Finalizada em: 07/12/2019

Capítulo Único

Ter ido ao MET Gala no ano passado, mesmo que sem ser convidada, mudou minha vida completamente. Desde então, saí do Crystal Palace e comecei a me dedicar 100% à arquitetura. E no começo desse ano, criei coragem e abri meu próprio escritório, e as coisas estavam indo bem. Meu pai tinha vários contatos dispostos a pagar por reformas em suas casas e me contratar para fazê-lo, e graças as indicações, o Jones Designs, estava ficando cada vez mais conhecido em NYC, e em seis meses de funcionamento, pude até contratar um funcionário em período integral e uma estagiária.
Mas, é claro, a maior mudança em minha vida desde aquele baile foi na minha vida amorosa. Conheci o Chris (Evans! Meu Deus, ainda nem acredito!), tivemos uma conexão quase que instantânea, e algumas semanas após o baile, nos encontramos aleatoriamente na Blomingdales e depois de alguns encontros, começamos a namorar.
Não é fácil namorar um dos atores mais cobiçados de Hollywood em segredo, mas até que conseguimos driblar a mídia muito bem. Em um ano e um mês de namoro, fomos flagrados juntos apenas umas duas ou três vezes, e nem estávamos juntos de fato todas essas vezes, apenas próximos o suficiente para gerar algumas especulações por parte dos tabloides. Além do fato de eu ser uma total desconhecida que quase não usa redes sociais, o que fez com que ninguém conseguisse me rastrear.
E depois de um ano de relacionamento, eu achava que estávamos prontos para um novo marco – morarmos juntos. Estava planejando isso há algumas semanas, mas nunca sabia como propor isso a Chris, então, em um súbito ato de coragem, lhe enviei uma mensagem pedindo para que me encontrasse em meu apartamento hoje à noite para conversarmos.
Combinamos de nos encontrar às 20:00, mas às 19:17 a campainha tocou, e para minha surpresa, era ele.
- Oi - o recebi com um beijo. – Chegou cedo.
- Eu estava por perto, e se fosse até em casa me atrasaria muito – ele justificou enquanto ia entrando e indo em direção a cozinha. – Trouxe um vinho.
- Ótimo, pode colocar na geladeira.
- Então, amor, sobre o que quer conversar?
- Não é nada demais - respondi, abraçando-o. – Podemos conversar durante o jantar, que tal?
- Então é uma coisa boa? – Chris perguntou, arqueando uma sobrancelha.
- Sim!
- Que bom - suspirou aliviado. – Por um momento achei que você quisesse terminar comigo.
Comecei a rir.
- É claro que não – beijei-lhe nos lábios.
- É porque dificilmente um “precisamos conversar” termina em uma coisa boa.
- E mesmo assim você trouxe vinho?
- Pensei que se te deixasse bêbada o suficiente, você desistiria de terminar comigo.
Eu ri
- Não tenho planos de terminar com você em um futuro próximo.
- Sendo assim, também tenho algo para dizer - ele sorriu. – No caso, um convite.
Um convite? Será que ele iria me convidar para morar com ele? Sorri com a possibilidade de ser isso. Poderia que nossa conexão mental e emocional fosse tão grande assim?
- Que tipo de convite? – perguntei.
- Do tipo que não se nega. Mas só na hora do jantar! Se eu vou ter que ficar esperando, você também vai.
- Argh! Tudo bem! Então vem me ajudar a preparar a janta.
Resolvemos preparar um macarrão com molho de tomate. Chris estava picando os ingredientes do molho e terminando de me contar do último programa que ele tinha participado, e assim que ele concluiu, perguntei:
- Chris, que convite é esse que você quer me fazer? Não vai me chamar para morar com você, vai?
Eu estava tão curiosa e ansiosa que não iria aguentar até o macarrão ficar pronto, mesmo que não fosse demorar tanto assim. Ele começou a rir.
- Você está mesmo curiosa, não é? Já sofri a tarde toda, então vai ter que esperar mais uns minutos também. – Ele respondeu, e eu revirei os olhos. - Mas não, não é isso, por quê?
Murchei um pouquinho, triste por não termos a conexão que eu achei que tínhamos.
- Ah – respondi, e resolvi que falaria agora. – É porque é isso que eu queria dizer para morarmos juntos.
Chris parou de cortar os temperinhos e me olhou sério.
- Você tá falando sério?
- Sim – assenti. – Você acha que é muito cedo?
Ele largou a faca e veio até mim. Colocou a mão no rosto e me beijou.
- Acho que é a hora perfeita – ele sorriu.
Senti como se houvesse uma bolha de felicidade dentro de mim, mais um pouco e acho que estouraria.
Terminei de preparar o jantar enquanto Chris arrumava a mesa para comermos. Abriu o vinho e servia um copo para cada um de nós assim que cheguei com o macarrão.
- Então – comecei assim que me sentei. – O que você tinha para me dizer?
Chris gargalhou.
- Você é bem curiosa, não é?
Ri e concordei com a cabeça.
- Eu estive pensando, já estamos namorando há mais de um ano, não é?
Concordei. E logo um pensamento me ocorreu, ele iria me pedir em casamento? Isso fez com a bolha de felicidade crescesse mais ainda.
- Bom, pensei que a gente podia... Meio que assumir o namoro em público?
- Oh... – Eu realmente não sabia o que dizer.
- É claro, não precisa ser agora, principalmente por ser algo que vai te afetar diretamente.
Eu já havia pensando sobre isso várias vezes, como seria assumir o meu namoro com Chris Evans para o mundo. Eu provavelmente teria que aprender a não ser curiosa e ler notícias sobre mim na internet, afinal, sei que não tenho maturidade para lidar com haters. Mas é algo que faria sem pensar duas vezes. E também teria de me acostumar com um ou outro paparazzi e alguns fãs, mas eu aprenderia a lidar com isso eventualmente. E é claro, já que iríamos morar juntos, isso meio que aconteceria naturalmente.
- Não precisa dizer nada ag... – Chris começou a falar, mas eu interrompi.
- Sim! Eu adorei a ideia – me inclinei para beijá-lo. – E quando e como faremos isso?
Chris soltou um suspiro, um tanto aliviado, e deu sorriso largo e seus olhos se fecharam um pouquinho, do jeito que fazia quando estava muito feliz.
- Bom, pensei que a gente poderia fazer uma viagem juntos no feriado de 4 de julho. O que acha?
Pensei um pouquinho, enquanto bebia um gole de vinho.
- Acho que consigo me afastar do escritório por uns dias. O feriado cai na quinta, não é mesmo? – Chris concordou. – O que você tem em mente?
- Que tal irmos para Rhode Island? Sebastian tem uma casa lá e disse que pode nos emprestar.
Já havíamos ido até lá há alguns meses. Eu adorava o litoral, então fiquei empolgada na hora.

Xxx

Na semana seguinte, Chris passou no meu escritório para jantarmos, naturalmente fomos fotografados juntos, gerando bastante assunto para os sites de fofoca, o que me deixou ocupada demais pelo resto da semana excluindo, ou então, deixando privadas as minhas poucas redes sociais a medida que fotos minhas com Chris iam pipocando na internet e alguns fãs as encontravam.
Na quarta a noite, quando Chris chegou para me buscar com Dodger no banco de trás do carro, havia alguns fotógrafos na calçada, que tiraram tantas fotos que até me senti tonta com os flashes.
- É assim toda vez que você sai? – perguntei assim que entrei no carro. Dodger se esticou para que eu o acariciasse.
- Nem sempre, mas vai ser por um tempo, até que todo mundo tenha uma foto de nós dois juntos – sorriu para mim. – Tudo bem? Essa é uma parte da loucura que vem comigo.
- É claro que sim – inclinei-me para lhe dar um beijo na bochecha. Coloquei a mão esquerda na perna de Chris, o que fez ele sorrir um pouco mais. – Só fico imaginando como é que você se sente com isso nas premières dos seus filmes, e também como é andar na rua com toda essa gente te seguindo.
- Realmente, andar na rua sendo seguido por paparazzi é mais incomodo, mas geralmente são poucos, e nas premières... É mais divertido depois que você se acostuma.
- Sempre pensei que deveria ser a melhor coisa do mundo, mas depois de hoje não sei... A tontura passa?
Chris soltou uma gargalhada, que acabou deixando Dodger alerta, virei-me para passar a mão nele.
- O que foi? – perguntei, na defensiva. – Vai dizer que nunca ficou tonto com esse tanto de flash?
- Acho que não... – ponderou por alguns segundos. – Mas pode ser porque já estou acostumado, e já vou esperando por isso e você foi pega de surpresa hoje.
Era verdade, eu já esperava ver alguns fotógrafos na porta de casa hoje pois eles começaram a aparecer depois da primeira aparição pública que fiz com Chris, e eu realmente não estava ligando para eles, mas hoje, ao verem o carro dele na porta do meu apartamento, talvez tenham chamado reforço ou algo do tipo. Mas eu me acostumaria
Não demorou muito para chegarmos em Westerly, era uma vila litorânea muito bonita, com muito verde e casas muito bonitas. A casa de Sebastian ficava um pouco afastada do centro, era uma casa branca, de dois andares, com um jardim muito bonito, e a parte de trás dava direto em uma praia privada, e de acordo com o Chris me contou, apenas os vizinhos das casas tinham acesso a essa praia.
A casa era igualmente linda por dentro, com a maioria dos móveis brancos e detalhes em cinza. Dodger correu feliz pelo quintal e por dentro de casa, pulando em um dos sofás macios logo em seguida. Descarregamos nossas coisas e Chris disse que prepararia o jantar para nós.
- Quais são os planos que você tem para amanhã? – perguntei enquanto servia vinho branco para nós dois.
- Pensei em acordarmos cedo para ver o nascer do sol, o que acha?
- Muito cedo? – indaguei, já sentindo certa preguiça.
- Você pode voltar a dormir depois, e além do mais, o nascer do sol é lindo aqui.
- Tudo bem – concordei, porque sabia que isso o deixaria feliz. Ele lançou um sorriso em minha direção, que me fez pensar que se eu já não amasse esse homem, teria me apaixonado agora mesmo.
- Prove e veja se ficou bom de sal – Chris falou enquanto vinha com a colher na minha direção. – É um risoto de quatro queijos com alho-poró e vinho branco, receita da minha família.
- Está muito bom! Christopher Evans, você deveria cozinhar mais vezes.
- Vou pensar no seu caso, .
Após o jantar e algumas taças de vinho fomos para um dos quartos, tinha as paredes brancas, uma cômoda de madeira e um divã abaixo da janela, e claro, uma cama king size com muitos travesseiros e almofadas coloridos.
Não sei dizer quantas horas dormi, acordei e o quarto estava em uma penumbra, mas dava para perceber que o dia estava amanhecendo.
- Vem, – Chris me cutucou gentilmente, eu sentei na cama e olhei em volta em busca de um roupão, até lembrar que não havia trazido nenhum. Peguei um suéter fininho e vesti.
- Como você consegue acordar tão animado e tão cedo? – ele não me respondeu, apenas sorriu. Chris parecia bem ansioso, mas não liguei para isso.
- Vem – pegou minha mão e foi me guiando até o andar de baixo. – Espero que você goste – me falou antes de abrir a porta que dava para os fundos da casa, e consequentemente, para a praia.
“É bem provável que goste, é um nascer do sol na praia” pensei, sem entender o que ele quis dizer.
Assim que coloquei os pés para fora dei de cara com uma vista maravilhosa, a imensidão do mar e do céu, ainda em um tom azul-escuro. Notei então que havia um caminho iluminado por velas.
- O que é isso? – fiquei mais alerta. Chris apenas sorriu, e eu continuei encarando-o, esperando uma resposta, e acho que acabei deixando-o um pouco nervoso.
- Vai lá – foi a única coisa que disse.
Comecei a descer os degraus até a areia, e assim que cheguei mais perto, percebi que as velas estavam dentro de frascos de vidro, para que o vento não apagasse as chamas. Chris deveria ter acordado bem mais cedo para fazer isso. Não havia entendido muito bem o motivo, mas havia amado, e quando cheguei no final do caminho notei um... Círculo? Olhei melhor e percebi que era um coração feito com as velas e várias pétalas de rosa vermelha espalhadas pelo chão.
- Chris, o que é... – Virei-me para trás para perguntar-lhe o que era aquilo, e ele estava se ajoelhando. Fiquei de boca aberta.
- , nunca imaginei que fosse conhecer você durante aquele baile do MET, mas desde que você cruzou o meu caminho não consegui te tirar da cabeça...
Pensei em falar algo, mas não conseguia pôr em palavras o que estava sentindo.
- Você é a primeira pessoa com quem quero conversar quando algo de bom acontece comigo, é a primeira pessoa que quero ver quando acordo, e a última que quero ver antes de adormecer. Quero passar o resto da minha vida junto com você, nos tempos bons e nos ruins. Você faz com que eu me sinta novo, e quando estou com você, nada nem ninguém importa. Jones, quer casar comigo?
- Sim, sim, sim! – gritei, sentindo algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Estiquei a mão para que ele colocasse a aliança no meu dedo, e assim que ele o fez, me joguei em cima dele e acabamos caindo na areia. – Eu te amo tanto.

- Eu também te amo – ele me respondeu, me beijando logo em seguida.





FIM?



Nota da autora: Oie, gente! Tudo bem? Depois de um ano voltei com esse casal que amo tanto! Tanta gente me pediu por uma continuação, ou até que eu transformasse em long (estou chorando de felicidade com todo esse amor de vocês! OBRIGADA!!!!), mas decidi voltar com um (talvez dois :P) acontecimento especial da vida deles.
Espero que vocês gostem dessa short – bem pequena, eu sei – e obrigada por todo apoio e os comentários lindos que vocês deixaram em Midnight Love. E fiquem atentas aos próximos ficstapes hehe.

Beijinhos e até a próxima!





Outras Fanfics:
Midnight Love [Atores – Shortfics]
Epic Detour [Harry Styles – Em andamento]


Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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