23. We Were Happy

Última atualização: 14/03/2022

Capítulo Único

Há alguns anos eu não passava por essas ruas, ou seja, fazia alguns anos que eu não pisava naquela cidade. Desde que me mudei para o que o pessoal daqui chamaria de cidade grande ou de capital não voltava ao que eu agora poderia chamar de interior. As montanhas continuavam verdes, as fazendas continuavam demarcadas, os haras também estavam lá com todos os seus animais. O campo ainda era o campo. Todo o caminho até a fazenda ainda era o mesmo com as estradas de terra e a lama acumulada nos buracos por conta da manhã chuvosa.
Voltar não estava nos meus planos, mas era algo que deveria fazer. Não poderia deixar a minhas raízes esquecidas por muito mais tempo. O problema é que voltar me trazia lembranças que não queria ter. Lembrar da paisagem e do quão simples era a rotina em Valença não era mau. Ter de explicar quem era a menininha adormecida que estava no banco traseiro do carro não seria muito legal. Aos poucos fui tentando não me concentrar nas explicações que deveria dar assim que chegasse no sítio e focar em como não atolar meu sedan naquela lama toda.
Não quero que ninguém saiba que deu errado lá no Rio de Janeiro. Eu voltei porque a cidade grande não era para mim. Essa será a desculpa oficial. Ninguém saberia que engravidei do meu chefe, que ele era um babaca por ter me abandonado grávida e não ter reconhecido a paternidade. Isso nunca aconteceu. Livia era uma produção independente e eu a amo muito, apenas isso importa. Ela com sua pouca idade era o que fazia a minha vida ter algum sentido.
O caminho foi ficando mais e mais familiar ainda com o passar do tempo. A rua foi se estreitando, as placas com os nomes dos sítios mais reconhecíveis por mim. Era uma surpresa que ainda soubesse o caminho de volta para casa, pelo visto quando a Hannah Montana cantava que você sempre pode achar o caminho de volta para casa era verdade. O sentimento de estar avançando ao dar alguns passos para trás deixava o meu peito apertado, mas a versão mãe não poderia regredir mais do que isso. Voltar ao interior era o meu limite máximo e era algo feito pelo meu bem e pelo bem de minha filha.
Queria que fosse no meio da madrugada para não chamar atenção de ninguém, porém era próximo de meio dia quando cheguei no sítio com a placa Boa Esperança. Não queria fazer mais alarde que já faria. Não tinha como era isso ou ficar desabrigada com uma criança e isso em hipótese alguma era uma opção. Ainda tinha a chave do portão e respirei fundo antes de deixar o veículo. Esse será um novo começo mesmo que eu tenha planos de conseguir me reestabelecer o mais rápido possível.
Abri o portão e me surpreendi com a casa que estava do mesmo jeito de sempre. Tudo parecia igual exceto a grama que dava sinais de que precisava ser aparada. Não demorei a assimilar como as coisas estavam, pois tive que entrar com o carro. Assim que entrei e fechei o portão dei de cara com uma senhora que só poderia ser minha mãe.
, achei que era você quando vi de longe. Por que não avisou que vinha?
O semblante dela era surpreso e tinha um sorriso em seus lábios que queriam me dizer algo, porém carregava tantos sentimentos que não era claro o seu significado. Sabendo bem quem é a minha mãe, respiro fundo antes de dizer a frase que oficialmente mudara a minha vida e consequentemente mudaria a dela.
— Mãe, nós precisamos conversar.

***********************
Desde que cheguei ao sítio e conversei francamente com a minha mãe sobre os motivos para eu ter voltado, não saia de casa. Vivia para Livia e amava presenciar as suas descobertas no campo. Minha menina era curiosa e muito amável com todos da casa. Minha mãe ainda mantinha as coisas do mesmo jeito e tocava os negócios da família da melhor maneira que podia. Os negócios eram a venda de temperos. O sítio não era tão pequeno então desde que nasci havia uma horta com algumas plantinhas como o meu eu infantil falava até descobrir que eram temperos e algumas poucas hortaliças. Vendíamos para as fazendas da região e agora que voltei descubro que passamos a vender para uns restaurantes da cidade, os chefs se encarregam de virem pessoalmente buscar as ervas e tudo o que considerassem útil dentro de suas cozinhas desde que fosse produzido organicamente.
Outra descoberta que fiz quando voltei foi a de que minha mãe tinha começado a ter ajuda de fora para cuidar dos negócios. Lais era a filha mais nova de uma amiga antiga dela, uns anos mais jovem que eu, que ajudava a cuidar tanto da horta quanto a conseguir novos clientes e outros assuntos. Essas eram todas mudanças que eu saberia se ao menos tivesse me interessado mais pela vida aqui, se tivesse mantido melhor minhas relações e se não tivesse deixado a vida na cidade grande me corromper.
Então depois d’eu chorar algumas pitangas, dona Claudia, como minha mãe se chamava, aceita me receber em sua equipe. Não parecia, mas minha mãe que só estudou até o ensino médio tinha habilidade para o negócio. Muitos pensavam que era algo vindo de família ou que meu pai o comandava, mas o velho só fazia beber com o dinheiro do seu salário, então ela começou com isso para dar algum sustento para mim que era muito nova para entender como a dinâmica da nossa família era. Trabalhar nas fazendas da família foi de grande serventia no começo, no entanto também foi a sua ruína.
A grandiosa família é super conhecida na região. A nossa relação com ela começa com o meu pai. Ele trabalhou para a família em suas várias fazendas comandando parte da produção deles de queijo, mais precisamente a parte leiteira da coisa toda. O salário era bom e permitiu que ele e mamãe comprassem o sítio, porém o vicio que ele tinha na bebida foi corroendo essa vantagem. Os eram influentes na cidade porque conheciam muitas pessoas, contas bancárias recheadas de dinheiro e muitas propriedades. Esse tipo de situação gera uma imagem de imponência.
Quando nasci meu pai ainda estava relativamente bem, era o começo do fim dele, já que o seu vício ainda poderia facilmente passar despercebido afinal de contas quando se vive em uma cidade pequena como a nossa, a diversão que encontrei na cidade grande era inexistente. Homens iam para os bares, as mulheres se sentavam nas portas das casas ou visitavam as comadres enquanto as crianças brincavam pelos campos e nadavam nos rios. Foi assim que conheci , o filho do meio da família. Ele tinha a idade próxima a minha, com alguns poucos anos de diferença de idade.
Vários dias se passaram desde que cheguei de novo pela cidade e em nenhum deles a família foi mencionada até hoje quando minha mãe casualmente comenta da visita de ao sítio.
— Tem muitos anos que não vejo alguém dessa família. O que ele vem fazer aqui?
— É a visita periódica dele. Na folha de pagamento, temos um agrônomo para ajudar a ver a saúde da terra.
— O agrônomo é ele?
Minha mãe apenas concordou com o aceno de cabeça para me responder. Imediatamente uma enxurrada de sentimentos guardados aflora dentro de mim.
não era apenas um dos . Na realidade, ele nunca foi um herdeiro dessa família aos meus olhos. Não era preciso dizer que eu tive uma grande paixão por ele. Durante a adolescência nos envolvemos. Não deu certo porque por melhor que fosse nunca chegaria aos pés de nenhuma das garotas das outras famílias ricas da cidade, sem contar com os pais dele que o mandaram para longe estudar na época da faculdade enquanto eu ainda tinha um ano para ficar em Valença terminando meus estudos. Eles não tinham nada contra, mas também não tinham nada a favor de nós como um casal.
O momento que ele chegou no sítio minha mãe o recebeu com grandes sorrisos e afetos. Era como se ele fosse da família. Não era tão incomum ver esse tipo de interação já meu pai era um dos melhores funcionários da família e enquanto ele não foi demitido tínhamos um certo contato, pois constantemente ia ao campo com o pai e minha mãe de vez enquanto me levava junto quando ia entregar a papai marmitas no horário do almoço. Em algum ponto do futuro, um em que eu não estava, ele voltou e agora trabalha com a minha mãe. Isso parecia algo muito surreal para mim.
Ela o levou até onde a nossa pequena plantação ficava, ele deu uma olhada nas plantas e conversou umas coisas com ela sobre a saúde de tudo no geral. Aparentavam ser grandes amigos já que ela ria com facilidade e ele não poupava a conversa de comentários engraçados. Era estranho ter que me posicionar em ângulos específicos dentro da casa para conseguir assistir eles sem ser vista.
Quando davam sinal de que a conversa estava murchando, minha mãe teve a brilhante ideia de chamá-lo para tomar um café com bolo. Era um convite tão de supetão que não me deu muito tempo para me preparar. Quando dei por mim, ele já estava na sala, em pé próximo ao sofá. Eu parada, imóvel num canto oposto ao dele. Trocamos olhares intensos.
, não sei se você lembra, mas essa é a minha filha, . Ela voltou do Rio de Janeiro recentemente.
Minha mãe obviamente fez as honras. Nós nos estudamos pelo que me pareceu uma eternidade. Ele tinha mudado, não apenas crescido, mas realmente mudado. O se vestia diferente, falava diferente. Nada disso era ruim. Só diferente.
De novo Dona Claudia sentiu que precisava nos deixar a sós. Ela saiu usando uma desculpa sobre precisar arrumar a mesa para o lanche. Livia estava dormindo no quarto e em uma das minhas mãos eu tinha um dos lados da babá eletrônica.
— Olá, . Não esperava ver você por aqui.
— Oi, .
— Faz tempo que não nos vemos. Como vai?
— Vou bem e você?
— Também.
Não demorou para que minha mãe aparecesse nos convidando para comer. A mesa estava lindamente posta e ninguém soltou uma palavra durante a refeição. Mesmo depois de termos terminado nenhuma palavra foi dita. O silencio de todos era inexplicável. Não tinha motivos para não conversar, mas havia história demais entre nós para que levássemos aquele momento como um simples reencontro.
No momento em que decide ir embora a baba eletrônica emite um som. Era um chorinho denunciando que Livia tinha acordado. Minha mãe se ofereceu para ir no meu lugar ver o que tinha acontecido, mas insisti que eu deveria ir já que era a minha filha. Pedi licença e fui até a bebê estava.
Assim que adentrei o quarto, peguei Livia no colo. Era notável que a fralda estava cheia e que ela precisava ser trocada. Iniciei o processo pegando todas as coisinhas necessárias, acomodei a Livia no trocador que coloquei na cama e segui fazendo caretas e falando bobagens para distrai-la enquanto fazia os tramites. Depois que terminei, fiz as contas de quanto tempo tinha da última refeição dela e agora era um bom momento para alimentar ela, a escolha mais fácil era amamentar e foi o que fiz.
— Não sabia que era mãe. Quando isso aconteceu? — a voz de me assustou e ele percebeu. Eu estava em uma posição vulnerável já que estava amamentando Livia quando os meus olhos caíram nele que estava na porta do cômodo. Não esperava mais encontrá-lo porque ele já deveria ter ido embora. — Não era minha intenção te assustar.
— Hmmm.... sem problemas, só me assustou porque não estava esperando te ver. Achei que já tinha ido.
— Pedi um pedaço do bolo para levar e usei isso como desculpa para te encontrar. Só não esperava te ver com um bebê.
Ele parecia somente um pouco envergonhado por admitir isso. Eu também teria vergonha de usar uma tática infantil para conseguir apenas trocar umas palavras comigo.
— Bom é isso o que acontece quando você não faz uso de métodos contraceptivos.
— Posso me aproximar?
Mordi meus lábios e assenti que sim com um balanço da minha cabeça.
— Qual é o nome?
— Livia.
— Ela é linda. Como a mãe.
Agradeci por nos duas. Livia realmente era linda como um anjo. As vezes não acreditava que podia ser minha filha de verdade.
, no que posso ajudar? O que você tem de tão importante para falar comigo?
Ele respirou fundo e desatou a falar. Sem nunca deixar os seus olhos saírem dos meus.
— Quando te vi não acreditei que era você, sabe? Ao mesmo tempo que eu tinha muita certeza de que era você na minha frente. E agora eu vejo a sua linda bebê e tudo isso só me leva mais para o passado. A época que nos andávamos pelas ruas da cidade com as luzes do poste brilhando, aquele tempo em que eu não tinha que deixar aqui. A gente tinha a noite toda e nós éramos felizes.
— Eu lembro daquela vez que um circo veio para a cidade e a gente entrou de penetra em uma das apresentações. Você passou um dos braços pelo meu ombro e naquela época eu merecia isso. Realmente éramos felizes. — Respiro fundo. — Quando tínhamos nossos momentos bons, eram realmente momentos muito bons, . Nós mostrávamos a toda cidade nosso relacionamento adolescente e ninguém conhecia a forma intima que riamos nas noites em que estávamos juntos e que éramos inocente o suficiente para achar que um dia você conseguiria ser tão rico a ponto de comprar a fazenda do seu pai. A gente era feliz.
— A gente também costumava assistir o sol se pôr naquele barquinho todo fuleiro no lago da fazenda. Não sabíamos se ia afundar ou se aguentaria mais um pouco, mesmo assim íamos para o meio do lago sem medo algum. são quase assim que eu me sinto agora. Dizer adeus foi muito mais difícil do que parecia porque nós fomos felizes.
— Então foi por isso que só soube por terceiros que você tinha deixado a cidade.
— Eu fui covarde e não aguentaria ter que ver as suas reações enquanto eu me despedia. Sem contar que meu pai estava me pressionando muito e ele nunca deixaria nosso namoro ir além do foi naquele momento.
— É claro que ele não deixaria. Nós já tínhamos uma certa idade e você falava em juntar dinheiro, comprar parte da fazenda do seu pai e se casar comigo.
— Você sabe que eu me casaria com você?
— Sim, eu sei. Por isso doeu demais simplesmente acordar um dia com a cidade toda comentando que você foi para o Rio estudar. Depois você nunca me procurou, nenhuma carta que fosse eu recebi.
— Meu pai foi bem incisivo com o que poderia acontecer com a sua família caso eu te procurasse. Ele iria despedir o seu pai e se certificar que nunca mais ele conseguisse um emprego. Tive medo. Quando finalmente me libertei das amarras dele e voltei aqui, você era quem tinha desparecido. A gente se desencontrou. Algo em mim disse que era para ser assim, a gente foi feliz e era isso.
— Entendo.
— Agora que você voltou, não preciso mais saber de você através das notícias que a sua mãe me passa. Sinceramente achava que iriamos viver o que vivemos quando adolescentes e fim de história, mas não poderia deixar passar essa chance de ao menos te ver e dizer o que digo agora.
— Eu odeio essas vozes que me dizem que eu não estou mais apaixonada por você, mas elas não me dão escolha e é por isso que eu chorei tanto naqueles dias porque nós éramos felizes. Nós éramos felizes.
— Poderíamos ser felizes agora.
, eu tenho uma filha. Não mais simples como já foi um dia.
— Eu sempre quis ser pai. E não é porque a menina não é minha que eu não a amaria. Ainda amo você como antes. Admito que tentei te esquecer, porém nenhum relacionamento durou porque você sempre era a pessoa que eu terminava planejando uma vida inteira junto.
— Eu diria que eu fui mais afundo nessa história de tentar te esquecer, a consequência disso está nos meus braços nesse momento. Eu queria que tivesse dado certo e que eu não sentisse mais nada. Quando Livia nasceu e o pai dela não quis saber, a primeira coisa que pensei foi no tempo em que tínhamos algo, o quanto tudo era mais simples e o quanto queria que fosse você ali. Fui orgulhosa de não voltar antes e só quando as coisas apertaram de verdade no Rio, cedi e vim para cá. Nunca esperei encontrar você de novo. Na verdade, não achei que você voltaria para o interior.
— Não só voltei como moro aqui. Assim que terminei a faculdade enfrentei meu pai e peguei tudo o que me cabia da herança. Não comprei a fazenda dele, mas tenho uma parte independente que moro. Trabalho como agrônomo para as fazendas e sítios da região. Não é uma vida de luxo como já tive antes, porém é uma vida boa.
Ele continuou a insistir que eu desse uma chance a ele novamente. realmente queria ceder e dizer que sim, mas a criança em meus braços não permitia que eu só aceitasse. O mínimo de planejamento e pensamento sobre as minhas próximas ações na vida deveriam ser feitos. Livia importava mais do que qualquer pessoa. Se eu precisasse rejeitar para garantir que ela tivesse uma vida segura e boa, faria por mais que me doesse. No entanto, o que estava diante de mim era o mesmo em sentimentos, nada disso mudou além do amadurecimento. Ele era sério no que falava e sentia.
, quero muito dizer que sim, mas tem a Livia e ela vem em primeiro lugar sempre.
— Nunca colocaria ela em nenhuma outra posição na sua vida. E se for tempo o que você precisa, eu te dou todo o tempo do mundo. Esperarei. Sei que éramos felizes, mas podemos ser de novo, mesmo que já sejamos adultos, com as nossas responsabilidades, com filhos, ainda há amor e isso é o que me importa acima de tudo. A gente pode dar certo. Só preciso que diga sim.
— Éramos felizes, não?
— Muito.
— Então eu quero tentar de novo. Mas com toda a calma do universo, sem pressa.
— Obrigada por tentar e por me aceitar.
Ele chegou mais perto e seus olhos me diziam que ele gostaria muito de dar um beijo em mim, mas com a Livia em meu colo ainda grudada no peito não dava. Ainda não tínhamos tanta intimidade como antes. Então apenas acenei que sim com a cabeça para que ele soubesse que sentia o mesmo e que estava ali presente no mesmo momento que ele. Nós fomos felizes e algo me dizia que seriamos de novo bastando apenas tentar. Foi isso que fiz, sem me arrepender de viver o que quer que o futuro me reservasse ao lado desse homem.


Fim.



Nota da autora: Foi um desafio enorme ter sido recrutada para salvar essa música de ser esquecida neste ficstape. Eu amo a Taylor, já escrevi outra fic com base em uma música dela e sempre me sinto muito desafiada a estar à altura do storytelling da gata. Espero que tenham curtido a fic. Caso queiram ler outras histórias escritas por mim, tem uma listinha aqui em baixo. Não esqueçam de comentar nessa e nas outras histórias que lerem aqui no site. As organizadoras e scripter: obrigada por terem recebido mesmo com atraso. Vocês são incríveis.

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14. Comeback [Ficstape #161: Jonas Brothers – Happiness Begins]
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