16. People = Shit

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Beberiquei um gole do copo de gin, fazendo uma pequena careta porque aquela não era exatamente a minha bebida favorita. Eu era muito mais chegado a um bom vinho, porém naquele momento o que eu gostava não era relevante.
Meus olhos passeavam por todo o ambiente, enquanto eu me encostava no balcão do pub de forma displicente, tentando parecer o mais natural que pude, embora eu sentisse o nervosismo lançar descargas de adrenalina em minhas veias a cada segundo.
Eu estava prestes a ter uma das melhores experiências da minha vida, mas não era só isso que aumentava a minha ansiedade e sim o fato de que eu era observado bem de perto por ela, .
Não hesitei em virar mais alguns goles do conteúdo e, conforme os minutos iam passando, minha garganta foi reclamando menos da queimação, se acostumando, e o álcool foi me trazendo mais confiança.
Finalizei meu primeiro copo e logo pedi um segundo, percebendo que seu gosto já não me desagradava tanto assim. Fazer parte do mundo dela tornava qualquer bebida amarga na mais doce de todas.
Umedeci meus lábios quando finalmente meus olhos foram de encontro a uma pessoa em especial, aquela que seria perfeita para os meus planos.
Seu corpo se movia de um lado para o outro, acompanhando o ritmo da música pop que tocava, desfrutando de cada nota entoada, cantando algumas partes de forma completamente entregue.
Instantaneamente, eu quis me juntar a ela.
Não me lembrava de ter visto alguém tão imersa como ela estava e de certa forma isso prendeu minha atenção por alguns minutos, fazendo com que eu permanecesse ali parado, apenas contemplando aquela visão.
Se ela imaginasse qual seria seu destino dali para frente, teria dado um jeito de sumir do meu campo de visão antes que fosse tarde. Teria cessado sua dança hipnotizante, assim seu olhar não se encontraria com o meu, o sorriso de canto não brotaria em meus lábios e ela não o retribuiria em seguida, me convidando a deixar o copo de gin inacabado em cima do balcão para caminhar em sua direção como um leão se aproxima de sua presa.
Um cheiro gostoso emanava dela. Um perfume com notas sensuais que ressaltava ainda mais cada um de seus atributos, que eu percebi serem ainda mais atraentes de perto.
Mais uma vez, um sorriso brotou em seus lábios. As amigas que estavam à sua volta deram espaço para que de repente só houvesse eu e ela, então a dança que passamos a compartilhar.
Meu corpo se encaixou perfeitamente ao daquela mulher, minhas mãos envolveram sua cintura assim que percebi que ela me dava aquela liberdade, então passamos a nos mover em sincronia, acompanhando as batidas da música enquanto as respirações iam ficando irregulares devido à excitação crescente.
— Não vai me dizer o seu nome? — A voz dela soou sedutora quando se aproximou, ficando na ponta dos pés por ser alguns centímetros mais baixa do que eu, trazendo sua boca para bem próximo do meu ouvido.
— respondi, umedecendo meus lábios quando meu olhar desceu até os dela. E mesmo que eu não me importasse, acabei devolvendo a pergunta. — E o seu, qual é?
— Luna. — Seus olhos brilhavam de euforia quando se focaram nos meus e eu sabia que isso se dava ao seu estado de leve embriaguez.
Eu não precisaria de muito para fazer o que pretendia desde que havia a visto ali.
Voltei a colar nossos corpos, movendo meu quadril contra o de Luna, roçando de um jeito delicioso que fez com que a mulher ofegasse, tombando um pouco a cabeça e expondo seu belo pescoço para mim.
Não hesitei em aproximar minha boca da região, deixando beijos molhados e procurando minha com o olhar.
Ela estava em um canto um tanto afastado da pista de dança. Nos encarava tão avidamente que eu desejei que se juntasse a nós dois, mas eu sabia que não o faria, não daquela vez. Ela queria saber como eu me sairia naquela caçada.
Busquei sua aprovação em um questionamento com o olhar. Teria eu escolhido a vítima certa?
Um sorriso malicioso brotou nos lábios de e em um ato ousado ela levou aos lábios o copo que segurava, passando a língua pela borda do canudo e o sugando de um jeito que despertou ainda mais excitação em mim.
Era o jeito dela de dizer que minha escolha estava bem mais do que aprovada.
Sorri satisfeito com aquilo e Luna pareceu perceber meus lábios se curvando em sua pele, porque voltou a endireitar sua cabeça, me fazendo olhá-la enquanto umedecia seus lábios.
— Não gosto de fazer cerimônias, . Gostei de você assim que o vi naquele balcão. — Sua sinceridade me pegou um pouco de surpresa, mas eu gostei daquilo, tornou tudo ainda mais excitante.
— Gostou mesmo? Porque eu já estava te olhando de lá fazia um tempo — falei em tom de confissão, fazendo Luna sorrir, trazendo suas mãos até meus ombros e os pressionando, fincando suas unhas ali de leve, ato que me fez exalar baixo.
— E por que demorou tanto para se aproximar então? — Questionou, erguendo sua sobrancelha levemente.
— Não queria atrapalhar a sua dança. — Pisquei, vendo-a sorrir em resposta. — Você estava toda linda e entregue, não é algo que se deva interromper.
— Me contando mentiras bonitas para me levar para a cama, ? — Fingiu um tom de desconfiança, mas nós dois sabíamos que aquele não era o caso.
— Claro que não. Fui sincero com você desde o início — neguei imediatamente.
— Então você não quer me levar para a cama? — Aquilo teria me feito rir, mas em vez disso eu abri um sorriso sedutor, aproximando minha boca da sua.
— Na verdade, Luna, eu quero te devorar.
Depois disso, sua boca se grudou à minha de uma maneira ávida e seu corpo se colou ao meu tão intensamente que parecia que íamos nos fundir a qualquer momento no meio daquela pista de dança.
Luna era simplesmente deliciosa.
E sentir como ela me desejava desesperadamente só me atiçou a explorar toda a extensão de sua boca com vontade, não me contendo e deixando minhas mãos deslizarem por todo o seu corpo.
Senti ela ofegar contra a minha boca e suas mãos também passaram a me alisar em cada parte alcancável.
A temperatura entre nós dois aumentou. O fôlego foi ficando escasso aos poucos. E de repente eu soube que Luna estava totalmente rendida a mim.
Então eu poderia seguir com meus planos.
— Quer sair daqui? — Questionei, lançando um sorriso convidativo quando afastei nossas bocas, vendo que ela o retribuía de imediato embora estivesse ainda atordoada com nosso beijo intenso.
— Por favor — ela ofegou baixinho, então encontrou a voz. — Eu preciso sentir bem mais do que o seu jeito.
Nada respondi, apenas a puxei para que viesse comigo.
Enquanto andávamos até a saída, um olhar significativo com fora trocado.

O trajeto até a casa de Luna foi marcado por diversas provocações da parte dela. Sua mão apertava meu pau por cima da calça de um jeito delicioso que me fez quase desistir de dirigir para parar o carro e puxá-la para me chupar bem gostoso.
No entanto, havia algo que me excitava mais do que a ideia de ela me chupar.
— Quer beber alguma coisa? — A ouvi questionar quando abriu a porta para que eu entrasse em sua casa.
— Me surpreenda. — Abri um sorriso sedutor, então concordei quando me pediu para aguardar na sala, observando tudo ao meu redor.
Foi em uma grande janela à direita que vi a sombra de . Desde que eu havia me entregado a ela por completo, ela sempre estava por perto.
— Espero que goste de vinho tinto — a voz de Luna ecoou, atraindo minha atenção para ela.
— Não é que você acertou em cheio? — Sorri, caminhando em sua direção e aceitando a taça que ela me entregava.
— Chame de sexto sentido. — Piscou para mim, bebendo um pouco do conteúdo de sua taça e se abaixando para colocá-la sobre a mesinha de centro no meio da sala.
Aquela era a oportunidade que eu estava esperando.
Tremi de excitação quando, num movimento rápido, segurei em seus cabelos com força, fazendo com que ela batesse a cabeça contra a mesa não uma, mas no mínimo umas cinco vezes.
O sangue dela respingou em mim, mas eu não me importei nem um pouco com aquilo. Tudo o que eu queria era agradar e eu sabia que quanto mais sangrenta a cena, mais ela aprovaria.
Luna não foi amarrada como as vítimas da Carniceira de Grimsborough, mas o brilho sádico estava estampado nos olhos dela quando finalmente adentrou a sala.
— Termine o que começou, querido. Só assim você terá o que tanto quer — o jeito que ela disse aquilo só me estimulou ainda mais.
— Vou provar você coberta com o sangue dela, Carniceira? — Perguntei, sentindo que só a ideia daquilo já mexia comigo.
— Devore-a, .
Naquele momento, eu soube que o mesmo brilho sádico também estava presente em meus olhos.
Então Luna se tornou minha por completo.




FIM



Nota da autora: Espero que tenham gostado!
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Beijos e até a próxima.
Ste.



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