Capítulo Único
A constant person in my life (Uma pessoa constante em minha vida)
And I don't think that you would be (E acho que você não seria)
If you'd have stayed with your ex wife (Se tivesse ficado com sua ex-esposa)
já havia passado por alguns términos de relacionamentos antes, mas nunca por um divórcio. Naquele caso, o buraco era bem mais embaixo. Ele não chamaria sua ex-esposa de louca assim como muitos fazem quando a relação chega ao fim de forma não amigável, mas ele também não podia chamá-la de anjo, santa ou qualquer sinônimo do tipo. Também não podia negar que havia caído e rebatido alguma de suas provocações, deixando a situação ainda pior. Felizmente, todo o processo de divórcio havia chegado ao fim e a mulher havia ido para a casa litorânea de seus pais, onde podia fazer seu home office e de quebra dar um pouco de descanso a cabeça do ex-marido.
Ele, depois de um tempo recluso em suas emoções e pensamentos, decidiu que era hora de dar um basta a fase de ficar em casa e passou a aceitar praticamente todos os convites de seus amigos e colegas de trabalho.
Em uma de suas noites no Lotties Pub, seu bar favorito, sua irmã lhe apresentou a , sua melhor amiga. Já tinha ouvido algumas coisas a seu respeito e visto algumas fotos no Instagram de sua caçula, mas era a primeira vez que se viam pessoalmente.
— O prazer é todo seu. — Ela disse rindo enquanto apertava a mão dele.
Sem entrar em méritos físicos, como ele estava chamando-a no final da noite regada de muitas conversa e cerveja, era uma mulher extremamente inteligente e divertida, batendo exatamente com o tipo de personalidade que gostava. Além disso, ela flertava com ele de forma despretensiosa, atiçando-o a cada resposta de duplo sentido que proferia com os lábios pintados de um vermelho vivo.
Obviamente, a noite de e terminou no único lugar possível: na cama dele.
— Argh, não acredito que dormi demais. — confidenciou baixinho para si mesma ao abrir os olhos e perceber que acordou no quarto do irmão de sua amiga. Ela sempre preferia ir para a casa dos caras com quem saia, pois dessa forma fazia o que tinha de fazer e podia cair fora antes do amanhecer sem ter que dar explicações ou arrumar maneiras de colocar o indivíduo para fora de seu apartamento.
Talvez tenham sido as várias saideiras que ela tomou, talvez tenha sido o ótimo sexo que eles fizeram e que relaxou seu corpo completamente… Independente da razão, ela estava ali ainda e tratou de saltar da cama. Recolheu e vestiu as roupas espalhadas pelo cômodo, amarrou o cabelo em um coque e, reunindo todas suas forças, girou a maçaneta. Caminhou lentamente pelo corredor até chegar na cozinha, onde avistou aguardando a cafeteira terminar de despejar seu café.
— Bom dia, . — Ela disse parada na soleira da porta.
— Bom dia, . — Ele se virou, sorrindo para ela. — Café?
— Tá aí algo que eu não posso recusar… Um preto bem forte, por favor. — Pendurou a bolsa na cadeira e puxou uma para sentar-se.
— Noite agitada? — questionou ao vê-la coçando os olhos.
— Idiota. — Não segurou a gargalhada, fazendo ele rir também.
— Vou levar isso como um sim.
— Se é isso que te faz dormir melhor… — O homem fez menção de puxar a caixa de bagels para deixá-la sem, mas a mulher foi mais rápida e puxou um rapidamente da embalagem. — Vejo que também tem dificuldades em aceitar a verdade. — Falou debochada.
— Você gosta de provocar, não é mesmo? — Encarou-a.
— Não sou a única. — Bebeu um gole de seu café, como se o assunto não fosse com ela.
— Finalmente um fato verdadeiro.
Ficaram em silêncio por alguns segundos enquanto saboreavam a primeira refeição do dia, mas, assim como no bar, a conversa fluía entre eles de forma natural e o café da manhã acabou se estendendo por mais tempo do que o previsto, sobretudo para ela.
— Falando com o meu irmão? — espiava a tela do celular da amiga por cima de seus ombros.
— Quer me matar de susto?
— Não, só quero entender porque você ainda está falando com ele. — Frisou bastante o “ainda”.
— Eu acho que você não gostaria de saber os detalhes… — Sorriu maliciosa e amiga fingiu que ia vomitar.
— Me economiza. — revirou os olhos e a outra somente riu. — Eu já te avisei, . O está divorciado há menos de um ano e… — Foi interrompida antes de finalizar.
— O alerta já foi recebido, eu prometo. Eu não estou em busca de romance, se é isso que te preocupa.
— Eu sei disso e você diz que sabe também, mas quantas histórias começaram apenas com sexo e um dos lados saiu machucado porque se apaixonou? — Questionou sem medir suas palavras. Não gostaria de ver duas das pessoas mais importantes de sua vida machucadas, mais uma vez. — Imagina se acontecesse algo e eu tivesse que escolher um lado? Não dá. — Negou com a cabeça.
— Isso me lembra aquele episódio de Gilmore Girls em que o Taylor faz as pessoas usarem uma fita na cor rosa para mostrar solidariedade a Lorelai ou azul para Luke. — Ambas riram e torceu internamente para que nunca passasse por algo do tipo.
— Eu mato vocês, sério.
mordeu o lábio inferior com uma força desnecessária para o momento. Ponderou por alguns minutos se deixaria o desejo sobressair o seu orgulho.
Ela era solteira e estava a fim. era solteiro e poderia estar a fim. Por fim, riu de si mesma.
Qual era o problema, afinal?
Ela já havia chamado outros caras antes, seria só mais um.
No entanto, antes que pudesse pensar em tomar qualquer ação, o celular vibrou em suas mãos avisando que uma nova mensagem havia chego. O texto apenas dizia “Boa noite, ”, mas um arrepio percorreu sua espinha ao lembrar-se de seu sobrenome sendo pronunciado pelos lábios macios dele, quase sempre num tom provocativo. Respondeu copiando o texto e apenas trocando o sobrenome no final.
“Será que você não quer tomar um café?”
A mulher riu diante da mensagem que seus olhos liam e sentiu sua intimidade pulsar.
Algum tipo de fenômeno deveria estar ocorrendo com ela desde que conheceu , já que nunca conseguia ir embora logo após terminarem o “trabalho” ou nunca conseguia acordar cedo o suficiente para deixar a casa dele antes que o homem acordasse na manhã seguinte. Quando ela se ltava, ele quase sempre estava na cozinha preparando o café forte do qual ela tanto gostava. Aquilo havia se tornado um ritual pós-sexo para eles.
— Parece que alguém estava com sede… — disse irônico ao abrir a porta de seu apartamento para ela. — Parecia que ele tinha uma necessidade grande de afirmar que aquilo era apenas sexo e nada mais.
— Partindo do fato de que foi você quem me chamou… acho que sua sede é muito maior. — Ela sorriu vitoriosa. Sempre tinha algo na ponta da língua para rebater e reforçar que os encontros que vinham tendo não passavam nada além do desejo carnal.
— Eu ia questionar se essa boca só dá respostas atravessadas ou também beija… mas aí lembrei que já sei a resposta… — O homem abriu para ela sorriso mais malicioso que já lhe fora direcionado, antes de colar suas bocas e seus corpos.
O Lottie’s Pub estava parcialmente cheio quando chegou. Naquela noite estava comemorando seu aniversário e a escolha pelo local era óbvia. brincava que a melhor amiga amava mais o pub do que seus próprios donos e sempre dizia que ela deveria guardar dinheiro para fazer uma oferta pelo estabelecimento no futuro, assim poderiam beber de graça. Enquanto caminhava de encontro a , ela sentiu um olhar queimando sobre si. Não precisou virar o rosto, pois sabia exatamente quem estava encarando-a, então sorriu ladino e seguiu seu caminho até envolver a aniversariante em um abraço de urso.
— Pela milésima vez no dia, feliz aniversário! Muita paz, saúde, amor, dinheiro, viagens, shows, realizações e sexo! — Ela diminuiu o tom de voz na última palavra e lançou um olhar sugestivo em direção a , o novo peguete de .
— Muito obrigada, amiga! Te desejo tudo em dobro, mas se o sexo envolver meu irmão, por favor me poupe. — Rolou os olhos e as duas riram.
— Mas você é minha melhor amiga, eu preciso de contar t-u-d-o! — disse pausadamente e levou um tapa no ombro. — Só por isso não vou mais entregar seu presente, sua ingrata.
— Vai beber, . Você tá uó sóbria.
— E você tá muito abusada, sua ridícula. — Riu. — Mas vou seguir sua ordem.
Foi até o balcão e solicitou um mojito. Enquanto aguardava o barman preparar seu drink, apoiou os cotovelos no balcão, tamborilando os dedos na madeira. Sentiu uma mão pressionar sua cintura e as palavras que escutou em seguida foram como melodias para seus ouvidos.
— Boa noite, . — Sentiu um beijo molhado ser depositado em seu pescoço e aquele ato fez seu corpo inteiro arrepiar. O barman serviu sua bebida e ela virou o corpo para ficar frente a frente com . Levou o drink lentamente a boca antes de respondê-lo.
— Boa noite, . — Sorriu e devolveu no tom mais sensual que conseguiu.
— Você não apareceu para tomar café essa semana… — Ele tinha os olhos fixos nos dela.
— Trabalhei igual uma louca. — A mulher suspirou como se quisesse fazer todo o cansaço da semana se esvair de seu corpo.
— Acredito que esteja precisando relaxar. — Arqueou as sobrancelhas e sorriu.
Flashbacks dos momentos que passaram juntos começaram a rodar pela cabeça de e a vontade que ela tinha era de despir os corpos para que pudessem se fundir.
— Tenho certeza de que sim. — Usou a mão livre para segurar o queixo dele, unindo os lábios. agarrou a cintura dela, aprofundando o beijo.
— Arrumem um quarto!!! — exclamou próximo deles.
— Tá com inveja, maninha? não está dando conta do recado? — Ele questionou zombeteiro e a irmã lhe mostrou o dedo do meio.
— Vocês dois são ridículos.
— Nós também te amamos. — depositou um beijo estalado na bochecha da amiga.
— Apesar de tudo. — O irmão completou.
— É hora do parabéns! — se aproximou do centro do local com um bolo nas mãos. As velas já estavam acesas e eles deram início às canções tradicionais.
— Faça um pedido, irmãzinha!
olhou para seu irmão e depois para sua melhor amiga, fechou os olhos, assoprou as velas e sorriu.
— Comendo escondida? — apareceu na sua frente no mesmo instante em que ela enfiava uma porção generosa de bolo na boca. Ela assentiu com a cabeça e terminou de mastigar.
— Claro. Assim não corro o risco de alguém ficar de olho grande em cima do meu pedaço. — Frisou o pronome possessivo.
— E você não gosta de dividir apenas os alimentos ou isso é no geral? — O olhar que ele direcionava a ela era diferente. Não saberia explicar com exatidão, mas dessa vez seus olhos não carregavam a malícia ou a provocação de sempre. Era como se ele quisesse desvendar seus sentimentos, querendo que ela reafirmasse novamente que o que tinham era carnal e casual. Depois de alguns segundos, finalmente o respondeu.
— Depende muito… — Um sorriso singelo se desprendeu de sua boca. Com um pouco de receio sobre onde aquela conversa poderia levá-los, a mulher optou para voltar a normalidade deles. A parte restante de seu bolo possuía uma quantidade maior de chantilly e ela usou o dedo indicador para passar sobre a cobertura. Passou um pouco pelos lábios e o que restou passou na entrada do decote de seu vestido. acompanhava atentamente seus gestos, quase hipnotizado pela cena que acontecia a sua frente.
— Ops, sujou… — Ela declarou no tom mais delicado possível, sorrindo inocentemente. — Deixa que eu limpo. — respondeu rápido. Roçou o nariz pelo pescoço dela antes de descer a cabeça ao decote, onde usou a ponta da língua para remover o creme branco espalhado por ali. comprimiu os lábios para não soltar um gemido no meio do Lottie’s. Embora a música do ambiente e as conversas animadas entre as pessoas fariam seu barulho passar despercebido, ela ainda queria manter um pouco de seu autocontrole. Levou os dedos até os cabelos macios do homem, puxando-os com força. Alguns segundos depois a língua dele passou a limpar seus lábios, em movimentos dolorosamente lentos. Impaciente e já animadinha, a mulher sugou a língua dele.
— Eu acho que tenho chantilly em casa, o que acha de terminarmos a festa lá? — questionou e sorriu maliciosa, já caminhando em direção a saída do bar.
And he was out on the town (E ele estava fora na cidade)
21 dias.
Três semanas.
Essa era a quantidade exata de tempo que e não se viam.
Não era como se ela quisesse fazer a contagem, mas acabou acontecendo e aquilo a estava incomodando-a mais que o normal.
Na primeira semana ela não ligou muito para a falta de contato e aproveitou o tempo para si mesma.
Na semana seguinte ela havia tomado a iniciativa de chamá-lo para fazerem alguma coisa não permitida para menores de 21 anos, mas ele declinou, informando que já tinha um compromisso marcado. Ela posteriormente viu que ele havia saído com alguns amigos para beber em um novo bar da cidade e não pode deixar de sentir uma leve pontada no coração imaginando ele ficando com outras pessoas, mas logo tratou de distrair sua mente para que parasse com esses pensamentos. Eles não tinham nada além de algo casual, ela não tinha o direito de pensar e sentir essas coisas.
Quando completou a terceira semana, não conseguiu controlar o ímpeto de chamá-lo. Mas, por algum acaso do destino, ela recebeu uma DM no Instagram e após abrir o aplicativo para responder a mensagem, acabou se perdendo nos stories das pessoas que seguia.
Para sua surpresa e decepção, estava novamente no bar da semana passada.
Dessa vez, no entanto, a pontada foi mais forte e ela não conseguiu conter algumas lágrimas silenciosas que insistiram em cair pelo seu rosto.
“Eu não posso.” Foram as palavras que repetiu para si mesma diversas vezes antes de pegar no sono com a face molhada.
But you taught me right from wrong (Mas você me ensinou o certo e o errado)
And it was when you didn't keep in touch (E quando você se afastou)
Well, it taught me to be strong (Bom, isso me ensinou a ser forte)
Eles passaram a cozinhar e não apenas a pedir delivery, o que lhes rendeu mais tempo juntos para conhecerem gostos tanto com relação a comida, mas também a músicas, filmes, livros, seriados, entre outros. Também arriscaram a comentar algumas coisas mais profundas do passado, com relatando seu último relacionamento que terminou da pior forma possível e dividindo algumas das dores do divórcio. O homem sempre fazia questão de ter estoque do café da marca favorita dela e ela passou a questioná-lo antes de ir ao mercado, checando se ele precisava de algo ou se algum produto lhe agradava mais que outro.
As mensagens cotidianas sem sacanagem também passaram a ser mais frequentes. Havia sempre algum assunto aleatório rolando, e, quando estavam no clima, surgiam algumas mensagens e fotos provocativas, que sempre terminavam com um na cama do outro. Era como se fosse impossível manter seus corpos longes quando tinham esses momentos, como se fosse um vício que eles precisavam constantemente alimentar. Mas, além disso, havia o aconchego na hora de dormir, o cuidado para não acordar o outro no meio da noite quando algum dos dois precisava ir ao banheiro e o fato de ainda se ltar mais cedo que ela para preparar o seu café. Sabiam que não deveriam “brincar com a sorte”, mas não conseguiam se afastar rapidamente e sempre encontravam uma maneira de estender os encontros.
Lembrar de todas essas coisas trouxe um misto de emoções a .
Ela estava com saudade de e dos momentos que já haviam passado juntos.
Ela estava com saudade de estar com ele.
Então era aquilo?! Ela estava novamente apaixonada?
Não, não era possível. Havia sido alertada desde o início que ele não estava procurando por romance e ela certamente não estava atrás de outro relacionamento, então como foi deixar aquilo acontecer? Era por isso que estava sentindo tanto os efeitos do ghosting de ?
Havia feito algumas pergunta sutis sobre o homem para , mas sabia que não poderia dividir seus sentimentos acerca dele com a melhor amiga. Jamais a faria sofrer por uma confusão que ela mesma havia criado, de forma que se limitou a chorar sozinha em seu quarto.
Assim que adentrou o apartamento, chutou os tênis para longe e jogou a bolsa de qualquer jeito em seu aparador. Suspirou pesadamente, grata por mais uma semana de trabalho ter terminado. Era sexta-feira e estar sozinha em seu apartamento não era exatamente o que ela queria, mas era o que tinha no momento. É claro que antes de poder estar em casa ela teve de fingir uma terrível dor de cabeça para declinar o convite de para ir ao Lottie’s.
Ela não era dessas pessoas que surtava por estar sozinha, longe disso. Às vezes surtava porque queria estar sozinha e não conseguia. No entanto, há algumas semanas ela havia descoberto que queria estar com alguém com nome e sobrenome: .
Bufou irritada com seus pensamentos e rumou para a cozinha. Preparou um balde de pipoca e pegou uma cerveja. Essa não era sua combinação favorita, mas, novamente, era o que a casa oferecia. Zapeava pelos destaques da semana na Netflix quando escutou o interfone tocar.
— Oi?
— Olá, senhorita . A senhorita está aqui. — O porteiro anunciou e ela estranhou muito o fato da melhor amiga aparecer em sua casa, já que o ritual das sextas-feiras era deixar todo o estresse para trás no Lottie’s.
— Claro! Pode liberar! Obrigada.
Menos de um minuto depois escutou passos no corredor, bem próximos ao seu apartamento. Abriu a porta e foi logo dizendo:
— Qual foi o milagre da vez?
Para sua sorte seu corpo estava escorado no batente da porta, senão certamente teria caído já que suas pernas fraquejaram no instante em que ela viu quem estava ali.
— O que está acontecendo aqui? — Ela questionou olhando diretamente para a melhor amiga.
— Não brigue com a mensageira! Eu só vim driblar o porteiro… — Deu de ombros. — Você me deve uma. — disse apontando para , rumando logo em seguida para o elevador que ainda estava parado no andar.
— A que devo a honra de sua aparição? — O tom de voz dela era ácido.
— Será que eu posso entrar para a gente conversar?
— Ah, agora você quer conversar? — Riu irônica. — Entre.
— Eu vou dizer um monte de coisa que você já sabe. Sim, eu fui um babaca por agir dessa forma contigo e você não merecia isso. Sei que não tem justificativa plausível para os meus atos, mas mesmo assim eu vou pelo menos me abrir... — Ele suspirou antes de continuar. — Durante um bom tempo foi só um lance casual mesmo, mas depois, conforme fomos compartilhando mais momentos juntos, tudo mudou, . E eu tive a confirmação no aniversário da , quando eu percebi que não queria que você fosse possessiva somente com o seu bolo. — riu baixinho e viu um sorriso comprimido nos lábios da mulher. — E quando eu finalmente admiti esses sentimentos para mim mesmo eu me apavorei, . Me apavorei de uma forma que nunca tinha acontecido antes… Já que eu não esperava me entregar novamente tão cedo. Você chegou toda sensual, provocante e cheia de respostas na ponta da língua e com um sexo maravilhoso. — Sorriu malicioso. — Mas depois chegaram também as conversas sobre qualquer assunto, as piadas, a atenção… tudo. — Quando terminou seu coração parecia que iria saltar de seu peito. Estava feliz por finalmente ter colocado tudo para fora, mas estava apreensivo com a reação dela.
— Wow… — Ela disse baixinho, mas ele conseguiu escutá-la. — Sim, você foi um babaca e poderia ter lidado com isso de uma maneira diferente, como, por exemplo, conversando comigo e não simplesmente sumindo. — Encarou ele séria. — Mas eu também entendo o seu pavor, comigo aconteceu a mesma coisa na festa da . — Confidenciou sorrindo. — Só que eu não posso ficar com alguém que foge em vez de conversar quando as coisas ficam difíceis, sabe?
— Eu juro que eu não costumo fazer esse tipo de coisa. Você sabe que irmãos adoram implicar uns com os outros, mas tenho certeza de que se perguntar a ela vai te confirmar. — Ele implorava com o olhar para que ela acreditasse nele. — E para provar que eu estou falando sério, olha o que eu trouxe. — Tirou da sacola duas latas de Guaraná Antártica.
— Mentira! — Ela exclamou visivelmente surpresa.
— Lembrei que você comentou da época em que estudou com uma intercambista brasileira e pensei que seria bom dar uma variada do café de sempre. Você tem noção de como é difícil encontrar essa coisa que eu não sei ao menos pronunciar? — Riu.
Os olhos de brilhavam, tanto pela declaração quanto pelo gesto dele com a bebida. Ela se aproximou dele, parando bem próxima.
— Depois disso tudo eu não tenho como não te convidar para ficar, né? — Sorriu marota, passando os braços pelo pescoço dele. rapidamente enlaçou a cintura dela.
— Isso quer dizer que os nossos cafés ocorrerão com mais frequência? — Ele questionou roçando os narizes, ao que ela concordou sorrindo. — Isso também significa que podemos oficializar respondendo a uma das trezentas mensagens que a já me enviou perguntando se conseguimos nos acertar? — riu com vontade antes de beijar aquele que tinha acabado de deixar de ser apenas o irmão de sua melhor amiga.
Oh, well you wouldn't believe some of the things that he did (Bem, você não acreditaria em algumas das coisas que ele fez)
And everyone said you have to give him some time (E todo mundo me disse: “você tem que dar um tempo a ele”)
And I'm glad that I gave it to him 'cause now everything's fine (E eu estou feliz que dei, pois agora está tudo bem)
Fim
Nota da autora: Confesso que até eu fiquei com inveja da história desse casal que criei. Melhor que isso só se fosse romance desde o início, né?
Larissa Toni, obrigada por novamente me ajudar como leitora cobaia e helper nessa fanfic e por sempre me motivar a alongar a escrita, mesmo quando eu não quero e pareço uma criança birrenta. A cada fanfic eu fico te devendo mais e mais chocolates, mas não me importo com isso! Liih, obrigada por mais uma vez ser minha beta! ♥
Lembrete: ♥ Espalhem amor em forma de comentários! ♥
Outras Fanfics:
● 02. Can’t Keep My Hands Off You ● 02. My Best Habit ● 03. Daylight ● 10. Superstar ● 11. Doin Dirt ● 14. Easier Said ● Around Here ● Taça do Amor ● Turma de 2003 ● Turma de 2003: Após o Reencontro
Pedra! Obrigada por mais uma oportunidade de ser beta das suas históras! ♥ Adorei e estou morrendo em ver que é o homem na capa haha! Parabéns!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Larissa Toni, obrigada por novamente me ajudar como leitora cobaia e helper nessa fanfic e por sempre me motivar a alongar a escrita, mesmo quando eu não quero e pareço uma criança birrenta. A cada fanfic eu fico te devendo mais e mais chocolates, mas não me importo com isso! Liih, obrigada por mais uma vez ser minha beta! ♥
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