você ache que sabe de tudo. Amar é aprender todos os dias que aquele elo verdadeiro era difícil de se conseguir e de ser quebrado. No fim das contas, para e Danny, amar um ao outro seria sempre novo e agradável, mesmo que assustador, porque eles eram suas pessoas. E sempre seriam.




Fim



Nota da autora: Oie! Finalmente uma amostrazinha de como Jules e Danny estão! Eu queria prolongar esse casal o máximo possível, mas eu gosto do final que eles tiveram. Danny e Jules são muito especiais pra mim, assim como a história deles. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu. Um beijo!.

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Nota da beta: Eu não achei que seria capaz de me apaixonar ainda mais por eles, mas mais uma vez tu prova que isso é possível. Eu amo demais essa família 💙💙💙



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