12. True Blood

Finalizada

Capítulo Único

Red was the color of her eyes
She put me in a meditation state
The skin is white so white
The night looked like it had no expiration date


Quando eu acordei, não consegui me mover.
Ao meu redor, havia uma fechadura dupla de Salomão. Impressionante. Não é qualquer um que pode invocar um demônio do meu calibre e manter uma armadilha do Diabo tão poderosa sem brechas como essa.
Levantei minha nova mão direita, testando os movimentos de seus dedos. Esse hospedeiro não é dos piores. Não tem deficiências e é do sexo masculino. Hospedeiras femininas são incômodas, já que seus hormônios afetam meu humor.
Olhei ao meu redor. Estava em uma espécie de loft espaçoso. As paredes eram tijolos aparentes e os móveis eram bastante artísticos. O lugar parecia gritar o termo mortal hipster.
- És tu Asmodaeus, trigésimo segundo espírito, segundo príncipe do Inferno e comandante de 72 legiões? – voltei a minha atenção para a garota que ousou me invocar. Gostosa. A pele tão branca, mais branca que a própria neve. Adoraria me divertir um pouco com ela. Ela tinha uma adaga negra na mão direita, um filete de sangue caía-lhe da palma da mão esquerda. Ela falava em latim arcaico fluentemente, como é exigido em rituais deste tipo. Pela sua aparência, chutaria que ela tem entorno dos 20 anos, mas com Magos, nunca se sabe.
- Quem ousa invocar minha presença? – falei, seguindo o procedimento padrão. Há quanto tempo não era invocado? Se não me engano, mil e quinhentos anos terrestres. Mas visito o mundo humano com frequência, para alimentar-me.
- Sou , invoco-vos e prendo-vos a este pentagrama. Ligarei tua essência à minha. Serás meu escravo na Terra e no Inferno e servirás a minha vontade enquanto eu viver. – a Maga comandou, seus olhos brilhavam em um tom escarlate por conta do alto nível de sua invocação. – Tuas legiões estarão a meu comando e tua vontade a minha mercê.
Ergui uma sobrancelha. Aquela humana realmente estava efetuando uma Ligação? A mim? Isso vai ser, no mínimo, interessante.
Ela começou o cântico em latim para me prender a ela. Olhei ao redor. Não havia nenhum papel por perto para eu queimar. Ela sabia o feitiço de cor.
Entrei em pânico. Não queria virar fantoche de uma mortal qualquer. Senti uma dor latejante em minha nova omoplata esquerda, como se ela estivesse sendo queimada em brasa. Era o símbolo de meu contrato com sendo cravado em meu hospedeiro.
A garota se aproximou de mim e levou a palma de sua mão aos meus lábios. Seu sangue era como o melhor dos líquidos. Eu anseio por ele, quero mais e mais. Infelizmente, ela afastou a mão da minha boca.
- Et cum sanguinis et essentia, hoc quod attinet, in perpetuum signantes (E com meu sangue e minha essência, selo essa Ligação para sempre) – com isso, seus lábios encontraram os meus, concluindo o feitiço.
E então, meu corpo, minha essência, meu “eu”. Nada mais me pertencia. Pertencia agora a .
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Minha servidão começou no dia seguinte. Minha Mestra deixou claro que estávamos nos Estados Unidos. Por isso, falaríamos em inglês.
- Como devo te chamar? – minha Mestra me perguntou.
- Como preferir, minha senhora. – respondi.
- Perguntei como você prefere que eu te chame. Se eu quisesse escolher, já o teria feito. – ela replicou, irritada. Notei que ela é uma pessoa simples. Se incomoda quando a chamo de senhora, milady ou Mestra.
- Asmodeus me parece deveras antigo. Pode me chamar de , o nome desse hospedeiro, se for essa a tua vontade, milady.
- Vou te chamar de . E chega de formalidades, me chame de .
- Como desejar. – respondi.
Eu sinto uma vontade de agrada-la imensa. É algo indescritível.
- E pode se comportar como quiser e sair quando quiser. Não me importo com o que faça ou com o que fale, contanto que siga minhas ordens. Invoquei um demônio, não um puxa saco.
Foi como se um grande peso fosse liberado da minha mente. sabia o quanto suas palavras tinham poder sobre mim. Mostrei-lhe meu sorriso mais arrogante e me joguei no sofá de sua sala.
- Vou ficar por aqui. Assistir um pouco de TV, me atualizar um pouco.
deu de ombros e voltou a mexer em seu laptop na mesa da cozinha enquanto bebericava um chocolate quente.
Sorri, ligando a TV. Essa servidão não seria tão ruim.
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Oh give it to me now So evil in the dress It circulate you start to feel it Devil in the flesh Once she starts to evoke the spirit Got you on the floor Ooh she comes alive when you look killing Hungry for some more I think she's got that true blood Every time you're 'round I can smell it in you She's got that true blood I come around and raise the hell out of you
- Aonde estamos indo? – perguntei a minha Mestra. Essa é a minha primeira tarefa com ela.
- Um filho da puta qualquer resolveu invadir minha área da cidade. Claro que eu não posso deixar uma ofensa dessas passar.
Andávamos a passos rápidos pelas ruas do Brooklyn. Senti o vento frio do ar noturno de outono acariciar meu rosto.
- O que você planeja? – perguntei-lhe.
- Primeiro, você vai se alimentar.
Entramos em club. Corpos colados, pessoas se esfregando umas nas outras, eu podia sentir a luxúria que todas aquelas pessoas sentiam pulsar em meu hospedeiro como se fosse o sangue que o coração do meu hospedeiro bombeia. Mas nada disso me apetecia.
me puxou a pista de dança. No meio daquela multidão de pessoas, ela puxou-me para ela, meu rosto encarava o dela. Ela é somente um pouco mais baixa do que eu. Ela com delicadeza puxou o lado do meu rosto para perto de seus lábios, para poder falar algo em meu ouvido, seu corpo movendo-se sensualmente ao ritmo da música.
- Sirva-se.
Entendi na hora o que ela pretendia. Puxei seu corpo ainda mais perto do meu, segurando com força sua cintura. Ela pôs o cabelo para o lado, deixando caminho livre para mim.
Comecei dando beijos e leves mordiscadas e a ouvi gemer. Senti a luxúria que todas essas pessoas emanavam e alimentei-me do pecado. estava tanto a minha mercê quanto eu estava a dela. E isso me fazia sentir uma onda de poder inimaginável.
Cravei meus dentes na pele macia de seu pescoço. O sangue fluía devagar, os batimentos dela estavam tranquilos. Ela sabia que eu não poderia matá-la.
Seu sangue era como a mais luxuosa das refeições. Nada poderia se comparar ao sabor daquele liquido quente e viscoso em minha boca. Eu preciso de mais, mais e mais. Eu estou completamente viciado no sabor da minha Mestra. E podia sentir o prazer que ela sentia com tudo aquilo.
Cedo demais para o meu gosto e contra minha vontade, afastei meus lábios do pescoço dela.
- Minha vez. – sua voz suave parecia ser a única coisa que eu ouvia, sobrepondo o som da música alta, pelo menos para mim.
Ela puxou meu pulso e fez um pequeno corte na palma da minha mão. Depois levou o sangue a seus lábios, minha ferida cicatrizando mais rapidamente do que a de um humano normal por conta dos meus poderes. Enquanto ela bebia, vi seus olhos mudarem para aquele tom escarlate que eu conhecia bem, a ferida no seu pescoço fechando até que não houvesse nem mesmo uma única cicatriz.
- Pronto? – ela perguntou, limpando o canto dos lábios com um lenço. Assenti a cabeça distraidamente. Nunca havia sentido todo esse poder acumulado. Afinal, quem é essa garota? Não pode ser uma Maga qualquer. Nenhuma Maga comum poderia canalizar tanto poder dentro de sua corrente sanguínea. Eu senti todo o potencial dela e, acredite, é a Maga mais poderosa que eu já conheci em minha eterna existência. E isso não é pouco.
me conduziu até o telhado deste lugar. A nossa espera, estavam dois homens. Obviamente, um Mago e um demônio que estava Ligado a ele. Pude identificar os dois pelas marcas similares ao selo localizado no pulso do Mago e na omoplata do demônio, assim como em mim a .
Os dois se encararam.
- Mark. Já não te falei que andar na minha área da cidade é proibido? – disse, os olhos ainda escarlates pelo alto nível de magia.
- Bem, despois que eu acabar com você, não vai ser mais a sua área, não é? – o Mago, Mark, respondeu, um sorriso arrogante em seu rosto.
riu.
- Se me lembro bem, eu acabei com a sua cara mesmo sem um Demônio Ligado, enquanto você tinha sua vadia. Paimon, não era? Ah, como foi prazeroso exorcizá-la da maneira mais dolorosa que conheço enquanto você assistia, sem poder fazer nada, já que é um inútil. – ela riu, seus olhos escarlates cintilando com prazer ao ver o quanto o Mago estava mexido com suas palavras. – Patético.
Mark, irritado, sacou uma espada. A lamina prateada não era tão cerimonial e antiga quanto a adaga que usou em minha Invocação, mas continha bastante energia.
- Eu convoco o poder de suas 40 legiões, Amon, sétimo espírito do Inferno! Dê-me a força para vingar meus amigos, honrando nosso contrato!
Pude ver Amon bufando, mas mesmo assim ele deu poder a Mark. Chamas irromperam da lâmina de mais de um metro de comprimento. Ele é bastante poderoso, devo admitir. Conjurar os poderes do demônio e de suas legiões como se fossem seus é algo bastante complexo. não parecia impressionada.
- Desculpe, . Só vou gastar sua energia como treinamento. Pensei que Mark iria trazer algo minimamente desafiador dessa vez.
Dei de ombros, rindo com ela. Adorei ver a maneira como seus olhos escarlates faiscavam com o que parecia ser pura maldade. Sexy.
puxou uma espada levemente curvada, com no máximo 40 centímetros de comprimento. A garota se posicionou ereta, a lamina na mão direita, o meu selo iluminando sua pele branca. Seu braço esquerdo atrás das costas, fechando quase todas suas aberturas. Reconheceria essa técnica arcaica de longe. É a posição do Rei, que era usada pelo próprio Salomão. Mas achei que essa técnica só era usada por Sacerdotes, que são o exato oposto dos Magos. Talvez as coisas tenham mudado?
- Asmodaeus, ofereça-me teu poder em honra a lealdade que está selada em nosso contrato eterno! Deixe-me canalizar teu poder como se fosse para sempre meu! Você, filho do poderoso rei Davi com uma Súcubus, Arma de Lúcifer e detentor do livre arbítrio!
Meu poder era atraído para aquela lâmina como uma mariposa pela luz. Na verdade, estou um pouco decepcionado. Ela usou uma das minhas invocações mais fracas. Ela nem ao menos convocou minhas legiões. Ela realmente está confiante.
A espada parecia pulsar em energia demoníaca. Era como se espada emanasse pecado, tóxico como radiação. A garota girou a lâmina com um gracioso movimento de pulso, sorrindo arrogantemente para a espada em chamas de Mark.
A luta foi rápida e decisiva. logo desarmou seu oponente e sua espada estava diretamente apontada para sua garganta.
- Amon, eu te ofereço um acordo. – ela disse, olhando para o demônio. – O mesmo acordo que ofereci a Paimon. Você pode se Ligar a mim após eu matar esse babaca. – ela disse, encostando a lâmina na pele macia do pescoço do Mago. – Ou eu te mando de volta para o Inferno da maneira mais dolorosa que conheço.
Amon riu.
- Por mim, esse inútil pode ir pro primeiro círculo e eu vou estar pouco me fodendo.
murmurou algo em latim e dilacerou a garganta de Mark.
Logo, o selo de Amon estava feito em seu pulso direito, logo ao lado do meu.
Ela sorriu.
- 112 legiões, certo? A minha total disposição. – ela riu. O vento soprava na noite fria, o vestido de movendo-se levemente, a saia circulando seu contorno. Naquele instante, com sua pele clara e olhos escarlates, ela é a coisa mais bela que eu já vi na minha eternidade.
De longe.
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Sirvo agora à por quase três meses.
Ela geralmente deixava tanto eu quanto Amon fazer o que nos desse vontade, com a condição que não chamássemos muita atenção. Meu colega Amon adotou essa nova liberdade com prazer. Ele só estava conosco quando o Convocava ou quando não tinha nada para fazer.
Já eu, preferia tentar desvendar .
Ela é um mistério.
Geralmente, estava escrevendo colunas de aconselhamento que ela escreve para uma revista popular anonimamente. Ganha boa parte de seu dinheiro com isso. Enquanto ela trabalha, faço perguntas a ela. Às vezes, ela responde.
- Você tem quantos anos?
- 28.
- Tem família?
- Depende. Se for gente que eu amo, não. Se for gente com o mesmo sangue que eu, então sim.
- Quando virou uma Maga?
- 20 anos.
- Fez faculdade?
- Jornalismo.
- Por que você quer tantas legiões de demônios?
- Por que você faz tantas perguntas?
- Porque sim.
- Mesma resposta para sua pergunta.
Ficamos em silêncio. Eu sei que ela está mentindo. E ela sabe que eu percebi.
Foi minha última pergunta naquele dia.
Há algo estranho sobre . Ela está planejando algo. E eu vou descobrir o que isso é.
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Now I feel my fever on the rise
And the bones in my body start to quake
Straight up from my toes to my mind
She controls me but I don't want to escape
All of you ones that have tried
Find out that they have made the final mistake
But when she got a bite of my type
She told me that she found her perfect bloodmate


-Jantar, garotos! – chamou da cozinha. Ansiosamente, levantei e fui até a cozinha. Amon não se apressou. A comida dele provavelmente não é tão boa quanto a minha.
Nossa Mestra entregou a Amon uma taça grande de vinho tinto batizado com sangue de uma virgem. Não, a virgem não estava morta. É só sangue de uma garota de 7 anos que roubou de um laboratório.
Amon sorriu satisfeito, ergueu a taça a como sinal de respeito e voltou para o quarto que dividia comigo, onde provavelmente assistiria TV. Ele é meio antissocial, mas está melhorando.
se aproximou de mim e beijou meus lábios. Eu já estou acostumado com isso. Na verdade, eu adoro isso. O cheiro de seus feromônios é algo inebriante, quase comparável ao sabor de seu sangue.
Quase.
Agarrei sua nuca com a mão esquerda e a puxei para perto de mim com a direita pela bunda. Fomos nos agarrando até o quarto dela, sem nos importar com o barulho que fazíamos, já que o mesmo estava sendo abafado pela TV de Amon. E então, tudo virou um borrão vermelho de luxúria e prazer.
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- Você está escrevendo o que?
- Uma Invocação.
- Mas todo o demônio já tem uma Invocação e um Selo.
- Eu sei. Não quero Invocar um demônio. Dois já é o suficiente.
- Então que você quer invocar?
Não tive uma resposta.
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Comecei a notar pequenos detalhes em . Menti para mim mesmo, disse que só estou à procura de pistas. O que ela está planejando? Como ela á tão poderosa sendo tão nova?
Eu quero respostas.
Mas os detalhes que me interessavam não ajudam muito nessa investigação.
está sempre com o cabelo preso, seja em um coque ou em um rabo-de-cavalo. Ela sempre usa lápis de olho. As roupas dela são sempre pretas ou com partes de couro. Ela morde o lápis quando está pensando no que escrever. Ela prefere adoçante ao açúcar. Ela tem vários livros, mas os que ela realmente gosta ela deixa ao lado de sua cama. Eles são desgastados e tem várias partes grifadas com um marcador roxo.
Um dia, perguntei-me se o que eu sinto por é o tão clamado amor humano.
Pesquisei por dias as várias definições de amor. Li os mais diversos livros, vi os mais diversos filmes. E cheguei a seguinte conclusão:
Eu, assim como qualquer demônio que se preze, não sou capaz de emoções humanas. O que eu sinto por não é amor.
É obsessão. É curiosidade. É interesse. É luxúria. É gula.
Não é amor. Não é uma virtude. Não é emoção.
É puro pecado.
Ou pelo menos, é isso que eu digo a mim mesmo, quando invade meus pensamentos, todas as noites, impedindo-me de dormir.
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- Você sempre morou no Brooklyn?
- Não. Eu fui criada em Manhattan.
- Manhattan? Achei que essa fosse área dos Sacerdotes.
- E é.
E então o silêncio.
E foi aí, naquele exato momento, que eu entendi.
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Hoje disse que iriamos Invocar e Ligar um Anjo.
- Só quem pode fazer isso são Sacerdotes. – foi a reação de Amon, que bebericava um whisky.
- Ótimo, já que ela é uma Sacerdotisa. – eu disse o que eu havia percebido. Amon engasgou. Respondia o porquê dela ser tão poderosa sendo tão nova.
Sacerdotes e Magos são completamente diferentes. Sacerdotes têm dons herdados dos pais. Magos podem ser qualquer um que esteja disposto a brincar com demônios. Sacerdotes conversam com Anjos e defendem a vontade de Deus, mas não controlam seres celestiais. Magos não tem poderes suficientes para sequer tentar desafiar um Sacerdote, mas têm demônios a sua mercê.
Uma Maga Sacerdotisa? Seria alguém impossivelmente poderoso.
sorriu.
- Então, que acham de transformar um anjo em uma de minhas vadias?
Amon sorriu.
- Estou dentro. Parece interessante.
Eu encarei por alguns instantes. Seus olhos faiscavam com uma determinação que eu não entendo bem ainda. Invocar e Ligar um Anjo? É algo impossível, mas mesmo assim ela vai tentar. Por alguma razão, acho que isso não é o plano dela. Parece mais um passo.
- Conte comigo.
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- Isso é brilhante. – Amon disse, olhando o trabalho de . Eu mesmo estou impressionado.
É incrível. Ela reverteu todos os aspectos de uma Ligação, mas manteve o objetivo. Nem eu compreendia exatamente o que havia feito, mas eu posso sentir a energia que os artefatos emanavam.
- Só não entendo o porquê de precisarmos de três hospedeiros. – observei.
Os olhos de faiscaram em vermelho.
- Sacrifícios são necessários. – ela replicou, um sorriso em seu rosto. - Vamos começar.
A garota começou a falar um encanto. Não reconheci a língua. Grego antigo, talvez?
De repente, os corpos que havíamos encontrado para serem o hospedeiro e os sacrifícios começou a convulsionar. O brilho escarlate nos olhos de Minha Mestra aumentou e sangue começou a sair de seu nariz.
- , acho que tem algo errado... – tentei me aproximar, mas não consegui tocá-la. Era como se uma força invisível a mante-se fora de meu alcance.
Senti como se eu fosse um completo inútil. O que, de fato, eu sou.
De repente foi como se uma onda de energia atingisse a mim a à Amon. E então, foi como se sugasse toda a nossa essência.
- Ela está usando a gente! – Amon gritou, mas não havia nada que pudéssemos fazer. É como se estivéssemos presos, toda nossa energia sendo sugada.
- Sua vadia! Pare com isso! – Amon gritou, mas eu não consegui emitir nenhum som. De repente, eu comecei a entender as palavras que saiam dos lábios de Minha Mestra.
- Ofereço-vos estes demônios como sacrifício! Suas legiões perecerão e trará a mim o poder para selar este contrato. Lúcifer! Miguel! Gabriel! Uriel! Aceitem esta oferenda, em nome do Pai, que criou tanto o Paraíso quanto a Serpente!
Eu gritei.
olhou para mim. Seus olhos brilhavam, mas ela parecia ver algo além de mim. Amon desmaiou.
- Asmodeus. Últimas palavras?
Eu então vi. Naquele instante, eu entendi. Meu coração parecia estar se quebrando em um milhão de pedaços. Naquele instante, eu percebi.
Eu amo .
E ela me traiu.
- Eu te amo.
Ela riu. Sua risada soou como um escarnio.
- Não, Asmodeus. Você não me ama. Nada nojento como um demônio conseguiria amar. E, mesmo que você me ame, eu não te amo. Eu nem sequer gosto de você.
Então é assim que o segundo demônio mais poderoso do inferno vai morrer? Logo após ser rejeitado por uma garota humana?
Patético.
- Até nunca mais, Asmodeus.
E então tudo sumiu.
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Epílogo, por .
Eu consegui. Eu consegui!
Olhe para o corpo de meu amado . Os olhos dele se abriram e era como se ele recuperasse o folego.
É ele! É ele!
- ? É você?
Lágrimas caiam dos meus olhos. Eu corri até os braços de meu amado e o abracei com força.
- O que aconteceu? Eu achei que tinha morrido! Seu pai e aquele bando de Sacerdotes... eles...
- Shhhhh! – eu disse, calando-o. – Só me beije, está bem?
Ele fez o que eu pedi. Seus lábios beijaram os meus com ternura, como se eu fosse quebrar com o mínimo toque. Eu senti tanto falta dos beijos de meu .
- Você morreu, . Por dois anos, você esteve morto. Eu fiz um plano, entendeu Eu abandonei de vez minha família e virei uma Maga. Eu usei seu corpo como hospedeiro para Asmodeus. Eu liguei Amon a mim. Eu conversei com Lúcifer, Miguel, Uriel e Gabriel. Eles pediram para eu sacrificar mais de 100 legiões e mais três almas condenadas ao fogo eterno. E foi o que eu fiz.
me encarou.
- Você perdeu seus dons, não é? Não pode mais praticar?
Sacudi a cabeça, confirmando suas dúvidas.
Ele acariciou meu rosto com carinho.
- Tudo bem. Não chore, ok? Eu estou aqui.
Finalmente. Finalmente. Finalmente!
- Eu te amo, .
O amor da minha vida deu o sorriso que eu tanto amo. Não é pretencioso ou arrogante como os de Asmodeus. É o sorriso do meu .
Ele morreu por minha causa. Ele era somente um cara normal que se apaixonou por mim. Meu pai não aceitou que sua única filha não se casasse com um cara normal.
Os olhos que eu tanto amava me olhavam do mesmo jeito que sempre olhava antes de toda essa confusão.
- Eu te amo, . Eu amo, sempre amei e sempre amarei.
E então, eu finalmente tive o meu felizes para sempre.
Obrigada, Asmodeus. Obrigada.




FIM



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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