Capítulo 1

era uma pessoa atarefada que não tinha tempo para nada, até aquela noite, em que decidiu sair para beber com os amigos. Depois daquela noite, nunca mais foi o mesmo.
Era uma sexta feira. decidiu que precisava espairecer pois já fazia um ano e meio que trabalhava sem parar. Pegou o celular e discou para uma velha amiga.

*** ligação ***

- Nossa! Quem é vivo sempre aparece, né, ?
- Oi pra você também, . Como vai?
- Oi. Vou bem, mas você não me ligou pra perguntar se eu estava bem, não é?
- Na verdade, te liguei pra saber se você queria ir beber comigo em um Club hoje.
- Nossa! Depois de muitos meses, você me liga pra me chamar pra ir em um clube?
- É.
- Ainda bem, porque eu já estava para ir à sua casa, me certificar de que você estava vivo.
- Não faz drama, . Você vai ou não?
- Mas é logico que vou! Passa pra me pegar às sete. Beijos e até mais tarde.
- Tchau.

******

Ficou muito feliz por sua amiga ter aceitado sair, pois já fazia muito tempo que não a via. No horário confirmado, estava na porta da amiga. Tocou a companhia, mas ninguém atendeu, então decidiu mandar uma mensagem.
“Onde você está? Estou aqui em frente à sua porta – M.”
“Aconteceu um imprevisto. Não vou poder ir – L.”
Ele deu uma praguejada, mas continuou seus planos, pois fazia um tempo desde a última vez que saíra. Entrou no taxi que o esperava e deu o endereço de uma das melhores boates da cidade. Estava decidido a ter a melhor noite de sua vida.
Quando o taxi parou em frente à boate, notou que estava lotado, mas isso não acabaria com sua noite pois conhecia o dono e poderia passar, sem ter que esperar na fila. Pagou o taxista e foi em direção à porta.
- Olá, Roberto. Há quanto tempo!
- Oi, Sr. Neves. Faz mesmo – disse o segurança, já o deixando entrar.
No momento em que colocou o pé para dentro da boate, viu quanto movimentada ela estava. Foi adentrando a multidão até chegar ao bar para pedir uma bebida, acenou para a bartender e pediu uma dose de whisky pura.
- Isso não é um pouco forte para a primeira bebida da noite?
- Como você sabe que é a primeira da noite?
- Eu vi você entrando e vindo pra cá.
- Ah, mas, respondendo sua pergunta: não, eu sou forte para bebidas. Não fico bêbado fácil.
- Tudo bem, então. Uma dose de whisky para o senhor...
- Neves. Neves.
- Prazer. Sofia.
Ela deixou a bebida e foi atender os outros clientes. Bebeu mais umas duas doses e foi dançar na pista, onde viu uma morena linda dançando. Foi tentar a sorte. Se era para ser a melhor noite da sua vida, então devia fazer isso acontecer. Chegou perto e sussurrou:
- O que uma morena linda como você está fazendo sozinha?
- Quem disse pra você que eu estou sozinha?
- Não estou vendo ninguém dançando com você, sem ser eu. – Torceu para que tivesse acertado na escolha porque, se essa tivesse namorado, seria mais um ponto negativo para sua lista daquela noite.
- Meu namorado foi ao banheiro – Ouvir isso foi como tomar banho de água fria, antes de dormir por conta da ressaca.
- Ah, então é melhor eu me afastar.
Poderia parecer que ele era um pegador, mas isso não era verdade, pois só namorara quatro mulheres e só amara uma que nem ligava para ele. Agora vocês ficaram curiosos pra saber quem, né? Vou contar para vocês porque sou uma boa pessoa: o amor de sua vida era , desde do segundo ano do colégio, mas ela sempre preferiu os caras ricos e bonitos (ou seja, os que chamavam a atenção das pessoas). Ela sempre foi sua amiga, mas, quando ligara, mais cedo, para convidá-la para ir a uma boate, tinha sido para ver se ele tinha alguma chance com ela e viera o tal imprevisto, que ele tinha certeza de que era o ex-namorado dela, que não a deixa em paz. (Acho que agora vocês ficaram confusos, né? Porque no início disse que ele não a via fazia meses, mas atualmente existe celular).
Voltou a sentar no bar e pediu mais uma dose. Estava decidido: ligaria para ela de novo para ver o que conseguia, mas antes precisava ter coragem para isso. Depois de umas cinco doses, ligou para ela.
- Alo, ?
- Oi, . Como você está? – disse, de um jeito meio embolado.
- Você está bêbado?
- Não. Um pouco alterado, mas bêbado não.
- , onde você está?
- To na boate, oras.
- Que boate?
- Assas da noite. Por quê?
- To indo te buscar agora.
Depois de uns vinte e cinco minutos, apareceu no bar da boate, com cara de brava.
- O que você pensava que estava fazendo, quando decidiu ficar bêbado?
- Eu já disse... Esquece.
- Vem. Vamos embora – disse, tentando me puxar para fora.
- Eu não vou. Há muito tempo não me divirto assim!
- Eu não quero saber se você não quer ir. Você vai e pronto.
- , minha querida. , já ouviu esse verso?
“A noite é uma criança
O bar é meu brinquedo
Não sou eu que chego tarde
É o sol que nasce cedo”
- Pronto! Já fez suas gracinhas. Agora tá na hora de ir embora, né, Sr. Neves?
A essa hora as pessoas já começavam a olhar para eles, que não paravam de discutir.
- Tá, você venceu. Eu vou pra casa.
Na hora em que terminou essa frase, já sentiu que estava sendo puxado para fora. Na saída, ela deu tchau para o segurança que a deixou entrar e sinalizou para o táxi. Quando o mesmo parou, empurrou-o para dentro e entrou logo em seguida, já dando o endereço dele para o motorista. Ao chegar à casa do rapaz, ela já foi direto para o quarto, dizendo que ele precisava de um banho, pois estava fedendo. Quando ela estava pra tirar sua camiseta, ele caiu e ela foi junto com ele para o chão. Estavam hipnotizados um com o olhar do outro, em um silêncio bom, até que ele quebrou o silêncio.
- Sabia que você é linda?
- Você só está dizendo isso porque está bêbado.
- Eu já disse: não estou bêbado. E, mesmo se estivesse, ainda te acharia bonita. – Após essas palavras serem proferidas, ele a puxou pra junto de si e a beijou com todo o amor que estava guardado nele, por todos aqueles anos. No começo, ela hesitou, mas depois se entregou ao beijo. Estava tão bom, mas ela do nada me afastou.
- Não podemos!
- Por que não?
- Eu e o Carlos voltamos hoje.
- Ah, então foi por isso que você desmarcou comigo – disse, já sentindo raiva.
- Foi. Ele disse que nós precisávamos conversar e, mesmo eu achando que não, fui.
- Você foi ver o cara que te traiu com a sua “amiga”, e agora vocês estão juntos de novo?
- Ele disse que estava arrependido!
- Claro que ele disse. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- O que ele tem que eu não tenho?
- Não entendi a pergunta.
- Você sempre soube que eu gostava de você, mas nunca me deu bola. Sempre preferiu os caras que eram mais badalados, mais populares ou até mesmo os meninos riquinhos. – Sua raiva já estava quase palpável.
- Você acha que eu nunca fiquei com você porque não tem dinheiro ou fama? Se pensou isso, está completamente errado. Eu nunca fiquei com você por achar que você merecia mais do que uma pessoa que se preocupa mais com coisas materiais do que com coisas importantes - ela terminou sua fala já com lágrimas nos olhos.
- , eu que tinha que falar o que é melhor pra mim, não você. Vamos esquecer tudo isso por uma noite e fazer o que queremos, sem pensarmos?
- Isso não seria certo – disse, apreensiva.
- Só uma noite, por favor?
- Tudo bem.
Quando escutou aquelas palavras, ele a puxou para si e a beijou como se fosse a última vez, porque, na verdade, essa seria uma das últimas vezes. Seria apenas uma noite com a mulher que admirara a vida inteira.
- Vamos com calma. Quero aproveitar essa noite – disse, ao terminar de beija-la. – Vou tomar banho e já volto. Está com fome?
- Um pouco.
- Ligue para algum restaurante vinte e quatro horas e peça comida, enquanto tomo banho. O dinheiro está na minha carteira.
- Tudo bem.
Durante o banho, ele pensou em tudo o que poderia fazer naquela noite com ela.
1. Iriam jantar
2. Ele colocaria uma música para dançarem
3. E, por último, fariam amor pelo resto da noite.
Esse plano o fez ficar contente. Ele se arrumou, foi para a sala atrás dela e a encontrou, sentada no sofá, com a comida em cima da mesinha de centro.
- A comida chegou e eu arrumei a mesa para comermos.
- Tudo bem. - Um olhou para a cara do outro e começaram a dar risada.
- Agora as coisas ficaram estranhas entre a gente.
- Não. Só vão ficar, se nós ficarmos constrangidos – digo, já chegando perto dela e dando-lhe um beijo.
- Vamos comer.
Ficaram conversando, até perceberem que já tinham terminado de comer.
- Venha – estendeu a mão para ela.
- Tá - ela foi, meio apreensiva.
Ele foi ao rádio e colocou a música que achou mais especial. Puxou-a para junto dele e começou a balançar pela sala com ela, olhando em seus olhos, depois para a sua boca, e a beijando. Aos poucos, foi ficando mais quente. Quando notaram já estavam no quarto, nus, se amando a noite toda, pois naquela noite ele não precisava de mais nada para ter a melhor noite de todas. Só do seu amor por uma única noite, sem namorados, chefes, amigos ou até mesmo preocupações. Só ela já bastava: sua respiração, o jeito como sorria, tudo, simplesmente tudo, que ela fazia o deixava mais apaixonado por ela do que antes. Não tinha como imaginar o que aconteceria dali para frente, mas sabia que nunca esqueceria aquela noite.


Fim



Nota da autora: Sem nota.



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