17. Surfacing/Til' We Die

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

A música ecoava pelo ambiente em um tom agradável. O ritmo embalava cada centímetro de meu corpo em uma dança a qual eu não me importava se parecia coerente ou não, ela apenas existia.
O sangue estava por todo o lado. Havia respingos nos móveis, pegadas formadas por um calçado que em breve já não poderia ser mais encontrado, além da enorme poça formada abaixo da mesa, onde o corpo da jovem Luna estava estirado e sem vida.
Ela não havia sido torturada. Sua morte fora rápida e ela mal teve tempo de gritar.
Revivi mentalmente os segundos finais de sua vida e isso me deixou ainda mais eufórico, movendo meu corpo com mais intensidade no ritmo da música, aproveitando cada segundo.
Poucos metros me separavam de . Seu sorriso era dos melhores em minha direção e a expressão de quem estava orgulhosa me deixou ainda mais feliz.
— Estou esperando você me provar coberta de sangue, me provocou com um sorriso sacana estampado em seus lábios.
— E vou. Só estou esperando a parte onde você fica coberta de sangue — sugeri, compartilhando de seu sorriso.
— Não seja por isso, meu anjo! — Ela então se voltou para o meio da sala, onde deixou-se embalar pela música também, se aproximando do corpo da garota morta e se sujando toda de sangue de propósito.
Como em todas as vezes que eu via dançar, fiquei completamente hipnotizado por ela, rendido àqueles movimentos.
A Carniceira de Grimsborough me lançou um olhar sedutor, então estendeu uma mão para mim, pedindo que eu me aproximasse e eu o fiz sem hesitar.
Suas duas mãos ensanguentadas tocaram meu rosto, mas não me importei com aquilo pela primeira vez.
Deixei que espalhassem o sangue por ali, não suportando a ideia de ficar longe dela e cedendo completamente ao impulso, eu puxei pela cintura, arrancando um gritinho dela de surpresa, então juntei nossas bocas.
A princípio, o choque fez com que ela ficasse paralisada. Porém o desejo falou mais alto e em meio a todo aquele sangue espalhado à nossa volta e à música gostosa que tocava no ambiente, então quando eu me aproximei para beijá-la, me puxou com mais força, explorando cada pedaço de meu corpo. Senti o gosto de sangue em seus lábios e aquilo em vez de me repelir eu sentia que me deixava ainda mais excitado.
Não tardei a colar seu corpo ao meu da forma mais intensa que conseguia e depois de um tempo naquela dança deliciosa e sensual, nossos beijos foram se tornando cada vez mais ávidos, famintos um pelo outro. Eu fazia questão de explorar toda a extensão da boca dela com afinco enquanto chupava a minha língua de um jeito provocante que estava me deixando louco.
Transar com ela ali naquele lugar era uma ideia deliciosa, mas ao mesmo tempo eu sabia que poderiam nos encontrar caso fosse encontrado algum vestígio nosso espalhado por aquela sala.
Foi por isso que eu nos afastei, encarando-a como se me odiasse por tê-lo feito.
— Ah, gemeu meu nome como se fosse uma súplica para que eu voltasse ao que fazia antes.
— O que foi, ? — Indaguei em um tom mais baixo e rouco.
— Eu quero foder com você aqui no meio dessa sala — respondeu e eu precisei respirar fundo depois disso. — E eu tenho certeza de que você também quer. Estou vendo isso em seus olhos. — Sorriu sacana.
— Porra… — soltei completamente afetado pelas palavras dela.
— Qual o problema, ? — Questionou, aproximando a boca de minha orelha e dando mordidinhas leves.
Não consegui responder, apenas suspirei.
— Abrace sua escuridão, . Você é um excelente aprendiz e logo saberá coisas que nem imagina. — E o brilho maníaco nos olhos dela era toda a prova que eu precisava de que falava a verdade.
— Ah, foda-se.
Voltei então a puxá-la para mais um beijo, sentindo que meus movimentos eram ainda mais ardentes, desejando ainda assim que não tivéssemos cachorros como testemunhas.
E eu estava pronto para ignorar tudo mesmo, até me rolar mais ainda naquele sangue todo, mas qualquer plano que eu e tivéssemos naquele momento foi interrompido pelo barulho de uma sirene.
Vi os olhos de se arregalaram de surpresa diante daquilo e de repente ela agarrou meu prazo.
— Preciso sim. Vamos…
— Vamos dar o fora daqui enquanto ainda há tempo.
— Não há mais tempo, . Precisamos sumir — ela disse exatamente o que eu tinha em mente.
O barulho da porta sendo arrombada preencheu todo o ambiente.
Tremi com a possibilidade de acabar sem conseguir escutar deles, afinal.
E aqueles dois segundos me custaram , pois no segundo seguinte ela já não estava mais lá.




FIM



Nota da autora: Espero que tenham gostado!
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Beijos e até a próxima.
Ste.



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