FFOBS - 13. Dreams, por Mariana D.

“Paris, França, março, 1976.

Acho que evitei o clichê: segurei minha própria mão ao longo da Champs-Élysées e tomei sozinho uma garrafa de vinho chique, ao som de violoncelos, numa mesa para dois. O vinho era bom. A música? Nem tanto. Você sabe, eu nunca, realmente, gostei da França, mas parece um lugar realmente fascinante para os bobos. É uma promessa interessante. Siga o meu pensamento: a jura de uma cidade luz; o cerne físico do amor no imaginário planetário; o lugar onde todo silêncio é apaixonante. Se me permite, uma completa ilusão para um cético, como eu. As pessoas fedem, os pratos são impronunciáveis, a aversão ao extrangeiro é imensa e, se você não estiver apaixonado, você não é ninguém.
Não sou de ferro. Por várias vezes, imaginei você comigo. Não por estar aqui, mas porque não há um dia em que não o faça. Antiquado ou não, ainda sonho com você. Pode rir! Eu sei que é muita tolice da minha parte, mas foge do meu controle. Você sempre foi mais esperta que eu. Sempre notou as singularidades arquitetônicas dos grandes monumentos, as especificidades históricas, os detalhes e os pequenos erros. Por isso, acho que deveria estar aqui: a Torre Eiffel é uma piada, . Um amontoado de metal sem o mínimo propósito, além de transmissão de rádio. É impressionante, entretanto, por ter sido construída em 1889. Não impressionante como as pirâmides do Egito, mas suficientemente impressionante. Você vai ao Egito em breve? Soube que os ingleses planejam uma missão para lá em prol de acordos comerciais. Se possível, me mande um postal! Parece uma ótima lembrança.
Voltando ao propósito inicial, eu escrevi esta carta em um bistrô — escolhi o único em que haviam pessoas sozinhas, já que eu estava começando a me irritar com a alta densidade de casais em toda parte — e acabei de ver uma cena que me lembrou você, por isso, comecei a escrever. Havia essa moça, juro que com um nariz igual ao seu, sentada sozinha num banco em frente a uma floricultura. Ela começou a escrever uma carta em um papel marrom, que sei que é seu favorito. Estou enviando um maço junto com este envelope. Em primeira instância, a ânsia de vômito me preencheu por completo. Só poderia ser uma carta de amor, pensei. Então ela, silenciosamente e sem esparro, iniciou um choro leve, manchando a folha. Sentir solidão em Paris já é ruim o suficiente. Sentir dor deve ser... Excruciante.
Eu sei, , nós tentamos. Nós insistimos em lutar para sobreviver, numa mentira que não duraria mais que o pouco que, de fato, durou. Só quero que saiba que não sofro mais e que entendo que era impossível. Eu me conformo com o pouco que tivemos, porque foi totalmente sincero — não adianta negar, eu sentia em cada célula do meu corpo — e totalmente nosso. Eu sei que acabou, mas deixe-se imaginar, pelos olhos de um turista triste em Paris, assim como os meus, que devanearam sobre o choro da garota, nós dois.



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“Salisbúria, Rodésia do Sul, abril, 1976.


Além de você, apenas minhas tias me chamam de . Ler isto é algo que me faz sorrir sem custo, obrigada. O mundo ao meu redor não é tão belo quanto o seu. A tensão aqui corre por debaixo dos panos. Só a sente quem a compreende. O machismo é imenso por estas bandas, mas o medo é maior. Quando me perguntam quem sou, preferiria dizer que sou uma turista, como a maioria dos transeuntes nas ruas parisienses, e não uma diplomata a mando da Coroa Inglesa. Apenas a menção ao nome da rainha causa um desconforto visível nas figuras do poder, o que torna meu trabalho aqui muito mais difícil.
Acabei de rir sozinha, lembrando-me, involuntariamente, do seu rosto zangado quando me encontrava falando sobre trabalho durante as folgas. Em respeito a isso, mudarei o assunto, como sempre fiz. Sabia que nunca fui à França? Visitei a Alemanha Oriental, a União Soviética e até a China, mas nunca pisei em, ou mesmo sobrevoei, território gaulês. Na minha imaginação, as ruas cheiram como bagueteses, e bigodes e blusas listradas, assim como boinas, são obrigatórios. Não poderia ser mais clichê, ou estereotipado, eu sei.
Nunca entendi o porquê de você ter aprendido francês, se nunca pretendeu utilizá-lo, a propósito. Você tem sotaque? Como é escutar o sotaque quase que internacionalizado da cidade luz? Eles realmente falam cantando? Aposto que sim e aposto que isso te deixa raivoso. “Por que o biquinho para falar? Será que eles carregam algo em suas bocas que não podem deixar cair?” Suas palavras, , não minhas, ditas com rosto vermelho de raiva — uma fofura, diga-se de passagem. Você chegou a encontrar algum artista? Algum pintor pelas ruas que te acendeu uma lâmpada sobre a cabeça? Você sempre teve um olho bom para grandes talentos, mesmo que um tanto brutos. Seguirei para a Holanda, próximo mês e, caso finalize as reuniões sem contratempos, estarei no Egito, antes do final de julho. Espero que em tempo para ver as festividades do Ano Novo.
, imaginar nós dois juntos é a peça mais desonesta e constante que meu cérebro prega em mim. Peça que tento evitar a todo custo e que você deveria também. Tudo que tivemos foi real e honesto por ambas as partes. Eu sentia. Pedir um fim me dilacerou por completo, e você sabe, mas era simplesmente inviável. Como manter uma relação na qual os participantes estão em lados opostos do mundo? E sempre se mudando? Mesmo quando a Espanha era nossa casa, estar com você era raríssimo, e isso não era culpa de ninguém. Melhor evitarmos que esse sofrimento se repita.
Do que pode ser o futuro país de “Zimbábue”, caso as coisas corram em paz, te escrevo.



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“Geórgia, Estados Unidos, junho, 1976.


É sempre uma alegria te fazer sorrir, . Sobre o francês: meu sotaque pareceu convencer, mas quem é você para falar de sotaques, senhora do interior da Inglaterra? Até hoje, sinto pena daquele pobre americano que tentou discutir com você e seus t's e r's. Poderia ter seguido, sem escutar que não era merecedor do léxico. A respeito de léxicos, a quarta mulher do meu pai era nascida em Nantes, não dominava bem o Espanhol e, cá entre nós, não era muito esperta para aprender uma nova língua, então tive que aprender para tentar viver em harmonia com ela.
Andei pela cidade luz, com os olhos abertos para todo contra fluxo do romantismo, então tive oportunidades valiosas com artistas de rua. Conheci diversos músicos, mímicos (clichê, realmente), malabaristas e pintores. Dentre os gravuristas, um em especial me chamou atenção: chamava-se Émile, e não me recordo do sobrenome, mas suas pinturas eram diferentes de tudo que vi, até ali. Um abstracionismo ferrenho, intenso e até desconfortante, no qual, com certeza, apostaria meu próprio dinheiro. Ele me permitiu que revelasse uma polaroide dele com sua obra. Esta segue em anexo.
Lembrei-me de você, hoje, logo quando pisei na Geórgia. É até engraçado como quase tudo tem o potencial de me lembrar você — de folhas de papel pardo a estados. Manhãs de domingo não eram manhãs de domingo sem você me chamando de volta para a cama, enquanto cantarolava 'Georgia On My Mind', e isso não é algo fácil de se esquecer. Entretanto, esta cidade me faz querer pensar apenas no futuro. Atlanta não é, nem de longe, o polo tecnológico estadounidense, mas transpira tecnologia. O movimento hippie ainda é forte, e a adequação de tendências europeias também, mas o que se faz aqui é diferente de tudo o que já vi. Drogas são vistas como balas, mas o espírito rebelde e as bandas são, sem dúvida, de melhor qualidade! Música boa de verdade, sabe? Grandes grupos de rock nascem por todo o país, e tenho a leve impressão de que vão chegar a ofuscar o punk britânico.
Eu sei que você não acha palatável, ou, até mesmo, boa, a ideia de trocar cartas, porque acha que me cria falsas esperanças. Não, , não cria. Eu sei que você não vai voltar para mim, mas meu prazer em falar com você, mesmo que só uma vez a cada um ou dois meses, ainda é gigante. Não há por que se preocupar.



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“Cairo, Egito, agosto, 1976.


Você acredita que cheguei poucos dias após o Ano Novo? Ainda havia decoração pelas ruas. Infelizmente, minha viagem à Holanda demorou mais que o desejado e, ironicamente, não me rendeu os resultados esperados. Fiquei presa em intermináveis reuniões sobre a real necessidade dos acordos comerciais que fui firmar no consulado local e, apesar do apoio do parlamento, foi demorado e cansativo explicar as intenções da Coroa para representantes da mesma. Entretanto, foi compreensível, devido a questão de jurisdição. Resultado: Amsterdam não fez todas as crises de enxaqueca que os países baixos me causaram valerem a pena.
Já o Cairo, é maravilhoso. De longe, desbancando os moinhos decepcionantes que vi por toda parte! A própria geografia já é estonteante: entre as ilhas e margens do Nilo, limitada a sudoeste pela ruinas da capital anterior, Mênfis, e pela surreal cidade de Giza. A região em si apresenta marcas da história do mundo em cada esquina, já que foi invadida por diversos povos, como otomanos, mamelucos, britânicos e até por Napoleão Bonaparte, sendo território francês entre 1798 e 1801. Provavelmente, o mais próximo da França que chegarei em um bom tempo.
Viu como é fácil me lembrar de você? A mistura de culturas, a diversidade culinária, as pequenas peculiaridades comportamentais... Você amaria! Foram tantas coisas que me despertaram a atenção aqui que passei as últimas noites pensando em formas possíveis de me dividir em oito para conhecer tudo o que me encantou. Até então, nada, porém magia pareceu resolver meu impasse. Quem me dera passar o tempo que desperdicei na Holanda neste local, mas, infelizmente, minha visita é curta, sendo motivada pela apresentação de um só contrato. Caso tudo ocorra nos conformes, voltarei em janeiro para a finalização dos trâmites e já tenho tudo programado para não perder um segundo.
Sobre o postal que me pediu, não tive capacidade de escolher apenas um, então o enviarei 5 e espero que goste! Sobre meu sotaque, não sou passiva de avaliação. O inglês americano é, sim, uma versão desleixada, mal pronunciada e empobrecida do inglês britânico, e isso não é discutível. Por favor, não há nem margem para comparação! Sobre o futuro, esse parece estar chegando para todos. A tecnologia oriental, em meios de comunicação e engenharia, é de deixar qualquer ocidental atônito. No demais, nada ofuscará o punk britânico.
E, como diria Ray Charles, outros braços se estendem para mim, outros olhos sorriem ternamente, mas, ainda em pacíficos sonhos, eu vejo: a estrada leva de volta para você. Meu prazer em falar com você é imensurável, , assim como a alegria confusa de saber que, mesmo que de um modo diferente, ainda gosta de mim.
Ainda que de longe, você ainda me faz sorrir.



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"Rio de Janeiro, Brasil, outubro, 1976.


Por um dia, não foi setembro! , fissurada em doces como você é, tenho certeza de que amaria este país. Eles conseguem fazer doces com quase todas as coisas! Até agora, pude provar de banana, coco, abacaxi e até canela, fora outras frutas locais que ainda não sei pronunciar os nomes quanto mais escrever. Fui enviado a Brasília e posso afirmar que o ar é tão seco quanto se comenta em Portugal. Meu nariz sangrou por três vezes nos oito dias que permaneci no local, porém não posso negar o quão curioso é estar em uma cidade moderna planejada.
Meu papel como diplomata, aqui, não passou de uma mera sondagem, mas creio que o que absorvi é de grande utilidade para o governo espanhol. O país passa por uma ditadura militar, que, apesar de se diferir em diversos aspectos da recente Ditadura Franquista em minha terra, possui suas similaridades: o governo se faz onipresente, assim como a influência do falecido Francisco Franco se fazia. O uso da tortura, aqui, é recorrente e de domínio público. O povo sofre uma repressão pessoal e cultural que chega a me revirar o estômago, porém muitos se mostram apáticos a esta realidade. Lamentável, de fato.
Após minha breve visita à capital, pousei no Rio de Janeiro para meu real propósito aqui, além de constatar o quão quente este lugar realmente é. Em 23 de agosto, morreu o ex-presidente, Kubitschek, em um suspeito acidente automotivo em uma famosa avenida local — a comunidade internacional suspeita que o feito pode não ter sido lá tão acidental e que possa estar intimamente ligado ao regime vigente. No entanto, não posso compartilhar nada mais que isso em documento não oficial, por mais que confie em você.
Sonho em conhecer o Egito e amei — amei, de fato — os postais. Este ano, em tese, eu teria as festas de fim de ano livres, mas fui convidado, de última hora, para uma série de formalidades de inegável importância para minha carreira, ou seja, o Cairo ficará para uma próxima. Passarei o Natal em Florença, que é, relativamente, interessante, apesar de nada comparada a Roma, no famigerado Bernini Palace, o “centro da efervescência política italiana”, como dizem.
Pode se tranquilizar, pois seu lugar em meu coração nunca poderá ser apagado e a estrada para ele sempre será preferencialmente sua. Aposto que te fiz sorrir novamente e aposto que seu sorriso ainda é a coisa mais linda do mundo, já que, de mundo, eu entendo bem.



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"Varsóvia, Polônia, novembro, 1976.


Frio. Congelante, insípido, imperturbável e intransponível frio. Não sei se agradeço ao meu superior por ter me enviado a território polonês e não à China, ou o odeio por não ter me informado do atual frio que assola esta região. Juro a você que, nem durante meus tempos na União Soviética, me senti tão incapacitada por uma sensação térmica. Lembra-se do Marcel? Ele jantou conosco em 72, passou certo tempo viajando comigo e tem um cabelo loiro que, um dia, ainda deixará alguém cego. Ele foi o coitado designado à China. Você soube que Mao Tsé Tung morreu? Dia 9 de setembro? Boatos que Deng Xiaoping assumirá o poder e, se isso ocorrer, as coisas, de fato, ficarão realmente conturbadas.
Enquanto tento não congelar, divido meu tempo entre elaborar protocolos de mercado e analisar as consequências dos movimentos de junho de 1976, o que não torna minha estadia, nem um pouco, mais empolgante. Apesar do grande impacto das manifestações, cheguei tarde demais para vivenciar seus resultados imediatos. Visitei Radom e Plock, conversei com líderes dos movimentos, já que o governo não deu uma palavra, por alta intransigência e, pessoalmente, me senti mais uma jornalista que uma agente política. A parte boa foi que tive oportunidade de ouvir que as motivações foram maiores que só o aumento dos preços alimentícios. Cedo ou tarde, esse regime vai ruir, . O comunismo não deveria funcionar assim.
Tenho uma visita programada ao Brasil, em abril do próximo ano, questões de importação de commodities, então adoraria algumas indicações desses doces, porque, realmente, só penso neles desde que li sua carta. Hove um golpe na Argentina, em março deste ano. Por favor, tome cuidado com onde põe seu nariz. Genevive foi a Buenos Aires e afirmou que Jorge Videla só poderia ser o anticristo. Eu, particularmente, acredito nela.
Você vai estar na Itália para as festas? No Bernini de Florença? Eu não sei como o universo faz isso, ou porquê, mas eu também estarei lá. Podemos nos encontrar, certo? Por favor, não se meta em encrenca, até lá! Sinto saudade do seu rosto e gostaria muito de vê-lo inteiro. Sinto saudades suas.
Já aguardando ansiosamente por nosso encontro, .



***

"Quarto 502, Hotel Bernini Palace, Florence, Itália, 26 de dezembro de 1976.


Se há alguma coisa na vida que nunca imaginei que aconteceria, esta seria ela. Escrevo esta carta, enquanto te observo dormir — serena, sorridente e em paz —, e planejo deixar este envelope embaixo do seu travesseiro. Papel marrom, letra cursiva, caneta tinteiro preta e margens corretas — exatamente como você gosta.
Ontem à noite, minhas fantasias viraram realidade, e você disse a mim, enquanto dançavamos as músicas de Natal mais clichês já compostas, que me queria tanto quanto eu queria você. Se eu dissesse que isso nunca passou pela minha cabeça, definitivamente, estaria mentindo, pois, realmente, conjecturei o momento no qual nós nos encontraríamos novamente. Nenhuma dessas conjecturas, contudo, foi párea para a realidade. Amar você nunca deixou de me surpreender. Sempre foi como eletricidade correndo por minhas veias, mas, ontem, amar você foi uma surpresa e tanto. Quando nos encontramos, no dia 24, eu não podia imaginar que terminaríamos assim. Eu não percebi nada em seus olhos, além de choque, como se eu fosse um fantasma do passado — fantasma este que nunca pôde visualizar, nem nos mais loucos sonhos, como seria voltar a acordar ao seu lado. É maravilhoso. O jeito que você me beija funciona, hoje e, certamente, funcionará todas as vezes pelo resto de nossas vidas. Seus olhos, inocentes e faceiros, carregam tantas memórias que transbordam, e eu, definitivamente, prefiro que transbordem em mim. De fato, não vou me esquecer tão cedo de todos os segundos que passei ao seu lado nessa madrugada, e isso dificulta ainda mais a decisão que tomo agora.
Você disse, deitada em meu peito, que, se eu quisesse, poderíamos deixar a cidade esta noite e que o tempo passava rápido demais. E, realmente, passa, . Quatro anos atrás, eu fugiria com você, te levaria à Escócia e viraria professor de Espanhol. Se fizer um pouco de esforço, consigo imaginar uma casa modesta, em tons de marrom e verde, cinco filhos correndo pelo quintal e seu sorriso, enquanto escreve seu terceiro livro, sentada à mesa de jantar. Por mais tentadora que seja a ideia de te ver sorrir todas as manhãs pelo resto da vida, você e eu sabemos que não pode ser assim. Prender-nos a um único lugar nos mataria lentamente, porque nós dois não fomos feitos para isso.
Por mais que a sensação de ter seus lábios nos meus mais uma vez tenha sido a melhor coisa que já experimentei, não posso fazer isso com você e conosco. Eu não havia entendido, na primeira vez. Eu achava que o seu amor valia a espera — e vale, não me interprete mal —, mas, agora que você chegou, eu, finalmente, compreendi. Você não é algo para se contemplar. Você é algo para se abraçar e, como não posso fazê-lo, é meu dever te deixar ir. Eu nunca vou poder te fazer realmente feliz, , e, só agora, entendo isso. Às vezes, quando se queima rápido demais, não se sobra combustível. Às vezes, quando se esvaem todos os impecilhos e segredos, não se há vigor para queimar. Às vezes, e até mais que apenas só às vezes, o amor só existe na distância. Todos os dias, você acorda em um lugar diferente do mundo, e o mundo, ainda assim, é pequeno para você. Privar você dele faria mais mal que bem... Tanto a você quanto ao mundo.
Encontrar você aqui, neste fim de ano, foi o pior acerto da minha vida. As coisas, finalmente, ficaram claras para mim. Não quero te deixar confusa, , mas, como já dizia você, esse amor é inviável, e isso não é culpa de ninguém. Algumas pessoas foram feitas para se apaixonarem, mas não para ficarem juntas. Não quero gerar nenhum sofrimento, nem seu, nem meu, então, daqui em diante, melhor nos vermos apenas nos meus sonhos.
Eu te amo, .
Eu sempre vou te amar.





Fim



Nota da autora: (20/02/2018) Olá, seres humanos. Vou ter que assumir que fui meio relapsa com essa história, apesar de ter gasto muito tempo na escrita mesmo sendo curta. Escrevi na semana anterior devido a alguns percalços médicos e não sei se ficou boa, ou até suficiente, mas o que importa é que saiu kkkkk Demandou bastante pesquisa, o que eu pessoalmente amo, e espero que tenha agradado, principalmente devido a esse formato diferente, na perspectiva de cartas. Quando peguei essa música recebi algumas críticas, porque parece que muita gente a considera a pior do álbum (?). De todo modo, cá estamos nós, história contada, e eu realmente espero ter resinificado essa canção para os antagonistas.





Outras Fanfics:
Tenho mais 3 shortfics no site, caso alguém queira dar uma espiadinha:
— Cornerstone (Outros)
— Figure Out How To Love (Outros)
— 13. Let Me In (Ficstape do Olly Murs #60)
E, caso tudo dê certo, em breve, sairá 09. Sofa Song no ficstape do The Kooks.
Beijões!

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