Capítulo Único
e eu estávamos juntos desde o ensino médio.
Nos conhecemos no último ano, em uma festa de aniversário de um colega em comum. Entre uma bebida e outra, trocamos olhares, sorrisos e algumas palavras quando dançamos juntos. Ao fim da noite, me acompanhou até o ponto de ônibus ― depois de me ouvir recusar inúmeras vezes sua oferta de companhia até a porta de casa ―, onde rimos por mais alguns minutos antes que eu tomasse a condução que me deixaria na rua abaixo da minha.
Nossa despedida foi um leve aceno seguido de “te vejo na segunda”. Não houve abraço, tampouco um beijo, mas percebi que aquelas palavras realmente tinham um fundo de verdade, não haviam sido ditas apenas para encerrar a noite.
E assim foi na segunda.
Na terça.
Na quarta.
Na semana seguinte.
E no mês seguinte também.
Aos poucos, foi se transformando em alguém indispensável nos meus dias.
Mas nosso primeiro beijo só veio a acontecer quase dois meses depois, em uma outra festa.
Sabendo que não podia mais ignorar o que sentia a seu respeito, decidi me confessar. Despejando tudo em cima dele quando criei coragem, fui surpreendida com a resposta: um beijo que aquietou meu coração daquela angústia de talvez não ser correspondida.
Após aquela noite, fomos tomando cada vez mais lugar na vida do outro. Conhecemos nossas famílias, viajamos juntos e, no ano seguinte, mudamos de cidade para estudar na mesma faculdade. Construímos um canto nosso e, em alguns meses, uma rotina só nossa.
E o mundo parecia estar nossas mãos. O céu era mesmo o limite.
Os anos passaram, a formatura, os empregos e mais responsabilidades chegaram. Nos mudamos para uma casa maior, adotamos mais um gato, trocamos alguns móveis, decidimos comer mais vegetais e cuidar de nossas saúdes. Não importava o que fosse, sempre resolvíamos e fazíamos juntos.
Até que algo totalmente fora da curva aconteceu.
Com o carro estacionado em frente à uma lanchonete, mal conseguia acreditar no que meus olhos viam. Passei alguns minutos sem me mover, trancando a respiração consecutivamente enquanto várias lembranças cortavam minha linha de raciocínio, uma atrás da outra. Meu próprio cérebro quase esfregava na minha cara os fatos que, a todo custo, tentava negar ou procurar por uma justificativa.
Há mais ou menos um mês, parecia se distanciar de mim. Passou a frequentar “reuniões de trabalho” que iam até tarde, recebia mensagens e ligações secretas, cujas quais não respondia na minha presença, sem contar que, diferente de todos os anos anteriores, aparentemente, sequer lembrava da proximidade da dobradinha de aniversário que chegaria nas próximas semanas ― meu aniversário e nosso aniversário de namoro.
No fundo, eu sabia para onde todos aquelas pistas apontavam, entretanto, não sabia se teria coragem de confrontá-lo a respeito. E se fosse verdade, o que faria? O que diria? Ao mesmo tempo que, para mim, uma traição era inaceitável, também não me imaginava dando fim à nossa história, indo embora ou coisa que o valha.
Por dias a fio, ponderei como deveria abordar aquilo, uma vez que permanecer em silêncio já não era mais uma opção.
Contudo, ainda conseguiu me surpreender ainda mais. Na manhã do meu aniversário ― do nosso aniversário! ―, não me deu os parabéns, bem como não tomamos café juntos. Por isso, por mais doentio que isso parecesse até mesmo para mim, decidi segui-lo. Precisava tirar a história a limpo e questioná-lo sobre o que estava acontecendo.
O que me levava ao momento presente, sentada no carro, observando-o sorridente, segurando a mão da minha melhor amiga, beijando o dorso daquela mão que até minhas lágrimas já tinha secado.
Para que não me restassem dúvidas, telefonei para ele. pegou o celular em mãos, conferiu o número… E DESLIGOU!
Canalha, desgraçado, pilantra, ordinário, você me paga!
Estava tão perdida com tudo o que estava sentindo, com todas as vozes na minha cabeça que nem ao menos consegui voltar para casa. Era meu dia de folga no trabalho, o que me dava um pouco mais de tempo para pensar sobre o que estava fazendo com a minha própria vida ― ou o que faria dali para frente.
Rodando pela cidade, fui atormentada pela imagem de casais de todas as idades, que me lembravam de nós há alguns anos, nós no mês anterior e o que poderíamos ser no futuro. Deus, como pude ser tão burra?
Alguns copos de café, pipocas, e sanduíches mais tarde, decidi que só isso não afogaria a tristeza e a solidão que estava sentindo, logo, precisava de algo um pouco mais forte.
Entrando no primeiro bar aberto que surgiu em meu campo de visão, pedi por um dry martini. Não estava familiarizada com o álcool e sabia que três taças iguais as que o barman punha a minha frente eram o meu limite. Depois disso, seria apenas uma bêbada chorona que contaria para qualquer estranho tudo que deu errado em sua vida.
Ao beber o último gole, ouvi ao meu lado:
― O que você está bebendo?
― Um dry martini. ― Olhei para o homem que havia se sentado em um banco próximo.
Alto, cabelos escuros e feições marcantes, parecia exatamente o tipo que se encontra em qualquer bar, buscando pela companhia da noite.
― Se você estiver a fim, posso te acompanhar na próxima rodada. ― Não tendo certeza se aquela era a resposta certa, mas apenas assenti.
O homem sinalizou para o barman com a taça e fazendo um número dois com os dedos.
― Você não parece tão animada.
― Você nem me conhece. ― Semicerrei os olhos.
― Eu conheço seres humanos. ― Revirei os olhos de leve, mas não consegui evitar o sorriso ao vê-lo sorrir.
Beberiquei um gole da minha nova taça.
― Parece que a minha vida inteira foi uma mentira.
― Algo em específico que faça você pensar isso?
― As duas pessoas que mais amei me apunhalaram pelas costas e eu nem mesmo sei como confrontá-los.
― Acho que, antes de confrontá-los, você precisa reunir as provas concretas, assim, eles não podem negar nada, pelo menos, não sem você saber que é mentira.
― Só que… não sei se o que tenho são provas concretas ― hesitei.
― Como assim?
― Eu os vi juntos, meu namorado estava com ela, próximos demais…
― E você tem certeza? ― Dei de ombros.
― Nem mesmo sei o que pensar.
― Bom… nesse caso, pode ser exatamente o que você está pensando, como pode não ser nada disso.
― E como posso ter certeza?
― Perguntando e confiando que a resposta que vier é real. ― Deu um gole grande em sua bebida.
― Então, vai ser pior do que imaginei que seria. ― Ri sem graça. ― O que me deixa mais magoada é que parece que investi tudo de mim em algo que não tinha como dar certo.
― Você não me parece velha para não ter tempo de recomeçar.
― A questão é que eu nem sei como fazer isso. ― Bebi todo o resto do conteúdo da taça de uma vez só, me arrependendo logo em seguida, ao sentir o líquido queimar meu esôfago.
― Talvez você esteja um pouco afobada para ter todas as respostas de uma vez, quando deveria se preocupar só com a que te trouxe aqui, primeiramente.
Absorvendo suas palavras, permaneci em silêncio por alguns minutos.
Mesmo que não quisesse aceitar os conselhos de um estranho que eu nem ao menos sabia como se chamava, também era inegável que tinha um ponto.
― Acho que eu… preciso ir. ― Conferi a hora no relógio de pulso, levantando-me do banco.
― Você não vai dirigir, né? ― Franzi as sobrancelhas.
― Ia, mas acho que não é uma boa ideia. ― Passei a mão pelo rosto.
― Eu chamo um táxi para você. Vamos. ― Caminhando à minha frente, do lado de fora, acenou até que um carro estacionou rente ao meio fio, abrindo a porta.
― Eu nem sei o seu nome.
― Se voltarmos a nos ver, eu te conto. ― Trocamos um sorriso. ― Boa sorte na sua vida.
― Obrigada. ― Entrei no veículo, deixando-o bater a porta por mim.
No caminho para casa, acionei um despertador para me lembrar de buscar o carro no endereço que havia usado para nomear o alarme. Depois disso, comecei a repassar tudo o que estava na ponta da língua para questionar sobre o que tinha visto naquela manhã. Meus pensamentos estavam um pouco embaralhados, mas não o suficiente para me fazerem esquecer meu propósito da noite.
Em frente a minha casa, com as mãos trêmulas de nervoso, procurei pela minha chave dentro da bolsa. Quando a encontrei, caminhei pé ante pé até a entrada, tentando inventar uma desculpa qualquer para me tranquilizar, mesmo que isso não tivesse a menor chance de funcionar na prática.
Ao abrir a porta, as luzes se acenderam e gritos de “surpresa” preencheram o ambiente. Minha família, amigos, colegas de trabalho… estavam todos presentes, atrás de e , que seguravam um bolo cheio de velas acesas.
― O que… como…
― Assopra as velas, amor. ― Sorriu.
Ainda sem compreender por completo, fiz o que me pediu.
― Achei que você… tinha…
― Esquecido? ― completou. ― Jamais. me deu a ideia de fazermos uma festa surpresa, porque você nunca teve uma e, meu Deus, não sei como você consegue organizar festas com tanta facilidade e em tão pouco tempo. ― Riu.
― Demoramos um mês inteirinho enviando convites, reservando comida e bebida… ― Minha melhor amiga explicou.
― Um mês? ― repeti. ― Por isso, vocês estavam juntos hoje?
Assentiram conjuntamente.
― Aliás, me desculpe não termos tomado café juntos e por não ter te desejado feliz aniversário. Sei o quanto significa pra você. ― Acariciou meu rosto com a mão livre.
Agarrando-me ao seu pescoço de lado para não bater no bolo, entendi que não precisaria fazer mais nenhuma pergunta. Como você é idiota!
Ele ainda me ama mesmo eu não sendo mais aquela garota de antes.
― Eu te amo ― sussurrei.
― Eu também. Espero que saiba disso.
― Eu sei. ― Apertei-o ainda mais forte em meus braços para não mais largar.
Nos conhecemos no último ano, em uma festa de aniversário de um colega em comum. Entre uma bebida e outra, trocamos olhares, sorrisos e algumas palavras quando dançamos juntos. Ao fim da noite, me acompanhou até o ponto de ônibus ― depois de me ouvir recusar inúmeras vezes sua oferta de companhia até a porta de casa ―, onde rimos por mais alguns minutos antes que eu tomasse a condução que me deixaria na rua abaixo da minha.
Nossa despedida foi um leve aceno seguido de “te vejo na segunda”. Não houve abraço, tampouco um beijo, mas percebi que aquelas palavras realmente tinham um fundo de verdade, não haviam sido ditas apenas para encerrar a noite.
E assim foi na segunda.
Na terça.
Na quarta.
Na semana seguinte.
E no mês seguinte também.
Aos poucos, foi se transformando em alguém indispensável nos meus dias.
Mas nosso primeiro beijo só veio a acontecer quase dois meses depois, em uma outra festa.
Sabendo que não podia mais ignorar o que sentia a seu respeito, decidi me confessar. Despejando tudo em cima dele quando criei coragem, fui surpreendida com a resposta: um beijo que aquietou meu coração daquela angústia de talvez não ser correspondida.
Após aquela noite, fomos tomando cada vez mais lugar na vida do outro. Conhecemos nossas famílias, viajamos juntos e, no ano seguinte, mudamos de cidade para estudar na mesma faculdade. Construímos um canto nosso e, em alguns meses, uma rotina só nossa.
E o mundo parecia estar nossas mãos. O céu era mesmo o limite.
Os anos passaram, a formatura, os empregos e mais responsabilidades chegaram. Nos mudamos para uma casa maior, adotamos mais um gato, trocamos alguns móveis, decidimos comer mais vegetais e cuidar de nossas saúdes. Não importava o que fosse, sempre resolvíamos e fazíamos juntos.
Até que algo totalmente fora da curva aconteceu.
Com o carro estacionado em frente à uma lanchonete, mal conseguia acreditar no que meus olhos viam. Passei alguns minutos sem me mover, trancando a respiração consecutivamente enquanto várias lembranças cortavam minha linha de raciocínio, uma atrás da outra. Meu próprio cérebro quase esfregava na minha cara os fatos que, a todo custo, tentava negar ou procurar por uma justificativa.
Há mais ou menos um mês, parecia se distanciar de mim. Passou a frequentar “reuniões de trabalho” que iam até tarde, recebia mensagens e ligações secretas, cujas quais não respondia na minha presença, sem contar que, diferente de todos os anos anteriores, aparentemente, sequer lembrava da proximidade da dobradinha de aniversário que chegaria nas próximas semanas ― meu aniversário e nosso aniversário de namoro.
No fundo, eu sabia para onde todos aquelas pistas apontavam, entretanto, não sabia se teria coragem de confrontá-lo a respeito. E se fosse verdade, o que faria? O que diria? Ao mesmo tempo que, para mim, uma traição era inaceitável, também não me imaginava dando fim à nossa história, indo embora ou coisa que o valha.
Por dias a fio, ponderei como deveria abordar aquilo, uma vez que permanecer em silêncio já não era mais uma opção.
Contudo, ainda conseguiu me surpreender ainda mais. Na manhã do meu aniversário ― do nosso aniversário! ―, não me deu os parabéns, bem como não tomamos café juntos. Por isso, por mais doentio que isso parecesse até mesmo para mim, decidi segui-lo. Precisava tirar a história a limpo e questioná-lo sobre o que estava acontecendo.
O que me levava ao momento presente, sentada no carro, observando-o sorridente, segurando a mão da minha melhor amiga, beijando o dorso daquela mão que até minhas lágrimas já tinha secado.
Para que não me restassem dúvidas, telefonei para ele. pegou o celular em mãos, conferiu o número… E DESLIGOU!
Canalha, desgraçado, pilantra, ordinário, você me paga!
Estava tão perdida com tudo o que estava sentindo, com todas as vozes na minha cabeça que nem ao menos consegui voltar para casa. Era meu dia de folga no trabalho, o que me dava um pouco mais de tempo para pensar sobre o que estava fazendo com a minha própria vida ― ou o que faria dali para frente.
Rodando pela cidade, fui atormentada pela imagem de casais de todas as idades, que me lembravam de nós há alguns anos, nós no mês anterior e o que poderíamos ser no futuro. Deus, como pude ser tão burra?
Alguns copos de café, pipocas, e sanduíches mais tarde, decidi que só isso não afogaria a tristeza e a solidão que estava sentindo, logo, precisava de algo um pouco mais forte.
Entrando no primeiro bar aberto que surgiu em meu campo de visão, pedi por um dry martini. Não estava familiarizada com o álcool e sabia que três taças iguais as que o barman punha a minha frente eram o meu limite. Depois disso, seria apenas uma bêbada chorona que contaria para qualquer estranho tudo que deu errado em sua vida.
Ao beber o último gole, ouvi ao meu lado:
― O que você está bebendo?
― Um dry martini. ― Olhei para o homem que havia se sentado em um banco próximo.
Alto, cabelos escuros e feições marcantes, parecia exatamente o tipo que se encontra em qualquer bar, buscando pela companhia da noite.
― Se você estiver a fim, posso te acompanhar na próxima rodada. ― Não tendo certeza se aquela era a resposta certa, mas apenas assenti.
O homem sinalizou para o barman com a taça e fazendo um número dois com os dedos.
― Você não parece tão animada.
― Você nem me conhece. ― Semicerrei os olhos.
― Eu conheço seres humanos. ― Revirei os olhos de leve, mas não consegui evitar o sorriso ao vê-lo sorrir.
Beberiquei um gole da minha nova taça.
― Parece que a minha vida inteira foi uma mentira.
― Algo em específico que faça você pensar isso?
― As duas pessoas que mais amei me apunhalaram pelas costas e eu nem mesmo sei como confrontá-los.
― Acho que, antes de confrontá-los, você precisa reunir as provas concretas, assim, eles não podem negar nada, pelo menos, não sem você saber que é mentira.
― Só que… não sei se o que tenho são provas concretas ― hesitei.
― Como assim?
― Eu os vi juntos, meu namorado estava com ela, próximos demais…
― E você tem certeza? ― Dei de ombros.
― Nem mesmo sei o que pensar.
― Bom… nesse caso, pode ser exatamente o que você está pensando, como pode não ser nada disso.
― E como posso ter certeza?
― Perguntando e confiando que a resposta que vier é real. ― Deu um gole grande em sua bebida.
― Então, vai ser pior do que imaginei que seria. ― Ri sem graça. ― O que me deixa mais magoada é que parece que investi tudo de mim em algo que não tinha como dar certo.
― Você não me parece velha para não ter tempo de recomeçar.
― A questão é que eu nem sei como fazer isso. ― Bebi todo o resto do conteúdo da taça de uma vez só, me arrependendo logo em seguida, ao sentir o líquido queimar meu esôfago.
― Talvez você esteja um pouco afobada para ter todas as respostas de uma vez, quando deveria se preocupar só com a que te trouxe aqui, primeiramente.
Absorvendo suas palavras, permaneci em silêncio por alguns minutos.
Mesmo que não quisesse aceitar os conselhos de um estranho que eu nem ao menos sabia como se chamava, também era inegável que tinha um ponto.
― Acho que eu… preciso ir. ― Conferi a hora no relógio de pulso, levantando-me do banco.
― Você não vai dirigir, né? ― Franzi as sobrancelhas.
― Ia, mas acho que não é uma boa ideia. ― Passei a mão pelo rosto.
― Eu chamo um táxi para você. Vamos. ― Caminhando à minha frente, do lado de fora, acenou até que um carro estacionou rente ao meio fio, abrindo a porta.
― Eu nem sei o seu nome.
― Se voltarmos a nos ver, eu te conto. ― Trocamos um sorriso. ― Boa sorte na sua vida.
― Obrigada. ― Entrei no veículo, deixando-o bater a porta por mim.
No caminho para casa, acionei um despertador para me lembrar de buscar o carro no endereço que havia usado para nomear o alarme. Depois disso, comecei a repassar tudo o que estava na ponta da língua para questionar sobre o que tinha visto naquela manhã. Meus pensamentos estavam um pouco embaralhados, mas não o suficiente para me fazerem esquecer meu propósito da noite.
Em frente a minha casa, com as mãos trêmulas de nervoso, procurei pela minha chave dentro da bolsa. Quando a encontrei, caminhei pé ante pé até a entrada, tentando inventar uma desculpa qualquer para me tranquilizar, mesmo que isso não tivesse a menor chance de funcionar na prática.
Ao abrir a porta, as luzes se acenderam e gritos de “surpresa” preencheram o ambiente. Minha família, amigos, colegas de trabalho… estavam todos presentes, atrás de e , que seguravam um bolo cheio de velas acesas.
― O que… como…
― Assopra as velas, amor. ― Sorriu.
Ainda sem compreender por completo, fiz o que me pediu.
― Achei que você… tinha…
― Esquecido? ― completou. ― Jamais. me deu a ideia de fazermos uma festa surpresa, porque você nunca teve uma e, meu Deus, não sei como você consegue organizar festas com tanta facilidade e em tão pouco tempo. ― Riu.
― Demoramos um mês inteirinho enviando convites, reservando comida e bebida… ― Minha melhor amiga explicou.
― Um mês? ― repeti. ― Por isso, vocês estavam juntos hoje?
Assentiram conjuntamente.
― Aliás, me desculpe não termos tomado café juntos e por não ter te desejado feliz aniversário. Sei o quanto significa pra você. ― Acariciou meu rosto com a mão livre.
Agarrando-me ao seu pescoço de lado para não bater no bolo, entendi que não precisaria fazer mais nenhuma pergunta. Como você é idiota!
Ele ainda me ama mesmo eu não sendo mais aquela garota de antes.
― Eu te amo ― sussurrei.
― Eu também. Espero que saiba disso.
― Eu sei. ― Apertei-o ainda mais forte em meus braços para não mais largar.
FIM.
Nota da autora: Nunca imaginei que ia escrever música da Taylor, mas aqui estamos nós, né? kkkkkkk
Até a próxima, gente <3
Caixinha de comentários: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI
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Até a próxima, gente <3
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