Última atualização: 10/04/2018

Prólogo

“Estou perfeitamente bem, eu vivo sozinha
Eu me decidi
Estou melhor sozinha…”

Há quem diga que eles foram feitos um para o outro, cheios de cumplicidade e coisas em comum, mas há quem diga também que eles são super diferentes e que uma hora ou outra a magia que existe entre eles, que segundo é o amor, vai passar, desaparecer.
Mas o que poucos sabem é que essa magia criou vida muito antes de um interesse mútuo transparecer, isso aconteceu quando ainda tinha um outro alguém, e não estamos falando de traição ou confusões e brigas sobre quem vai ficar com quem, as coisas foram acontecendo, simples e natural.
uma garota tranquila, racional, na verdade, sempre foi, mas a sua ingenuidade
sempre a levou para maus lençóis e para que ela acreditasse na veracidade da magia que existia entre eles, teve que ralar muito, porque depois de tantas confusões e mentiras, estava muito bem vivendo sozinha, tinha decidido que a melhor coisa a se fazer seria aproveitar a própria companhia e aceitar que o melhor amor era o seu. Por ter se decepcionado muitas vezes acabou construindo um muro ao seu redor, no qual a passagem de garotos era proibida, mas o erro ou acerto dela foi continuar alimentando sua esperança em um dia encontrar alguém.

Flashback on
— “Estou ansiosa e confusa e isso é esmagador, é torturante. Quero chorar, mas acho que não devo, quero você, mas acho que você não me quer. Tenho medo de estar sufocando você, medo de não conseguir ser boa, de não ser capaz de ser o que quero para você: o melhor. Vou chorar por agora, talvez seja besteira, mas estou tentando tirar o talvez da minha vida e me libertar. Farei de tudo para demonstrar que te quero, porque se você não me quiser, azar o seu. Irei vomitar o meu medo, no lugar de engolir, pois assim ele não pdoerá voltar, deixarei solta a minha vontade de ser livre, realmente livre, e livrar-me do que me aprisiona no peito: a necessidade incurável. Eu quero você, preciso de você, mas não és o meu apoio, mesmo que você me apoie. Tenho que parar de dizer que é difícil e começar a facilitar, te quero, mesmo ainda tentando arrumar essa bagunça que sou, para não te assustar. Te quero independente de como estiver por dentro e não te julgarei se quiser se afastar. Peço sinceridade, transparência e paciência, porque o amor só vai florir quando a dor esvair.”
— Você que fez? — perguntou
— Sim, você gostou? — se acanha com a possibilidade da resposta.
— Se eu gostei? Eu amei. Fez para quem?
— Uma pessoa que não deu certo.
— E que você já superou por ter encontrado um sentido sozinha.
— Não é que eu tenha superado, tem mais a ver com ter encontrado a paz emocional. Eu escrevo tudo aquilo que quero colocar pra fora.
— Por que não investe em alguém novo?
— Tipo aquele ali? — aponta com a cabeça um menino de vermelho.
— Logo esse, ?
— O que tem de errado com ele?
— Adivinha! — segura o riso.
— É gay? — acena negativamente com a cabeça. — Intercambista?
— Ele tem namorada, amiga. — solta uma gargalhada devido a cara de insatisfação de .
— Não quero mais saber, então.
— Bom!!
— Qual o nome dele?
— Você não disse que não queria saber mais?
— Tenho que conhecer as pessoas pelo menos.
.
Depois daquele dia não parou de pensar no tal menino de camisa vermelha, haviam tantos lá por quem ela poderia se interessar e ter algo, mas ela consegue escolher o que tem namorada. Com mais alguns minutos e conversa até descobriu quem era a namorada e que ela também era do curso.
Ela não queria demonstrar a que queria detalhes sobre o garoto depois daquela declaração, ele não podia ser uma opção.
Insatisfeita com o que escutou, virou para o lado oposto ao da sua amiga e começou a fazer anotações aleatórias em seu caderno como forma de descontar a frustração e inquietação que o assunto tinha causado.
, uma pessoa quer te conhecer. — a cutuca.
— Oi, tudo bem? Sou a Fani, me contou de você ontem, entrou aqui semana
Passada, né? Seja bem vinda. — a abraçou de volta depois de a mesma ter ignorado o aperto de mãos e partido para o abraço.
— Sim, eu entrei semana passada e a está me ajudando na adaptação. — olha para interrogando-a. — Bom te conhecer, Fani.
Logo depois das apresentações o sinal tocou fazendo com que Fani se dirigisse ao seu
lugar ao lado de , duas fileiras atrás de .
— O que foi aquilo? Você travou.
— Ela é namorada do cara que eu me interessei. — diz encarando de modo apreensivo.
— E dai? Eu sei que esse seu interesse vai sumir rapidinho. Ela é legal e essas coisas de sentir atração é normal, aposto que ela nem ligaria, ela gostou de você.
— Claro, você fez a cabeça dela. Na verdade, você nem me disse que eram amigas próximas ou sei lá.
— Eu esqueci.
— Ou não quis.
— É uma opção. — esconde o rosto. — Por que isso te incomoda?
O sinal tocou bem depois da pergunta infame, segundo , que agradeceu a sirene que sinalizava o início das aulas no curso pré vestibular.
Se passaram mais ou menos dois meses desde o ingresso de no curso, agora além de ela tinha outras amizades e uma delas era até meio estranho de se pensar, Fani.
Não que elas fossem amigas, mas se davam bem, tinham assuntos em comum e o que ajudou muito na aproximação foi ser uma amiga em comum. não tinha esquecido e o seu súbito interesse por ele, ou a onda de calor que sentiu quando uma semana depois eles foram apresentados, mas tinha em mente que ele era comprometido então vivia sempre afastada dele, o fazendo até se questionar o porquê ela detestá-lo. e Fani cultivavam uma relação até que harmoniosa e com mais um pouco de tempo até começou a apoiar o relacionamento que a então colega tinha com a sua paixão platônica.
Só que as coisas não são como planejamos e essa pode ser a melhor parte.
Um dia, no intervalo entre as aulas, estava com seu mais novo e inseparável amigo Matheus, falando sobre bobagens e rindo à toa, tinha recuperado a sua sanidade e se preocupava somente em se manter sozinha e sem relacionamentos amorosos, estava fechada para negociações, porque assim não corria risco de se machucar. Fugia a todo custo das investidas de em se aproximar.
— Loooly!
— Ah não, outra vez não. — diz colocando a mão na testa em sinal de irritação.
— Loooly, isso é só uma piada. — rebate num tom um pouco ofendido.
— Uma piada que só você entende.
—O Matheus também, por sinal ele que viu a semelhança, eu te chamo por que sou o único que tem coragem.
— Epa, eu chamei no sentido da fofura. — Matheus rebate se defendendo rapidamente. — Você chama por múltiplos motivos.
— Então você me acha fofa? — pergunta para Matheus.
— Claro, minha flor!
— Não estou confirmando nada disso que você está dizendo. — diz.
— Nem negando. — Matheus pisca para de um modo sugestivo.
— Sim, por que me atribuíram esse apelido?
— Por causa da franja que você usava no primeiro dia, parecia uma personagem de um jogo que eu gosto. — tenta se explicar
— Um jogo bem sacana por sinal. — Matheus segura o riso, fazendo com que e ficassem envergonhados.
— Você não está falando daquilo, né? Ai meu Deus!
— Aquilo o que sua louca? — perguntou sem entender
— Aquilo…
— Não sei o que é aquilo.
— Ela quer dizer atriz pornô, só que está mais pra bonequinha pornô… — Os meninos não conseguem segurar a risada com a expressão aterrorizada que faz depois daquela revelação.
— Ai meu Deus!! — Ela diz escondendo o rosto.
O sinal tocou e mais uma vez foi salva, o último horário iria se iniciar.
Flashback off


Capítulo Único

“Nos conhecemos há algumas semanas
Agora você tenta me chamar de amor como se estivesse experimentando roupas…”
Um ano depois

estava aguardando o seu ônibus no ponto de ônibus próximo ao seu colégio, o dia
estava ensolarado, as pessoas andavam apressadas, indo e voltando das suas escolas e
trabalhos e aquela manhã para estava sendo até que tranquila, mesmo com as provas se aproximando. estava distraída, já tinha observado todos os detalhes naquela esquina, até que uma pessoa muito conhecida nos seus pensamentos passou na sua frente sem prestar muita atenção.
?
, é você? Que coincidência boa. — disse a abraçando em seguida. —Como você está?
— Eu estou bem e você? — perguntou meio receosa. — Curtindo a universidade?
— Sim, estou no curso que queria e no tempo livre aproveitando a minha nova vida.
— Nova vida? — perguntou sem esconder a curiosidade.
— Estou solteiro.
— Ah, pensei que estivesse com a Fani ainda, vocês eram tão fofos juntos.
sempre foi língua solta e isso se atribui a sua ansiedade extrema de querer expor as coisas super rápido.
Como expor sua opinião sobre o casal para o cara que ela gostava e
fazia parte desse par. A timidez veio imediatamente à tona, o garoto que ela foi a fim estava na frente dela, puxando papo e estava solteiro. Num passe de mágica todos os desejos que ela não se permitia pensar ou transparecer começaram a fazer parte da sua mente em meio àquela conversa sobre qualquer coisa, que ambos queriam manter só por estarem na presença um do outro.
— Você vai pegar qual ônibus?
— Nenhum, eu moro a uma quadra daqui, só estou esperando com você. — respondeu tentando disfarçar um sorriso bobo que se formava.
— Ah, certo...só não quero te atrapalhar.
— Você não me atrapalha, mas podemos marcar para comer alguma coisa qualquer dia. — sugere na intenção de deixar descontraída. — Quero te conhecer melhor, dessa vez.
— Concordo plenamente.
— Aposto que não tem nenhum dia livre para encaixar um simples admirador.
— Admirador? — perguntou sem jeito, mas assim que assimilou o sentido do que disse o ônibus que ela estava no aguardo parou no ponto.
— Eu te mando uma mensagem.
— Você não tem meu número.
— Eu consigo.

Uma semana depois
As conversas estavam cada vezes mais carinhosas, o primeiro encontro para “comer
alguma coisa qualquer dia” foi um sucesso, eles pareciam que nunca tiveram separados ou que nunca tinham não se aproximado. Ele já lhe tinha roubado um beijo quando foram se despedir no mesmo ponto de ônibus que se reencontraram e ela estava planejando uma surpresa para o aniversário dele, apesar dele ter dito não gostar de comemorar.
Ele a levou para ver o pôr do sol na mesma semana do primeiro encontro e foi aí que o primeiro beijo aconteceu, perto do mar, olhando o sol se pôr, sentindo o frescor e a maresia.
Era sábado à noite e estava em casa conversando com por chamada de vídeo, como fizeram no dia anterior.
— Olha só, hoje vou ter serenata.- disse empolgada depois de ver o violão na mão de .
— Hoje não, minha voz é horrível por gravação. — coloca o violão de lado.
— Eu gosto da sua voz.
— E eu gosto de você. sorri abertamente ao observar ficar vermelha. — Fala mais sobre você.
— Pergunta o que você quer saber.
—Qual sua comida preferida? — pergunta e olha para o lado oposto a tela do celular, numa forma de esconder o acanho.
— Que pergunta difícil para uma pessoa que adora comer. — arranca algumas risadas de . — Eu amo lasanha.
— Eu também amo lasanha, minha especialidade, por sinal.
— Espero que isso que isso que você disse sobre ser sua especialidade seja você se
convidando para cozinhar pra mim.
— Pode deixar que vamos cozinhar juntos. — diz risonho.
— Ou você cozinha e eu como. — colocou as mãos no queixo.
— Você é linda, sabia?
— Nunca pensei que você iria levar a gente a sério.
— Por que? Eu até disse que iria cozinhar pra gente.
— Por causa da Fani, vocês eram maravilhosos juntos.
— Mas não um para o outro . Em uma semana com você eu consegui sentir mais coisas do que em um ano, éramos muito carentes um com um outro, a relação tem que ser leve.
— Desculpa tocar nesse assunto.
— Não se desculpe, amor, o que acha de Jantar comigo daqui trinta minutos?

2 meses depois
“Saúde-me, sou sua rainha americana
E você se move até mim como se eu fosse uma batida de música soul
E nós governamos o reino dentro do meu quarto...”

O dia tinha amanhecido nublado, uma brisa úmida passava por entre as folhas das árvores avisando que um tempo chuvoso e frio se aproximava. estava chegando na casa de depois de um dia monótono na faculdade e por isso tinha esquecido totalmente o que ela pediu para que comprasse.
Deixou sua mochila no sofá e continuou a seguir para o quarto, tentando formular uma desculpa para o seu esquecimento, abriu a porta e se
deparou com , um tanto despojada, na cama somente com uma camisa sua.
— Pensei que não viria mais, amor.
— Quase que não, estou um poço de cansaço, você está bem? — pergunta assim que o abraça.
— Agora estou, você chegou.
— O que acha de sairmos para comer algo?
— Eu fiz lasanha para comermos depois que terminamos aqui.
— Terminar o que?
— O que começamos ontem… — diz um pouco acanhada.
— Você não está pronta para isso. — reclama, mostrando a mesma preocupação do dia anterior.
— Estou sim e não precisa se sentir culpado, eu estou pedindo.
— Mas eu não quero te machucar. — coloca as mãos no rosto de , conseguindo atrair sua atenção total. —Você não vai.
— Tem certeza que quer isso?
— Tenho!
Aproveitando a pouca distância que os separava, o beijou deixando claro que não iria desistir tão cedo. passou as mãos por entre os cabelos da nuca dela e aprofundou o beijo que eles tanto amavam trocar.
Ficava cada vez mais quente, levantou um pouco a camisa dele e foi distribuindo carícias do seu abdômen até o peitoral, com um movimento rápido, tirou a camisa que estava usando e começou a beijar cada extensão do corpo de fazendo com que a mesma se arrepiasse. A ajudou a tirar a única peça que cobria seu corpo fazendo o mesmo com a que ele vestia.

“Porque todos os meninos e seus carros caros
Com seus Range Rovers e seus Jaguars
Nunca me levaram exatamente onde você leva…”


colou seus corpos e o beijou urgentemente, acariciou um de seus seios e
deslizou sua mão até a cintura de dela, onde apertou. Passou os dedos pelo cós da
calcinha lisa que ela tinha comprado para a ocasião e a tirou, deixando a completamente nua.
Beijou os seus seios, sua barriga e foi seguindo para baixo onde beijou a sua coxa e
em seguida passou a língua. Seguiu lambendo e beijando toda a sua perna, passou para a outra coxa e fez a mesma coisa, separou as pernas de e foi com a boca em direção a sua intimidade, beijou cada parte e passou a língua por ela , arrancando um
suspiro baixo de , sugou e chupou devagar fazendo com que se contorcesse, continuou com língua e começou a estimular o clitóris dela com os dedos deixando a mais preparada.
Pegou uma camisinha no bolso de sua calça que estava jogada no chão e voltou a beijar , começou a estimulá-la novamente com os dedos fazendo com que a mesma gemesse mais alto. Colocou o preservativo no seu membro ereto e a olhou nos olhos tendo assim a confirmação de que poderia continuar, a penetrou com toda calma e cuidado para não machucá-la. Apesar de mal conseguir ficar de olhos abertos devido ao incômodo na sua intimidade, não quebrava contato com em nenhum momento, ela queria mostrar que o tinha escolhido de corpo e alma e que nunca o deixaria.

“E de uma só vez, você é o único
Eu estive esperando
rei do meu coração
Corpo e alma, woah…”


Eles estavam deitados e enroscados um no outro, escutando uma música qualquer que
estava passando na estação de rádio. Ela bagunçando o cabelo dele e ele em um quase sono.
E não se cansava de admirá-lo. Ele era o carregador dela, não só de energias boas e tranquilidade, mas de amor e carinho também. Transmitia tanta confiança e lealdade que fez com que ela, difícil do jeito que era, quisesse a mesma coisa.
Ele era engraçado, mas sério também, se preocupava com os mínimos detalhes e era cuidadoso, fazia com que ela se sentisse amada, logo ela, que sentia tanto medo de se relacionar, mas com o ela sentia que podia ir adiante, mesmo com medo.

“E de uma só vez, você é tudo o que eu quero
Nunca vou te largar
Rei do meu coração (coração)
Corpo e alma (minha alma)...”


Depois de tudo que aconteceu, eles só podiam agradecer, se algumas coisas tivessem sido diferente naquele dia, eles não teriam se reencontrado. Se o ônibus tivesse passado mais cedo, se o não tivesse ido dar uma volta... Eles não teriam se encontrado.
Cada evento do nosso dia tem um peso significativo para o que nos espera no
final de cada dia. O acaso não escolhe, muito menos o destino, eles não vão esperar a sua aceitação. Podemos nos apaixonar em fração de segundos, nos tornando sedentos e dependentes, tente escolher por quem vale a pena ser assim.


FIm!



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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