Última atualização: 26/04/2016

Capítulo Único

♫♫♫ Sitting on my bed with just a t-shirt on
Turning up the volume to my favorite song
Boy I can't lie
What we did last night
You know it's constantly replaying
Staying on my mind

(...)

If I had choice
If I had my way
Boy you know we'd do it
Every single day
If I had a wish
And if I had my way
Boy you know we'd do it
Every single day
♫♫♫

Estou sentada em minha cama, usando só a camiseta velha de malha com a qual dormi. Não estou preparada para me levantar ainda e procuro no celular minha música favorita do momento, aumentando o volume. Queria poder fingir que não, mentir para mim mesma, mas o que fiz ontem à noite com um certo garoto está reprisando constantemente. Simplesmente não sai da minha cabeça!
Eu poderia mostrar mais a ele daquilo de que gosto, se ele fizesse o mesmo comigo, e tudo seria ainda melhor. Se eu tivesse escolha, se pudesse ser do meu jeito, nós dois faríamos aquilo de novo, e não só uma vez. Quem eu quero enganar? Eu seria capaz de fazer aquilo todos os dias! Se eu tivesse um desejo, desses que personagens fazem para gênios da lâmpada, seria isso que eu pediria.
Caramba! Queria não me sentir assim! Queria não ficar tão hipnotizada toda vez que estou na presença dele! Mas quando olho para ele, isso se justifica. Ele é a coisa mais linda em que já pus os meus olhos e, agora, também é a coisa mais deliciosa em que já toquei. Por isso, eu peguei o que queria e dei tudo o que tinha em troca!
Gostaria de estar na cama dele, com ele, e não aqui, de volta ao meu dormitório. Não gostaria de estar em outro lugar senão naquele em que pudesse ficar sozinha com ele. Depois de ontem à noite, eu ainda o quero muito. Na realidade, quero mais... e mais e mais!
Mas a verdade é que esses nunca foram os planos, e eu não entrei nessa história enganada, portanto não sei como vai ser mais tarde ou nos próximos dias.
Eu não sei realmente se eu e vamos voltar a fazer aquilo.


é aquele tipo de cara que deixa várias meninas encarando, babando e suspirando, sem que elas nem percebam, de imediato, que estão fazendo isso. Sim, ele é do tipo que faz até as garotas mais espertas parecerem momentaneamente abobalhadas, e eu não era do seleto grupo das pessoas imunes à sua beleza de deus grego, ao seu sorriso de tirar o fôlego e ao seu charme, que às vezes parecia estudado, mas era, na verdade, natural, como fui descobrindo com o tempo e muita observação.
Eu o vi pela primeira vez ainda na minha primeira semana na faculdade, quando ele entrou com outros dois veteranos na minha sala de aula, para avisar que haveria um trote solidário, e que, por isso, deveríamos levar um quilo de alimento não perecível, no dia seguinte, para doação.
Eu soube que ele era encrenca no mesmo dia, quando uma das minhas colegas de classe, que tinha uma irmã veterana, contou que ele já havia ficado com quase todas as meninas da turma dele e com várias das outras turmas, sem nunca se apegar a nenhuma delas.
Desde então, quase dois semestres haviam se passado e, sendo ele ou não um galinha, eu continuava me distraindo das conversas com meus amigos, toda vez que ele entrava no lugar onde eu estava, sem conseguir tirar os olhos de seu rosto perfeito e do corpo esculpido pelos esportes que ele adorava praticar.
Minhas amigas sofriam do mesmo efeito hipnotizante de , por isso compreendiam a situação, e os garotos implicavam com a gente, quando seguiam nossos olhares e viam o alvo da cobiça, mas também não conseguiam deixar de concordar que ele era atraente demais para não ser comido com os olhos. Diziam que ele era pintoso ou algum outro adjetivo cujo uso julgavam capaz de manter em segurança a masculinidade.
Quanto ao próprio , ele nunca demonstrou ter reparado que me deixava desconcertada. É verdade que não éramos próximos, mas quando seu olhar cruzava com o meu e eu tentava disfarçar o exame minucioso que vinha fazendo de cada pedacinho dele, nunca vi nenhum sorrisinho malicioso ou coisa que o valha.
E a verdade é que, fora olhar, eu nunca tinha feito nada. Eu jamais tinha sequer flertado com ele ou tentado chamar sua atenção de nenhuma forma, então quando eu acordei em uma cama que não era a minha, em um quarto que não era o meu, com uma dor de cabeça violenta e me lembrando muito pouco sobre a noite anterior, eu demorei bastante para me dar conta de que ele tinha qualquer coisa a ver com aquilo!
Na verdade, só fui tentando juntar as peças do quebra-cabeças que tinha virado a minha noite anterior, depois que achei uma toalha sobre a cama, junto com escova e pasta de dentes, e, concluindo que estavam ali para que eu pudesse tirar os cheiros de suor e álcool do corpo, e o gosto de cabo de guarda-chuva da boca, comecei minha higiene matinal no banheiro da suíte em que havia despertado.
Lembrei-me de ter sido convencida por Morgana a ir a uma festa, em plena quarta-feira, na casa que dividia com três colegas de curso, de ter chegado lá, com ela, Jamie e Tim, por volta das onze, de ter bebido vários copos de uma bebida rosa deliciosa, ainda na companhia deles, e de ter percebido que os três tinham sumido, a uma certa altura.
Também consegui me lembrar de pedindo que eu entregasse a ele a chave do meu carro, de alguém tirando o copo vermelho com líquido pink de minhas mãos, de Mike exigindo que eu bebesse água e de Davi me dando um pedaço de chocolate, mas grande parte da noite permanecia um borrão ou algo que eu não tinha certeza se vivera ou apenas sonhara.
Já me sentindo um pouco melhor, por estar ao menos limpa, saí do quarto e me arrisquei a seguir os poucos sons dentro da casa, que me levaram até a cozinha, onde preparava panquecas. Não foi surpresa vê-lo ali, pois já tinha reconhecido a casa, mas sua imagem me fez lembrar de momentos que eu preferia que tivessem continuado esquecidos, e me fez formular perguntas para mim mesma que eu não sabia responder. Será que eu tinha dormido no quarto dele? Dormido com ele?
- Bom dia! – ele disse, sorridente, quando percebeu que eu estava na porta do cômodo.
- Bom dia – respondi, estreitando os olhos e massageando a têmpora, instintivamente. Ele tinha falado um pouco alto e minha dor de cabeça, que não tinha ido embora ainda, aumentou de forma instantânea.
Encarando-me, ele encheu um copo com água, que me entregou, apontando para um vidro de aspirinas que estava sobre o balcão.
- Obrigada – falei. - Por isso e também pela pasta, a escova e a toalha.
- De nada, quanto ao remédio. Eu conheço bem uma ressaca! – ele riu. - Mas o resto você pode agradecer, mais tarde, à namorada do Mike. Foi obra dela. Eu não teria pensado nisso.
Ele voltou para perto do fogão, virando uma panqueca que quase tinha acabado queimada pela minha interrupção.
- Não que eu não escove os dentes ou tome banho... – ele acrescentou, parecendo preocupado com a impressão deixada pela observação feita.
- Eu entendi – assegurei, rindo. Tomei dois comprimidos de analgésico e alguns goles de água, olhando para as costas nuas dele e para a bunda, maravilhosa dentro de uma calça de pijama de malha. As circunstâncias não eram as mais favoráveis, mas, ainda assim, eu não conseguia evitar desejar passar a mão naquele corpo todinho!
- De quem é aquele quarto em que eu tava? Seu? – questionei, hesitante.
- Uhum – ele confirmou, colocando a panqueca em um prato e, finalmente, voltando a olhar na minha direção. – Mas não aconteceu nada. Pode ficar tranquila. Eu dormi no sofá.
O alívio deve ter transparecido de forma alarmante em meu semblante, porque ele parecia ofendido ao falar de novo, depois de se aproximar, colocando o prato na mesa, fazendo sinal para que eu me sentasse e ocupando o banco em frente ao meu.
- Eu sei que eu tenho uma fama danada, mas eu também tenho mãe, duas irmãs, cinco primas e uma porrada de amigas, e não gostaria nem de pensar em algum babaca abusando de uma delas. Então eu mesmo também só fodo uma garota quando ela quer. E quando ela tem condições de querer! Você tava bêbada e a prova disso é que nem se lembra de nada.
- Na verdade, eu tenho algumas lembranças e... muita vergonha!
- Por ter dito que eu era o cara mais gato que você já tinha visto ou por ter me beijado? – ele indagou, deixando o mau humor de lado e assumindo um ar brincalhão. Parecendo muito interessado em minha resposta, apoiou os cotovelos na mesa, debruçando-se sobre ela, em minha direção.
- Pelas duas coisas! Eu não sou de me atirar assim. Foi patético!
- Na real? – Ele levantou as sobrancelhas, de um jeito adorável, e sorriu. - Eu achei bem fofo.
- Fofo? Sério? – retruquei, incrédula. - Isso não se parece nem um pouco com um elogio. Não vindo de um cara como você, pelo menos.
- Ué? E por que não? – Ele parecia genuinamente confuso, quando perguntou.
- Porque você, com certeza, prefere garotas gostosas, sexy... Fofa deve ser o adjetivo reservado pras irmãs mais movas, pras amiguinhas delas... e pras calouras bobas que deixam seu ego inflado.
- Dizer que o seu jeito, ontem à noite, foi fofo não é o mesmo que dizer que você não é sexy ou gostosa, caloura – ele afirmou, não me convencendo completamente.
- Disse o cara que tem quase todas as meninas da faculdade no currículo e nunca reparou em mim.
Talvez eu estivesse sendo ainda mais patética, ao dizer isso. Era bem ruim ficar parecendo que eu me sentia a coitadinha, deixada de lado por ele! Mas o fato é que eu podia jurar que ele estava flertando comigo, e me irritava muito o fato de ele estar fazendo isso não porque eu era interessante, mas porque eu tinha praticamente me oferecido em uma bandeja, e machos alfa acham que dizer não para uma mulher assim tão disponível é um risco à virilidade.
- Ei! Não é assim – ele discordou e, como se quisesse que eu não duvidasse, levantou meu queixo, obrigando meus olhos a se alinharem com os dele. – Eu nunca cheguei em você, é verdade, mas não foi porque eu não reparei em você. Foi mais porque eu não achei que uma garota como você fosse querer nada com um cara como eu, que tem um currículo, como você disse.
- Uma garota como eu?
Ele soltou o meu queixo e passou a mão no rosto, parecendo vulnerável por causa do assunto.
- As garotas com quem eu fico ou também tem o que você chamou de currículo e, por isso, não ligam pro meu, ou fingem que estão bem com o fato de eu não querer compromisso, mas, no fundo, acham que com elas tudo vai ser diferente, e elas vão me transformar num príncipe encantado. Você não parece ser de nenhum desses dois tipos, . Eu sempre achei que você fugiria de um cara que já ficou com várias colegas suas... que você acharia que eu tenho uma espécie de letreiro piscando perigo, mantenha distância – riu.
- Dividindo as mulheres assim, em estereótipos, talvez você não conheça a gente tanto quanto pensa, . Ao menos, a mim eu já sei que você não conhece tão bem quanto achava.
Deixando-o livre para digerir a informação, peguei, finalmente, uma das panquecas com um guardanapo, mordendo-a e descobrindo que tinha dotes culinários também. Ele pegou uma panqueca para si, mas eu o sentia me observando, enquanto comíamos em silêncio, até eu perguntar se podia comer outra e ele assentir.
A segunda panqueca tinha mais recheio e estava ainda melhor, o que me fez gemer. Minha visão periférica capturou olhando fixamente para meus lábios e passando a língua pelos dele.
- Isso quer dizer que você teria mesmo um lance comigo? O beijo não foi coisa de momento? – questionou, por fim.
- Coisa de bêbada, você quer dizer, né? – devolvi a pergunta.
- Também – riu. – Mas responde o que eu quero saber, vai.
- Ué, por que não? – Dei de ombros, limpando a boca em um guardanapo limpo. Tomei, de uma única vez, todo o suco que ele tinha colocado em um copo para mim, de novo deixando que ele pensasse e tomasse alguma iniciativa de fato.
- Então, que tal hoje à noite, pra começar, a gente tomar umas cervejas?
- Pela sua fama, eu achei que você ao menos tentaria me levar de volta pro seu quarto, agora mesmo – observei e ambos rimos.
- É tentador e eu realmente tenho uma reputação, então, se puder não contar pra ninguém que não fiz isso, eu fico te devendo uma. Mas eu tenho prova no terceiro tempo e, sendo bolsista, não dá pra arriscar fazer a segunda chamada – explicou, coçando a nuca, sem jeito.
- Tudo bem. Eu mesma teria que sair apressada, em algum momento. Eu faço estágio na empresa do meu pai.
Levantei-me, agradecendo pelo café da manhã, e dizendo que era melhor eu ir embora e deixar que ele se arrumasse para a faculdade. Ele se ofereceu para me levar até a porta, e a presença dele atrás de mim, com uma das mãos na base das minhas costas, fez a minha ficha cair.
Eu tinha acabado de marcar um encontro com Fucking , o cara que deixava minha calcinha molhada, só de eu olhar para ele, aquele eu julgava tão inatingível quanto um ator de cinema, o personagem das fantasias mais íntimas que eu jamais achei que iria realizar.
Acho que, mesmo assim, disfarcei muito bem minha ansiedade, pois, antes que eu fechasse a porta atrás de mim, ele me pediu para esperar, disse que queria me deixar com algo em que pensar, e me deu um beijo de tirar o fôlego, além do sorriso mais cheio de promessas silenciosas que eu já vira na vida!

Nosso encontro não foi dos mais elaborados. Apenas entramos no bar mais próximo à faculdade e tomamos quatro ou cinco long necks, cada um, enquanto falávamos sobre nenhum assunto em especial. Isso não me incomodou, entretanto, pois o lugar era informal o suficiente para que a gente se beijasse sem pudor, sempre que dava vontade. Além disso, eu sabia que não demoraríamos lá, pois nosso objetivo comum era algo que não poderíamos fazer em público.
O quarto dele estava bagunçado, quando entramos, de forma bastante comportada, graças à presença de dois de seus amigos na casa. Havia roupas amontoadas em uma cadeira, vários sapatos em um canto, alguns com meias dentro, e muitos papéis e livros espalhados pela escrivaninha. A cama, todavia, estava muito bem arrumada, e ele se jogou nela, me chamando, com uma batidinha travessa no colchão.
Engatinhei pela cama, indo até ele e me sentando em seu colo. Beijei seu pescoço e esfreguei meu nariz atrás de sua orelha, sentindo o cheiro maravilhoso natural de sua pele, misturado ao de um perfume que não consegui identificar, mas, fosse qual fosse, nele era o melhor do mundo.
Aproximei mais meu quadril do dele, pressionando a evidente ereção que eu já tinha percebido no táxi, a caminho. Precisava muito deixá-lo louco por mim, considerando que eu estava simplesmente desesperada para sentir o seu toque em todos os lugares, e não queria ficar em desvantagem.
Ele começou a me despir, mas senti sua impaciência. Então tiramos nossas roupas rápido, cada um cuidando da sua, e, ao ficarmos nus, apreciei seu corpo, que eu sempre tinha desejado ver, assim por inteiro: os músculos fortes e desenhados dos ombros, a quantidade certa de pelos no peito, o abdômen durinho, debaixo das pontas de meus dedos. Ele também examinou minhas curvas, com um brilho de satisfação nos olhos, um sorriso malicioso no rosto.
Então, ele me empurrou de encontro ao colchão, pairando sobre mim, fazendo nossos corpos nus roçarem um no outro, e senti meus mamilos enrijecerem com a fricção gostosa. Sua boca estava na minha, e o calor e a umidade entre minhas pernas começaram a me deixar impaciente.
Tocamos um ao outro nos lugares mais íntimos, sentindo os cheiros e gostos mais secretos. Eu me sentia tão ousada e corajosa que quase não podia me reconhecer. Eu não parecia uma garota pouco experiente, que tinha transado com apenas mais três caras, mas uma mulher, absolutamente confiante no seu poder de sedução.
por sua vez era... ! Ele sabia exatamente o que fazer com meu corpo.
Ainda me beijando, ele tocou um de meus seios e, por um instinto quase animalesco, colei mais meu quadril ao dele, abrindo-me e roçando em sua pele o ponto em mim que mais implorava atenção. Ele percebeu e sua resposta foi me tocar, fazendo a pressão perfeita com dois de seus dedos, mas apenas para me frustrar, logo em seguida, deixando meu clitóris e escorregando os dedos para dentro de mim.
Minha vagina se contraiu em volta deles e brincou, movimentando-os para dentro e para fora, enquanto falava meu nome e perguntava se eu queria mais, com uma voz tão mansa quanto o movimento, suave demais para o meu gosto.
Tirando os dedos, pouco depois, ele os chupou, me encarando, e gemeu de satisfação. Eu soube o que ele iria fazer, assim que ele encostou os lábios na minha barriga. Junto com a língua e os dentes, eles fizeram sua trajetória descendente pelo meu corpo, com calma, até chegarem ao ponto de maior tensão em mim.
Bastaram algumas lambidas e sugadas para que eu explodisse em mil pedaços, em meu primeiro orgasmo da noite, e, logo que senti que já não precisava me esforçar tanto para respirar, foi a minha vez de avançar em sua direção. Comecei a masturbá-lo tão devagar quanto ele tinha me tocado, até ele implorar por minha boca e pelo mesmo alívio que tinha me oferecido.
Recuperado rapidamente de sua primeira gozada, ele logo estava colocando uma camisinha e vindo para dentro de mim, ávido por mais prazer. E eu acompanhei seu ritmo, sua intensidade, sua obstinação em prolongar nossa transa, em aproveitar ao máximo.
Quando não havia mais energia em nós, nos aninhamos nos travesseiros macios. Ele me beijou nos lábios, quase de um jeito ingênuo, e deu um daqueles sorrisos que parecem expressar um contentamento sincero.
Não tive como ver minha imagem, mas posso jurar que meu sorriso espelhou o dele, considerando que aquela foi a melhor noite de todas! As sensações que senti foram, de longe, as mais intensas que experimentei na vida!

♫♫♫ Damn
I wish I didn't feel so hypnotized
But when I look at you baby it's justified
So I take what I want
And give what I got
To help with all the rules that keep us civilized

I'll show you want I like boy boy boy
If you show me what you like boy boy boy
I'll show you what I like
Show you what I like like
If you show me what you like boy
♫♫♫

Tiro Do it, enfim, do replay, coloco o celular na mesinha de cabeceira e pulo da cama. Tiro a camiseta surrada, tomo um banho frio, e visto jeans e uma camisetinha cinza, me preparando para ir à aula.
Posso até não conseguir controlar meus pensamentos e memórias, e talvez até deva guardar bem cada um de meus minutinhos com , já que foram, sem sombra de dúvida, os mais sensacionais da minha vida. No entanto, não posso alimentar esse desejo de mais. não é do tipo que fica muito tempo com alguém, eu não tenho a ilusão de que sou diferente das outras e, assim, vou transformá-lo (nisso ele tinha razão sobre mim!) e talvez não haja nem mesmo uma segunda vez, já que não combinamos nada, quando ele me deixou na porta de casa.
Entro na sala de aula e agradeço aos céus que ele não seja da minha turma, pois me distrairia demais e eu preciso aprender a matéria que a professora está revisando. Não posso evitar, contudo, a onda de prazer que me atinge quando ele me abraça por trás, no corredor, durante o intervalo entre o primeiro e o segundo tempos.
- Bom dia, gata – ele diz bem perto do meu ouvido. Seu hálito quente em minha pele desperta meu desejo com uma rapidez que me assusta.
- Bom dia – respondo, baixinho. Tentada a soltar meu corpo no dele, gasto quase toda a energia em autocontrole. Viro-me de frente, colocando alguma distância entre nós, para me ajudar a me manter civilizada.
- Tem estágio hoje? – ele pergunta, e torço para que não seja só um modo de puxar assunto, para conversarmos como quaisquer colegas de faculdade e o clima entre nós não ficar estranho.
- Não. Às sextas, eu
to de folga.
- Ótimo! Te espero na saída, pra gente ir lá pra casa juntos – ele afirma, sem se incomodar em perguntar se eu tinha outro compromisso ou mesmo se concordava em ir. Isso deveria me irritar, e me irritaria, se não me deixasse excitada para caramba! – Eu preciso muito de mais um pouco do que fizemos ontem – completa, sussurrando com a boca próxima da minha, mas não me beija e se afasta, piscando o olho para mim, antes de entrar na sala em que terá a próxima aula.
Fico ali parada, rindo sozinha, como sempre fazendo papel de boba por causa daquele
monumento à luxúria que é .
Mas eu não me importo nem um pouco, de verdade!
Não depois de saber que, esta tarde, a gente vai fazer, um com o outro, exatamente aquilo que eu tanto queria.


Fim.



Nota da autora: Obrigada por ler! Não deixe de me dizer o que achou, ok? =)



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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