Fanfic Finalizada

Capítulo Único

A noite estava sendo muito mais proveitosa do que imaginou que seria quando lhe disse que teria a primeira festa do ano na República dela, e isso porque chegara a mão muito mais que cinco minutos.

era uma mulher formada de vinte e seis anos, mais especificamente, uma professora de dança que não fazia muita questão de esconder o seu talento. Em um local como aquele, onde ela naturalmente atraía todos os tipos de olhares, ela sentia-se confortável e em casa. Ela amava aquilo, amava aquela atenção depositada em si e em seu corpo que movia-se no ritmo da música.

Sua irmã mais nova pelo contrário, havia lhe mandado uma mensagem mais cedo pedindo para passar a noite em sua casa para fugir da festa que estava acontecendo naquele momento. Além de detestar quando as atenções estavam em cima dela. tinha dezenove anos e havia acabado de entrar na faculdade, tendo mudado para a República há duas semanas. Aquela era a festa de boas vindas e era óbvio que para ela não passava de tortura.

Pela piada do destino, as duas opostas em exatamente tudo, e era por isso que quase sempre podia ver a mais nova discutindo com a mais velha. E era por isso também que prometera que ia buscá-la, quando na verdade queria mesmo era aproveitar a festa e matar as saudades de seu tempo de universitária, onde perdia noites e noites se divertindo em locais como aquele.

― Oi. ― uma voz rouca foi sussurrada no ouvido de que automaticamente abriu um sorriso em resposta, virando o corpo para trás para encarar o dono do timbre.

― Olá, você. ― passou uma das mãos pelos cabelos para ajeitá-los, o sorriso se alargando ainda mais nos lábios pintados em um tom escuro de vinho ao ver que o homem à sua frente fazia com certeza o seu tipo. ― Precisa de alguma coisa?

― Tem uma coisa que eu preciso sim. ― ele também sorriu, mordendo o lábio inferior com os olhos transbordando desejo. ― E você pode me ajudar com isso, o que acha?

riu, adorando a coragem e a audácia do garoto ao falar isso. Ela acompanhou o movimento dele com os olhos felinos bem treinados e então aproximou mais seus corpos, deixando sua mão deslizar perigosamente pelo abdômen do homem por cima da camisa. ― Vamos pra um lugar mais discreto, quem sabe eu não me sinto mais inspirada a te ajudar se estivermos a sós?

❥❥❥❥❥


Havia acabado de sair do quarto ao receber a mensagem da irmã sinalizando que ela já havia chego no prédio para lhe buscar. Teve que respirar fundo, mas não demorou muito mais de dois minutos para aparecer ou sabia que as coisas sairiam do controle.

E mesmo sendo rápida, não havia tido jeito. Assim que olhou pela ponta da escada para baixo para procurá-la, não a encontrou, mesmo que ainda não tivesse tanta gente assim no espaço por estar cedo e teve um pressentimento que não a encontraria tão cedo.

Mas ignorou esse pressentimento, resolvendo procurá-la mesmo assim. Aquele som alto já estava fazendo seu cérebro chacoalhar e queria, de qualquer forma, sumir dali, vontade que aumentava a cada segundo mais quando sentia os corpos lhe espremendo quando queria passar por algum lugar já mais cheio.

― Você viu a Amy hoje a noite? ― perguntou em um tom meio de dúvida quando esbarrou em uma colega veterana que também morava na república, inclusive uma das organizadoras daquele negócio.

― Eu vi! Mas não lembro direito e nem pra onde ela foi… Ela não está no banheiro ou fumando lá fora? ― ela apenas sorriu largamente ao perguntar, o tom de voz molenga sinalizava o porquê ela não deveria estar lembrando, provavelmente ela já havia entornado mais copos do que aguentava.

― Não sei, mas vou olhar. Obrigada. ― suspirou, assentindo com a cabeça e se afastando alguns passos. Não eram nem mesmo oito da noite e as pessoas estavam daquela forma, quando chegasse à uma da manhã esperava já estar bem, mas bem longe dali.

Olhou para os lados outra vez com um fio de esperança que poderia vê-la quando sentiu a mão de dedos finos segurando seu braço. O toque lhe fez sentir-se desconfortável automaticamente, mas controlou a vontade de puxar o braço enquanto não via quem era.

, você deveria mesmo ficar com a gente, aproveitar um pouco… ― a mesma colega que havia deixado há alguns segundos para trás era quem lhe questionava agora, e arqueou uma sobrancelha como se estivesse em dúvida do que estava ouvindo.

― Isso aqui… ― cortou o contato físico entre as suas para erguer a mão e apontar com o indicador pra aquele ambiente. ― Realmente, não é o meu tipo de coisa. Mas divirta-se. ― forçou um sorriso sem abrir os lábios e sem graça, querendo rápido fugir do cheiro de álcool que exalava da garota. ― E se vir a Amy, me avise.

E então rapidamente se enfiou entre as outras pessoas para chegar até a porta o mais rápido possível. Precisava de ar fresco ou ia acabar enlouquecendo com toda aquela atmosfera de American Pie, a qual odiava e isso nem era surpreendente.

Quando saiu pela entrada que estava escancarada, poderia ter encontrado até o papa, mas não sua irmã mais velha. Bufou irritada, resolvendo que mesmo a rua não sendo seu local mais querido em anos, naquele momento era o melhor que ia encontrar. No fim da rua, próximo a esquina, conseguiu identificar o carro de estacionado, o que apenas a deixou mais irritada.

Suspirou, tentando se manter calma. Tudo bem. Está tudo bem, cedo ou tarde ela ia acabar seja lá o que estivesse fazendo e então voltaria. Não tinha muito com o que se irritar, só precisava ter paciência, aquelas coisas nunca duravam mais de poucas horas e nunca passaria a noite toda com alguém que havia conhecido as oito.

Pegou o celular e ajeitou os óculos no rosto, vendo que a última vez que a irmã estivera online fora há uns vinte minutos, o mesmo tempo que havia lhe mandado a mensagem de chegada. Conformou-se que não tinha jeito e então sentou no gramado bem cuidado da frente da casa, onde algumas pessoas também estavam simplesmente fumando ou se beijando.

Pelo menos não eram tão barulhentos quanto os que estavam do lado de dentro, pensou, iniciando um jogo qualquer no celular que ajudasse a distrair sua mente.

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Naquele momento, às uma e treze da manhã, a irmã já devia ter desistido de lhe esperar e provavelmente estava traçando um plano para lhe matar com requintes de crueldade quando aparecesse. Não que estivesse errada, na verdade, mas já devia estar imaginando que aquilo fosse acontecer…

Sorriu para si mesma, tragando o cigarro mais uma vez enquanto sentia o conforto dos lençóis enrolados em seu corpo e tomava coragem para levantar e voltar. Ainda estava cedo e talvez se voltasse rápido tivesse tempo de pegar a irmã mais nova ainda não tão puta e levá-la para casa, assim as duas teriam aproveitado a noite, cada uma a sua forma. rolando nos lençóis, e rolando os olhos nas órbitas e xingando pessoas em jogos on-line.

Colocou a bituca no cinzeiro que ficava ao lado da cama em cima de um criado mudo, e então se mexeu delicadamente para levantar, sentindo seu pulso ser segurado de forma delicada apenas para chamar a sua atenção pelo rapaz que estava sonolento do outro lado do colchão.

― Qual o seu nome? ― ele perguntou como se em um lampejo de sanidade em meio ao álcool e ela sorriu, já sentada para sair da cama assim que ele soltou seu braço.

― Amy. Gosto que me chamem de Amy. ― respondeu, jogando os cabelos castanhos para trás e não se preocupando em perguntar o dele. Ela não se importava, no fim. Se importava apenas com a cara bonita dele e o que ele soubera fazer enquanto estavam a sós, ambas as coisas iria esquecer quando o sol começasse a se mostrar pelos céus, se não antes.

― Foi um prazer, Amy. ― ele murmurou antes de deixá-la ir, e a mulher apenas sorriu, abaixado para pegar suas roupas que haviam ficado no caminho pelo quarto. ― Toma um banho, se quiser. É essa porta na sua frente.

― Ah, eu aceito. ― era só um banho, estava mesmo precisando de um. já esperara algumas horas, qual o problema de esperar mais alguns minutinhos?

❥❥❥❥❥


Agora, o lugar estava completamente insuportável e a sacada era a melhor opção para que ficasse, ou talvez a pior se pudessem ler os pensamento da garota e descobrissem que estava cogitando se jogar dela enquanto passava a boca na borda do típico copo vermelho de festas de fraternidade, tendo uma crise existencial tão nítida que as poucas pessoas que estavam por ali resolveram sair para deixá-la sozinha.

Agradeceu mentalmente por isso, mas não muito, porque aquela música alta fazendo seu cérebro chacoalhar e o fato de não conseguir dar um passo sem ser prensada por corpos estranhos e suados a cada milímetro daquela cada lhe fazia morrer por dentro e aos poucos.

Olhou para baixo, pensando em quão convidativo simplesmente ir a pé para qualquer outro lugar da cidade era, e assim que o fez encontrou a peste jogando os cabelos enquanto andava plena para entrar outra vez na casa, mexendo no celular provavelmente para lhe mandar uma mensagem. Sua expressão se retorceu em revolta.

Se soubesse que ia chegar viva no chão, teria se jogado dali mesmo só para ter certeza que conseguiria alcançá-la e estrangulá-la publicamente, mas como não podia, rapidamente virou o corpo para sair daquele local o mais rápido possível.

O problema foi que ao fazer isso, praticamente esbarrou em um brutamontes que lhe encarava com um sorriso de canto que não gostou nem um pouco, além de olhos famintos, segurando um drink em cada mão.

― Desculpe. ― pediu com uma sobrancelha arqueada, como se aquela ação fosse despertar o homem e fazê-lo deixar com que passasse. Não foi o suficiente, mas ela não se intimidou e deu um passo para o lado, tentando contorná-lo, mas o desconhecido também deu o mesmo passo, bloqueando seu caminho e fazendo com que bufasse irritada. ― Com licença?

― Você está com tanta pressa assim pra nem mesmo me deixar admirar esse rostinho lindo? ― ele passou a língua pelos lábios e teve vontade de vomitar ao assistir aquela cena, tendo que respirar fundo para se controlar.

― Tira uma foto e admire ela enquanto eu vou embora. ― forçou um sorriso irônico, cruzando os braços à frente do peitoral. Será que era difícil demais entender que ela não queria estar ali?

Estava vestindo jeans, tênis e uma jaqueta de couro preta simplesmente porque não havia achado nada mais quente do que isso enquanto se arrumava, jogada em cima de uma camiseta preta simples de alguma banda que gostava durante o ensino médio. Não tinha um pingo de maquiagem em seu rosto e o cabelo, apesar de bem arrumado, estava preso em um rabo de cavalo preguiçoso, isso sem contar os óculos de armação grande e preta adornando seu rosto.

Não estava vestida e nem arrumada para uma festa, e não era nem por ser nerd ou desajeitada, era simplesmente porque estava pouco se ferrando pra isso. Quando queria se arrumar e estar linda, ela o fazia, mas claramente não ia ser pra uma situação daquelas. Tudo isso em conjunto com a sua cara de desânimo esperava que o suficiente para inibir babacas daquele tipo se aproximando para tentar lhe encher o saco.

― Prefiro ver pessoalmente. ― ele não fez movimento nenhum que sinalizasse que sairia dali, e bufou, começando a ficar realmente irritada. ― Por que você não aceita a bebida e senta um pouco pra se acalmar? ― o homem ergueu a mão com o copo na direção da garota, e ela já imaginou como seria se quebrasse aquela porra na parede e enfiasse o pedaço na jugular do infeliz.

― Eu não estou interessada, é difícil perceber? ― perguntou, sem nem mesmo mover um músculo além dos lábios para falar.

― Mas pode ficar. Por que ficar se fazendo de difícil? ― ele inclinou o corpo para alcançar a mesa que ficava no meio da sacada e largou os dois copos em cima dela para logo depois tentar levar as mãos gélidas para a cintura de , que deu dois passos para trás.

― Eu não estou me fazendo de difícil. ― suspirou, sabendo que perder a paciência com uma raça daquelas apenas o deixaria mais sedento em infernizar a sua vida. Por que sua irmã não aparecia naquela hora? Aquele ali parecia bem o tipo dela… ― Seu ego de heterossexual fica tão ferido assim de aceitar que uma garota não está interessada em passar a noite olhando pra essa sua cara nojenta e te ouvindo falar top? ― sorriu de canto, ajeitando uma mecha do cabelo que se desprendera do rabo de cavalo e atrapalhava sua visão.

― A única coisa que vai ficar ferida aqui a s-

― Cara, você não entendeu que ela não quer olhar pra você? ― uma voz tão grossa quanto nunca tinha ouvido antes quebrou a frase repugnante que o outro ia falar.

De início a mordeu o próprio lábio, mas não teve como reclamar. Infelizmente tinha pleno conhecimento de que se não fosse assim, não sabia o que poderia fazer para aquele desgraçado lhe deixar em paz, e internamente agradeceu a interrupção.

― E você, quem é? Por acaso sabe do que ela gosta? ― ele teve a audácia de questionar.

― Sei do que ela não gosta, e claramente ela não gosta de você. ― sorriu de canto satisfeito com a própria resposta, ficando de lado pra deixar o corredor livre. ― Vai, vaza logo. Você não quer estar aqui.

Quando o dono da voz grossa saiu da parte escura do corredor e foi iluminado pela meia luz que fazia parte da decoração da festa, quis rir da expressão desesperada do infeliz que lhe importunava, além de os seus ombros se encolhido automaticamente ao perceber que o outro cara parecia dois dele. Teve que acabar mordendo a bochecha por dentro para se controlar, ou teria uma crise ali mesmo.

― É, eu realmente não queria mesmo. ― claro que ele tentou sair por cima quando foi expulso, mas acabou tropeçando no pé do desconhecido e tendo que segurar na escada antes de sair correndo.

quis rir de novo, mas manteve a expressão indiferente enquanto encarava o homem que havia restado em sua frente, se perguntando se devia agradecê-lo ou simplesmente constatar que ele não havia feito muito mais que sua obrigação de ser humano - mesmo que o certo fosse nem mesmo ela ter sido assediada, pra começo de conversa.

― Desculpa me intrometer, sei que você tinha a situação sob controle. ― ok, agora ele havia cativado a sua atenção, principalmente porque não havia nem um fio de ironia ou sarcasmo em sua voz. ― Esse tipo só para quando vê outro homem, infelizmente. Não consegui assistir sem fazer nada. ― suspirou, passando uma das mãos pelos fios de cabelo na nuca para tentar não parecer tão nervoso.

― Tá tudo bem, eu sei que ele não ia parar tão cedo se não fosse você. ― ela o acompanhou na respiração pesada, desanimada que ainda existiam babacas daquele tipo nesse mundo. ― Obrig-

― Não, não me agradece. Não é nada demais, mesmo. ― falou, ainda com as mãos dentro dos bolsos da jaqueta de couro preta brilhante que fez sorrir de canto, assentindo com a cabeça.

― Então… ― ela começou, passando uma das mãos no cabelo outra vez para prender a mecha que insistia em sair de detrás da sua sobrancelha e lembrando de como estava chegando quando toda a bagunça começou, sentindo a pressa encher sua mente como água enchia um pote. ― Eu realmente preciso ir agora!

E sem esperar uma resposta, ela correu para longe, descendo as escadas e nem mesmo ouvindo o pedido de espera do rapaz que queria, pelo menos, saber seu nome. Concentrada em seu objetivo, encarou a tela do celular, onde a mensagem da irmã dizia que ela estava lhe esperando do lado de fora.

Sabia que sua demora havia sido muita e tinha certeza de que não ia encontrar com no jardim, mas tentou, mesmo assim. Claramente sem sucesso, porque quando chegou, o carro estava lá e ela não. Bateu com uma das mãos na coxa, frustrada, tentando ligar para o celular da irmã, mas caiu na caixa postal. Como queria matá-la…

― Hey, você! ― chamou uma amiga que passava por ali de mãos dadas com outro garoto que não era seu namorado… Ignorou isso, não era da sua conta, e se obrigou a sorrir de canto para parecer simpática. ― Viu a Amy por aqui?

― Vi! Ela está vestida com um sobretudo vinho, não é? ― a colega questionou, se aproximando alguns passos e puxando o rapaz que andava consigo junto.

― Isso, e com os cabelos soltos. ― completou com um fio de esperança de que a mais velha estivesse por perto.

― Ela estava com um cara quando eu a vi. Talvez nós encontremos ela onde estamos indo… Quer ir junto? ― aquele tom de voz malicioso junto com a piscada de olho fez perceber que onde quer que fosse o lugar, ela não ia querer estar lá.

― Acho melhor ficar esperando aqui, vai que ela aparece. ― sorriu de canto, fazendo a famosa sonsa. ― Mas se você a vir, fale que eu estou aqui esperando faz uma eternidade. E me avise se ela perdeu a linha, também.

― Certo, gata! E se você mudar de ideia, me manda uma mensagem. ― a garota balançou a mão em um aceno, quase fazendo rir.

Certeza que não ia mudar de ideia. Nem morta.

Os dois sumiram pela rua para qualquer lugar desconhecido que não se importou de identificar, e voltou a estaca zero da situação, suspirando e pedindo mais paciência ainda para os céus. Estava prestes a enlouquecer e a festa parecia ficar mais cheia a cada minuto, além de não conseguir procurar a irmã dentro da casa mais uma vez, já que era quase impossível enxergar com tanta gente no caminho.

A ponto de desistir e de outra crise existencial, acabou deixando o corpo cair na grama outra vez, fazendo as contas que se a irmã havia demorado umas cinco horas pra reaparecer do primeiro caso da noite, agora ela só ia voltar quando tivesse de manhã. Quis morrer com aquela hipótese, batendo com a mão na própria testa e ainda sentindo o estômago roncar.

― Será que alguém me levaria pra casa? ― murmurou para si mesma, rindo baixo logo depois do quão ridículo aquilo havia soado. O quão desesperada estava? Não sabia seguramente, mas sabia que estava sim, louca pra ir pra casa, uma vez que todo mundo que aparecia naquele lugar parecia estar implorando para a fud-

― Eu ouvi bem e a donzela está precisando de uma carona? ― a mesma voz grossa de mais cedo perguntou, e então olhou para o lado para encontrá-lo sentado ali.

Se esforçou para reprimir um sorriso, mas foi difícil e acabou desistindo esporadicamente, deixando a sua feição mais leve e até mesmo feliz pela presença do rapaz ali.

― Sim, mas não é como se eu fosse sair entrando em carro de estranhos por ai só porque eu estou desesperada. ― provocou em um tom divertido, jogando a cabeça para trás e olhando o rapaz de soslaio.

― Que bom, por que eu tenho uma moto. ― o desconhecido virou o rosto para si, repuxando o canto do lábio e piscando um dos olhos para a garota que acabou rindo com aquela resposta esperta. ― E meu nome é .

― Você não parece querer estar aqui, . ― ergueu uma das mãos para apontar com o polegar para trás, onde a festa bombava, curiosa para saber o motivo do porquê outra pessoa parecia tão infeliz e sedenta para escapar dali tanto quanto si.

Percebeu que conversar com o homem lhe distraía, e mesmo que a música na casa estivesse tão alta quanto antes, o barulho parecia ficar abafado sempre que ouvia aquele timbre único ou simplesmente olhava nos olhos profundos dele.

― Porque eu realmente não quero. Meu irmão mais velho me obrigou a vir e então sumiu com a primeira garota que encontrou no caminho, e a gente nem tinha entrado na festa… ― explicou revirando os olhos e não percebendo as orbes da garota se arregalando ao ouvir a história.

― Estamos realmente no mesmo barco. ― ela constatou, mordendo o lábio para não começar a rir. ― Minha irmã mais velha tem muito em comum com o seu irmão, uma vez que ela fez exatamente a mesma coisa quando ela deveria estar me tirando desse ambiente tóxico. ― dramatizou, fazendo um bico nos lábios que o rapaz achou extremamente adorável.

― Vai saber se eles já até não se esbarraram? Pode ser culpa do meu irmão você estar aqui até agora. ― especulou e não resistiu, soltando uma gargalhada controlada e harmônica.

― Queria poder culpá-lo, mas sei que minha irmã arrumaria qualquer um só pra poder dar uns amassos. ― rolou os olhos nas órbitas com o jeito inconsequente de , mas acabou sorrindo de canto pelo fato daquela ser a primeira vez que não se ferrava por isso. Não muito.

― Bom, a carona ainda está de pé, se você quiser. Podemos ir simplesmente pra qualquer lugar que não cheire hormônios e fazer a sua irmã pirar achando que é uma irresponsável por ter te largado, o que acha? ― ergueu o corpo, estendendo uma das mãos para a mais baixa.

― Isso soa muito melhor do que definhar aqui a noite inteira. ― sorriu ao encarar a destra do rapaz em sua direção, percebendo quando ergueu a sua para segurá-la que suas jaquetas de couro pretas combinavam estranhamente bem.

Ela não era e nunca havia sido inconsequente, além de odiar irresponsabilidades, mas aquela ideia soou boa o suficiente no seu ouvido para concordar rapidamente e logo estar com o capacete protegendo seu rosto, além dos braços rodeando firmemente a cintura do rapaz.
De repente, não pensar demais foi uma opção muito atraente se isso envolvesse estar na presença de . E, de repente, fazer a irmã surtar tendo que perguntar se haviam visto a pareceu muito mais divertido do que passar a noite perguntando se alguém tinha visto a Amy.

Fim



Nota da autora: Oi! Pra quem não me conhece eu sou a Venus, muito provavelmente a autora mais tapada desse mundão do FFOBS, E EU POSSO PROVAR, é só ler a historinha aleatória abaixo!

Eu, quando estava no Ensino Fundamental, a do ra va chegar em casa e ligar na MTV, naquele top de músicas que passava todo dia! UAHUAHAUA Como toda adolescente, quando tocava If U Seek Amy eu só faltava rolar no chão, e cresci com essa sendo uma das músicas da Britney que eu mais ouvi durante minha fase de crescimento, e não é a toa que ela parecia ser minha desde o começo da organização do ficstape UAHUAHAUAU

Só tem um probleminha, bem de leve: como a criança inocente que eu era, eu realmente pensava que If U Seek Amy significava “Se você vir a Amy” e tava mentalizando a fic todinha em cima dessa pergunta. IMAGINA O MEU CHOQUE DE INFÂNCIA DESTRUÍDA QUANDO EU DESCOBRI O DUPLO SENTIDO??? ESTOU DEVASTADA AINDA HAUAHAUAHAUAH

Por isso eu tentei encaixar de alguma forma o trocadilho na fanfic, espero que do jeito que eu fiz tenha ficado legal e bem claro, e no fim apesar de curtinho, eu gostei bastante do resultado final! Peço desculpas pra quem leu esperando uma restrita, mas eu não tenho talento pra isso! UAHAUAHUA Muito obrigada por ter lido até aqui e me deixe saber o que você achou nos comentários, sua opinião é muito importante pra mim!

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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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