16. Get Free

Fanfic finalizada.

Capítulo único

Aquela era a última vez que iria aturar aquilo de sua tia. Ela havia chegado ao seu limite e não conseguiria olhar para a mais velha sem dizer o que estava guardando há meses. Ela estava cansada de ser tratada como uma criança no auge dos seus vinte anos. Tudo o que ela fazia era motivo para que a mulher desse pitaco em sua vida e suas decisões. Mesmo que ela quase não tivesse direito nenhum sobre isso. trabalhava, fazia faculdade e no pouco tempo livre que tinha gostava de estar ao redor dos amigos ou em algum lugar em que pudesse se divertir um pouco, mas parecia que nessa casa seria impossível lidar com aquilo.
Sabendo que se ficasse mais um minuto ali, ela provavelmente desistiria de todo o esforço que estava fazendo para ignorar os gritos de Sierra, ela juntou algumas mudas de roupa em uma mochila grande e outros itens que achou necessários, foi até a janela de seu quarto, logo havia pulado da mesma e aterrissado no chão com um baque mudo. A pressão que a grama molhada fez sobre os seus pés resultou em uma pequena dor na região dos calcanhares, mas ela estava preocupada demais com outras coisas para pensar nisso, então apenas começou o trajeto até a casa de sua amiga. Sabia que Claire não veria problema com ela passar umas noites na casa dela, já havia feito isso antes e no momento ela precisava de um lugar para deitar a cabeça e pensar em seu próximo movimento.
Sierra Leone era a irmã mais velha de Carla , mãe de . E como a mãe de estava fazendo um voluntariado em uma pequena vila na África, ela havia ficado encarregada da casa dos , já que Wolston havia falecido seis anos atrás devido uma infecção generalizada. Carla sabia que detestava que ficassem a supervisionado vinte e quatro horas por dia e com isso ela esperou que sua irmã não se interessaria muito com a vida de uma jovem-adulta. Se apenas soubesse o quão enganada estava. As primeiras semanas foram incríveis e elas estavam se dando muito bem, até uma noite em que chegou um pouco mais tarde que o comum e isso desencadeou uma discussão entre as duas.
Enquanto caminhava pelas ruas de São Francisco, ela tentava de todas as formas deixar as palavras da tia voltarem ao brilho de seus pensamentos e sentir todo aquele misto de emoções. De qualquer forma, não era como se ela conseguisse absorver completamente o clima ao seu redor, as coisas em sua cabeça pareciam gritar para que ela perdesse um minuto ou dois voltando a pensar no acontecido. No momento ela se sentia entorpecida com tudo, mesmo que soubesse que em poucas horas estaria focada em tudo o que aconteceu novamente e ela detestava isso. Todas as coisas que já havia deixado de fazer por conta da presença da tia voltariam à tona e ela se sentiria muito chateada consigo mesmo por ter permitido isso.
A caminhada até o prédio em que a amiga morava não durou mais que dez minutos e ela sorriu assim que o edifício entrou no seu campo de vista. Apressando seu passo ela correu até a entrada do local e sem muitas delongas com o já conhecido porteiro, ela foi liberada e em poucos minutos ela estava na porta de seu destino. Como sempre foi de costume, Claire deixava uma chave por baixo do tapete caso a amiga viesse lhe visitar. Ao entrar no apartamento, se sentiu imediatamente desconfortável. Claire estava sentada no colo de um rapaz e o mesmo corria as mãos por todo o corpo dela e por um momento decidiu que não deveria ter vindo. Porém a tatuagem no ombro do rapaz fez o sangue dela ferver. Ela conhecia muito bem aquela tatuagem e aqueles braços, por sinal. Ela jurou que pode escutar o coração bater dez vezes mais rápido.
— Claire?
Assim que uma terceira voz se fez presente, os dois que estavam em um estado muito avançado de toques, direcionaram sua atenção até a intrusa. Os braços da morena empurraram o homem para longe de si e tentava se fazer o mais apresentável possível, mas os três sabiam que toda e qualquer coisa que fosse dita ali estaria fadada ao fracasso. Os olhos de estavam marejados e ela sentia que não demoraria muito para seu rosto estar molhado com suas lágrimas.
, olha, não é bem assim — começou Claire, ao tentar se aproximar da amiga.
— Então, me explica como é, Claire. Por favor, me faz entender o que está acontecendo aqui — disse com a voz um oitavo mais alta.
— Não tem muita coisa pra ser explicada, — Dave, que até então estava quieto, declarou. — Claire e eu estamos saindo há umas semanas.
O olhar de recaiu sobre o homem que um dia chamou de namorado. Ela não conseguia acreditar no que acabara de escutar. Por todos os três anos em que ela e Dave estiveram juntos, Claire sempre soube o quão se sentia mal dentro do relacionamento e ouviu e presenciou inúmeras ocasiões onde o homem foi imensamente abusivo com ela. Claire foi a primeira a dizer que o relacionamento deveria chegar ao fim. se sentia imensamente traída. Por ambos.
Lembrou-se de todas as vezes em que correu para os braços da amiga na esperança de fugir da presença do homem que sempre arrumava uma forma de fazê-la se sentir mal. Foram inúmeras vezes em que passou a noite chorando com Claire ao seu lado e colocando todo o peso e toda a dor que guardava em seu coração para fora. Ela sentia como se tivessem jogado ela em um campo minado e ela acabará de pisar na primeira bomba. Ela considerava a mulher sua melhor amiga e a ver tão entregue nos braços de alguém que havia apenas resultado em coisas más na vida dela era como se todos os holofotes estivessem apontados para ela e estivessem esperando que ela começasse um longo discurso. O problema era que ela não tinha palavras que pudessem dar som ao que sentia. Ela não sabia como reagir.
Respirando fundo e ainda olhando para os dois, ela se virou e saiu pela porta que ainda estava aberta. Pôde escutar os passos apressados de Claire atrás de si, mas não se daria o trabalho de escutar o que a mulher tinha a dizer. Havia visto com os próprios olhos e não precisava que fosse esfregado na sua cara que não poderia confiar nem em Claire. Refazendo todo o caminho, ela logo saiu do prédio e o ar fresco da noite banhou sua pele novamente. Mesmo sem querer, ela sentiu lágrimas cortarem os eixos do seu rosto e se encontrarem em seu queixo. Ela estava sentindo como se seu peito estivesse sendo esmagado e ela não conseguisse respirar.
Ela se via perdida e não sabia o que fazer. Seu refúgio era o apartamento de Claire, lá ela tinha liberdade de ser quem era e não ter que fingir gostar de como as coisas eram na sua própria casa. Nunca imaginou que presenciaria algo como aquilo e tinha certeza de que se não tivesse visto com os próprios olhos, não acreditaria se alguém lhe contasse. Ela se sentia quebrada. Sozinha.
Porém sem que ela percebesse, começou a trilhar um caminho até um lugar que não visitava faz algum tempo. Não fazia ideia do que diria quando chegasse lá e nem tinha certeza de que encontraria alguém lá, a única coisa que ela sabia era que precisava estar lá.
havia chegado de viagem durante aquela tarde e decidiu passar o resto do dia no conforto de seu flat. Sentiu falta das paredes escuras e da vista que a grande janela proporcionava. Ele adorava estar em casa, mesmo que viajasse a maior parte do tempo. Nunca trocaria nenhum lugar do mundo por esse.
As horas passaram para o rapaz como se os ponteiros fossem pesados demais para se mover e ele já havia assistido o terceiro filme. Com um curto suspiro, ele se esticou e pegou seu celular da mesa de centro, discou o número de um de seus delivery’s favorito e sem muita demora realizou seu pedido. Decidiu que tomaria um banho, o segundo desde sua chegada, enquanto esperava a entrega.
[...]
Quinze minutos depois, estava na frente do espelho em seu quarto e passava a mão direita pelos cabelos numa tentativa de fazê-lo parecer mais desarrumado que gostaria. Já havia se vestido, a blusa de malha preta com a calça de moletom cinza o faziam sentir como se estivesse no auge de sua liberdade.
Mas seus pensamentos foram interrompidos pelo som da campainha que reverberou dentro de todo o imóvel. Com passos lentos e a carteira em mãos, ele caminhava até sua porta de entrada, mas ao ver que não era o entregador quem encontrara, ele ficou sem reação. Fazia mais de um ano e meio que ele não a via e, agora como se nada tivesse mudado, ela estava ali.
Os cabelos platinados dela, o que era novo para ele, estavam presos em um rabo de cavalo firme no alto de sua cabeça e ele não pode deixar de apreciar o quanto a cor caia bem nela. Saiu de seu devaneio quando olhou para o rosto dela. Olhos inchados e nariz vermelho foi o que entregou a ele que ela não estava tão bem e que algo sério havia acontecido.

Flashback
Agosto de 2017


A risada de era alta e, por um momento, ela se sentiu livre. Fazia algum tempo que ela não se sentia tão bem quanto no momento, ela não tinha preocupação nenhuma e estava realmente feliz. Finalmente ela conseguiu sentir felicidade. O relacionamento dela com Dave não era o dos mais saudáveis e ela tinha plena consciência disso, mas ao mesmo tempo sabia que não conseguiria ficar sem ele em sua vida. Havia se tornado tóxico. Mas essa noite ela havia se permitido ter uma noite boa com seus amigos e estava imensamente grata por ter decidido vir.
Fazia algumas semanas que ela não via e só depois dos primeiros goles na sua cerveja estupidamente gelada, ela viu o quanto sentiu falta do amigo. Ela sabia que Dave não poderia nem imaginar que ela estava com , ele surtaria. Mas ela estava cansada de se privar para fazer o namorado feliz. Ela estava cansada de abdicar de si para satisfazê-lo, então aos poucos ela estava tomando as rédeas de sua vida novamente. O relacionamento de dois anos e meio não era o que ela esperava e ela não conseguia imaginar como se sentiria quando terminasse. Um dia isso iria acontecer.
sorria largamente ao ver a amiga se divertindo ao seu lado. Ele sentia muita falta de e ter que ficar sem vê-la por causa do namorado idiota dela não fazia sentido para ele. Mas se ela estava querendo equilibrar as coisas entre sua amizade e seu relacionamento, ele teria que aceitar o que ela pudesse lhe dar. O rosto dela estava levemente rosado devido a quantidade de álcool que já havia ingerido e os olhos pequenos e vermelhos acompanhavam a aparência. Conversas altas enchiam o ambiente e era impossível ver alguém que não tivesse um leve sorriso nos lábios. Aquela pequena reunião de amigos era necessária para todos os que estavam ali. Cada um deles se encontrava em sua própria batalha e aquela estava sendo a ocasião perfeita para se desligarem de seus pensamentos por umas horas.
Conforme as horas foram passando, eles tiveram que abaixar o volume da música e de suas vozes e, quando o relógio marcou uma da manhã, apenas metade das pessoas ainda se encontravam no flat de . As conversas engatavam de forma leve e fácil, todos ali poderiam se tornar potencialmente grandes amigos. Já deveria ter passado das duas da manhã quando a última pessoa saiu e os desejou boa noite, eles olharam ao redor e viram o caos que a pequena sala se encontrava. Inúmeras garrafas de cerveja e algumas bitucas de cigarro estavam espalhadas pelo chão. suspirou e se levantou para recolher os objetos de vidro, logo em seu encalço a ajudou e, sem muita demora, já havia recolhido todas as garrafas vazias.
— Você se importaria se eu passasse a noite aqui? — a voz de dançou pelo ambiente.
— Claro que não, anjo. Você sabe que pode até se mudar de surpresa se quiser — respondeu e se aproximou da amiga.
— Obrigada, — começou. — Eu só não quero que essa noite acabe. Não quero voltar para a realidade, sabe?
Mesmo sendo uma pergunta retórica, ele se sentiu na obrigação de concordar com a cabeça. Ele também não queria que a noite tivesse fim, fazia tempo que ele não se sentia tão bem quanto estava e tinha certeza que isso era resultado da presença da mulher em sua frente.
[...]
havia acabado de sair do banho rápido que tomou. Sabia que havia ingerido mais álcool que se orgulhava em admitir, mas não conseguiria dormir bem sem tomar um bom banho e ela já sabia que isso amenizaria a sua possível ressaca. Com passos lentos, ela foi até o quarto de na intenção de pedir uma das camisas dele emprestada para que usasse como pijama, mas ao abrir a porta do banheiro ela o encontrou parado em sua frente. Como se ele estivesse esperando que ela saísse. Mas isso não incomodou, o que chamou sua atenção foi o olhar nervoso do rapaz.
nunca havia se sentido daquela forma, parecia que todos as células do seu corpo estavam queimando e ele estava prestes a explodir. Aquela pequena festa mostrou a ele o que ele precisava ver. Ele estava completa e totalmente apaixonado por e ter que ficar afastado dela o estava matando. Ele sabia que o que estava prestes a fazer poderia acabar com toda a amizade deles, mas ele precisava ser honesto com ela. Não achava justo o que estava fazendo com ela, mesmo que ela não tivesse ideia do que se passava pela cabeça do rapaz.
— Eu não tenho ideia do que estou fazendo, provavelmente é resultado de todas aquelas cervejas, mas eu preciso fazer isso agora — anunciou o rapaz com os lábios trêmulos e olhos presos em suas mãos — Eu gosto de você, . Não como você gostaria que fosse, eu gosto mesmo de você e não faço ideia do que fazer. Quer dizer, você é a minha melhor amiga e nós nos conhecemos desde o primeiro ano. E quando entramos na faculdade, eu comecei a ver você de outra forma... — pausou e tentou colocar todos os seus pensamentos em ordem, enquanto olhava para ela. — Não foi de propósito, eu nunca colocaria você nessa posição por puro egoísmo. Mas eu comecei a perceber o quão incrível e inspiradora você é. Você é apaixonada pelas pequenas coisas e se entrega de verdade ao que te faz feliz. Na época do meu término com a Tiff, você foi a única que não esfregou na minha cara que ela me largaria — mesmo atropelando as palavras ele conseguiu dizer o que pensava e sentiu os olhos marejarem. — Você sempre esteve ao meu lado e eu acho que isso fez com que eu me apegasse a você de uma forma diferente... Eu não sei porque eu estou te dizendo isso, . De verdade, eu não sei. Mas eu amo você. Faz uns meses que eu quero te dizer isso. E hoje eu acho que percebi que nós podemos nunca mais nos ver ou que a nossa amizade pode não ser mais a mesma — declarou com a voz trêmula e viu a garota arregalar os olhos. — Eu sinto muito.
estava sem palavras. Ela realmente não fazia ideia do que dizer, mas sabia que não poderia ficar muito tempo encarando sem dizer nada. Ela ainda tentava articular tudo o que ele havia dito e ter sido pega de surpresa não fez com que fosse mais fácil. Ela olhava fixamente nos olhos do rapaz e via o quão difícil fora para ela dizer tudo aquilo. Ela imaginou quantas ocasiões ele cogitou contar essas coisas a ela e não conseguia imaginar o que se passava na cabeça do amigo. Ela não tinha certeza de conseguiria ser forte como ele e guardar todos esses sentimentos. Ela sempre foi do tipo que faz antes e pensa depois e, com esse pensamento, ela juntou seus lábios aos dele.
foi pego de surpresa e sentiu seus joelhos fraquejarem ao sentir a língua da mulher tocar a sua. As mãos dele rapidamente foram para a nuca dela e a trouxe para mais perto de si, juntando seus corpos. O resto da noite passou como um borrão para os dois e aquele era apenas o início de algo que duraria por mais algum tempo.
Fim do Flashback

Os olhos de marejaram imediatamente ao ver parado ali. Ela mal conseguia lidar com a falta que havia sentido dele e todas as coisas que ela havia se privado de viver com ele nesse um ano e meio. A verdade é que desde que ela se separou de Dave ela ficou apavorada em ver novamente, sabia que havia desenvolvido mais sentimentos românticos pelo amigo do que gostaria de admitir, então ela se afastou. E com o tempo, as ligações constantes que ele fazia chegaram a um fim.
Com uma concordância silenciosa, deu espaço para que a mulher entrasse e ela com passos leves e curtos o fez. O lugar estava pouco diferente do que ela se lembrava, mas com a cabeça tão cheia, ela não conseguia focar nas coisas que haviam mudado. apontou para a poltrona atrás dela e ela logo se sentou, ainda estava sendo difícil para ela lidar com todas as coisas que vinham acontecendo em sua vida nesses últimos meses e se arrependia tanto por ter se afastado de . Ela sabia que ele conseguiria ajudá-la de alguma forma. Ele sempre conseguia.
conseguia ver a tensão dançar entre os dois e decidiu que não seria ele quem continuaria a manter as cortinas do teatro abertas. Ele não entendia o motivo dela ter o afastado e ignorado por todos esses meses, mas não deixaria ela isolada e claramente sofrendo em sua frente. ainda era infinitamente importante para ele, com isso ele se foi até onde ela estava e se ajoelhou na frente dela.
— Você quer falar sobre ou... — declarou ele, incerto.
— Me desculpe — ela disse depois de alguns minutos de silêncio. — Me desculpe por ter sido uma babaca e ter te afastado. Eu nunca deveria ter agido dessa forma. Mas eu estava tão cega achando que as coisas eram apenas sobre como o mundo era cruel comigo — murmurou hesitante, suas mãos estavam trêmulas e ela fazia o possível para não transparecer estar tão nervosa quanto.
ficou em silêncio, absorvendo tudo o que ela havia dito. Tudo bem que quando ele disse que a amava, ele imaginou todos os tipos de coisas, mas não que eles se relacionariam por um tempo e depois ela desapareceria. Ele estaria mentindo se dissesse que não havia ficado bastante machucado com a atitude dela, mas depois de um tempo ele parou de pensar e parou de doer... Na maior parte do tempo.
— Tudo bem — sussurrou incerto. — Mas não pense que está tudo esquecido e desculpado. Não, aquilo foi realmente chato e por semanas eu me perguntei onde havia errado com você — declarou com a voz aveludada.
concordou levemente com a cabeça e se levantou, segundos depois ela abraçou o amigo e sentiu mais lágrimas caírem, mas dessa vez ela sabia o motivo real das lágrimas. Todos esses anos ela havia se encontrado dependendo emocionalmente de alguém, isso aconteceu com Dave, Claire e até o próprio . Mas durante todo o caminho que fez até a casa do amigo ela decidiu que faria as coisas diferentes dessa vez. O choque que teve na casa de Claire havia sido o suficiente para que ela acordasse e pudesse olhar a sua volta e ver o que precisava.
Ela estava disposta a ser diferente e poder acertar as partes certas de sua vida. Sabia que deveria começar com e estava satisfeita de ter sido corajosa o suficiente para passar por cima de seu ego e reconhecer seu erro. Os braços do amigo nunca foram tão aconchegantes como agora e ela sabia que levaria tempo, mas a amizade deles se reergueria. Assim como ela mesmo iria ser o suficiente para ela e para os outros. Ela estava prestes a entrar uma nova perspectiva de vida e olharia para ela com os próprios olhos, sem se deixar levar pela ilusão de ninguém.

I never really notice that I had to decide
To play someone’s game or to live my own life and now I do
I want to move
Out of the black (out of the black)
Into to the blue (into the blue)







Fim.



Nota da autora: Sem nota.


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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