13. Since I Don't Have You

Finalizada

Capítulo Único

I don't have plans and schemes, and I don't have hopes and dreams

– Vamos, me incentivava a continuar correndo. – Força amor, faltam só mais dois quarteirões. – olhei pra seu corpo, mesmo vestida com sua roupa de malhar, seus cabelos presos num rabo de cavalo, ela continuava linda.
– Não dá, – parei. Inclinei meu corpo para frente colocando as mãos nos joelhos. Fazia 30 minutos que estávamos correndo e meu corpo já não aguentava mais nada. O ar parecia escasso, meu peito subia e descia sem controle algum. – Estou um caco – ela riu da minha cara.
– Você é um fraco, isso sim – fiz minha melhor expressão de indignado.
– Ah é? Agora você vai ver quem é o fraco – fiz menção de pegá-la e ela começou a correr feito louca pela rua mefazendo esquecer o cansaço e correr atrás dela. Ficamos nessa brincadeira até chegamos em frente ao nosso apartamento. parou bruscamente, deixando com que eu a segurasse por trás pela cintura. – Te peguei – eu disse ofegando.
– Eu que deixei você me pegar, . – me deu língua como uma criança, quando faz birra.
– Você é uma boba sabia disso? – beijei seu pescoço notando seus cabelos da nuca arrepiar. – Acho que to levando uma vida muito sedentária.
– Concordo, senhor – ela brincou se virando nos meus braços para ficar de frente pra mim. Colocou os braços ao redor do meu pescoço. – Sabe o que eu acho também? – balancei a cabeça. – Que você trabalha demais.
– Isso é uma coisa que não posso negar, meu bem – beijei a ponta do seu nariz.
– E você concorda assim, de boa? – perguntou brava.
– E você queria que eu dissesse o quê? Não posso abrir mão do meu trabalho, . – beijei sua bochecha.
– Eu sei, . É que você anda tão cansado, sem tempo e disposição pra tanta coisa. Me preocupo com você. – ela fez um biquinho fofo nos lábios, me deixando com vontade de mordê-los.
– Te entendo, meu amor. Fico feliz por ter alguém que se preocupa comigo. – roçei meus lábios nos dela, tentando acalmá-la.
– Eu sempre me preocuparei com você, . Afinal é pra isso que serve as mulheres não?! – gargalhei da expressão fofa que ela tinha na cara.
– Obrigado por me suportar e ser tão compreensiva comigo, meu bem – parei de provocá-la e enfim deixei com que nossas línguas se tocassem. Um beijo calmo, lento e cheio de sentimentos. Ali diante de mim, entre os meus braços, estava a mulher que eu amaria para todo sempre.

And I don't have fond desires, and I don't have happy hours

– Ei, o que você tá fazendo? – me encarou com os olhos ligeiramente arregalados.
– Nada – ela balançou a cabeça negado ao mesmo tempo em que dizia.
– Como nada, ?– olhei para suas mãos, ao qual ela escondia atrás das costas. Só pela sua cara de medo, eu já sabia o que era. – Vamos, me dê isso aqui. – estendi minha mão para que ela depositasse seu pequeno delito.
– O quê? Mais com... – suas palavras morreram quando a encarei seriamente. Ela sabia que eu não gostava quando ela mexia nas minhas coisas. Mesmo morando juntos há 5 anos, eu não conseguia aturar certo tipo de atitude infantil que ela tinha. – Ok. Você venceu. – colocou nas minhas mãos meu pendrive. Eu sei que era um objeto simples e aparentemente sem valor. Só que nele continha muita coisa do meu trabalho ao qual eu não poderia perder. Certa vez ela o formatou e apagou tudo, fiquei desesperado. Graças a Deus eu consegui um programa que me ajudou a recuperar arquivos importantes.
– Você sabe como fico quando isso acontece não é? – encarei seus olhos . – Que isso não se repita. – sair da sala em direção ao nosso quarto. Eu estava tão exausto de mais um dia cansativo na empresa. Afrouxei a gravata, jogando-a na cama, sentei na mesma e logo tirei meus sapatos junto com as meias. Enquanto me despia por completo, entrei no banheiro para poder me limpar de toda sujeira que havia nas ruas de Londres. Passei o sabonete por todo meu corpo, lavei rapidamente meus cabelos e logo sair do banho me sentindo muito mais relaxado. estava sentada na ponta da cama com o olhar fixo em algum ponto. Logo não notou minha presença. Vesti uma samba calção, calça do pijama e ia saindo do quarto quando sua voz baixa me despertou.
– Se você fosse menos egoísta, não brigaríamos todos os dias. – olhei para ela que mantinha sua cabeça baixa. Seus olhos ainda estavam fixos no chão. – O que um abjeto tão simples e sem valor, mudaria na sua vida? Eu estou tão cansada disso, . – meu corpo gelou ao notar que sua voz estava rouca, como se estivesse chorando. Eu não suportava vê-la chorar, odiava mais ainda o fato de ser eu o causador do seu choro.
, por favor. – pedi calmo. Não queria que uma coisa tão pequena, causasse uma briga sem fundamento. – Me desculpe, tudo bem? Eu sei que errei por ter sido tão grosso com você. – ela olhou para mim demonstrando sua surpresa com a minha atitude. – Eu tive um dia cansativo no trabalho, e acabei descontando em você. – esperei uma resposta que não veio. Ela ainda estava boquiaberta com a minha reação diferente. Até eu estava chocado com a forma que cancelei uma briga com ela. Sempre brigávamos por tudo e nada ao mesmo tempo.
– Você é tão idiota, . – murmurou rindo sem humor – Às vezes eu me pergunto o que foi que vi em você para me apaixonar tanto. – meus lábios se curvaram num sorriso bobo.
– Acho que não tinha como você resistir ao meu charme. – pisquei para ela, fazendo-a rir de forma infantil. – Me desculpe de novo, ok? Prometo não descontar minhas frustrações em você nunca mais. – ela balançou a cabeça e eu me aproximei para poder beijá-la. Abaixei diante dela e segurei em seu queixo com carinho.
– Nem tente usar seu charme de novo. – falou rindo, tentando se esquivar dos meus lábios. Segurei de forma firme no seu rosto.
– Nem tente me impedi de te beijar aqui. – encostei nossos lábios, roçando-os de leve, para enfim pedi passagem passando minha língua sobre sua boca delicada e senti-la ceder a minha investida. Senti sua língua na minha, era como está no céu, flutuando em meio a nuvens de algodão doce, e provando do melhor mel do mundo. Suas mãos automaticamente segurou meus cabelos e os puxou, ato esse que me fez querer aprofundar nosso beijo, para fazer as pazes na cama. Enquanto eu sentia sua boca na minha; meu peito batia mais depressa e meu corpo se arrepiava. Sempre fora assim, toda vez que eu a beijava, parecia que era a nossa primeira vez. Quando senti que precisávamos respirar, afastei nossas bocas, roçando meu nariz na sua bochecha, só para sentir seu maravilhoso aroma. Ela tinha um cheiro tão bom; cheirava a chocolate com baunilha. era tão linda! Tinha seus cabelos , seus olhos eram de um verde bem vivo, seu rosto fino e infantil. Eu adorava as sardas que enfeitavam suas bochechas e nariz.
– O que foi? – ela perguntou enquanto passava seus dedos entre os fios dos meus cabelos, fazendo um carinho gostoso.
– Nada. É só que, você é tão linda – desviou os olhos dos meus, envergonhada. – Eu adoro quando suas bochechas ficam dessa cor – coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da sua orelha. – Te amo! – eu disse roçando nossos lábios outra vez.
– Eu também! – ela juntou nossos lábios num outro beijo lento e carinhoso. Tudo nela me fazia suspirar. Eu, não acreditava na sorte que tinha ao encontrá-la e fazê-la parte da minha vida. Uma mulher doce, companheira, amiga pra todas as horas, carinhosa, linda e a minha .

Happiness and I guess I never will again Estávamos sentados num dos restaurantes favoritos de . Seu pai havia nos convidado para jantar já que estava em Londres a trabalho por alguns dias. Apertei sua mão que batia os dedos nervosamente em cima da mesa, lhe passando um pouco da minha calma e segurança. Não que ela não gostasse de seu pai, apenas nunca se deu bem com a nova mulher dele, que na visão de , só queria tirar todo o seu dinheiro. Kate, era 20 anos mais nova que o senhor . Uma mulher extravagante, falsa e trambiqueira; só o senhor que não enxergava os defeitos da esposa.
– Olha, seu pai chegou – apontei para a entrada do restaurante onde o senhor entrava todo elegante, vestido no seu paletó super caro. me olhou apreensiva, no seu olhar eu podia ler " vamos dar o fora daqui enquanto ainda temos tempo ". Fiquei tentado a gargalhar da sua expressão de pânico.
– Boa noite. – Senhor desejou ao se aproximar da nossa mesa. Ficamos de pé rapidamente. Cruzei meus dedos da mão com a de , ela apertou tão forte que eu achei que fosse sair dali sem mão.
– Senhor – usei a mão livre para o cumprimentar.
– Senhor , como andam as coisas? – ele me perguntou simpático.
– Bem, na medida do possível senhor.
– Ora, pare de me chamar de senhor, meu rapaz. Nem sou tão velho assim. – sorrir amigavelmente para ele.
– Tudo bem, Peter. – dessa vez ele me pareceu feliz.
– Querida – ele se dirigiu até , dando um beijo em sua testa.
– Papai – ela o abraçou de leve. – Kate, como vai querida? – seu falso tom doce só eu conhecia pelo visto.
– Ah. Oi . – fez pouco caso da enteada, dando um beijo de cada lado da sua bochecha. Senti os olhos de Kate me examinar de cima a baixo como se eu fosse alguma obra de exposição. – , continua lindo, querido. – me limitei a retribuir seu sorriso. me olhou feio. 'O que eu fiz agora?" fiquei tentado a me aproximar mais dela e lhe perguntar. Me sentei ao lado da minha noiva para não ter briga, só que Kate sentou ao meu lado e o senhor do lado dela. Os olhos de faiscaram de raiva ao ver sua madrasta tentando puxar assunto comigo.
– Como anda o musical, ? – ah. Graças ao senhor Peter aquele jantar não estava perdido.
– As coisas estão fluindo, papai. Semana que vem eu já me apresento como violinista principal. Estou tão ansiosa. – ela sorriu, aquele sorriso que deixava qualquer um de quatro por ela.
– Que bom, minha filha. Fico triste por não estar mais aqui semana que vem. Mas lhe desejo sorte. – Sr. sorriu terno para ela. Eu sabia o quanto ele amava , afinal ela perdeu a mãe muito cedo e só lhe restou o pai, que criou sozinho uma filha mulher. Por isso que agora ele arranja tantas mulheres jovens para lhe preencher o vazio da solidão. nasceu em Nova York, e se mudou para Londres há 7 anos, deixando o senhor sem nenhuma companhia feminina por perto. Quando eu a conheci, ela morava com uma amiga.
– Obrigado, papai. – apertou a mão do pai por cima da mesa.
Quando o jantar chegou, comemos em meio a vários assuntos aleatórios. Volta e meia Kate tentava roçar sua mão na minha perna por debaixo da mesa. Eu não acreditava no quanto ela podia ser falsa e escrota. O pai de não merecia isso, mas eu aposto que ele já sabe quem ela é de fato.

Já na saída do restaurante, quando seu pai e madrasta foram embora, virou seu olhar acusador na minha direção:
– O que foi? – perguntei logo antes que brigássemos na rua sem eu nem saber o porque.
– Aquela vadia nem tentou esconder. Ela parecia que ia te devorar com os olhos. – prendi um riso mordendo meu lábio inferior. – Se eu pudesse teria pulado no pescoço dela, apertado até ela parar de respirar – continuei em silêncio, sabia que isso irritaria ela.– Eu não sei porque meu pai ainda é casado com aquele projeto de biscate. – dessa vez eu não me aguentei e soltei uma gargalhada alta, fazendo com que ela me olhasse feio. – Você não prestou um pingo de atenção no que eu disse, ? – continuei rindo alto. – . – gritou. Parei um pouco e olhei nos seus olhos, balançou a cabeça, e saiu andando apressada na frente.
Merda!
Merda!
Corri atrás dela o mais rápido que consegui. Ao lhe alcançar, segurei no seu braço forçando ela a parar.
, foi uma brincadeira, meu amor – ela continuou de costas. – Você tem que aprender a se controlar. Nunca, jamais, eu olharia pra mulher de seu pai. Mesmo que ela não fosse, eu só tenho olhos para você. – passei a mão no meu cabelo. Eu odiava quando ela me fazia de cachorro ou fingia que não escutava o que falava. – Merda , olhe para mim. – puxei seu braço bruscamente, fazendo-a virar de frente pra mim.
– Não é bom? – perguntou. Franzi a testa sem compreender. – deixar as pessoas falando sozinha . Foi isso o que você fez comigo agora a pouco. – abrir a boca incrédulo com sua infantilidade.
– Por Deus, . Você percebe o quanto isso é infantil?
– Por que quando sou eu fazendo ou falando, você fala que é "infantilidade"? Então somos duas crianças que brigam por besteiras, . – me aproximei dela.
Merda! Eu era um otário.
Merda! Eu era um completamente, idiota e apaixonado por aquela mulher.
– Me desculpe, meu anjo – pedi, passando meus dedos na sua bochecha. – Vamos parar com isso, ok? – ela concordou com um aceno de cabeça. A abracei pela cintura, com ela colocando seus braços ao redor do meu pescoço.
– Eu sou uma boba às vezes, né? – perguntou depois de um tempo presos somente naquele abraço, no meio do estacionamento do restaurante.
– Às vezes – eu disse fazendo ela rir.
– Eu te amo tanto, – meu corpo inteiro se arrepiou. Tentei responder, mas a única forma que consegui foi: beijando sua boca, demonstrando naquele ato todo o sentimento que eu sentia por ela.

Yeah, we're fucked

Acordei com a respiração rápida de e logo me virei para encará-la sentada e com os olhos marejados.
– O que foi? – indaguei preocupado com a sua aparência. Seus olhos estavam tristes.
– Me abraça – ela se jogou em meus braços me apertando levemente. Retribuir seu abraço com a mesma força.
– Quer me contar? – perguntei enquanto começava a fazer um carinho em seus cabelos.
– Foi apenas um sonho ruim, uma bobagem.
– Deve ter sido pela péssima comida do jantar. – Comentei sobre a comida mais ou menos que tentei fazer pra gente. Ela deu uma leve risada.
– Talvez... – brincou. Continuei com o carinho em seus cabelos enquanto ela se apertava ainda mais contra mim, eu sabia que ela não iria dormir novamente tão fácil. Inclinei sua cabeça para trás e depositei um leve beijo em seus lábios quentes. Queria poder fazer ela esquecer o pesadelo que teve. Pela sua expressão assustada, eu jurava que seria algo muito ruim. Senti meu peito se apertar ao imaginar o que poderia ter deixado minha com tanto medo.
Aprofundei mais o beijo, sentido ela estremecer nos meus braços. Meus dedos percorreram a minha camisa que ela usava, desabotoando lentamente enquanto descia meus beijos pelo seu pescoço e parei por um momento, erguendo meu tronco e colocando minhas mãos em seus ombros empurrando para trás aquele tecido que cobria sua pele sedosa, meu sangue corria rápido enquanto eu imaginava o que iria fazer com ela. Passei minhas mãos por todo o seu corpo, admirando e guardando cada detalhe em minha mente, por algum motivo eu queria observá-la ali nua e se entregando a mim, talvez fosse apenas a vontade de fazê-la esquecer o sonho ruim. Seus olhos se encontram com os meus e ela deu um leve sorriso, aquele sorriso que conseguia me levar para o céu e o inferno no mesmo instante.
– Vai ficar só me encarando? – ela perguntou enquanto abria as pernas para mim. Minha expressão ficou séria, não havia nenhuma quebra de conexão, da corrente que começava a nos rodear, eu fui me aproximando aos poucos do seu corpo, segurando meu peso em meus braços, parei a centímetros do seu rosto olhando-a no fundo dos olhos brilhantes e ansiosos, ela ondulava o corpo contra o meu, elevava e abaixava o quadril contra a minha ereção que se formava rapidamente. Era tão prazeroso vê-la daquela forma e por algum motivo eu queria que durasse mais tempo dessa vez, sorri de lado ao perceber que suas mãos puxava minha camiseta, me ergui e a tirei logo e me abaixei diretamente para o meio de suas pernas, Minha língua percorreu toda a sua extensão e voltou para circular a sua entrada, fiz esse movimento repetidas vezes, ouvindo seus gemidos baixinhos, minha língua adentrou a sua intimidade e soltou um suspiro alto. Suas mãos agarraram meus ombros, me arranhando levemente com as suas unhas, eu a assoprei com o meu hálito gelado naquele ponto sensível e inchado no meio da sua carne rosada, seu corpo arrepiou por inteiro. Era fantástico a forma que seu corpo tremia, arrepiava sobre meu toque. Continuei explorando sua intimidade com a minha língua, até senti todo o seu prazer ser sugado e provado pela minha boca. O seu gosto era como o vinho dos deuses, doce e afrodisíaco.
Subi minha boca pela sua barriga, beijando cada canto daquele maravilhoso corpo, ela ainda tremia por causa do orgasmo de alguns segundos atrás.
Beijei seus lábios outra vez. Mais uma vez intensificando nosso beijo. Quando dei por mim, estava com o seu corpo por cima do meu, rebolando sua intimidade na minha cueca. Meu membro já se encontrava rígido e pronto para fazê-la gritar de prazer e todo resquício do sonho que ela tivera sendo esquecido completamente. Rapidamente consegui tirar minha boxer, invertendo as posições e ficando por cima dela. Passei meu nariz na sua bochecha aspirando seu cheiro com força, desci para o seu pescoço onde chupei, passei minha língua ali, subindo para beijá-la na boca enquanto a penetrava lentamente. soltou um longo suspiro ao senti meu membro entrando cada vez mais fundo dentro de si. Comecei a entrar e sair devagarinho, aos poucos aumentei a velocidade fazendo-a gritar alto. Seus dedos apertando minhas costas, suas unhas me arranhando, me machucado; eu não me importava, o que eu mais queria naquele momento era da tudo de mim para curá-la, resgatá-la das sombras de seu pesadelo. Aos poucos fui sentindo ela estremecer, seu corpo arqueava em baixo do meu, sua intimidade me apertando, me puxando pra fundo. Eu me afoguei mais e mais no meio de suas pernas. Nosso suor se misturando, estávamos nos tornando um só. Ela gemeu alto quando atingiu seu clímax, fazendo com que o meu viesse junto. Afundei meu rosto na curvatura do seu pescoço, e me deixei ir também, para o fundo do abismo, com a mulher que eu amaria por toda a eternidade.

I don't have love to share, and I don't have one who cares.

Eu tinha acabado de sair da minha terceira reunião do dia quando minha secretária entra apressada na minha sala.
– Sr. , preciso falar com o senhor urgentemente. – levanto meus olhos dos papéis que estavam nas minhas mãos para encará-la assustado.
– Aconteceu algo, senhorita Lilian? – perguntei ainda preocupado com as suas feições.
– Senhor, não sei se lembra, mas me pediu para avisar quando tivesse algum assunto urgente fora da empresa para resolver. – tentei clarear a mente pra lembrar algo que aconteceria naquele dia.
– Não me recordo de nada em especial para hoje, Lilian. – ela piscou os olhos parecendo confusa e decepcionada.
– Perdão senhor, mas hoje é o musical da sua noiva. – arregalei os meus olhos rapidamente.
Merda! A me mataria.
– Que horas começa, Lilian? – perguntei já me colocando de pé.
– Já começou a meia hora – caralho. Eu estava literalmente lascado. Como eu pude esquecer de algo tão importante para ela? Se eu não chegasse a tempo, jamais seria perdoado. Sair da minha sala colocando o paletó de qualquer jeito no corpo. Entrei no carro dando ré, pisei do acelerador e dirigir a toda velocidade que consegui. Não importava se eu seria multado, nada naquele momento me pareceu mais importante do quer chegar em tempo e assisti pelo menos o final da apresentação da minha .
Volta e meia eu olhava o relógio do carro, as horas passavam feito flecha, e o trânsito daquele final de tarde não estava colaborando em nada. Uma chuva fraca começou a cair, deixando a avenida escura, o solo estava ficando escorregadio, e meu peito começou a doer. Um desconforto enorme.
Quando enfim consegui chegar ao lugar onde aconteceria a apresentação, senti um arrepio estranho atingi meu corpo, comecei a suar mesmo sem está sentindo qualquer tipo de calor. Ignorei todas as sensações ruins. Olhei para a entrada do lugar que se encontrava cheia de pessoas. "Talvez elas quisessem entrar para assisti o show." Me aproximei rapidamente da bilheteria e perguntei se o show já tinha sido finalizado, o atendente disse que sim, as pessoas estavam saindo do espaço aos poucos.
Tremi, com um arrepio involuntário que me atingiu. Pensei em entrar e tentar me explicar para a , não queria ela magoada comigo. Eu não saberia viver com a tristeza de que, sem querer, a machuquei.
Assim que pisei na porta de entrada do camarim, ela me olhou e baixou os olhos. Juro que o brilho que eu vi ali congelaria um coração de fogo.
? – chamei. Minha voz saiu completamente desesperada.
– Nem ouse chegar perto de mim – ergueu as mãos pedindo para que eu não desse mais nenhum passo em sua direção. Parei a poucos centímetros de distância dela.
– Me perdoa, por favor? – supliquei desesperado. – Eu tive três reuniões hoje, me perdi completamente. E quando eu estava vindo para cá, o trânsito tava um inferno. Por favor, me perdoe. – mais uma vez aquele sentimento ruim me atingiu em cheio.
– Você sempre inventa uma desculpinha, né? – riu irônica. – Pra mim chega, . Acabou. – hã? Minha mente parecia que havia dado um nó.
– O que você tá querendo dizer, ? – esfreguei as mãos no me rosto. As lágrimas querendo descer dos meus olhos. Claro que eu não iria chorar ali, na frente dela.
– Eu resolvi que vou passar um tempo em Nova York, espairecer as ideias. – Deus.
– Você tá me deixando? – falei mais pra mim do quê pra ela ouvir.
– Não, claro que não. Eu só, eu só... Preciso pensar um pouco.
– Por Deus, não faça isso comigo. – encarei seus olhos que tanto amava. Deles saíam lágrimas descontroladas. Eu não suportava vê-la chorar. Queria poder abraçá-la, confortá-la nos meus braços.
– Eu preciso ir. Meu voo sai daqui a duas horas – me apressei em segurar no seu braço, fazendo ela me olhar nos olhos.
– Eu te amo – sussurrei. – Eu te amo.
– Eu sei, , eu também. Só que precisamos desse tempo. É só alguns dias. – colei meu corpo ao dela.
– Não é só uns dias, . Você bem sabe disso. Podemos conversar civilizadamente quando estivermos mais calmos. Não vá. – seus olhos brilhavam tanto. E aquela vontade de chorar voltou com mais força. Funguei.
– Preciso ir – se inclinou e plantou um beijo terno na minha bochecha. Fiquei ali parado vendo a mulher que eu tanto amava sair da minha vida por uns dias, meses, anos e quem sabe para sempre.
Quando dei por mim, eu já tava correndo atrás dela. Cheguei à portaria a tempo de vê-la entrar no táxi. Gritei, corri mais um pouco e foi quando o meu mundo perdeu o chão. Um carro veio na contra mão e atingiu o carro que ela estava em cheio. Um grito mudo saiu da minha boca, prendi a respiração e sair em disparada na direção do carro. A batida tinha sido feia. Olhei para dentro do carro e seu olhar quase fechado se encontrou com o meu. Da sua boca, palavras que eu não podia ouvir, mais li o movimento dos seus lábios que diziam: Eu amo você!
Cair de joelhos no chão, gritando por ajuda. E então eu não vi mais os seus olhos que eu tanto amava.
Ali naquele momento, eu soube, eu descobrir que eu a tinha perdido para sempre.

I don't have anything.
Since I don't have you ...


– Nossa cara. Que história triste. – o barmen me olhava com cara de pena. – Eu sinto muito pela sua garota. – bebi mais um gole do meu whisky puro, sentido minha garganta arder.
– E quer saber o que mais me magoou? – ele afirmou com a cabeça. – Ela estava esperando um filho meu. 1 mês de gestação. Quando ela pretendia me contar? – perguntei. Minha voz saia totalmente bêbada e sem sentido.
– Talvez ela fosse te contar naquela noite – ele disse. Comprimo meus lábios numa linha reta, tentando esconder o quanto tremia. Mas na verdade eu estava tentando não chorar.
– É. – foi a única palavra que eu consegui dizer.
– Quanto tempo faz que ela se foi? – ele perguntou apertando meu ombro, me passando força, uma força a qual eu tinha a dois anos.
– Hoje faz dois anos que a morreu – digo baixo. Só de lembrar, meu olho arde, meu coração se aperta e eu prendo a respiração para não respirar rápido demais.
Ele faz uma expressão triste, e eu me levanto meio tonto da cadeira.
– Preciso ir, cara – deixo duas notas de 50 libras em cima do balcão e saio em direção a mais um dia sem ela. Quando me vejo fora do bar, as lágrimas descem livremente pelo rosto. Olho para o céu cinza da noite e me pergunto até quando irei aguentar viver num mundo, um mundo onde o amor da sua vida, a sua pedra preciosa e o seu talismã não exista mais...
Nada faz mais sentindo, se eu não tiver você aqui comigo ...

I don't have anything.
Since I don't have you ...


FIM



Nota da autora: Eu confesso, que chorei escrevendo essa história. É pequena, mais todo o enredo me deixou com o coração partido. E eu fiquei: Será que mato mesmo a pp? Foi difícil, mas eu consegui e fiquei feliz com o desfecho final da fic. Espero que assim como eu, vocês também tenham curtido e chorado. Hahahaha Obrigado aos meus amores, Summer, Jubs, Louise e Kel por lerem e opinarem em tudo que escrevo. Meu carinho por vocês é sem tamanho. <3

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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