Finalizada em 02/05/2021

Capítulo Único


saiu da cafeteria com o copo de café quente em mãos, ela ainda tinha o turno da noite todo pela frente, e por mais que o cansaço quisesse dominar seu corpo, ela não podia relaxar. Sentou-se de volta na viatura e esperou que algum “problema” aparecesse. A vida de volta à polícia de Las Vegas parecia não fazer mais sentido. Na verdade, sua vida parecia não fazer sentido. Por todo esse tempo, tinha um objetivo, mas desde o momento em que pisou naquela boate e deixou se envolver com , todos os seus planos foram por água abaixo. definitivamente não era um homem fácil de esquecer, mas ela não esperava que ele fosse a deixar vulnerável daquele jeito. Ninguém tinha conseguido em todos esses anos, mas também não tinha conhecido ninguém como o Consigliere da Camorra.
Agora que sabia quem era o verdadeiro assassino de seu pai e onde ele estava — bem, não exatamente, mas tinha alguma ideia — ficar naquela cidade parecia errado. Mesmo se morresse, ela teria que ir atrás. Ficar ali só provaria que ela estava sendo fraca mais uma vez, enganando a si mesma para não encarar aquela realidade que estava estampada bem na sua cara. Já tinha enfiado os pés pelas mãos, já tinha ferrado com tudo, não faria diferença alguma se voltasse para Las Vegas ou se seu corpo fosse esquecido em Chicago. não tinha mais ninguém, logo não deveria ter preocupação alguma de fazer a coisa certa dessa vez. Mesmo que isso custasse a sua vida.
Sua cabeça estava longe, a ponto de nem perceber que Kara havia entrado na viatura, sentada no banco do passageiro e estava há mais de cinco minutos esperando uma reação da policial.
— Ok, eu não tenho a noite toda, . — Kara perdeu a paciência.
— Engraçado, porque é exatamente esse o tempo livre que eu tenho hoje. — Apesar do susto, continuou imóvel atrás do volante bebericando seu café. Vez ou outra observava o movimento da avenida, mas até isso parecia sem graça naquela noite. — Desembucha, Kara.
— Precisamos que você volte. — Ela foi direta, e gostava disso. aprendeu a gostar de Kara, elas eram, de certa forma, parecidas.
— Não posso voltar, você sabe. — já tinha desistido de tomar o café. — Se vocês estão preocupados que eu vá abrir a boca, pode esquecer, não vou fazer isso.
— Eu sei que você é bem esperta a ponto de não contar nada, mas queremos você de volta. Não me faça repetir isso. — Enquanto Kara falava, observava um carro se aproximar, e pelo tempo que costumava ficar naquela avenida, aquele carro não tinha aparecido ali ainda. O mais estranho era ninguém ter saído de dentro ainda. Haviam algumas lanchonetes, farmácias, cafeterias e outras diversas lojas, todas próximas uma da outra. E, mesmo assim, ninguém saiu do carro.
— Kara, eu vou embora. — olhou firme para a mulher à sua frente, mas olhou a observar o carro preto parado atrás do seu.
— O que? Não, , você não po-
— Kara, você mandou alguém atrás de você? — interrompeu, já não sabia mais o que Kara falava.
— Não. — Kara olhou pelo retrovisor o mesmo carro estacionado.
— Merda.
deu partida no carro, numa velocidade considerada normal para um carro de polícia. A última coisa que queria era chamar atenção, mas já era tarde para isso. Os vidros do carro foram fechados, e à medida que acelerava cada vez mais, o carro atrás também fazia o mesmo. Até que ele bateu na sua traseira. Puta merda.
— Matteo, alguém tá seguindo a gente. — Kara conseguia manter o tom de voz calmo, coisa que não sabia como. não sabia o que Matteo falava do outro lado da linha, mas também não interessava devido a circunstância que as duas se encontravam. — Eu e a . Caralho, Matteo, tem alguém seguindo a gente.
Antes que conseguisse falar alguma coisa, ela não sabia se conseguiria, alguns tiros foram disparados, quebrando um dos vidros do carro. Aquilo bastou para Kara gritar mais um pouco com Matteo ao telefone. Enquanto Kara desligava, já tinha conseguido discar para Ollie, o policial fazia parte da sua equipe e era um dos melhores. Ela apenas torcia para que ele atendesse aquele telefone.
— Oi, querida. — Ollie atendeu um pouco alegre, mas a situação de não era nem um pouco.
— Ollie, tem alguém me seguindo. Chama reforço.
— Onde você tá, ?
— Eu tava na Babystack, eu não sei pra onde tô indo. — Na hora em que terminava de falar, o carro preto bateu forte na traseira da viatura. — FILHO DA PUTA! ABAIXA, KARA!
gritou quando teve que fazer uma curva em alta velocidade e Kara mantinha metade de seu corpo para fora da janela.
, não desligue. Fica comigo na linha
— EU VOU TENTAR, OLLIE! — Ela tentou parecer firme, mas seu nervosismo já tomava conta.
— Você vai precisar atirar, Kara. — gritou, enquanto prestava atenção nas ruas. No minuto seguinte, o carro preto ficou na pista ao lado e imediatamente os olhos de se arregalaram. Ela já tinha visto várias armas apontadas em sua direção, e, por alguma razão, todas erraram o alvo. Mas ali, ao seu lado, aquele homem debruçado sobre o vidro e com uma metralhadora apontada na sua direção, a fez temer por sua própria vida e a de Kara.
Kara se debruçou pelo vidro da janela e não exitou em atirar, e ela era boa. Muito boa, mas não podia deixá-la sair dali ferida.
— Kara, você dirige. — Antes que Kara desistisse da ideia, largou o volante e a executora da Camorra teve que dar conta. sentia seu coração bater cada vez mais rápido e suas mãos suavam, o nervosismo era tanto que ela apenas atirou, mesmo sem saber em quem. No entanto, isso não importava, afinal, a pessoa do outro carro queria matá-la a todo custo.
— Eu não quero morrer na mão desses bastardos, . — Kara gritou, sem tirar os olhos da estrada. Elas não sabiam mais em que parte da cidade estavam indo, pelo menos, o carro que a seguia começava a perder velocidade.
— Não é a gente que vai morrer essa noite, . — atirou mais algumas vezes. — ACELERA, PORRA!
Em todos os anos na polícia, aquilo era a primeira vez que estava acontecendo. não sabia se era uma perseguição policial ou se estavam atrás de Kara ou, até mesmo, atrás das duas. Normalmente era ela quem saía atrás de bandido, sem se importar com os riscos que corria, mas havia outra pessoa no carro com ela, outra pessoa que não queria que saísse ferida. já começava a perder todas as esperanças possíveis, eles tinham armas muito mais potentes que a dela, além de que ela sabia que não tinha apenas uma pessoa atirando. Chegava a ser covardia.
O celular já tinha parado em algum canto daquele carro, ela nem sabia se Ollie estava a caminho, mas torcia que sim. Mas assim que avistou mais dois carros de polícia, ela ficou aliviada, pelo menos não estava sozinha. Porém, o alívio foi passageiro, por uma leve distração, acabou sendo atingida no ombro por um tiro de raspão.
— Droga! — Ela voltou a sentar no banco do passageiro, tentando controlar a sensação de algo queimando dentro de si. Fechou os olhos com força, tentando ao máximo retomar o ritmo normal de sua respiração, e ela conseguiu fazer assim que percebeu que o carro preto não a seguia mais, ele já tinha sido parado pelos seus colegas. Ainda assim, Kara parou o carro um pouco mais adiante, garantindo que não seriam pegas de surpresa. As duas se olharam quando perceberam que estavam seguras.
— Desculpa, desculpa. — disse primeiro, abraçando forte a Executora da Camorra. — Não era pra você estar comigo, Kara. — falava tão rápido que Kara quase não conseguia entender uma palavra. Por sorte, sua origem italiana e a convivência com e Matteo a ajudavam, afinal, quando aqueles dois começavam a gritar um com o outro era quase impossível de entender uma palavra sequer.
— Calma, Pipes. — Kara a chamou pelo apelido antigo, o que tornou tudo ainda mais doloroso para . — Você foi muito bem.
— Nós fomos. — corrigiu.
— Vamos lá, nós precisamos saber quem queria a nossa cabeça. — Kara apontou para o carro atrás do delas. — A raiva voltou com tudo em , e o que tinha tudo para ser uma noite tranquila no trabalho, acabou numa perseguição policial.
Quando e Kara saíram do carro, e Matteo caminhavam em direção a Kara. Entretanto, não pôde deixar de observar , já fazia algum tempo que eles não se viam, e mesmo assim o Consigliere parecia não ter mudado nada. Antes que ela pudesse chegar até os seus colegas, foi surpreendida com a atitude de Matteo.
— O que você fez dessa vez? — Matteo segurou firme o braço de , mesmo sabendo que ele não a machucaria, aquilo a deixou furiosa. — Se eu descobrir que isso foi coisa sua…
— Vai fazer o que? Me matar? Ah, deixa eu te contar uma coisinha, já tentaram fazer isso hoje. E veja só, não conseguiram. — sorriu, irônica. — Encoste um dedo em mim de novo e você sai daqui sem essa linda mãozinha.
Matteo estava prestes a dar outra resposta afiada, mas foi interrompido por Ollie.
. — Ollie a olhou confuso, não imaginava encontrar nenhum no meio daquilo tudo.
— Eu preciso trabalhar. — se soltou das mãos de Matteo, fazendo um certo esforço.
— E esse é o seu trabalho de verdade ou só mais outro disfarce? — falou baixo o suficiente para escutar quando passou ao seu lado. Ele ainda estava com raiva dela, mas ela também estava com um pouco de raiva de si mesma. Principalmente, por deixar esse tipo de coisa abalar seu emocional, e mais ainda por conseguir meter o dedo nas suas feridas.
— É a minha vida, .
não esperou para ouvir outra resposta de , a única coisa que ela queria no momento era saber quem estava tão disposto a matá-la naquela noite — mesmo tendo suas suspeitas, ela precisava saber —. Ollie acompanhou até a outra viatura, onde encontraria com o seu chefe.
, seu ombro está sangrando. — Ollie comentou, e na mesma hora fez uma careta.
— Eu sei, dou um jeito nisso quando chegar em casa. — Ela deu de ombros, mas acabou causando um leve desconforto no ombro machucado quando fez o movimento.
— Não, você vai pra casa agora. Amanhã a gente resolve isso, eles já estão mortos de qualquer forma. — fuzilou Ollie com os olhos, mas ele já estava acostumado com todo aquele jeito de . — Vai ter alguém na porta do seu apartamento, não precisa se preocupar. Se você for falar com o Matthew agora, ele vai querer saber o que os estão fazendo aqui, e você não quer contar.
Ollie era uma das poucas pessoas — talvez a única — que conhecia daquele jeito. Ele era um ótimo policial e parceiro de equipe, ela não podia negar isso. E, mais uma vez, a estava ajudando. Foi por isso que não hesitou em ligar para ele quando precisou. Ligaria de novo, se fosse necessário. Por fim, acabou concordando e permitiu que seu colega a deixasse em casa, não tinha nada mais a ser feito. Mas antes de deixar o local, a cena em que viu acabou lhe causando certa inveja. Kara estava abraçada em Matteo e , provavelmente, falava algo engraçado, já que Kara deu-lhe um tapa no braço, mas riu logo em seguida. lembrou do momento em que Kara ligou para o marido, e, ainda assim, os dois foram atrás dela; porque, afinal de contas, aquilo era o significado de família. E não tinha uma há algum tempo. ●

— Obrigada, Ollie, de verdade. — Ela parou quando chegou na porta de seu apartamento.
— Não se preocupe, apenas descanse, .
— Ollie, sobre os — Ela respirou fundo, sua cabeça estava uma verdadeira bagunça. — Eu realmente não posso contar.
— Eu sei, e você não me deve satisfações. Foi uma noite longa, . — Ollie sorriu, e retribuiu o gesto. Teria sido mais fácil se ela tivesse se apaixonado por ele. — Cuida desse ombro, e se cuida também.
adentrou o seu apartamento — sim, o seu apartamento de verdade —, e a primeira coisa que fez foi tirar aquela roupa suada. Quando olhou no relógio, percebeu que não tinha chegado nem na metade do seu turno, o qual deveria estar trabalhando agora naquele momento, mas parecia que um caminhão tinha passado por cima de seu corpo tamanho era seu cansaço. Antes de tomar banho, pegou a caixa com os remédios e começou a limpar o ferimento; o sangue em volta estava quase ficando seco, ela sabia que só água não bastaria. Enquanto limpava o pequeno machucado, percebeu que se estivesse sozinha, talvez, aquela noite teria terminado diferente.
— Deixa eu te ajudar com isso. — olhou assustada, estava parado na porta de seu banheiro.
— Como entrou aqui? — Sua voz saiu um pouco trêmula, realmente não esperava vê-lo tão cedo.
— Não foi tão difícil. — Ele deu de ombros, logo pegando um algodão e limpando o machucado de . — Está com fome?
, é melhor você ir embora. — pegou o algodão de sua mão, guardando tudo dentro da caixa de remédios.
— Não vou, não importa o que você diga. — Ele disse firme, fazendo olhá-lo diretamente nos olhos. Com o tempo, aprendeu a confiar em , do mesmo jeito que entregou toda a sua confiança nas mãos dele.

— Piper, o que aconteceu? — A voz de soou baixa. Com delicadeza, ele secou as lágrimas que insistiam em cair pelo rosto da mulher, sua boca tremeu e seus olhos lacrimejaram novamente.
— Não foi nada, só um sonho. Um sonho ruim. — Ela mentiu, virando de costas para ele na cama.
— Não minta para mim, Pipes. — Ela não conseguiu evitar um soluço ao ouvir seu apelido sair da boca do Dia Biasi. — Tem algo que você queira me contar? — abraçou a mulher, formando a famosa posição de conchinha.
— Você já sentiu como se estivesse fazendo algo de errado, mas mesmo assim não quis parar? — Ela perguntou baixo.
— O que exatamente você está fazendo de errado? — Ele questionou no mesmo tom de voz.
— Ainda estou aqui com você.

— Por que está aqui? — perguntou depois de um tempo em silêncio. Era comum se perder na imensidão dos olhos de , e ela gostava disso. No entanto, não queria mais uma vez estar vulnerável na sua presença.
— Porque é onde eu devo estar, . — Ele girou , empurrando-a levemente até o chuveiro. — Tome o seu banho, enquanto eu vou preparar algo para jantar.
saiu do banheiro sem esperar qualquer reclamação de , ele não estava lá porque estava com peso na consciência, até porque era ela quem estava assim. sabia que não fazia nada que ele não estivesse afim, a não ser que envolvesse a Camorra, caso contrário então ele estava ali por livre e espontânea vontade. Enquanto tomava o seu banho, começou a preparar o jantar, ele torcia que ela não trocasse a macarronada dele por uma comida japonesa qualquer. Mas se o fizesse, ele deixaria passar naquela noite. Como uma forma de deixar aquela noite um pouco mais leve, ele também preparou uma tortinha de chocolate com morango sabendo que ela gostava bastante. Quando saiu do banho, colocou uma camiseta larga e uma calça de moletom, preferindo ficar de pé descalços como gostava. Ainda no seu quarto, ela pôde sentir o aroma da comida que preparava, não se atreveria a negar que estava faminta.
— O cheiro está ótimo. — Ela se sentou na mesa, apoiando os cotovelos na madeira e esperando que a comida ficasse pronta.
— E você queria que eu fosse embora. — Ele retrucou, ainda de costas.
— Era a decisão mais sensata. — respondeu.
— Ainda é? — virou para , esperando uma resposta.
— Não. Eu to morrendo de fome, e com certeza não faria nada parecido. — Ela confessou. — Como ela está? — perguntou, se referindo à Kara.
— Foi um susto do caralho, mas está bem.
— Não era pra ela estar lá. — não conseguia aceitar que Kara era um dos alvos daquela noite. — Pela primeira vez achei que fosse morrer.
— Mas não morreu, você e Kara estão bem. Agora só precisamos saber quem está por trás disso.
— Devido aos últimos acontecimentos, podemos ter uma ideia. — concordou com a cabeça, ele sabia que a máfia de Chicago estava envolvida.
— Bom, vamos jantar agora. — Ele colocou dois pratos em cima da mesa e esperou que pegasse o dela para começar a comer. — Como está seu ombro?
— Doendo um pouco.
— Se continuar doendo, amanhã nós vamos ao hospital. — falava como se ele tivesse alguma obrigação com , ela não entendia porque ele fazia tudo aquilo por ela.
— Nós? Você não precisa ir. — Ela disse, colocando uma garfada na boca.
— Pipes. — O corpo de estremeceu ao ouvir ele chamá-la por seu apelido.
— Você só torna as coisas mais difíceis quando me chama assim. — Parecia que sua língua tinha vida própria quando estava com , não conseguia esconder nada dele.
— Que bom, porque não estou aqui para facilitar coisa alguma. — Ele sorriu, do jeito que ela não conseguia resistir. — E entenda de uma vez por todas, desde o momento em que você foi embora da boate, você continua fudendo com a minha cabeça. Seja como ou Piper O’Connell, eu não consegui te esquecer. Isso é o suficiente para entender que você é importante pra mim?
Aquilo era mais que o suficiente para , mas ela sabia das consequências que teria que arcar ao se entregar — mais uma vez — para . Entretanto, naquela noite, apenas por aquela noite, deixou a razão de lado e escutou seus sentimentos; mesmo que essa escolha lhe custasse um coração partido.
— Por muito tempo eu fui igual a você, . Achei que conseguiria resolver todos os problemas sozinhos e não me entreguei a ninguém. Mas quando você apareceu, eu sabia que estava ferrado. — continuou a falar, mesmo que já tivesse tomado sua decisão. Ela precisava dele.
— Você nunca esteve sozinho, . Sempre teve o Matteo ao seu lado, e agora tem a Kara. Eu perdi meu pai com dezessete anos, tive que me virar sozinha desde então. É difícil acreditar nas pessoas quando elas só começam a te tratar bem quando descobrem o seu sobrenome. Mas em todos os momentos que estive com você, eu nunca menti. Independente do nome que eu estava usando, você conheceu a verdadeira .
Aquela era uma parte da vida de que ela não costumava comentar, mas precisava mostrar que existiam motivos o suficientes para existir aquela marra toda. Era por isso que tinha construído uma muralha em torno de si mesma, a qual conseguiu desmontar tijolinho por tijolinho sem fazer esforço.
— E sabe qual a pior parte de tudo isso? — Ela respirou fundo, estava prestes a jogar tudo pro alto. — Enquanto um filho da puta tentava me matar, você era a única pessoa que estava na minha cabeça.
despejava cada palavra tão rápido que nem percebeu quando deu a volta na mesa, ficando ao seu lado. Ele queria ouvir tudo aquilo, do mesmo jeito que ela queria ter tido tudo aquilo meses atrás, quando deveria ter se permitido viver ao lado de . O destino gostava de brincar com , uma policial do oeste apaixonada por um Consigliere da máfia italiana instalada em Las Vegas. Seria cômico se não fosse trágico.
— Quando eu soube o que estava acontecendo, eu só queria pegar aquele bastardo e acabar com a raça dele. Mas quando eu te vi mais cedo, entendi que a minha maior vontade era de ter nos meus braços de novo. Então, , se você quiser que eu vá emb...
— Eu não quero. — Ela sabia que tinha perdido toda a compostura com . E sabia que era essa a resposta que ele queria ouvir quando seus olhos brilharam.
acabou com toda e qualquer distância entre seus lábios. O choque quando suas bocas se encostaram foi instantâneo em ambos, o sabor de suas línguas se chocante uma contra a outra aproveitando para explorar tudo que tinham direito era melhor do que eles lembravam. Ambos se questionavam como conseguiriam ficar tanto tempo sem aquilo. E, mais uma vez, sabia que estava fudida.

You only love me in the fade out
You only call me when no one's around
You only want me when the lights are down
You only love me in the fade out
.




FIM



Nota da autora: Olá, eu espero que tenham gostado, eu amei escrever essa oneshot. Se quiser conhecer mais das minhas histórias, vou deixar aqui meu grupo no fb.
É isso, até a próxima <3





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