11. My Heart Is Open

Última atualização: Fanfic finalizada.

"I can't spend another minute getting over loving you..."

Prólogo


Minhas amigas estavam todas na minha casa, mesmo com 20 anos na cara nós continuávamos fazendo as nossas famosas festas do pijama, mas não eram festinhas comuns que as pessoas estão acostumadas a ver na TV, nossas festas contavam com muito Guitar Hero, muitos salgadinhos, cervejas, música boa e muitos filmes.
- Eu não aguento mais a vaca da minha chefe me alugando, é o tempo todo. Meu papel no jornal é escrever criticas, não buscar café no Starbucks para ela toda manhã. – , minha melhor amiga, reclamou enquanto dava um gole na sua cerveja.
- Já eu não tenho nada a reclamar do meu chefe, pelo contrário, só o quero mais e mais na minha vida – disse com os olhos brilhando, ela dizia que ele era o “crush” da vida dela.
- Supera ele, amiga, ele é casado – disse, rindo da cara da .
- Pior você que fica babando pelo seu vizinho – retrucou.
- Deixa saber disso – Disse e me mandou um dedo do meio, sempre muito educada.
- Falando nele, tenho que avisar pro meu amor que vou dormir aqui hoje se não ele surta - disse e saiu da sala com o telefone.
- Gays – falou botando a língua pra fora.
- Super gays – Disse concordando com ela.
- Vocês falam isso porque não estão apaixonadas – disse e seus olhos brilharam ao ver que tinha recebido uma mensagem do , seu namorado, e se amam desde que me entendo por gente, eles tem uma longa e linda história de amor, ultra clichê, parece até um filme de tão bonitinho, mas isso não vem ao caso agora.
- Falando em amores, abra seu coração , e nos conte na real como está o seu lance com o – tocou naquele assunto tão delicado e meu coração disparou.
Eu e as meninas sempre fomos inseparáveis, em um dia do colegial, quatro garotos que tinham uma banda sentaram na nossa mesa no intervalo alegando que não tinha outro lugar para se sentarem. Você já deve estar pensando que oito é par e tendo pensamentos maliciosos sobre a amizade que surgiu naquele dia, e você está completamente certa, ali surgiram 4 casais, quatro casais muito complicados. Oito pessoas. Você já deve imaginar que isso envolvia muitas brigas, muito amor, muitas histórias para contar, e muito amor. era um desses meninos que sentou na nossa mesa aquele dia, juntamente com , e . era e continua sendo o garoto mais bonito de toda a cidade, algumas pessoas brincam que seu charme é capaz de matar, mas eu, mais do que qualquer um, sei muito do bem do que seu charme, e ele, são capazes. é meu ex-namorado, dizem por ai que éramos o casal mais famoso/popular da cidade, e eu infelizmente tenho que afirmar, não pense que só porque éramos populares, éramos fúteis, pelo contrário, eu nunca fui nada disso, é só uma besta “herança” da minha irmã mais velha, que foi a patricinha mais fútil que essa cidade já viu, e depois da sua formatura, todos os olhares e fofocas da cidade se passaram para mim, não demorou muito para as pessoas perceberem que eu não era nada como ela, meu jeito de me vestir, meu palavreado, meu jeito, meus costumes, meu gosto musical, tudo, e eu já estava quase, muito perto mesmo, de ser esquecida, quando entrou na minha vida, eu me apaixonei completamente, e ele também, nosso namoro sempre foi muito rebelde, nossas brigas eram super constantes, até porque sempre tem alguma patricinha puta metida a Barbie para dar em cima de alguém como , o cara era o badboy da cidade, gato, bom de cama, e isso eu posso afirmar, é obvio que vai ter sempre alguém na sua cola, até mesmo quando se tem namorada. era lindo, e se dizia apaixonado por mim, mas o que ninguém sabe é que tem milhões de defeitos, e quando eu digo milhões eu não estou exagerando, um de seus defeitos foi ter sido infiel, sim, me traiu.

Down – Jason Walker

Flashback
2 anos atrás.

- , com você dirigindo assim a gente só chega à festa na semana que vem, né, querida?! – disse, zoando minha amiga que estava no volante e as meninas riram dentro do carro.
- Acalma a periquita, menina, o vai continuar lá te esperando do mesmo jeito – disse e eu dei um sorriso. Tinham dois meses que não víamos nossos namorados, eles tinham saído em turnê e estávamos quase morrendo de tanta saudades.
- Chegamos – disse e estacionou o carro na frente da casa do Mark, um velho amigo nosso, que estava dando a festa essa noite.
Entramos na festa e procurei meu namorado com o olhar, avistei , e , mas não o vi, quando os meninos me viram, em vez de virem correndo abraçar suas namoradas, eles me olharam com cara de espanto, eu não sabia o que estava acontecendo, mas senti um aperto muito forte dentro do meu coração.
Virei-me para o outro lado da festa e continuei o procurando, avistei no bar, e ele não estava sozinho, beijava uma morena de roupa totalmente vulgar, suas mãos percorriam o corpo dela inteiro, na hora senti ânsia de vomito e meus olhos encheram d’água, senti meu corpo inteiro ficar mole e eu estava sem chão.
me abraçou pelos ombros e foi me levando para a saída. Eu não conseguia parar de chorar e imaginar porque diabos ele tinha feito isso comigo, depois de três anos de namoro. De repente brotou na minha frente e começou a falar.
- , desculpa a gente, foi uma aposta besta, desculpa, por favor – Ele implorava quase chorando.
- Aposta? – Perguntei e foi a única coisa que consegui falar.
- É, a gente já tinha bebido algumas cervejas e eu e o desafiamos o a dar em cima daquela mulher e a gente achou que ela ia dar um fora nele, por ser mais velha, mas era só pra ele dar em cima, nunca passou pela nossa cabeça que ele fosse beijar ela – disse e eu apenas assenti.
- Sério, , desculpa – ele disse novamente.
- , chega, agora não, depois vocês conversam – disse rígida com ele ao meu lado. – Eu vou levar ela pra casa, você leva as meninas? – Ela perguntou, assentiu e me tirou dali.
Ao chegar em casa, me empurrou pra dentro do chuveiro e separou uma roupa para eu vestir, fiz o que ela pediu e me deitei na cama ao seu lado. me abraçou e sussurrou um “Eu te amo, estou contigo pra sempre”, apenas sorri e voltei a chorar, chorei nos braços da minha melhor amiga, botei tudo pra fora, chorei como nunca tinha chorado, chorei porque doeu, chorei porque o que ele fez foi algo baixo, chorei porque infelizmente eu o amava, chorei porque tinha certeza que era o amor da minha vida e chorei também porque sabia que ele não seria fácil de superar.
Meu telefone não parava de tocar, e eu apostava que era ele, já estava ficando irritada com meu toque, assim como eu, peguei meu telefone e taquei com tudo na parede, encostei minhas costas na parede fria do meu quarto e escorreguei até o chão, e fiquei ali quietinha chorando. tinha um olhar de pena sobre mim, ela sussurrou alguma coisa que eu não prestei atenção e saiu do quarto. Quando voltou ela tinha fúria no olhar.
- Ele ta lá na porta e disse que não sai de lá até você falar com ele, eu já tentei de tudo pra ele ir embora, mas – Não deixei terminar e desci correndo as escadas e ela veio atrás de mim.
- , volta, eu preciso conversar com ele, eu preciso saber por que, a sós – disse para minha melhor amiga.
- Tá bom, qualquer coisa grita – ela assentiu e subiu de volta.
- Ah, eu vou gritar, e muito – eu disse pra mim mesma e fui abrir a porta.
Um desesperado adentrou minha casa, ele tinha seus olhos vermelhos sangue, suas mãos tremiam e ele cheirava a cerveja pura. caiu aos meus pés, literalmente, ele agarrou minhas pernas e chorou, chorou como eu nunca o tinha visto chorar, encostei minhas costas no sofá atrás de mim e fiquei ali, escutando chorar e chorando junto com ele. Lembranças daquela mesma noite voltaram na minha cabeça e puxei minha perna saindo de perto dele, eu estava com nojo dele.
- , me desculpa, foi uma aposta besta e ela me agarrou e – o interrompi.
- Eu sei, – disse o mais calma que eu consegui.
- Então, , me desculpa, eu amo você, eu sempre amei você, vai ser pra sempre você – ele disse vindo pra perto de mim.
- Não – disse fria.
- Como assim não? – ele perguntou.
- Não, , eu não te perdoo, nem hoje, nem vou perdoar nunca – eu disse e subi as escadas em direção ao meu quarto.
Eu queria ter gritado, socado ele, mas não consegui, eu não tinha força física muito menos emocional naquele momento. Era oficial tinha partido o meu coração.
Fim do Flashback

- Como assim meu lance com o ? Nós não temos nada – disse rolando os olhos.
- Qual é, , já faz anos, o homem vive te provando que ainda te ama e que aquilo não passou de um erro – disse.
- Eu só acho que não estou pronta para relembrar, passar por tudo aquilo de novo, só de lembrar de tudo o que eu senti naqueles dias...– disse relembrando de tudo que sofri nas mãos dele.
- Só não demora muito, uma hora ele para de tentar – disse.
voltou para sala pulando de felicidade e gritando, eu e as meninas nos entreolhamos e começamos a rir da cara de alegria da nossa querida amiga.
- Vocês não vão acreditar – Ela berrava.
- O quê? – Perguntei.
- Adivinhem – ela disse rindo das nossas caras de desespero.
- Dylan O’brien está na cidade? – chutou, e negou com a cabeça.
- Miranda Kerr voltou para o Victoria’s Secret Fashion Show? – disse e negou novamente.
- Não é o que eu tô pensando – disse com os olhos brilhando.
- É – disse pulando e eu já não estava entendendo mais nada.
- Puta que pariu – se juntou a e as duas começaram a berrar feito criança e eu juro, que se eu não soubesse que elas tem a idade que tem, eu juraria que elas tinham 13.
- Ok, parem de gritar e expliquem – pedi e se controlou e começou a falar.
- Os meninos vão tocar no Madison Square Garden – disse/gritou.
- Wow, isso é demais – disse rindo. E todas elas olharam pra mim esperando algum tipo de reação, mas ela não veio.
- Ah qual é, , nem precisa ficar feliz pelo , mas pelos outros meninos – disse.
- Ok, tô feliz, aliás to muito feliz, mas pelo , pelo e pelo , e só – disse rindo um pouco no final.
- Ta bom, vamos fingir que isso é verdade – disse rindo da minha cara.


Capítulo 1


Estava me arrumando para a festa de 21 anos de , claro que isso contava com muitos famosos, por causa da sua banda, mas também contava com muitos amigos meus, inclusive com aquele amiguinho que vivo me martelando para esquecer.
Ouvi duas buzinas e deduzi que tinha chego, me olhei no espelho pela última vez, meus cabelos caiam sobre meus ombros, meu batom vermelho, meu cordão de diamantes, meu vestido tubinho preto de manga comprida, cavado nas costas, minha bolsa/carteira preta e meu salto também preto, formavam o visual que eu tanto adorava, e eu estava pronta.

Entrei na boate com ao meu lado, também passou por sérios problemas em seu relacionamento com , gosto de dizer que nós temos um péssimo gosto para namorados, não pelo físico deles, mas sim pelo psicológico, já perdi as contas de quantos shots tomamos juntas tentando os esquecer. Acho que isso era o que eu mais gostava em , não importava o que acontecesse, ela sempre estaria ali, se fosse uma briga familiar, ou fim de relacionamento, ela estaria ali para me ajudar a superar. Senti me cutucar e apontar em direção ao bar e lá eu vi e acompanhados de duas loiras, as duas vestiam roupas deploráveis, que se eu não fosse contra julgar as pessoas pelas roupas, as definiria como “putas”, porém não vou deixar meus princípios de lado. Fiz um sinal para deixar pra lá, por enquanto, e fomos em direção a pista de dança, Promiscuous da Nelly Furtado começou a tocar, troquei olhares com , e acho que ela pensou a mesma coisa que eu, se eles não nos tinham notado nossa presença ali ainda, agora era a hora.
começou a dançar de uma maneira ultra sexy, eu invejava seu corpo, mas deixei para lá minha pontada de insegurança, comecei a dançar também, eu e rebolávamos no meio da pista de dança, sem ligar para os julgamentos das pessoas em volta. Enquanto dançávamos uns três garotos chegaram por trás de nós duas e recusamos imediatamente qualquer contato, tínhamos um foco ali, tínhamos, falei certo, porque deixei isso para lá quando Jake me abraçou por trás, quando o vi abri um sorriso, Jake era o “rival” principal de na época da escola, mas sempre foi muito amigo de , o que explica sua presença aqui, e sem contar que antes do meu namoro eu tinha um abismo por ele, por isso deixei Jake ficar, coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e continuei a dançar. Inclinei um pouco a cabeça para trás e olhei em direção ao bar, avistei com os pulsos cerrados e estava vermelho de raiva, agora sim eu estava gostando. virou um shot e agarrou a loira do seu lado, não que eu não esperasse essa reação, mas meus olhos encheram d’água no momento. Era sempre assim, eu provocava, revidava, e nós ficávamos nesse joguinho sem fim.
Eu sempre me arrependia de provocar , eu ficava fora de si, essa não era eu, eu nunca fui disso, definitivamente me mudou.
Deixei isso pra lá e procurei minhas amigas e amigos, achei , , e na mesa principal da boate.
- , você veio! – gritou e veio me cumprimentar.
- Oi, claro que vim, por que diabos eu não viria? – Perguntei, rindo.
- Ah, talvez seja a presença de um tal que vem te impedindo de socializar com seus amigos, talvez – ele disse ironizando e rolei os olhos.
- O que importa é que estou aqui, não é? – Disse sorrindo e ele assentiu – A propósito, parabéns, , tudo de bom, e cuida bem da minha amiga – Completei o abraçando.
- Pode deixar – ele sorriu e abriu espaço para eu passar e me sentar ao lado de .
- E aí, , quanto tempo! – disse, me cumprimentando.
- Oi, – disse sorrindo novamente, era realmente bom estar com seus amigos.
- Já ficou sabendo da novidade? – Ele disse se referindo ao MSG.
- Já sei, falando nisso, meus parabéns, vocês realmente merecem – Disse e vi um sorriso brotar nos lábios de e .
- Obrigado, você vai né, ? – perguntou.
- Ah, eu ainda não sei meninos, não acho que seja uma boa ideia – Falei e todos na mesa arregalaram os olhos.
- Como assim, ? Você não vai fazer isso com a gente vai? Você tem que ir – disse e eu podia ver um pingo de tristeza em seus olhos.
- Ok, eu vou, prometo, e quer saber, me escutem bem, eu nunca mais deixarei de fazer algo por causa de , a partir de agora, eu voltei a ser a de vocês – Disse decidida e todos sorriram, bateram palmas e assoviaram, me fazendo rir.
- Oi, – Aquela voz tão conhecida disse atrás de mim, e eu respirei fundo e me virei.
- Olá e você sabe que pra você é , – Disse e me virei novamente.
- Ai, essa doeu, hein – disse se aproximando e me dando um beijo na testa. – Oi, – Ele completou e se sentou.
- Vou procurar a – Disse, me levantando e indo atrás da minha amiga. Desde a traição de , nosso dia-a-dia era assim, nossos amigos divididos no meio, pois quando chegava, eu ia embora.
Avistei no bar, e fui em direção a ela.
- Mais três doses de tequila, sem sal e sem limão, por favor – Ela pedia ao garçom no momento que cheguei.
- Seis – acrescentei me sentando ao seu lado.
- Minha parceira – disse, apoiando sua cabeça no meu ombro, digamos que ela já estava um pouco bêbada.
- Aqui – O garçom chegou e deixou as seis tequilas na nossa frente.
- Como nos velhos tempos? – Ela perguntou. se referia a o que fazíamos quando estávamos bebendo juntas por causa de e , uma dose, um desabafo e assim ia.
- Como nos velhos tempos. – A respondi e viramos a primeira.
- Eu odeio porque ele é um babaca. – Ela disse.
- Eu odeio porque ele me traiu. – Eu disse. Viramos a outra dose.
- Eu odeio porque ele pegou minha chefe na minha festa de aniversário – disse e eu gargalhei com seu desabafo, essa era novidade.
- Ele não fez – Disse ainda rindo.
- Fez – ela disse batendo no balcão com raiva, o que só me fez rir ainda mais, o que o álcool não faz, não é mesmo?
- Eu odeio por ele me provocar – Eu disse. E viramos a última dose.
- Eu odeio , por ele ter me feito tão feliz e tão triste – falou com um olhar triste, ou bêbado, eu já não sabia diferenciar.
- Eu amo , porque ele é o amor da minha vida. – Disse e gargalhei do meu desabado idiota, sem perceber que tinha gritado isso. Merda, merda, merda.
- Você o quê? – disse saindo de perto de uma morena que ele agarrava do outro lado do bar.
- Nada, eu não disse nada – Disse colocando as mãos ao lado da cabeça.
- , você disse que me ama, e que eu sou o amor da sua vida – Ele disse com toda calma do mundo na minha frente.
- O que foi? Vai dizer que não sabia? – Disse e sai do bar e fui pro meio da pista e quando ia começar a dançar, a voz de invadiu as caixas de som da boate.
- Boa noite – ele disse e todos gritaram em resposta, inclusive eu – Já passou de meia noite, então, parabéns para mim! – e todos lá gritaram um “Feliz aniversário, ” e quando olhei em volta, , , , , e estavam ao meu lado – enfim hoje vai ser um dia especial para mim, não só porque eu ganho a maior idade, mas por outra coisa que estou prestes a fazer. Minha mãe sempre me disse que nunca é cedo demais para fazermos algo que nós queremos muito e que principalmente, envolva muito amor, por isso, não acho que seja cedo demais para fazer o que estou prestes a fazer. Há muito tempo atrás eu conheci uma garota no intervalo da escola em que estudava, ela era linda, andava sempre com suas inseparáveis amigas, e tinha o sorriso mais lindo do mundo. Eu não tinha ideia de que essa garota viria a se tornar o amor da minha vida, e muito menos que estaria aqui hoje fazendo isso, mas acho que foi o que o destino decidiu para mim, por isso eu te pergunto Carriço, você me faria o homem mais feliz do mundo e se casaria comigo? – ele disse e eu não acreditei no que estava acontecendo, olhei para o lado e vi minha melhor amiga aos prantos e de repente ela gritou um “Sim” o mais alto que ela conseguia e a boate virou uma festa. desceu correndo e veio beijar a , quando os dois se separaram, corri e abracei minha melhor amiga, desejei em seu ouvido, que ela seja a mulher mais feliz do mundo ao lado dele e disse que a amava mais que tudo, ela me respondeu com um sorriso maior do que o seu rosto, e aquilo fez meu coração pular, eu estava tão feliz por ela. Todos os meus amigos abraçaram os dois e depois disso e cochichavam um com o outro e se viraram para nós.
- Olha, todos vocês vão ser nossos padrinhos e madrinhas, mas a gente tem que escolher um casal principal e desculpa meninas, mas eu tenho que escolher a disse e meus olhos se encheram d’água. – , você aceita ser a minha madrinha? – ela perguntou também quase chorando novamente.
- Claro, meu amor – Disse e abracei.
- Tô nem aí, quem vai ser minha madrinha vai ser a mesmo – disse, abraçando e gargalhamos.
- Isso se você um dia casar, né?! – disse implicando com ela e ela deu língua por ele.
- Ok, e eu fico com o disse e pulou no colo do como eles vaziam no colegial, e aquilo me deu uma nostalgia.
- Parece que alguém vai ter que entrar de braços dados com o na igreja, hein, – Laurinha disse me cutucando e rindo.
- Como se você fosse escapar do disse e o sorriso de murchou no mesmo instante.
- Ah, você tá brincando? – disse e negou com a cabeça, fazendo todos nós rirem.
- Ok, estão liberados amiguinhos, aproveitem – disse puxando sua noiva para algum canto da festa.
- Quero ir pra casa, vamos, – disse e chamei minha amiga.
- Também vou – Disse .
- Nem fudendo que vocês vão pra casa assim, eu e o levamos vocês - disse e fomos todos em direção a saída.
Entramos no carro, foi à frente com , e eu, e no banco de trás, nessa ordem, infelizmente.
- A vai se casar, isso é loucura – disse e nós rimos concordamos.
- Nós temos que ir na Kleinfeld Bridal escolher o vestido – disse super empolgada.
- Ah, com certeza isso já passou pela cabeça da – Disse e as meninas riram, porém a risada cessou no momento em que começou a tocar uma certa música na rádio.
Uma versão bem mais lenta de Crazy in Love invadiu as caixas de som do carro do , mas mesmo assim eu me lembrei daquele dia.

Flashback On

Estávamos todos na casa da jogando “Eu nunca” acompanhado de Jose Cuervo, era a minha vez de falar, mas tudo de importante que eu nunca tinha feito, eu já havia falado, então falei a primeira coisa que me veio na cabeça.
- Eu nunca dancei para um homem – Disse e tomei uma dose, sendo acompanhada por todos os meninos e as meninas riam da minha cara.
- Você tá brincando né, ? – perguntou.
- Não - A respondi rindo.
- Então é agora, senta ali – apontou a cadeira da mesa da sala e obedeceu, ela foi até o som e Crazy In Love da Beyoncé começou a tocar – Vai lá, – Ela disse me empurrando e eu fui.
A música começou a tocar e eu fui andando no ritmo da música para trás, para onde , e comecei a fazer a coreografia tão conhecida entre eu e as meninas. Na hora do refrão abandonei a coreografia e fui andando para perto de , acariciei seu rosto e sussurrei o refrão em seu ouvido lambendo o lóbulo de sua orelha em seguida, vi se arrepiar, mas continuei mesmo assim. Coloquei uma perna em cada lado de e fiquei rebolando em cima dele. As meninas gritavam a letra da música e os garotos zoavam . Quando a música acabou dei um selinho em e voltei para a roda.
Aquele foi um dos momentos mais divertidos da minha vida.

Fashback off

A versão que tocava era um pouco mais lenta, e por sinal muito bonita. Ela me lembrava de tudo de bom que passei com e ao mesmo tempo, tudo de ruim. Ela me transmitia vários sentimentos diferentes. Comecei a sussurrar a letra da música e fechei meus olhos, não liguei para aonde estava, se estava pagando mico, e muito menos, para quem estava comigo.
Ela me lembrava de todas as juras de amor que fez, ela me lembrava de todo santo “Eu te amo” que me disse, todas as vezes que ele me fez rir, que ele me beijou e me deixou completamente maluca. Mas também me lembrava de quantas vezes eu chorei por , quantas vezes pensei que quem tinha falhado na relação era eu, por mais que seja um pensamento absurdo, levando em conta ao que ele fez, quantas vezes eu parei em frente ao espelho e me perguntei se havia algo de errado comigo? Quantas vezes eu fui incapaz de culpá-lo simplesmente por amá-lo mais que odiá-lo?
Quantas vezes? Milhares, cada uma dessas coisas.
Senti uma mão encobertando a minha e vi que era a de , olhei em seus olhos e vi aquele tão conhecido olhar em busca de perdão, mas não seria o que ele teria, não naquele momento. Tirei sua mão de cima da minha e revirei os olhos para ele.


Capítulo 2

Era o dia da festa de noivado da e eu não podia estar mais feliz, uma das minhas melhores amigas iria se casar, dá pra acreditar?
Estava me arrumando na casa da , desde que ambas tivemos problemas em nossos relacionamentos, viramos parceiras, tudo fazíamos juntas, as meninas andam muito ocupadas com seus amores, que eu e mesmo continuando muito próximas das meninas, passamos a ter uma a outra sempre como refúgio.
Tomei um banho quente, vesti minha lingerie e um Elie Saab curto e rosa bem claro. Prendi minha franja para trás com um grampo, fiz uma maquiagem leve e calcei meu salto prateado. também estava excepcional, ela vestia um Givenchy tubinho vermelho, um salto preto e seus cabelos estavam soltos. Normalmente nós somos julgadas como ricas pelas nossas roupas, porém ninguém sabe que nossos vestidos de grife vêm tudo dos dispensados para photoshoot da empresa de onde trabalho, o que eu achava a melhor coisa do mundo.
Assim que chegamos à casa de , onde aconteceria o jantar, nos deparamos com uma longa mesa com uns 30 lugares, lá se encontravam a família de , a família de , todos os meninos, as meninas, e algumas pessoas de nossas famílias, já que éramos todos muito próximos. Estávamos todos sentados na sala conversando, e eu adorava estar ali com todos os nossos amigos, nossas famílias, a harmonia era ótima, tirando uma pessoa, e não, dessa vez não estou falando do . tinha uma prima chamada Anne, ela era a pessoa que eu menos tolerava em todo o mundo, eu a odiava, durante meu namoro com , ela sempre dava em cima dele como se eu não estivesse ali e isso depois que nosso namoro terminou, só piorou. Anne estava sentada no sofá ao lado de , eu podia não querer assumir aquilo, mas ela estava linda, seu vestido vermelho, bem ousado vamos dizer, fazia um belo contraste com seu cabelo loiro que ela ficava mexendo de 5 em 5 minutos. Seu comportamento estava começando a me irritar, desde uma caricia no rosto de até a hora em que ela começou a passar a mão em sua coxa. percebeu a minha insatisfação com a cena e interferiu, mas não da maneira que eu preferia.
- , , vão fazer o papel de padrinho e madrinha e busquem mais vinho para o pessoal, sem moleza! – Merda, . Todos rirem e nos incentivaram, alcoólatras bestas. Sim, sou hipócrita mesmo.
Levantei meio sem graça e veio atrás de mim. Quando cheguei à cozinha abri o armário de cima da pia e me estiquei para pegar o saca-rolha, e quando me virei novamente, estava em pé na minha frente me encarando com o vinho na mão.
- Boa noite, – Ele disse com o sorriso mais lindo do mundo.
- Boa noite, – Disse e forcei um sorriso.
- Quer dizer que você foi promovida no trabalho? Isso é muito bom , parabéns – estava mesmo, depois de tantos anos, querendo ter uma conversa civilizada comigo? Eu estava sonhando?
- Obrigada – Respondi seca e meio incerta.
- Sempre torci muito para o seu sucesso profissional – Ele disse mantendo o sorriso no rosto.
- Já para o emocional você não contribuiu muito, né? – Pensei e depois que vi a cara de percebi que havia falado aquele pensamento que transmitia tanta dor.
- Eu tenho tentado, , eu quero me aproximar de você, eu quero você de volta, eu estou disposto a isso, eu juro – Ele disse e eu engoli seco.
- E o que fez você mudar de ideia? – Perguntei, tentando ser o menos emocional possível.
- Eu sempre tive esse pensamento, mas o pedido de casamento de me fez cair na real, eu não quero mil mulheres, , eu quero você, quero passar a minha vida ao seu lado, ao lado da mulher que eu amo – Ele disse e meus olhos se encheram de lágrimas.
- Desculpa, , mas você só está assumindo as consequências de seus próprios erros – Disse e continuei tentando me controlar para não chorar bem ali, na frente dele.
- ...- Ele tentou falar algo mas eu o interrompi.
- Nem tenta, – Respondi pegando o vinho da mão dele e levando até a sala, de volta para o mundo onde e não se falam.

Um mês depois...

Era o dia da escolha de vestidos para o casamento, eu estava muito ansiosa para ir comprar os vestidos, não era a primeira vez, mas não era todos os dias que poderia escolher um Gucci ou Givenchy, e eu como estilista, ficava muito animada.
Fomos primeiro na loja de vestido de madrinhas, as madrinhas eram eu, e , mesmo eu sendo a “principal”, elas também seriam, mas sem aquela bobagem de vestidos iguais, não, ainda mais porque temos personalidades diferentes e sabe disso.
Provei vários vestidos, mas acabei ficando com um Chanel verde de um ombro só, ele era lindo, ia até meu pé e tinha brilho por ele todo, escolheu um Gucci longo vinho que marcava sua cintura e a deixava com um corpo incrível, e por fim, se decidiu por um Vera Wang prateado longo que realçou a cor azul de seus olhos. Todos nós e ficamos muito satisfeitos com nossas escolhas e fomos para a loja onde ajudaríamos a escolher o vestido dela. Ela estava nervosa e ao mesmo tempo tinha alegria transbordando de seu corpo, nós sempre sonhamos com nossos casamentos e mal podíamos acreditar que um dos quatro sonhos estava sendo realizado.
experimentou vários vestidos, mas um deles caiu perfeitamente, ele era tomara que caia branco com uns brilhos na parte do peito, tinha uma faixa prateada um pouco acima da cintura, e sua saia era lisa, era simples, fazia muito bem o estilo de . A vendedora chegou perto e colocou um véu em , os olhos dela se encheram d’água na hora, e eu senti um pouco de inveja daquilo, não só do seu vestido, da sua festa de casamento, eu senti inveja e podemos dizer que, falta, de ser amada.

Flashback mode ON

Estávamos todos sentados na mesa do refeitório, estava com seu celular e lia em voz alta uma reportagem onde contava que a diretora iria se casar com o professor de História.
- Ai que nojo, ele é muito feio! – reclamou.
- Como se a diretora fosse maravilhosa, né?! – disse e deu língua para ele.
- Pelo menos ela não tá encalhada igual a mim – disse, dando de ombros. e ainda não namoravam, mas estava claro do que sentiam um pelo outro.
- Não por opção, fofa – Disse, fazendo todos na mesa entenderem minha piadinha e rirem também, o que deixou vermelho.
- Eu não me imagino casando, cara, não sei, acho gay – falou e nós, meninas, reviramos os olhos.
- Você diz isso porque ainda não se apaixonou – disse, soltando uma indireta que foi notada por todos. Os dois também não namoravam ainda, nem ficavam, nada, mas desde sempre gostou de , e quando eu digo sempre, é sempre.
- Eu não acho, me casaria com a fácil – disse, me puxando para me dar um selinho.
- Gays, muito gays – disse e nós rimos.

Fashback mode OFF

- , eu estou falando com você – disse, estalando os dedos na minha frente.
- Ai, , desculpa, o que você estava falando? – Perguntei e ela riu.
- Já reservei o vestido, estamos indo almoçar, você vem? – Ela perguntou e eu assenti.
- , você anda muito distante, nem te reconheço mais, o que está acontecendo? – perguntou, enquanto caminhávamos para o restaurante.
- Estava para te perguntar isso também, , você sempre foi tão animada com a gente, a sua reaproximação com o tem algo haver com isso? – perguntou e eu não sabia o que responder.
- Desculpa, gente, isso tudo tem sido um pouco nostálgico pra mim – Assumi dando de ombros.
- Totalmente compreensível, , se você quiser se afastar um pouco até a data do casamento, eu entendo – disse e eu neguei com a cabeça.
- Claro que não – Disse, de jeito nenhum eu perderia essa experiência de tamanha importância na vida da minha amiga.
- Também não acho bom não, , acho que você tem que encarar os fatos, mas volta a ser nossa de sempre, Laurinha também tem que entrar nessa – disse e eu e assentimos.
- Voltaremos a ser nós mesmas até o casamento, prometo. – disse e eu concordei.


Capítulo 3

Flashback mode ON

Tinha acabado o ensaio da banda, no dia seguinte eles teriam um show importante onde concorreriam a um contrato com uma gravadora.
- Eu tô muito nervoso para amanhã - falou, passando a mão pelos cabelos, sinal de que estava nervoso de verdade.
- Calma, meu amor, vocês vão se sair bem - Disse com o sorriso mais calmo que consegui, mas a verdade era que eu também estava muito nervosa.
- É, , relaxa, não é como se fosse o Madison Square Garden - disse, rindo.
- Eu fico imaginando se um dia chegaremos lá - falou, com uma expressão pensativa.
- Tocando desse jeito? Nunca - disse gargalhando e revirou os olhos pra ela - Eu tô brincando, amor - Ela disse, dando um selinho em seu namorado.
- E quando isso acontecer, estaremos na primeira fila aplaudindo vocês - Disse e eles abriram um enorme sorriso.

Flashback mode OFF

Era hoje, o grande show dos meninos. Não irei negar que meu coração estava quase saindo pela boca pois era exatamente essa a sensação que eu estava tendo, e o melhor era que nós vamos cumprir nossa promessa, estaremos na primeira fila do show, gritando e aplaudindo nossos amigos que tanto lutaram por esse dia e que com certeza seria o primeiro passo a caminho de um futuro que já havia sido escrito na lacunas do sucesso. Eram exatamente 16:00 em ponto quando encarei meu celular e notei uma mensagem, meu coração deu reviravoltas ao ler o nome no visor, se eu estava nervosa imagina ele, hoje era o dia dele, da banda dele.

Acho que estou nervoso, poderia me fazer companhia? Xx

Ok! Respira! Fiquei estática imaginando o que responder, como eu tinha falado para as meninas, essa minha reaproximação com o estava sendo bastante nostálgica e sempre me deixando com um pé atrás com relação ao assunto "nós". Mas hoje era um dia importante, e eu estaria me traindo se não o apoiasse e não ficasse do lado dele neste momento, mesmo com o que ele fez ao meu coração, eu ainda o amo de maneira inigualável. Sorri pro celular e comecei a digitar, tremendo de ansiedade, a resposta aquela mensagem que me fez abrir os olhos e notar que é impossível esquecer os erros cometidos mas eu sou capaz de perdoar.

Estou a caminho da sua casa, não demoro. Xx .

Eu já tinha arrumado minha roupa pro show, uma calça jeans rasgada, uma blusa lisa branca que ia até um pouco acima do umbigo, e meu all star vermelho, peguei os cabides com proteção e as guardei, prendi meu cabelo em um rabo, peguei minha necessary e coloquei meu sapato dentro do saquinho que os guardava, peguei tudo e sai correndo em direção a sala, me lembrando de pegar minha bolsa e a chave do carro, sai correndo meio desajeitada pra chamar o elevar. Não podia negar que eu estava com os nervos à flor da pele, sentindo um turbilhão de sensações, um misto de sentimentos me dominava. Medo, receio, paixão, felicidade, orgulho. Como pode uma só pessoa sentir tudo isso em apenas poucos minutos? Assim que cheguei ao térreo coloquei tudo dentro do carro e segui em direção a casa de , fazer aquele caminho novamente me fez pensar em todos os momentos bons já vividos naquela casa e inconscientemente me peguei sorrindo. Essa era a verdade, poderiam se passar meses ou ate mesmo anos, que eu não iria nunca conseguir esquecer .
- Oi – sorri, meio sem jeito, ao vê-lo abrir a porta com um lindo sorriso em seu rosto, aquele sorriso que mesmo com raiva eu me derretia.
- Pensei que não viria de forma alguma – disse, soltando uma gargalhada que julguei como fofa - Fico feliz que tenha vindo, estou nervoso - sorriu de lado.
- Cogitei bastante a ideia de não aparecer, mas não estaria sendo eu caso fizesse isso - pedi passagem e entrei em sua casa, sentei-me no sofá e olhei tudo a minha volta, nada tinha mudado.
- Eu sei que sim - sentou ao meu lado sério - Sobre aquilo que te disse antes, eu realmente estou tentando mostrar que te quero novamente em minha vida - ele colocou sua mão sobre a minha e fez um afago - Não preciso de mil, s, ou sequer mil mulheres, só preciso de uma, e ela esta bem aqui.
- Não esta sendo fácil essa reaproximação - segurei firme em sua mão - Mas eu farei o possível pra tentar perdoá-lo.
- Fico feliz que pense assim, - a cada palavra ele se aproximava mais, já podia sentir meu coração aumentando sua frequência - Afinal, quem sabe você não pega o buquê no casamento da - sorriu de um jeito cafajeste e soltou aquela gargalhada que eu tanto amava.
- Sonhe menos, - dei um beijo no canto de seus lábios - Bem menos.
- Você já esta aqui comigo, já é um começo significativo – falou, me abraçando de lado.
- Podemos ver um filme pra você acalmar esse ânimo até o show - disse me levantando e indo até a estante de filmes que ele tinha em casa e que era super completa. Eu amava aquela estante. Fiquei olhando segundos, talvez minutos até ver um filme que eu amava e não me cansava de assistir. Divergente! Peguei-o e voltei para o sofá, sorrindo como uma criança que acaba de ganhar brinquedos.
- Pode colocar este - falei entregando o filme ao - Anda, quero ver meu Tobias lindo.
- Não sei por que decidi comprar esse filme - Rolou os olhos, se levantando pra colocar o filme.

A todo o momento eu ficava imaginando o Quatro comigo, enquanto o bufava e tentava me abraçar, já no meio do filme me lembrei de que nós tínhamos que começar a nos arrumar, eu poderia demorar um pouco.
- , pode pausar o filme, temos que nos arrumar para o show - Comecei a empurrá-lo, já que o mesmo tinha dormido no meu ombro.
- Você me acordou e meu nervosismo voltou - Disse fazendo bico, apertei suas bochechas. – Vamos então, preciso ficar lindo pra você.

Chegamos no MSG e fomos para o camarim dos meninos que seria onde todos nos encontraríamos e então eu e as meninas seguiríamos para a frente do palco, se eu estava nervosa, minhas amigas então nem se falam.
- Quero todos aqui - chamou - Venham, Venham
- Hoje é um dia muito importante - começou .
- E vocês fazem parte não somente dos momentos bons, como de todos os ruins pelos que já passamos - disse olhando em minha direção.
- Precisamos agradecer mesmo, de todo coração - continuou.
- E claro, falar que amamos muito vocês - terminou .
- Nos também amamos muito vocês - disse olhando pra todos presentes e colocando minha mão a minha frente e todos fizeram o mesmo
- 3
- 2
- 1
- Let's do this - gritamos todos juntos.
Eu e as meninas seguimos um dos seguranças que nos chamaram, sentamos e esperamos os meninos entrarem.
- É muita emoção - sorriu, olhando pra mim e segurou minha mão - Meu casamento, os meninos cantando no MSG - pude ver uma lágrima em seu olho - Tudo que um dia sonhamos esta se realizando.
Quando ela disse isso os meninos entraram e as meninas começaram a gritar, e claro não pude ser uma exceção. Cantei todas as músicas e chorei me lembrando de cada passo que tivemos todos juntos, e quando eu imaginei que as emoções já haviam acabado eis que me encontro extremamente enganada, os acordes da música que me fez pensar tantas vezes em perdoar o meu grande amor começou a tocar, procurei com os olhos atônitos e o encontrei olhando pra minha direção

I know you're scared, I can feel it
It's in the air, I know you feel that too
But take a chance on me
You won't regret it, no
One more "no", and I'll believe you
I'll walk away and I will leave you be
And that's the last time you'll say no, say no to me

Se eu já estava decidida a perdoá-lo, agora não me sobrava dúvidas, era necessário, muito mais que necessário. Já deveria ter acontecido, uma lágrima ameaçou cair de meus olhos e não pude segurar, era uma emoção nova que estava sentindo, uma sensação de libertação, todas as minhas angustias já não pareciam tão fortes, meu sofrimento agora já mudava de dono, eu já não sofria pela traição, eu sofria por não estar ao lado dele, não ter dado um beijo e um abraço em antes do show, de não ter dito "Boa sorte amor, estarei ao seu lado, sempre" ao invés disso eu apenas o desejei sorte. Não me digo arrependida, mas preciso mudar isso, e preciso mudar essa situação hoje mesmo.

It won't take me long to find another lover, but I want you
I can't spend another minute getting over loving you
If you don't ever say, yeah
Let me hear you say, yeah
Wanna hear you say, yeah, yeah, yeah
Till my heart is open
Now you're gonna say, yeah

Os últimos acordes da musica soavam e eu já não me aguentava tamanho a minha euforia. Olhei em direção a onde estava e o encontrei vidrado em minha direção, sorri pra ele e o vi retribuir.

- Muito obrigado por colaborarem com nossos sonhos - gritou
- Hoje foi um dia extremamente importante - continuou, virando-se pra mim e piscando.
- Nunca iremos nos esquecer - afirmou .
- Vocês tornaram tudo possível - falou, dando um selinho em .
E então o show infelizmente chegou ao fim, se pudesse teriam shows igual aquele todos os dias. Sorri para as meninas e disse:
- Vamos esperar os meninos se encontrarem com as fans.
- Quero água - gritou , rindo.
- Também necessito de água - disse - Chorei, gritei, perdi minhas forças.
- Se você esta desse jeito, imagina os meninos - concluiu .
- Então vamos logo, meninas - disse indo em direção ao segurança que estava nos acompanhando.
Chegamos no camarim que iríamos ficar esperando os meninos e fui direto a mesa de comidas pegar uma maçã.
- sendo saudável - zoou
- Sempre fui - sorri.
Sentei-me em um puff, pegando meu celular e fui ver as fotos que tirei durante o show, para escolher uma que estivesse ficando boa pra postar, de todas as que eu mais gostei foi uma que estávamos todos juntos antes do show nos abraçando. Escolhi aquela e coloquei como legenda "My world, My life. Congratulations my little boys <3". Sorri, vendo que em menos de dez minutos muita gente já havia comentado e curtido, muitos comentários eram falando o quanto amaram o show, o quanto os meninos estavam lindos e o quanto já estavam torcendo por outro show daquele.
Fiquei imersa em pensamentos, que não notei quando os meninos entraram e se sentaram nos sofás em minha frente, só me toquei quando pulou em meu colo, me assustando.
- Deixe-me ver o que esta tirando sua atenção, - disse ele, tirando o celular de minhas mãos.
- Como sempre muito delicado – disse, fazendo cócegas em sua barriga
- Ai, que linda. Vou curtir - disse clicando duas vezes na tela do meu celular.
- , você sabe que acabou de curtir a foto pelo celular da , certo? - disse e o ficou rubro.
- Agora me dê esse celular aqui, menino - peguei o celular de sua mão e entrei no app das minhas mensagens.

, depois queria falar contigo. Xx

Soou o típico som de mensagem do iphone, agora já não tinha mais volta eu tinha mesmo mandado aquela mensagem, olhei pra e o vi pegando o celular e sorrir ao ler a mensagem. Todos iriam para uma after party comemorar o excelente show dos garotos, como eu estava sem carro teria que voltar com .

- Hoje eu vou passar essa festa - sorriu .
- E eu vou com o , galera - quando eu vi todos me olhando de forma suspeita eu completei - Deixei minhas coisas na casa dele - vi que não tinha ajudado e decidi me calar.
- Tudo bem, - disse - Mas da próxima não irá nos escapar.
Saímos em direção ao carro e já ao entrar me olhou sorrindo.
- Gostou do show?
- Amei - sorri - Mas o que eu mais gostei foi a última música, ela conversou comigo sabe.
- Essa era a minha intenção.
- Começou bem - senti sua mão indo de encontro a minha, e dessa vez não recusei - Mas não pense que a batalha já está ganha.
- Eu imaginei que diria isso - sorriu e abriu a porta do carro para mim.
- Você está muito cansado ou topa ir a um lugar comigo? - Perguntei meio insegura.
- Claro que topo, pra onde vou? - Ele perguntou alegre.
- Pare no próximo mercado - E assim ele fez, comprei alguns salgadinhos e algumas garrafas de cerveja long neck.
Fui guiando até chegarmos a uma praça, perto da escola que estudávamos quando éramos mais novos, eu sabia que aquilo não trazia boas lembranças só para mim, mas para ele também.
Pegamos as coisas e sentamos no gramado encostados em uma árvore, só havia a luz de alguns postes, e a lua.
- Eu escrevi para você - disse, dando um gole em sua cerveja.
- O quê? - Perguntei sem entender.
- A música, eu escrevi para você depois do jantar de casamento da e do , mostrei para os meninos e toparam cantar em homenagem a você - Ele respondeu e eu arregalei meus olhos.
- , eu nem sei o que dizer - Disse tentando achar palavras.
- Diz sim, , diz que volta para mim - Ele disse e veio para minha frente, puxando minha mão, nos deixando em pé.
- , eu não sei – Disse, confusa.
- Por favor, , uma chance - Ele implorou.
Olhei em seus olhos, e eles transmitiam amor e esperança, o que fez meu coração amolecer. Eu tinha passado muito tempo longe de , e cada dia foi um pesadelo para mim, uma parte de mim, morria de medo de voltar para e ele quebrar meu coração novamente, mas a outra queria se entregar, ver no que dava, deixar o amor nos levar. E eu tomei uma decisão.
- Uma chance, , não a desperdice.


Epílogo

Era o dia do casamento de , havia se passado dois meses do dia em que dei uma chance para e tudo estava indo muito bem, nós reatamos nosso namoro, e nosso grupo de amigos estava mais unido do que nunca.
Eu estava ajudando a se arrumar e ela estava mais linda do que nunca.
Eu e as meninas já estávamos prontas, então depois de despedidas melodramáticas com , frases melosas e tudo mais, fomos em direção a igreja, iria depois com seu pai.
Chegando lá, avistei os meninos na porta e fui os cumprimentar.
- Você está linda - disse, me dando um selinho.
- Obrigada, você também não está nada mal - Disse e ele riu.
- , como a está? Ela está bem? Ela não vai me abandonar no altar não, né? Ela deve estar maravilhosa, ai meu Deus - disse nervoso e eu e meus amigos gargalhamos.
- Ela está bem, não, ela não vai te abandonar, e sim, ela está maravilhosa - Disse e ele sorriu aliviado.
A cerimônia foi magnífica, chorei do começo afim e depois nos dirigimos a festa.
Eu não me divertia assim há tempos, eu estava dançando com meus amigos, e isso inclui os noivos, quando saiu de perto de nós, pegou o microfone e uma taça, era hora do brinde.
- Boa noite - Ele disse, dando dois tapinhas no microfone - Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida, eu estou vendo dois dos meus melhores amigos de infância, dois dos melhores do mundo, se casarem, eu não consigo nem explicar essa emoção - Ele disse e todos soltamos um "Own" - Eu posso estar sendo muito gay falando assim, mas não sou tão gay quanto o , que já chorou umas trezentas vezes essa noite - falou, arrancando gargalhadas de todo mundo - Bom, eu vou contar uma história, um belo dia, quatro garotos, músicos na verdade, resolveram sentar na mesa de quatro garotas muito bonitas na hora do intervalo, o que causou muitos problemas nas nossas vidas - falou e gritou um "Vai a merda, " - Estão vendo? - Ele acrescentou, fazendo todos rirem - Eu tô brincando, o que aconteceu foi que esses quatro garotos se apaixonaram perdidamente por suas respectivas garotas naquele dia, e um dos casais que foram formados aquele dia, está se casando hoje, um brinde, ao casal mais lindo e gay do mundo. - Ele finalizou, deixando todos os meus amigos com água nos olhos. Brindamos com e nos sentamos a mesa.
pediu ao garçom oito doses de tequila, e eu já sabia o que ela ia fazer.
- É o seguinte, eu e a temos uma brincadeirinha que queremos fazer com vocês, nós fazemos uma confissão e bebemos a dose, vocês topam? - Ela falou e todos assentiram. O garçom colocou uma dose de tequila na frente de cada um e começou.
- Eu achava casamentos gays, mas depois que você se apaixona perdidamente por alguém, tudo na sua vida muda, inclusive sua opinião - Ele disse e virou a dose.
- Eu nunca achei que conseguiria fazer com que o e a entrassem juntos em uma igreja - disse e bebeu uma dose arrancando risadas.
- Eu e voltamos - disse muito rápido, deixando todos boquiabertos, ele bebeu a tequila e logo depois acabou levando um tapa de .
- Eu ia contar pra vocês, mas o é linguarudo - disse como se fosse uma confissão e bebeu a dose.
- Eu estou grávida - disse e empurrou o copo de tequila para frente.
- Meu Deus, muita coisa em uma noite só - disse perdido.
- Eu vou ser pai - disse, complementando e bebendo uma dose.
Depois de darmos os parabéns a e , chegou a minha vez.
- Eu amo e eu sou grata por você não ter desistido de mim - Disse e bebi a dose, era a primeira vez que eu dizia isso depois que nós reatamos nosso namoro.
- Eu nunca vou desistir de você - disse bebendo a dose e me puxando para um beijo.
E aquele, foi com certeza a confirmação, nunca quebraria meu coração novamente.


FIM



Nota da autora: Oi meus amores, minha segunda fic em um ficstape e estou muito feliz com ela! Queria agradecer a linda da minha Fada Madrinha, Ka, que me ajudou MUITO e até escreveu um pedaço do último cap para mim, obrigada meu anjo! Espero que gostem da fic suas lindas, não esqueçam de comentar, beijuuuu <3

Outras Fanfics:
03. Style [Ficstape 1989 - Finalizada]
09. Coming Back For You [Ficstape V - Finalizada]

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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