Finalizado em: 17/12/2020

Capítulo Único

Mais um dia nessa casa, mais um dia nesse trabalho que detesto... Atender mesas e balcão não é o que eu quero fazer o resto da minha vida. Eu quero viajar o mundo, conhecer pessoas de todos os lugares, quero fazer as pessoas gritarem o meu nome enquanto eu canto a minha música em cima dos palcos.
Ah, mas deixa eu me apresentar: eu me chamo e meu sonho é ser um cantor famoso, só que, no momento, trabalho como atendente de fast-food, já que, segundo meus pais, a música não dá futuro para ninguém.
O que meus pais não sabem é que todo dia depois do trabalho eu e os caras nos juntamos pra escrever letras e ensaiar algumas músicas.
E, recentemente, um empresário entrou em contato com o Chuck para que a gente fosse gravar uma demo. Estamos muito felizes e com esperança de que isso funcione pra nós.
Tirando esses detalhes eu até acho legal trabalhar em fast-food, vejo e converso com muitas pessoas e na loja que eu trabalho. Toda semana vem uma moça, ela faz sempre o mesmo pedido: milkshake de chocolate e uma porção de batatas fritas e, acabou que ficamos amigos e eu me tornei seu atendente “fixo” e, com o tempo, eu acabei contando para essa garota sobre meus sonhos de ter uma banda e ser famoso.
E, a me ouvia e dava muito apoio. Sim, o nome dela é , ela estuda na universidade de Toronto e é uma garota linda, de olhos e muito simpática.
Em um dos muitos dias ruins em que eu briguei com meus pais por causa da banda, a me ouviu com calma e paciência.
- Ah, ... Como é difícil! Às vezes, a casa dos meus pais parece uma prisão, sabe? Só que eu simplesmente não posso deixar para trás, porque, se eu for embora, minha mãe vai sofrer e eu fico dividido entre meu sonho e minha família. Entende?
- Claro que eu te entendo, , mas, pensa... Seus pais fazem isso por que se preocupam com você, e se eles se preocupam, é por que te amam.
me falava tentando me convencer de que meus pais me apoiariam.
- Mas, , é complicado, existem tantas regras que eu tenho que seguir... Tentei me justificar, mas a não se dava por convencida.
- Qual é, ! Toda casa tem regras e, se você mora com eles, você tem que seguir. Se não quer seguir regras, tenha a sua própria casa. O problema é que você quer ter a sua liberdade, mas não quer se deixar ir embora.
A tinha razão, eu até queria ter minha liberdade longe da casa dos meus pais, mas eu ainda tinha medo de assumir as responsabilidades de cuidar da minha própria vida. Mas eu jamais assumiria isso para a ou para os caras e muito menos para minha família.
- Eu não quero ouvir isso! Briguei! E eu simplesmente não consigo acreditar, ! Quer saber, vou voltar ao trabalho! Falei irritado demais com ela, por ela estar certa. Deixei sozinha na mesa e sumi para dentro do restaurante.
Duas semanas se passaram e a não apareceu, eu estava chateado, eu não devia ter discutido com ela. Fiquei dias pensando em tudo o que a tinha me falado... Todas as coisas estúpidas que a me disse... Que na verdade não eram tão estúpidas assim e os caras concordavam com a .
Eu precisava assumir a responsabilidade sobre a minha vida, só assim meus pais confiariam em mim para talvez eu poder investir na ideia de ter uma banda. Um dia.



Um mês se passou e a não apareceu na lanchonete, eu estava chateado, preocupado e triste achando que ela não apareceria mais e, eu nem tinha o telefone dela ou o endereço.
Então, em um sábado à tarde, ela chega.
- , há quanto tempo!
Ela já chegou chamando por mim.
- ! O que houve com você garota? Por que sumiu assim?
- Ah eu precisei viajar a trabalho, não consegui vir aqui pra te avisar e eu não tinha seu telefone.
- Poxa, eu acabei pensando se você estava muito brava comigo. E queria me desculpar, você tem razão em muitas coisas.
- Ah, , deixa isso pra lá, só vai atrás do seu sonho e, quando você for um cara de banda famoso, eu vou estar lá na grade do show pra te aplaudir.
A estava dizendo que me apoiaria? Que estaria lá por mim? Cara! Isso era surreal! Eu não podia acreditar naquilo, aquela garota linda iria estar lá por mim!
Eu não podia esperar mais! Eu não aguentava mais esperar! Saí correndo do trabalho, fui pra casa e, conversei com meus pais. Eu tinha uma grana guardada, iria sair de casa e alugar um apartamento pra eu morar até que a banda desse certo.
Minha mãe chorou, meu pai se assustou com a minha decisão, já meus irmãos me deram total apoio. Um dia a banda faria sucesso e eu daria orgulho para meus pais, eu seria bem sucedido e seria famoso. Um dia.

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O empresário voltou a entrar em contato com a gente e fechamos nosso primeiro contrato, começamos a fazer algumas apresentações dentro do Canadá e em alguns festivais. Já fazia algum tempo que eu estava morando sozinho e, já tinha idade suficiente para fazer o que eu queria fazer. Eu não precisava fugir dos meus pais, dos meus amigos ou de qualquer outra pessoa. Meu pai não precisava mais me dar ou não permissão para fazer qualquer coisa.
Eu era dono da minha vida, tinha largado o emprego na lanchonete de fast-food e agora tocava com os caras em festivais, abria shows para o Good Charlotte e Green Day.
Alguns dos clientes que eu atendia no restaurante, quando viam a banda em festivais ou na televisão, faziam de conta que não me conheciam, me ignoravam e até riam de mim. Já outros que fingiam gostar de mim ou se importar iam as apresentações e pediam privilégio. Claro que eu e os caras nem demos atenção. Até porque algumas daquelas pessoas estavam ali apenas para ver a nossa derrota, para ver a nossa banda fracassar.
Até parecia que aqueles tais “amigos” estavam ali em uma missão para nos derrubar. Mas nossa banda tinha uma pessoa que estava sempre com a gente, que sabia e conhecia quem gostava de nós e quem só estava ali para ver a nossa queda.
- Vão embora!
Ela falava para os haters.
- Não adianta ficarem olhando para mim! Eu sei quem é fã da banda e quem não é! Caiam fora daqui seu bando de urubu! Ela falava sem papas na língua.
Ela encarava qualquer um e dizia em alto e bom som:
- Os caras não são os mesmos músicos de meses atrás! Eles não são mais o Reset! Agora eles são o Simple Plan e, acabaram de lançar o CD! Então, seus HATERS, vão embora daqui e deixem a banda aproveitar o momento deles!
Eu sabia que aquilo tudo era surreal, a realização de um sonho, aquilo era uma realidade na nossa vida, nós iríamos ter muitos que nos apoiariam como a , meus pais, meus irmãos e a família dos caras. Os pais do Chuck, as irmãs do Seb, a mãe do Jeff e a irmã do David. E, por outro lado, muita gente iria odiar a gente, odiar a nossa música e até invejar nosso sucesso repentino e, quanto a isso, não podíamos fazer nada a não ser enfrentar e lidar com isso da melhor forma possível. Era o preço da fama.
A tinha cumprido a promessa, estava lá na grade do nosso primeiro show quando abrimos para o Green Day, e nos próximos que vieram. E lógico. depois que eu deixei o trabalho na lanchonete. minha amizade com a evoluiu e, agora nós éramos um pouco mais do que apenas amigos.
Agora éramos namorados e, ela me ajudava e me apoiava em tudo. Ajudava os caras e divulgava a banda. E, graças ao apoio de todos a imagem e a música do Simple Plan estava alcançando o mundo todo.
E, um dia, ainda seríamos conhecidos e reconhecidos pela nossa música e pelo nosso som e, ninguém mais poderia nos parar. Nós não tínhamos mais medo de tentar, de arriscar e de ir em frente.
Um dia uma legião de fãs iria gritar Simple Plan!
Um dia eu iria dizer em um único show com milhares de pessoas.
Nós somos o Simple Plan!




Fim.



Nota da autora: Hey, hey! Segundo ficstape e, esse me parece que foi mais fácil do que o primeiro hahahah. NPNHJB é um álbum que eu amo demais, por que foi onde tudo começou e, saber da luta dos caras para alcançar a fama e o sucesso é muito bonito.
Eu espero que gostem da história e, que comentem o que acharam please! Preciso saber se eu tenho futuro com ficstape ou se devo deixar pra lá kkkkk
Enfim... Obrigada por lerem a história e, quem sabe até a próxima!
~~ Bia ~~


Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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