Última atualização: 18/07/2015

Capítulo Único

"Sinceramente, ele é o cara mais metido de todo o colégio."
"Mas, amiga, você já viu os olhos dele? "
"Não, e nem quero."
"Pois devia. São tão que chega a doer!"
"Não vi, mas sabe quem já deve ter reparado? A mulher dele. E a filha também."
"Eu hein. Casado não é capado. E olhar não tira pedaço também."
"Com olhos bonitos, ou não, ele ainda é casado e nosso professor. E também, o babaca mais insuportável do colégio."
E foi assim que tudo começou. Foi com uma mensagem direta no Twitter enviado pela minha melhor amiga que minha vida girou de cabeça para baixo. Juro que antes de reparar o quão claro era o olho de , eu o apenas via como mais um professor em meio à multidão do Loyal Medium School. Se naquela época, eu soubesse onde tudo isso iria dar. Talvez eu tivesse reparado um pouco antes.
Bom, tudo realmente começou quando meu professor predileto resolver abandonar nossa turma para virar diretor em outra escola. , além de ser o melhor professor, ainda dava aula da melhor matéria: Física. Quando descobri que ele iria nos largar, quase entrei em depressão. Mas pior ainda foi descobrir que no lugar dele, entraria um professor completamente arrogante, metido e babaca. Seu nome? Retardado . No primeiro dia de aula, assim que ele pisou na sala, eu já senti meu sangue ferver. Sabe quando o santo não bate? Então.
O metido chegou na sala já querendo meter o terror com o seu discurso de que com ele, as coisas seriam diferentes. Que ele não iria dar moleza como um certo antigo professor fazia (isso mesmo, além de tudo, ele ainda falou mal do meu professor favorito) e que para tirar dez, você teria que suar muito. Vê se pode?
Enfim, não preciso nem falar que rapidamente ele se tornou o professor mais odiado da sala, né? Tudo bem que ainda tinha o grupo de, com perdão da palavra, putas frescas que se derretiam por aqueles músculos perfeitamente esculpidos.
No fim de todas as aulas dele, eu me juntava com meus amigos para zoar o babaca. Criávamos piadinhas com o fato dele parece o Hulk com barba e isso meio que virou um apelido às escondidas.
Ainda antes da DM de , eu meio que resolvi tirar o grandão do sério. Sabe como é, né? Adolescente adora deixar adulto sem graça. Enfim, alguns dias antes, eu havia descoberto que era viciado em um certo time de futebol. É que também, seu time havia perdido feio numa partida importante de final de campeonato. Pronto, esse foi meu ponta pé para zoar o grandão. Cheguei na sala, mais malandra que nunca, esperei com uma super cara de anjo a chegada do querido professor , em minha cadeira. Assim que ele chegou, fiz a cara mais séria possível e perguntei se ele gostava de futebol. Ao ouvir sua resposta positiva, o encarei contrariada antes de soltar uma piadinha qualquer sobre o time horrível no qual ele torcia e ouvir a sala inteira cair na gargalhada. Eu não era a comediante da classe, aliás, acho que ninguém era, mas bem que o Sr. Sou o Dono do mundo merecia alguém para enfrentar ele. Fosse de um jeito sério ou não.
Sabe, planos assim devem ser feitos com cautela, porque na maioria das vezes, as coisas não vão do jeito certo e você acaba casada com três filhos e um cachorro com o suposto motivo de ódio da sua vida. Eu já havia desmontado bad guys antes e isso não parecia nem um pouco complicado. Eu tinha certeza que seria só mais um. Talvez, o mais fácil.
Então era isso. Eu o faria me odiar. Eu seria a garota com quem ele sonha em prender numa jaula de leões. Era exatamente isso.
As piadinhas foram sendo plantadas ao pouco. A cada aula de , uma tirada era jogada. Ele sempre me olhava com aquela cara de "garota, eu posso foder a sua vida em dois minutos. Não me provoque!" e eu respondia com o sorriso mais cínico possível. Sim, eu sei. Isso é uma atitude super infantil, mas qual é? Estávamos falando do cara de 27 anos mais insuportável da história da galáxia. Ela merecia uma atitude infantil.

*****


O outono se aproximava e junto com ele, a semana de provas. Eu tinha a leve impressão que iria me dar bem em todas as matérias, menos física. Não sei porquê. Estava jogada na minha cama, assistindo um canal qualquer do YouTube, quando uma mensagem chegou. Era , minha, já dita, melhor amiga.
"E aí, cachorra? Preparada para as provas? "
"Estou preparada para qualquer coisa, amiga. Mas sinto que vou ser bombada em Física lol."
" Por que será, né? Não, espera. Acho que sei! Será que é porque a senhorita fica duvidando da inteligência, sexualidade e bom gosto do professor em plena sala de aula?"
"Talvez. Não sei. Não tenho certeza! Lol"
"Mas hein... falando no macho, já reparou o tamanho da bunda daquele professor?
"Oi? O.O É claro que não! E era para gente estar odiando ele, lembra?"
"Aí, puta. Eu sei, mas é que, com aquele corpinho, é impossível odiar tanto assim! "
"Eu não acho! Sinceramente, ele é o cara mais metido de todo o Colégio."

Depois daquela conversa com , me arrumei para dormir e não pude evitar de pensar no assunto assim que deitei minha cabeça no travesseiro. Juro que meu ódio inicial por foi tão grande que eu nem sequer tinha reparado a cor dos olhos do moço. Pensei nele até mais que gostaria, antes de finalmente dormir.
O dia da prova chegou. Eu já estava no meu lugar esperando o Prof. terminar de entregar os papéis na fileira ao lado. Ao se aproximar da minha mesa, ele fez que entregaria o papel, mas antes disse:
- Mas é ai? Hoje a fodona da sala não vai me zoar, não?
- Querido, não posso fazer uma coisa que a própria natureza já fez. Eu não fico zoando você. Só deixo tudo bem claro! - Tirei a prova de sua mão antes de soltar uma piscadela. Juro que tentei evitar, mas não pude deixar de notar o quanto sua bunda era deliciosamente apertável, enquanto ele caminhava lentamente até sua mesa. Foco, , foco!

Fiz a prova tentando acertar o máximo possível, afinal, se fosse pro tirar pontos, que eu não desse mais motivos, não é mesmo?
Eram o total de vinte e cinco questões dissertativas sobre os tipos de dilatação e suas fórmulas. A prova estava difícil para uma tema tão fácil. O tempo passava e eu me mantinha focada. Às vezes via o vulto de alguém passando. Era o pessoal que já havia terminado. Prof. acordou de bom humor e deixou essa proeza acontecer. Comecei a me preocupar quando vi que só restavam 5 pessoas na sala. Cinco de trinta e quatro. Todas do meu grupo de amizade. Primeiro saiu Karen e sua irmã gêmea, Kate. Elas entregaram a prova e antes de sair, sussurraram "Boa sorte". Logo depois, saiu e isso me deixou apavorada. não era nenhum gênio em física! Como ela conseguiu sair primeiro que eu? Vadia, deve ter copiado das gêmeas.

Na sala, só restava eu e John. Quer dizer, somente eu. John havia acabado de levantar e entregar a prova pro professor que me olhava sarcástico. Gelei inteira quando lembrei que só havia nós dois ali. Graças aos anjos, o sinal tocou e arrancou as folhas da minha mão. Me olhou com uma cara ridícula e antes de falar qualquer coisa, eu mandei ele calar a boca. Ele riu pegou suas coisas e saiu. Revirei os olhos revoltada com minha lerdeza e antes de sair para o intervalo, encontrei a lista de chamadas no chão. Era do babaca do , é claro. Pensei em queimar aquela folha e fazer ele perder todas as anotações, mas não. O monstro aqui era ele. O procurei na sala dos professores, mas fui informada que ele já havia ido embora. Guardei a droga da folha na mochila e levei para casa. Eu poderia entregar outro dia.
O dia continuou normal e eu fui para casa. Já a noite, conversei com pelo Twitter como sempre, e fui dormir. Aquela folha nem sequer passou em minha mente.
Acordei atrasada, como sempre. Coloquei minha calça jeans de sempre e uma camiseta do uniforme com o decote um pouco mais aberto que o normal. Amarrei os tênis enquanto corria para ponto de ônibus, pensando sobre a prova de ontem. Apesar de provocar , tirar uma nota boa seria extremamente necessário para quem quer cursar engenharia mecânica. Cheguei no colégio e encontrei . Ficamos lá falando de assuntos aleatórios até o sinal bater e eu finalmente poder encontrar . Não que eu estivesse ansiosa para isso.
Os alunos já entravam para suas devidas classes e fora das salas, só havia eu, , alguns professores e coordenadores. Rodei aquele colégio inteiro em busca dele, mas nada. Quando estava prestes a desistir o encontrei no último corredor do colégio, sozinho, olhando pro nada. Quando eu o chamo de estranho, eu tenho motivos.
Assim que me viu, já colocou aquele sorriso que odeio tanto no rosto. Revirei os olhos sem paciência para aquele imbecil.
- Está me perseguindo, ? - Ele diz, deixando o sorriso ainda mais largo.
- Você esqueceu a lista de chamada na sala ontem. – Digo, tentando manter minha linda educação.
- É sério? É essa a desculpa que você tem para vim falar comigo? - Ele me olhou dos pés à cabeça, ainda com o maldito sorriso.
- Oi? - Eu o olhei incrédula. - Sinceramente, nem sei o que vim fazer aqui. Devia ter queimado esse papel maldito. - Viro as costas e tento ir embora, mas antes sou repreendida por um puxão.
- Eu sei o que você veio fazer aqui. - Ele me olha com um sorriso cada vez mais safado e isso me deixou nervosa. Maldito. - Só que dá próxima vez, não usa meu material como desculpa não, tá?
- Se eu quisesse te ver, eu ligaria na sua casa e marcaria um jantar. Só vim te entregar a droga da lista de chamadas!
- Sei. - Ela piscou, e isso me pegou desprevenida. - Agora vai para sala e para de matar aula para me ver, vai. - Ele me direcionou até a minha classe e sem motivo explícito algum, deu um leve tapa na minha bunda. Exatamente o que você acabou de ler. SEM MOTIVO ALGUM.
Eu entrei na sala completamente chocada. Tá, talvez eu tenha tido algumas trocas de olhares com ele rápidas e mais algumas coisinhas. Talvez eu tenha insinuado que possivelmente ele era gostoso e ele tenha ouvido. E talvez, eu até tenha gostado, mas disso ele não precisaria saber.
Depois disso a nossa "amizade" só melhorou. Não vou mentir, se aproximou dele e começou a me incentivar a fazer o mesmo. Dizia que o cara era legal e tals. Em pouco tempo, ela já sabia a metade da vida do cara. Já sabia que ele tinha 27 anos e uma filha de 4, chamada i. Sabia também de que parte a família surgiu e que tinha 2 carros e uma moto. Sim, ela sabia a placa de todos. Ah, sem contar que ela também sabia que ele tinha várias casas em vários lugares do país e que havia se divorciado da mulher há um tempinho. Eu chegava no colégio e encontrava os dois no maior papo toda segunda-feira. dizia que não havia nada demais entre os dois e eu só passei a acreditar quando ela apareceu com o namorado, o Finn.
Em um dia louco resolvi dar uma chance para o cara. Sentei ao lado de Barbara, uma nerd da sala que senta sempre perto do professor, como desculpa e ele veio logo puxar assunto. No fim, o papo até que rendeu eu não pude deixar de notar os olhos dele secando meus seios, cobertos pela camisa branca do uniforme. Não comentei nada sobre isso, mas parece que não foi só eu que notei. Algumas semanas depois e mais algumas conversas bobas entre nós dois, viramos o assunto do colégio. Pessoas que eu nem sequer conhecia passavam por mim e cochichavam "Olha, a garota do !". Tinha virado rotina os outros professores me zoarem com ele. Eu não acho que a gente deu motivo para tamanho alvoroço.
Nós andávamos juntos nos intervalos e até sentávamos juntos em um canto do colégio para zoar os que passavam entre a gente. É claro que as pessoas de fora viram aquilo como um casal apaixonado de Hollywood. A coisa mudou, mas não completamente. Começamos a viver uma relação mais amor e ódio do que qualquer outra coisa. Eu o zoava, ele me odiava e a gente ria juntos. Não vou reclamar, não estava tão ruim assim.
Tirando nossos gostos diferentes, nossas patadas diárias e nossa sempre troca de olhares safados, a amizade não era tão ruim assim. O fim do ano havia chegado e a festa que ocorre em homenagem aos alunos também. Eu já esperava ver por ali, mas não esperava que ele estava tão disposto a quase me assumir como sua, perante o colégio. Coisa que aliás, eu não era.
John e eu fomos um dos últimos a chegar no colégio. Assistimos a algumas peças e musicais e nossa paciência já havia esgotado. Decidimos então, andar pela cidade e arrumar algo divertido para fazer. Então, quando íamos saindo da área do teatro, eu sinto uma mão me agarrando por trás e me obrigando a praticamente sentar em cima dele. Olho assustada e quem vejo? O professor de Física mais gostoso do universo, é claro.
- Tá pensando que vai para onde, mocinha? - Ela me olhou, fingindo raiva.
- Vou sair daqui, ué. – Digo, simples.
- Pois não vai, não. Você vai ficar aqui, comigo - Ele me segurou um pouco mais forte. Nessa hora, olho ao redor e vejo que os olhares do teatro estão todos sobre mim. De alunos a diretores, todos olhando aquele professor segurar tão firme e tão perto a aluna do segundo ano. - Hoje você é minha. Não adianta fugir!
- Ah, ... fala sério. - Reviro os olhos para parecer entediada, mas a verdade é que estou explodindo por dentro. Santo Zeus, isso está mesmo acontecendo?
Tento me soltar de seus braços gigantes e pesados, mas acabo só aproximando nossos corpos ainda mais e é aí que a coisa complica. Nossos rostos estão praticamente grudados e a multidão ainda nos olha curiosos. Eu juro que podia ouvir alguns professores cochichando algo sobre nós e alguns alunos deixando claro seus "Eu sabia!". Assim que deixei meu corpo mais perto do dele sem querer, ele me encarou. Seus olhos penetraram minha alma e puta que pariu, desde quando ele ficou tão gostoso? Eu ainda queria manter a pose de "foda-se" ligado e pagar de durona, mas um lado de mim só gritava "beija esse homem logo, ser humano!". Meus olhos se perderam naquela imensidão de castanho claro e eu já não sabia nem falar, só sorrir. Mas é claro que meu amigo, o John, tinha que dizer algo. É claro que ele tinha que soltar uma de suas frases marcantes e apropriadas. E a do momento era:
- Nossa! Eu shippo esse casal!
PQP. JOHN, PQP. finalmente parou de me encarar e olhou para o John. Deixou um sorriso de lado, me olhou rapidamente e sentou me puxando logo em seguida para sentar ao lado dele. Nunca consegui descobrir se sabe o significado dessa gíria adolescente, mas eu rezo muito para que não.
Não demorou muito para a roda de puta se fazer na frente do Prof. . Eu queria dizer que isso não me incomodou, mas seria mentira. Eu estava com vontade de arrancar o aplique daquelas piranhas mal-amadas. Pude notar que os olhos das garotas não saíam da mão de que apertava firme minha coxa. Quanto mais elas falavam, mais ele demonstrava que estava comigo. Tá, confesso. Isso foi "fofo" da parte dele.
Dentro do grupo de putas, havia a chefona. Ela era a mais oferecida. Só faltou sair gritando que queria dar para o meu homem. Quer dizer, para o Prof. .
Juro que não prestei atenção no que ela falava para ele porque estava ocupada demais planejando matá-la. Só sei que ela não parava de tocar no braço dele, como se estivesse sentindo seus músculos. Ele parecia entediado e minhas coxas já deviam estar roxas de tanta possessão.
O espetáculo ainda continuava no palco, apesar de todo mundo só ter olhos para o possível casal novo do colégio. As garotas continuavam ali, cercando ele, mas dessa vez, era mais discretamente. John sentava um pouco mais à frente de nós, concentrado no que havia no palco.
Mesmo notando que o Prof. não se importava com ela, a garota se aproximou novamente. Faltava enfiar os seios no rosto dele. Ela continuou se oferecendo, ele ignorando e eu resolvi prestar atenção na homenagem a Charles Chaplin que rolava no palco. Após alguns minutos, Prof. tirou um trident de maçã verde no bolso, já aberto. Dentro do pacote, havia somente duas gomas. Assim que viu o pacote, a Coisa já se animou toda como se nunca tivesse visto um chiclete na vida. Então ela pediu, não uma, não duas, TRÊS vezes seguidas aquela goma para . A mão dela continuava esticada em sua frente esperando quando ele se virou para mim e me entregou.
- Desculpa, mas esse já é dela. - Ele deu um sorriso quase educado e eu me segurei para não gritar "AHÁ". A garota fingiu conformidade e enfim sumiu. Assim que ela desapareceu, eu pude rir daquela cena. Da cara dela ao se tocar que naquele momento, ele pertencia a mim. Que não havia espaços para ela ali.
Depois de algumas horas, ele finalmente me soltou. Enfim, pude dar uma volta pela cidade, mas optei por continuar no colégio. Xinguei John pelo comentário desnecessário mais cedo e ele riu. Conversei com algumas pessoas e me despedi de outras, afinal era o último dia no Colégio naquele ano. Antes de ir embora, me despedi de com um simples aceno e fui respondida por uma piscadinha fofa.
Assim que chego em casa, me jogo na cama lembrando as coisas que aconteceram mais cedo. Sorrio involuntariamente ao lembrar dele. Mando uma DM para contando tudo e espero a resposta. Depois de minutos esperando aquela coisa aparecer no Twitter, eu desisto. Resolvo tirar uma soneca e sonho com ele. Sim, está impregnando cada parte do meu corpo. Sonho com seu olhar malicioso sobre o meu e suas mãos no controle possessivo sobre meus braços. Sou acordada pela vibração louca do meu celular avisando sobre a nova DM de .

"Mas o que está acontecendo com vocês afinal, hein?" Ela manda.
"Ai, . É algo tão... tão difícil de explicar e sentir. É mais que um sentimento."
"Então quer dizer que os dois durões estão loucamente apaixonados um pelo outro? "
"Apaixonado é forte demais. A gente se conhece não faz nem um ano! "
"Forte demais? É sério? Você estava quase dançando no teto pelo simples fato de ter passado o dia no Colégio junto com ele. Aceita a realidade, fofa. "
"A realidade nunca esteve tão boa!"
" E como esse casalzinho vai sobreviver separados por três meses?"
"Eu não sei. Eu não vou ligar para ele e aposto que ele não irá me ligar também. Isso está me deixando louca!”
" Apaixonados... Aff. Vou dormir. Beijos!"
A conversa acabou e eu fiquei sozinha com meus pensamentos novamente.
Hoje começava as férias de fim de ano. As aulas voltariam só em fevereiro e aí será meu último ano no colégio. Fico me perguntando se ele vai lembrar de mim quando voltar. Será que estou me iludindo? No fim das contas, o é lindo e tem muita aluna daquele colégio louquinha por ele. Bom, agora é hora de respirar fundo e deixar o tempo resolver.


Os três meses passam o mais devagar possível, mas enfim chega fevereiro. O primeiro dia de aula já é hoje e me espera entediada em cima da cama. Terminei meus retoques finais e fomos finalmente para o colégio.
Nada de muito importante aconteceu até a aula de física. Assim que o sinal bateu, eu esperei ansiosa por em minha cadeira. Mas aí um outro professor qualquer adentrou a porta. Não, não. Não é possível. Isso me revolta em tantos níveis diferentes que é impossível expressar aqui.
A animação daquele ano já foi jogada por alto e sinceramente, eu quero que o colégio se foda. Sem paciência alguma e já na aula de matemática, peço licença ao professor e finjo ir encher a garrafa. Saio da sala o mais rápido possível. Resolvo dar uma volta no corredor que costumava ser meu ponto de encontro com prof. quando alguém toca meu ombro esquerdo.
- Tá perdida? - ela me olha com aquele sorriso que tanta falta meu deu.
- Acabei de me achar! - Eu falo sem ao menos pensar. O mundo está parando de rodar ou é impressão minha?
- E aí, estudou muita física nas férias?
- Claro que não. - Dou risada e ele finge me olhar Bravo. Depois ri também.
- Sabe, eu estava com saudade de você.
- Eu nem posso dizer o mesmo. Tava quase esquecendo quem você era.
- Não tem problema. Eu te ajudo a lembrar! - Ajuda outro dia. Tenho que voltar para sala.
- Você sabe que eu não sou o tipo que deixa para amanhã o que se pode fazer hoje, né? - Ele se aproxima.
Sabia exatamente do que ele está falando. Todavia, a aula de matemática continua na sala e eu tenho que estar lá.
- É aula de matemática. As pessoas estão me esperando na sala. Elas vão desconfiar!
- E desde quando você se importa com os outros?
- Mas ninguém demora tanto para encher uma garrafa e... - Ele, como ansioso que era, tirou a pobre garrafa, já amassada do meu nervosismo, da minha mão. Colocou-a no banco, e se possível, se aproximou ainda mais de mim. A parede Verde que agora me impedia de dar qualquer passo para trás, não era a minha melhor amiga no momento. Olhei ao redor esperando ansiosamente que o inspetor aparecesse. Mas ele não apareceu. Era somente o corredor vazio, eu, ele e uma maldita tensão entre nós. "Calma!" Eu pensei. "Ele não é tudo isso!" Eu me iludia. Então ele me prensou na parede. Droga, ele tinha pernas tão fortes. Seus olhos corriam entre os meus lábios e os meus olhos sem medo algum que alguém nos visse.
- Sabe, ... - Ele encarou meus lábios mais firmemente. - Você até que é uma aluna boa. Sempre tira dez, nunca mata aula... só tem uma coisa que te atrapalha. Essa sua rebeldia comigo.
- Eu....
- Shh! Mas sabe o que eu faço com garotas rebeldes? - PQP. Meu cérebro já nem funciona mais. Eu me encontro só o corpo nesse momento. Sem alma, só tesão.
- O que? O que você faz com garotas como eu? - Eu digo olhando em seus olhos. Ele sorri antes de abrir a porta da sala vazia e me jogar dentro. Ele tranca a porta e se aproxima novamente. Então ele me beija. O beijo violento e possessivo que sempre imaginei. Suas mãos apertando cada parte do meu corpo firme e forte. Sua língua rodeia cada parte da minha boca e pqp! Que homem.
O beijo foi quente, mas parou por aí. O sinal havia batido, eu havia sumido e ele também. A diretora não é sonsa então já estaria juntando dois mais dois. Saio completamente arrepiada daquela sala com a promessa de de muito mais.
Se eu estou apaixonada? Um sim nunca será o suficiente. Se o amor é profundo? Só os deuses saberão.
Depois desse dia, depois desse beijo, as coisas foram de melhor a melhor. Cada beijo mais intenso. Cada vez mais público. Já não nos importávamos com a opinião alheia.
O nosso amor não foi e nunca será explicado. É algo mais físico do que sentimental, admito. Mas quem disse que isso me incomoda? Só deixa tudo muito melhor. Ele é o melhor que já tive. Em vários sentidos, em vários aspectos. O meu bad boy. O meu professor particular. O meu .
Então eu não sei de que outra forma resumir. Não sei e não pretendo achar palavras, frases que completem o que vivemos. Só sei todos vão tentar dizer como seria esse sentimento, mas eles nunca irão conseguir. Porque é e sempre será melhor do que palavras.


Fim.



Nota da autora: OI OI, GENTE!!! Bom, esse relato foi super difícil de escrever porque eu ainda estou vivendo ele. Então peço desculpas se o final daqui não agradou, mas é que o da vida real ainda não aconteceu Ahsuahsu
Também peço perdão se a coisa ficou meio bagunçada, mas é que tive pouco tempo e muita coisa para contar HAHAHAHA
Enfim, espero que tenham gostado dessa parte da minha vida e que tenham odiado/amado esse professor tanto quanto eu. Ah, e sobre a prova... eu tirei 9,5. Acredita? Pois é HAHAHAHA
Bom, essa foi baseada em fatos reais, mas para quem quiser ler algumas histórias da minha autoria no site, o link ta aqui ó:
Ah, o ficstape de MM está perfeito, então leiam todos e deixem muitas autoras felizes Hahahaha
Ps: amor, se achar essa fic, não fique bravo comigo, okay? Nossa história é louca demais para ficar só entre nós dois!! Ps 2: Diretora, se for a senhora a achar essa fic, saiba que é tudo mentira e eu fui obrigada a escrever tudo isso. Ah! E saía desse site o mais rápido possível. É tudo vírus!
Beijos sem glicose (pois sou alergica),
Faith.



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