Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Eu pouco enxergava devido às lágrimas que caiam compulsivamente por meus olhos, minhas mãos tremulas cobertas de sangue já não conseguiam estancar o ferimento, se é que em algum momento elas conseguiram.
- Vai ficar tudo bem! – eu disse entre um soluço, depositando um beijo em sua testa. – Eu prometo meu amor!
Sentir uma de suas mãos tocarem o meu rosto, deixando que minhas lágrimas percorressem os seus dedos, enquanto ele soltava um longo suspiro, sua respiração entre cortada diminuía cada segundo mais, enquanto ele lutava para manter os olhos abertos.
- Você não pode me deixar! Eu não vou deixar você ir! – disse em uma tentativa em vão de levantá-lo.
- Não – ele murmurou praticamente sem voz, me olhando com uma expressão agonizante em seu rosto.
Há coisas que acontecem em nossas vidas que muda completamente quem somos, há coisas que não entendemos como acontecem e não aceitamos quando acontecem.
Digo isso por que não entendo como um sentimento pode surgir tão repentinamente entre duas pessoas, a ponto de não conseguirem seguir adiante sem a outra, não entendo como algo como o amor pode ser extremamente avassalador, amor e a perda. Não aceitamos como a vida dá e depois tira, nós faz enxergar e depois nos cega, dá amor e depois toma. Passei meus braços em volta de seu tronco ainda repousado em meu colo aproximando-o acabando com a mínima distancia que nos separava, olhei ao meu redor e o cenário era perturbador, pessoas correndo por todos os lados, sendo atingidas por bombas ou por balas, centenas de corpos repousados pelo chão destruído.
Repentinamente senti algo atravessar meu corpo, uma dor inexplicável se apossou do meu corpo me fazendo soltar um grito de dor, atraindo a atenção de para mim, enquanto tocava minha barriga vendo meu sangue se misturar com o dele.
Nossos olhares se encontraram e permaneceram estáticos pousados um sob o outro, era possível ver o desespero em nossos olhos, lagrimas rolavam livremente por nossos rostos, nossas mão agora entrelaçadas em um aperto firme que aos poucos se afrouxava.
Dizem que quando estamos prestes a morrer, todas as nossas lembranças passam diante de nós como um filme.

xXx


Flashback
Desde que a guerra havia começado nenhum lugar parecia ser seguro. O posto em que residia ficava em Oahu no Havaí, como é de se imaginar há aquela altura a guerra tomava proporções assustadoras.
O chão de Oahu tremia constantemente, uma nuvem densa de fumaça cobria o céu azul da ilha, o mar cristalino estava tomado por bases marítimas e porta aviões.
Mas tínhamos de ser fortes, tínhamos de ser fortes por aqueles homens que lutavam por nossa nação, por nossa pátria.
Não devíamos nos entregar ao medo, ou a qualquer outro tipo de sentimento que não nos permitisse salvar a vida daqueles soldados.
A sirene tocou mais uma vez, era um aviso de que mais uma onda de bombardeios estava por vir.
Grande parte das vidraças do posto já havia vindo a baixo, algumas das salas de atendimentos também haviam sido completamente destruídas, ainda havia alguns fagulhos e estilhaços pelos cantos do posto.
Quando o sinal tocava tínhamos que ser rápidas, precisávamos manter nossas mentes limpas e sermos responsáveis pelas vidas dos que já estavam ali e daqueles que cruzariam a entrada em poucos instantes.
Caminhei apressadamente enquanto afastava uma maca com um paciente ferido para onde pudesse o manter a salvo, enquanto as outras enfermeiras repetiam o mesmo ato quase que desesperadamente.
Ao sermos designadas para sermos enfermeiras em uma guerra somos orientadas a nos manter o mais impassível possível, não devemos deixar que nossas emoções nos envolvam, que as historias nos comovam ou que o medo nos corroa, entretanto, apesar de todas as instruções, ainda se via no olhar assustado de algumas o desespero.
Ouvi então o forte barulho das tão costumeiras bombas atingirem o seu alvo, o chão estremecer, as construções virem ao chão e os gritos começarem.
Com tamanha força dos tremores senti meu corpo ceder e se chocar contra a pequena escrivaninha ao meu lado, senti parte do meu corpo doer, enquanto soltava um grunhido de dor por entre os lábios, me recompondo rapidamente correndo rumo a porta onde mais pacientes feridos acabavam de chegar.
Na porta do posto Ana Beth estava ao meu encalço quando segurei um dos feridos antes que atingisse o chão a sua frente; passei um de seus braços por meus ombros enquanto Beth fazia o mesmo do lado oposto e caminhavamos com certa dificuldade até a maca mais próxima, o deitando com cuidado.
Ele parecia ter chegado sozinho até o posto, sua farda estava coberta por sangue, sua respiração entre cortada e seus olhos – que aparentavam ter um tom azul acinzentado – se esforçavam para permanecerem abertos.
- Eu preciso que você fique acordado, você consegue fazer isso? – disse lentamente enquanto estancava o sangue insistentemente.
- Si...Sim – ele disse num sussurro abrindo os olhos um pouco mais me fazendo constatar que eram azuis de fato.
- Tudo bem, eu sei que está desconfortável mas eu preciso que você respire fundo e devagar - disse o olhando atentamente, o vendo fazer o que havia o instruído.
Depois de uma tentava de diminuir o sangramento comecei a me desfazer de sua farda, deixando seu abdômen a mostra tendo uma ampla visão da perfuração na região do tórax.
Eu já havia visto outros soldados na mesma situação em que aquele se encontrava, e infelizmente não havia quase nada que pudéssemos fazer.
- Eu vou chamar um médico, você precisa permanecer acordado, eu volto logo. – alertei-o fazendo menção de sair em seguida, porém senti uma de suas mãos envolverem a minha, a apertando-a com firmeza fazendo com que eu me virasse para olhá-lo.
Seu peito se movimentava rapidamente, de repente havia sangue por seus lábios entre abertos, seus olhos fixos nos meus enquanto ele ofegava travando uma batalha que já estava perdida.
- Eu preciso de um medico! – Gritei com tamanha intensidade que senti meu peito doer por um instante. – Eu preciso de um medico na 32! Agora! – gritava cada vez mais alto, enquanto sentia sua mão apertar cada vez mais a minha.
Estávamos cercados pelo caos, ainda podíamos ouvir as bombas caírem, os gritos desesperados, clamores, o solo continuava a tremer sob nós.
Observei a silhueta trajando jaleco branco passar por mim rapidamente, em seguida sentido o aperto em minha mão se afrouxar aos poucos.
Eu sentia meu coração bater descompassado, meus olhos começaram a lacrimejar, caminhei um pouco atordoada até a porta do posto por onde ainda havia feridos, já havia passado por isso diversas vezes, mas nunca havia sentido nada parecido com o que sentia agora, talvez eu estivesse começando a perceber de fato o peso que carregava sob os ombros.
Nosso medicamento ficava cada dia mais escasso, com os bombardeios parte do posto foi totalmente perdida, automaticamente nossa capacidade de abrigar feridos diminuía a cada instante.
A correria parecia sessar aos poucos, a grande parte dos feridos que chegaram hoje infelizmente não resistiram aos ferimentos, quando algo assim acontecia, o posto ficava silencioso, um grande luto tomava conta de seus pacientes e enfermeiras.
Às vezes acontecia de que alguns soldados perderem seus companheiros no posto, o sofrimento era inexplicável, quantos homens ali choraram ao perderem seus amigos, toda essa atmosfera as vezes tornava nosso trabalho uma função desgastante, mentalmente insuportável.
Após algumas horas, estávamos colocando os pacientes nas salas que haviam resistido aos bombardeios, dos feridos que deram entrada no posto hoje, cinco haviam resistido aos ferimentos.
Caminhei até a maca recém colocada em sua sala, e me permiti observar o soldado que nela se encontrava.
Ele tinha cabelos castanhos claros, quase louros, por hora seu rosto mantinha uma expressão tranqüila, seu tronco estava coberto por uma faixa que o contornava , mas ainda permitia claramente ver sua musculatura definida subindo e descendo calmamente, passei os olhos por seu pescoço checando seu nome na pequena placa de metal pendura em uma fina corrente, ao encontrá-lo anotei rapidamente na ficha fixada na parte mais baixa da maca.
As mulheres escolhidas para as funções emergenciais eram em sua maioria jovens, moças religiosas que participavam de ações humanitárias em suas cidades natais, mulheres com extrema compaixão pelo próximo.
Eu tinha completado vinte e um anos recentemente, estudei até os dezoito em um colégio da naval para mulheres, trabalhei por um ano como voluntaria em um posto em Ohio antes de vir para o Havaí.
Lidar com a guerra era uma coisa que minha família estava habituada a fazer.
Meus pais haviam servido durante a primeira guerra mundial, minha mãe havia residido em posto na França como enfermeira voluntaria, e meu pai havia servido aos EUA como soldado da força aérea, e felizmente eles voltaram ilesos para casa, para preparar sua única filha para seguir os seus passos caso houvesse uma segunda guerra.

Esta era minha noite de plantão no posto, caminhava absorta por entre as macas quando o sono inquieto de um dos pacientes chamou minha atenção.
Do ponto onde estava não tinha uma visão clara de qual paciente seria, o que me fez caminhar um pouco mais rapidamente, porém em passos silenciosos, ao me aproximar vi o soldado se levantar num ímpeto, com a respiração falha, como se estivesse tendo um pesadelo e levar as mãos até o rosto.
- Está tudo bem! – disse o ajudando a se deitar novamente.
Ele me encarou com seus olhos azuis que pareciam confusos, enquanto ainda ofegava com as mãos tremulas repousadas sob a maca.
- Já acabou? – ele disse sem desviar os olhos dos meus.
- Por enquanto. –respondi sentindo meus lábios se contorcerem em um leve sorriso.
Ele soltou um longo suspiro, e fechou os olhos parecendo querer fugir de todo aquele caos.
- As coisas tem sido difíceis... – ele disse com o olhar perdido em algum ponto que eu não sabia dizer qual era.
- Para todos nós – respondi ainda o observando.
- Obrigado!
- Pelo o que?
- Por isso! – ele disse fazendo gestos com as mãos em direção ao seu corpo, soltando um grunhido de dor.
- Não se mexa! – o adverti.
– Obrigado por salvar a minha vida!
Encarei seus olhos por alguns segundo, enquanto dava um longo suspiro e sentia novamente um aperto no peito.
- Esse é o meu trabalho. – respondi rapidamente enquanto tentava me livrar de seus olhos.

xXx

O tempo passou rápido, já estava totalmente recuperado, mesmo assim fazia o máximo para passar o tempo com ele, sem que me descuidasse dos outros pacientes, eu gostava disso, de tê-lo por perto.
Ele estava de olhos fechados, a luz do sol entrava por todas as janelas do posto, assim iluminando cada canto por toda extensão, sabia que ele não resistiria e se daria por vencido, detestava claridade.
Seus olhos eram tão vivos e estavam tão próximos aos meus que não me contive e abri um doce sorriso.
- Oi. - Ele falou pra mim, sorrindo de volta, não pude impedir que borboletas fizessem uma festa no meu estomago. Ele era tão lindo.
- Oi – falei enquanto fingia checar o ferimento que hoje era uma pequena cicatriz.
- Deu pra me ver dormir agora foi? – ele disse me puxando para me dar um selinho, como de costume.
- Eu sempre faço isso. – Respondi lhe dando outro selinho. Sua mão que estava repousada sob a minha subiu até minha nuca fazendo com que eu automaticamente retribuísse as suas caricias, aprofundando o beijo permitindo o contato de sua língua contra a minha, suas mãos passeavam livremente pelo meu tronco.
- Ei! – eu disse me afastando ofegante enquanto me certificava de que ninguém nos observava.
-Eu te amo! - ele disse repentinamente me olhando fixamente com um sorriso nos lábios - Você tem certeza soldado? – disse acariciando seus cabelos.
- Nunca estive tão certo em toda a minha vida. – ele disse fazendo com que um sorriso bobo surgisse em meus lábios.

xXx

Já havia se tornado um habito procurar pelos olhos de no final do corredor assim que adentrava o posto, mais hoje algo estava errado.
Caminhei olhando atentamente para cada uma das macas no corredor, senti um nó se formar em minha garganta ao não encontra-lo, rumei em direção a pequena sala onde agora eram feitas cirurgias, nenhum sinal dele.
- Beth! – chamei enquanto rolava os olhos mais uma vez pelo lugar me certificando de que ele não estava mesmo lá – Onde está o ?- perguntei assim que ela se aproximou.
Beth segurou minhas mãos enquanto me olhava com o rosto indecifrável. - O que foi? – perguntei impaciente.
- foi mandado pra casa...
- Como assim? Você sabia? – disse um pouco exaltada, com os olhos marejados.
- Eu sinto muito pelo , precisámos de lugares para novos pacientes, ... Mas tem outra coisa que você precisa saber. - O que?
- Algumas enfermeiras foram transferidas para um posto na Inglaterra, eles perderam muitas pessoas, inclusive médicos e enfermeiras, precisam de voluntários e você está entre uma delas.

xXx

Meses se passaram desde a última vez que vira , na Inglaterra eu não me sentia mais capaz de ter a vida de alguém em minhas mãos, havia um vazio em mim que me impedia de ser como antigamente, faltava algo em mim e eu não conseguiria viver assim.
Caminhei decidida até a superior do posto, enquanto retirava o jaleco branco.
Eu tinha plena consciência que seu eu saísse por aquelas portas seria o fim, caso eu abandonasse meu posto, eles não me aceitariam de volta, ao sair por aquelas portas eu jogaria fora toda uma vida, pra começar outra. Eu precisava encontra-lo.
Estava decidido, eu pegaria um navio até os EUA e de lá um trem até o Texas, não importava quanto tempo levasse, eu iria a qualquer lugar pra ouvi-lo dizer mais uma vez que me amava.
Antes que pudesse dizer qualquer coisa a minha superior ouvi uma voz conhecida.
- ! ! – me virei vendo correr pelo corredor do posto ao meu encontro corri até ele na intenção de acabar com a distancia que nos separava.
Joguei meus braços envolta de seu pescoço, sentindo suas mãos envolverem minha cintura.
- O que você ta fazendo aqui? Como... Como você me achou? – disse em meio a alguns soluços.
- Eu te amo! – Ele disse colando seus lábios nos meus com urgência. – Eu te procurei por todos os cantos, eu voltei, quando cheguei a Oahu Beth me disse que você tinha sido transferida pra Londres, eu levaria meses até chegar aqui, então vim pra RAF como voluntario, pra ficar perto de você.
- Só promete que não vai me deixar! – disse beijando seu rosto.
- Eu prometo! Eu te amo, eu iria a qualquer lugar por você, cruzaria o mundo só por um beijo seu, eu faria qualquer coisa pra estar do seu lado, me jogaria no Tamisa por você! –ele disse dando uma gargalhada – Não importa o quanto as coisas fiquem difíceis, eu não vou te deixar!

xXx

Era Novembro, a neve cobria Londres, quando eu e andávamos abraçados pelas ruas enquanto tomávamos um café bem quente.
Ficamos parados por um longo tempo, aproveitando que não nevava por enquanto, me dava um abraço de lado, enquanto eu brincava com os seus dedos.
Eu estava extremamente pensativa, e pelo visto, esse fato não passou despercebido por ele.
- Uma libra por seus pensamentos – ele falou usando a mão que eu brincava para me fazer olhá-lo nos olhos.
- Será que um dia essa guerra vai acabar? – disse com uma expressão um tanto quanto melancólica.
- Claro que vai, nós vamos vencer essa guerra! Nós iremos pra casa! – ele disse acariciando meu rosto.
- Eu espero que sim – disse suspirando
- Quando tudo acabar, nós podemos ficar em Oahu, o que você acha? – ele disse sorrindo pra mim
- Eu gosto de lá! – disse sorrindo também.
Era reconfortante pensar em voltar pra casa depois de tanto tempo fora, era bom poder pensar em como as coisas seriam quando tudo isso acabasse.
- Eu tenho uma coisa pra você – disse enquanto vasculhava os bolsos do casaco, se ajoelhando de repente diante de mim com uma pequena caixinha azul aveludada.
Antes mesmo que ele abrisse eu senti meu coração parar por um instante, meus olhos marejados.
- , você aceitar se casar comigo? – ele disse abrindo a caixinha que continha uma aliança dourada com um pequeno brilhante no meio. Me levantei rapidamente o vendo fazer o mesmo, me envolvendo em seguida em seus braços.

xXx

Suas mãos passeavam livremente pelas minhas pernas descobertas, ele passou as suas mãos delicadamente pra dentro do vestido levantando o mesmo, nesse momento senti como se estivesse levando um choque com os toques de sob minha pele.
Passei minhas mãos sobre o seu corpo cravando minhas unhas em suas costas quando ele boca fez o contorno de meu pescoço me fazendo arfar quando sua língua o tocou.
- Você é perfeita, sabia? – Ele desabou exausto se deitando ao meu lado me puxando pra deitar em seu peito enquanto acariciava meu rosto. Ficamos algum tempo abraçados, ele apenas passeava com os seus dedos levemente por minhas costas nuas, foi nesse momento que eu percebi que era tudo o que eu precisava.

xXx

Era um dia quente e um tanto quieto em Londres, nós caminhávamos por uma das ruas próxima ao posto quando percebi uma estranha movimentação.
- , nós precisamos sair daqui! – disse pegando em sua mão o olhando com evidente preocupação – Olha! – disse apontando com uma das mãos para os aviões acima de nós. e eu nos entreolhamos e então ouvimos mais uma vez a sirene tocar.
Corremos o máximo que podíamos, precisávamos nos abrigar em algum lugar, meu coração parecia querer sair peito afora, meu corpo tremia, tudo o que se via era a fumaça encobrindo o sol, as balas caindo do céu e o solo sendo atingido por dezenas de bombas. Senti soltar minha mão o que me fez virar a tempo de vê-lo cair no chão enquanto sangrava.
End Flashback

xXx

Eu pouco enxergava devido às lagrimas que caiam compulsivamente por meus olhos, minhas mãos tremulas cobertas de sangue já não conseguiam estancar o ferimento, se é que em algum momento elas conseguiram.
- Vai ficar tudo bem! – eu disse entre um soluço, depositando um beijo em sua testa. – Eu prometo meu amor!
Sentir uma de suas mãos tocarem o meu rosto, deixando que minhas lágrimas percorressem os seus dedos, enquanto ele soltava um longo suspiro, sua respiração entre cortada diminuía cada segundo mais, enquanto ele lutava para manter os olhos abertos.
- Você não pode me deixar! Eu não vou deixar você ir! – disse em uma tentativa em vão de levantá-lo.
- Não – ele murmurou praticamente sem voz, me olhando com uma expressão agoniante em seu rosto.
Há coisas que acontecem em nossas vidas que muda completamente quem somos, há coisas que não entendemos como acontecem e não aceitamos quando acontecem.
Digo por que não entendo como um sentimento pode surgir tão repentinamente entre duas pessoas, a ponto de não conseguirem seguir adiante sem a outra, não entendo como algo como o amor pode ser extremamente avassalador, amor e a perda. Não aceitamos como a vida dá e depois tira, nós faz enxergar e depois nos cega, dá amor e depois toma.
Passei meus braços em volta de seu tronco ainda repousado em meu colo aproximando-o acabando com a mínima distância que nos separava, olhei ao meu redor e o cenário era perturbador, pessoas correndo por todos os lados, sendo atingidas por bombas ou por balas, centenas de corpos repousados pelo chão destruído.
Repentinamente senti algo atravessar meu corpo, uma dor inexplicável se apossou do meu corpo me fazendo soltar um grito de dor, atraindo a atenção de para mim, enquanto tocava minha barriga vendo meu sangue se misturar com o dele.
Nossos olhares se encontraram e permaneceram estáticos pousados um sob o outro, era possível ver o desespero em nossos olhos, lágrimas rolavam livremente por nossos rostos, nossas mão agora entrelaçadas em um aperto firme que aos poucos se afrouxava.
- Está tudo bem – ele disse me olhando, com a respiração entre cortada, piscando algumas vezes, e contorcendo seus lábios em uma tentativa de sorrir.
- Está tudo bem – respondi, enquanto uma lágrima caia sob nossas mãos entrelaçadas, seguida por um soluço, os olhos azuis como o mar de Oahu foram as áltimas coisas que vi antes que meus olhos se fechassem completamente.
Há coisas que acontecem em nossas vidas que são mais fortes que a perda, o amor.




Fim!



Nota da autora:Ei amores! Eu sei que essa fic não ficou lá essas coisas, essa fic era pra ser uma longfic que eu abandonei e infelizmente estou sem escrever uma frase desde 2011, graças a um bloqueio que não me larga por nada, então eu forcei um pouco a barra [sad], então é bem provável que esteja meio sem nexo, sem sentido na vida, mas espero que vocês gostem, se vocês chorarem melhor ainda! Mesmo que seja de desgosto, ta tudo bem! haha Esse é o meu primeiro ficstape, mas eu juro que a próxima eu venho pra arrasar, venho toda inspirada no Nicholas Sparks.
Well, se você curtiu, deixe um comentário bonitinho pra autora, quem sabe o bloqueio vai embora, e se você não curtiu entra no grupo do facebook que talvez você mude de ideia, se não mudar a gente lê um livro da Jane Austen e fica tudo certo. [WTF?]




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