18. You Got It On

Finalizada

Capítulo Único

Eu realmente não tinha paciência para baladas.
Não pense que eu sou um velho antiquado que prefere ficar em casa vendo tv, mas, sinceramente, baladas são praticamente o ápice dos que estão completamente desesperados por sexo. Nem venha me falar o contrário, todos sabemos que isso é verdade.
Então, você deve se perguntar o que eu, um homem de 26 anos, está fazendo em uma balada se não está desesperado por sexo.
Responderei então sua dúvida com apenas duas palavras: .
Este é o culpado pela minha presença nesse lugar. E só para deixar claro, minha vida sexual vai muito bem, obrigado.
Agora voltando a minha explicação...
, também conhecido como meu melhor amigo, esta na fossa porque pegou sua querida noiva com outro cara na cama. Trágico. Realmente, trágico. Mas eu, como o bom amigo que eu sou, quero ajudá-lo, claro. E tem algo melhor do que boas doses de vodca e uma mulher para ele? Claro que não.
Essa é a hora em que você pensa que eu sou um insensível, um vegetal sem emoções, mas é ai que você se engana e eu vou explicar o porquê.
Isso já faz SETE MESES!
Sim, senhores, está na fossa há sete meses, e eu simplesmente não aguento mais ele me ligando toda madrugada pedindo conselhos. Francamente, não sou pago para isso.
Então trouxe meu amigo ao antro dos desesperados por sexo, eu sou realmente um gênio. Já fazia algumas horas desde que havíamos chegado, e já estava conversando com uma garota, então decidi pegar algo para beber.
Me levantei e fui até o bar pedir um copo do meu bom e velho uísque.
- Uísque, por favor. – disse ao garçom, em seguida me encostei no balcão.
- Peter, uma água mineral, antes que decida subir no palco e dançar Macarena pra todos aqui, por favor. – uma garota disse ao chegar ao balcão.
O garçom, que deduzi ser o tal Peter, logo me entregou meu uísque e se dirigiu à garota.
- Sério? Nem são onze ainda e a já tá desse jeito?
- Você se surpreenderia...
Acabei rindo da conversa dos dois. Pelo que parecia, a garota estava passando por uma situação parecida com a minha. Porém, a risada que era para não ser notada, acabou sendo percebida por ela.
- Então, estranho... Acha engraçado meu desespero? – ela disse, sorrindo.
- Na verdade, não. – disse, dando um gole na minha bebida.
- Então por que riu? – perguntou, ainda sorrindo.
- Digamos que estamos em situações parecidas. – falei, encarando-a pela primeira vez.
Ela tinha cabelos pretos que estavam soltos e olhos castanhos fascinantes, tinha que admitir. Usava um vestido branco simples e um salto preto, nada muito vadia, na verdade. Era uma garota bonita.
- Você também tá tentando impedir alguém de dançar Macarena com o DJ? - perguntou, pegando a garrafa d’água.
- Estou na missão “Tirar o Amigo da Fossa”. – respondi, simplesmente. – Digamos que ele tenha pegado a noiva com outro na cama, nada muito alegre.
- Oh, isso realmente não é alegre.
- Acontece que isso aconteceu há sete meses e até agora ele não superou.
- Seu amigo definitivamente precisa de uma garota.
- Eu que o diga. – disse, bebendo o resto de uísque que ainda tinha no copo.
- Bom, como eu disse, preciso salvar alguém da vergonha alheia. – ela disse, levantando a garrafa. – Vejo você por ai.
- Vejo você por ai... – repeti, colocando o copo no balcão, junto com uma nota de vinte dólares, e a segui.
Assim que ela notou minha presença andando ao seu lado, sorriu de lado e disse:
- O “por ai” veio mais cedo do que eu esperava. – disse, rindo. – . E você é?
- .
- Então, por que está me seguindo, ?
- Digamos que eu não tenha outras coisas pra fazer aqui, não quero ficar de vela enquanto meu amigo tira o atraso.
- Tem várias garotas aqui, você pode aproveitar uma. – disse, simplesmente.
- Eu realmente só vim até aqui ajudar meu amigo, digamos que eu não sou o fã número um de baladas.
- Somos dois. Odeio esse monte de gente bêbada e desesperada por sexo.
- Finalmente alguém que concorda comigo.
Continuamos caminhando até perto do banheiro feminino, onde ela se abaixou e entregou a garrafa para uma garota, que deduzi ser a tal que queria subir para dançar Macarena.
- É melhor você beber isso logo, antes que eu enfie pela sua garganta à força. – ela disse, olhando para a garota e em seguida se virou para mim.
- Aturar amigo bêbado é a pior coisa. Principalmente essa aqui, que fica completamente irracional. Não sei o que fiz pra merecer.
- Você disse que não vem muito em baladas, mas conhecia o barman. – comentei, distraidamente.
- Na verdade, eu disse que não gostava. – disse, rindo. – Eu trabalho aqui, por isso conheço o Peter.
- Você trabalha aqui? Tudo bem que eu vim poucas vezes, mas nunca tinha te visto.
- Eu fico depois do fechamento, por isso quase ninguém me vê. É bem mais calmo quando todo mundo vai embora. É bem melhor. Então, o seu amigo, você acha que ele vai se dar bem hoje?
- Realmente, pelo bem dos meus ouvidos, eu espero que sim. – falei, rindo.
- Pelo bem dos seus ouvidos? – ela perguntou, confusa.
- Ele me liga toda madrugada pedindo conselhos pra reconquistar a ex-noiva. Eu falei pra ele que aquela garota não prestava, mas quem escuta o melhor amigo quando tem mulher na frente?
gargalhou alto do meu lado.
- Isso é verdade. Vocês são muito irracionais quando tem mulher no meio.
- Tente explicar isso pro . Ele achava que era cisma minha! Até pegar ela com um cara na cama. Admito que uma parte minha queria soltar um belo “eu te avisei”, mas não sou tão insensível assim.
- Ia ser crueldade, mas, realmente, que dó de você, ...
Antes que ela pudesse continuar, ouvimos sua amiga vomitar do nosso lado.
- Na verdade, eu to com mais dó de você agora. – falei, rindo. – O que a fez beber tanto?
- Terminou com o namorado... – disse, suspirando. – E claro que sobrou para mim tentar fazê-la esquecer. Acontece que a garota parece uma torneira de bebida ambulante, mas não tem problema. Meu amigo está vindo buscá-la.
- Vai se livrar dela, então.
- Quem dera... Hoje eu fico pro fechamento. – suspirou de novo.
- Espera. – falei, me virando para ela. – Você vai ter que esperar todo mundo ir embora? – ela assentiu. – Mas ainda vai dar onze horas! Essas pessoas só vão começar a ir embora lá pras três da manhã.
- Pra você ver... Eu não tenho sorte mesmo. Diferente do seu amigo, eu não vou me dar bem essa noite.
- Eu também não. Provavelmente vou ir pra casa daqui a pouco, depois de, claro, certificar que já esta no estágio “vai embora, , eu não preciso mais de você”.
- Vai ser abandonado pelo melhor amigo? – ela perguntou, e eu assenti com cara de triste. – Ah, que dó.
Antes que eu pudesse responder, um garoto se aproximou de nós, trocou algumas palavras com e em seguida pegou sua amiga do chão, saindo com ela em seguida.
- Ele é a carona? – perguntei, rindo.
- Eu poderia beijá-lo nesse momento. – disse, me acompanhando. – Então, vai embora, ?
- Talvez. A menos que você queira que eu fique. – disse, fazendo minha melhor cara de cafajeste.
- Você devia tomar vergonha na cara ao invés de uísque, sabia? – falou com a sobrancelha arqueada.
- Não acho que isso seja comercializado. Por que, , com medo de se apaixonar? – falei, rindo.
- Acredite, . – disse, frisando meu sobrenome, assim como eu tinha feito com o dela. – É mais fácil você se apaixonar por mim.
- Isso me soou como um desafio. – falei, chegando mais perto. – Foi um desafio?
- Isso depende de você.
- Uma pena você não poder sair daqui. – falei do jeito mais cínico possível.
- Contanto que eu volte até às quatro, nada me impede de sair daqui. – ela respondeu no mesmo tom.
- Você quer insinuar algo? – arqueei a sobrancelha.
- Você fala demais, . – ela disse, e finalmente eu acabei com a distância entre nós a agarrando.
Suas mãos foram diretamente para minha nuca, me arranhando. Enquanto eu apertava sua cintura com um pouco mais de força do que o necessário. O beijo que tinha começado completamente selvagem, não parou até o último segundo em que o ar foi necessário.
- , você vem comigo porque você se deu bem essa noite.
A puxei pelo braço, indo em direção ao meu carro o mais rápido possível. Agradeci mentalmente por ter estacionado perto.
Eu já ia para o banco da frente, quando me puxou.
- Você disse que eu ia me dar bem essa noite, não foi? – disse, mordendo meu lábio. – Não quero esperar muito pra isso.
Ela disse e logo destravou as portas de trás, me puxando para dentro em seguida.
Sentei a garota no meu colo o mais rápido que consegui. começou a beijar meu pescoço diversas vezes enquanto minhas mãos já iam diretamente para o fecho do vestido em suas costas. Assim que o abri, levantei seu rosto e comecei a morder seu pescoço lentamente, com certeza aquele era o seu ponto fraco, a julgar pelo jeito que ela soltava uns gemidinhos fracos de vez em quando.
se separou de mim para puxar minha blusa para cima, e eu logo voltei para seu busto, que ainda não tinha dado a devida atenção. A garota começou a soltar gemidos fracos, me deixando cada vez mais excitado. Finalmente tirei seu vestido, deixando apenas de salto no meu colo.
Fui diretamente para seus seios, mordendo-os, sugando e apertando ao mesmo tempo. puxava meus cabelos e arranhava minhas costas. Eu sentia arder todas as vezes que ela me arranhava, mas, naquele momento, eu realmente não ligava.
Ela começou a desabotoar minha calça e, antes que eu pudesse impedir, sua mão já estava dentro da minha box. E foi minha vez de gemer no momento em que sua mão começou a acariciar meu membro. Joguei minha cabeça para trás apenas aproveitando enquanto ela voltava para meu pescoço, mordendo e deixando alguns chupões. Minhas mãos apertavam suas coxas, cada vez mais forte. Aquela garota ia me enlouquecer!
Minha mão foi rapidamente para o bolso da calça, pegando a camisinha que era, na verdade, para . Vou ficar te devendo essa, caro amigo.
não parava de me torturar com sua mão, então decidi fazer o mesmo. Levei minha outra mão até a calcinha da garota e esbarrei meus dedos acidentalmente. estremeceu no meu colo, e eu meus dedos a invadiram.
Ela se segurava nos meus ombros, gemendo lascivamente enquanto meus dedos a invadiam num ritmo tortuoso, ora lento, ora rápido, fazendo-a se debater em meus dedos. Ela não ia aguentar muito a brincadeira, assim como eu, mas tudo ficava melhor quando tinha mais provocações.
Voltei para o seu pescoço, mordendo e chupando-o ainda mais, fazendo-a aumentar o volume dos gemidos gradualmente. Suas unhas se fincavam em meus ombros, provocando uma dor completamente prazerosa, eu sabia que ela não conseguiria se segurar por muito tempo, mas então me lembrei de algo.
Me aproximei de seu ouvido e em seguida soltei as melhores palavras para o momento.
- Acho que agora é você quem precisa tomar cuidado pra não se apaixonar por mim... – e em seguida mordi o lóbulo de sua orelha, ouvindo-a gemer mais alto.
Antes mesmo que ela pudesse raciocinar de novo, eu vesti a camisinha, afastei sua calcinha e a invadi de uma vez, fazendo ambos gemerem juntos. Aquela garota era realmente perfeita.
Ela me puxou pra um beijo completamente afobado e em seguida me pediu por mais, o pedido que eu rapidamente atendi. Comecei a estocar com mais rapidez, cada vez mais fundo, sentindo-a me apertar internamente, me fazendo perder o resto de sanidade que eu ainda tinha. Segurei seus cabelos com uma mão, me voltando para o seu pescoço mais uma vez. Com certeza amanhã ela iria se lembrar de mim e iria precisar de quilos de maquiagem para cobrir aquilo.
Ouvi seus gemidos aumentarem e já sabia que seu orgasmo estava chegando, por isso aumentei ainda mais a rapidez das estocadas. se virou para mim e, se eu pudesse guardar qualquer imagem na minha mente, com certeza seria aquela.
A garota completamente descabelada e suada, com seus olhos semiabertos e gemendo, completamente entregue a mim.
E logo ambos estávamos chegando ao orgasmo juntos e ela se jogou em cima de mim, exausta.
- Parece que você também se deu bem hoje. – ela disse, rindo.
- Realmente... – falei, também rindo. – Já se apaixonou por mim, ?
- Nos seus sonhos, , nos seus sonhos...




FIM



Nota da autora: Sem nota.

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