“Cara o que a gente vai fazer hoje?” Perguntou .
“Sexta à tarde e o maior tédio.” Disse .
“Onde estão os outros três?”
“O está jogando vídeo game e o e a estão comprando as pizzas.”
e eram amigos de infância. era amigo de e depois foi apresentado aos três. Os garotos eram inseparáveis. Quando estavam no 1° colegial, alguém diferente entrou em suas vidas, era uma garota nova, só que ela não se comportava como uma garota normal usava um all star todo detonado, calças largas, camisetas grandes normalmente de bandas e um boné que prendia seus cabelos; porém seu rosto era suave: olhos , e um sorriso largo; porém os garotos não percebiam isso. Ela era diferente, gostava de jogar vídeo game, luta livre, andar de skate e de tudo aquilo que garotos gostam. Por isso mesmo não tinha amigas e os quatro se aproximaram dela, desde então eles não se largavam por nada, mas os garotos pareciam não perceberem que ela era uma garota e parecia não ligar para isso.
“Chagamos!” Disse uma voz feminina.
“Poxa, vocês demoraram!” Disse .
“Etsava uma fila infernal” Disse se atrapalhando com as cervejas.
“êêêêêêêê”, chamaram todos da cozinha.
“Ah! Não enche!”.
“Pizza”.
“Essa é a palavra chave”, disse rindo enquanto ouvia a correria de .
“Ueba!” Disse pulando nas costas de enquanto ela o derrubava e dava soquinhos nele.
Algumas horas depois, haviam caixas de pizza e latas de cerveja jogadas por todo o apartamento de e , uma conversa meio alegre se iniciou.
“Ah... Mas a Rachel é hot”, disse cuspindo ao dizer “hot”.
“Prefiro a Lana”, comentou.
Enquanto isso, ficou em seu canto sem falar nada como sempre fazia quando um assunto desses surgia.
“Eu vou jogar vídeo game”, disse ela subindo a escada.
“Espera que eu vou te massacrar !”Disse seguindo-a.
“Essa eu não perco”, disse.
Enquanto isso, milagrosamente resolveu arrumar a bagunça.
No dia seguinte, foram para a escola como sempre. e , como moravam juntos, foram no carro do primeiro, e , e , na Ranger da garota.
“Ah... Mais um dia sendo o gostosão do 3° colegial”, disse se espreguiçando.
“Todos nós somos gostosões. As gatas adoram.” disse totalmente não percebendo que havia uma garota dirigindo. Ela sem se importar ligou o rádio e Blink 182 começou a tocar.
Chagando lá eles foram para seus armários e seguiram a rotina: , no armário do canto na parte mais alta, , na sua esquerda, ao lado de , o de vinha logo em seguida, e o de era em cima do de o que o fazia levantar a garota toda vez que pegavam os livros; o que sempre divertia a todos no corredor apesar de não serem os mais “queridos”.
Todos começaram a pegar suas coisas e levantou , ela estava sentada em seus ombros, rindo sem parar. Todos no corredor olhavam e alguns comentavam rindo. Até que fez tropeçar, derrubando e caindo em cima dela.
“! Sai! Meu braço!”
“Você está bem, ?” Perguntaram todos enquanto e sua turma riam todas as garotas menos uma, ela olhava brava para e correu para ajudar .
“É melhor te levar pra enfermaria. Ah... Meu nome é .”
“Obrigada... Meu nome é .”
“, você vai ficar legal?” Perguntou preocupado ao olhar a garota gemer de dor.
“Claro, ela é macho!” Disse rindo.
Ela foi para a enfermaria acompanhada por .
“Qual é o seu problema garota?” Gritou para que se afastava.
“Você não está preocupado, ?” Perguntou .
“Não, eu conheço ela, não é uma garotinha. Ela é durona.”
“Bom. Melhor a gente ir pra aula.”
O dia passou e nada de , o sinal de saída tocou, e os garotos saíram.
“Cara, agora eu estou preocupado.” Falou coçando a cabeça.
“Não é necessário, Sr. .” Disse a inspetora.
“A Srta. foi levada para o hospital e parece que apenas quebrou o braço”
“E o carro dela?” Perguntou apontando para a Ranger.
“Ela deixou as chaves e pediu para entregar a você Sr. , ela pediu para cuidar de seu bebê.” A inspetora respondeu fazendo uma cara amarga e entregando as chaves ao garoto.
“Só a pra fazer a D. Figgs dizer uma coisa dessas.” Disse gargalhando depois que a velha havia ido embora.
“Mesmo com o braço quebrado e nem estando aqui ela faz a gente rir”, dizia.
“Por essas e outras é que ela é nossa amiga.” Disse .
Foram embora, e , no carro dele, e e , com o carro da amiga. já estava em casa, deitada na cama com o gesso no braço quando seu celular tocou.
“Alô?”
“Oi, .”
“, e aí?”
“Ah, eu liguei, porque a gente está preocupado com você.”
“Bom, meu braço direito está engessado. Eu torci.”
“Mas você vem para escola?”
“Claro! Mas o vai ter que me buscar. A D. Figgs falou o que eu pedi?”
“Ela falou do seu bebê, sim! Foi hilário!”
“Eu queria ter visto. Não esquece de falar com o .”
“Está bem, bye!”
“Bye!”
No dia seguinte, ás 7:30, e estavam na frente da casa de .
“Hey, acidentada.” Disse .
“Hey, causador do acidente.” Ela respondeu rindo.
“Não foi minha culpa, a que me fez tropeçar.”
“É, mas foi você que caiu no meu braço.”
Enquanto eles discutiam e brincavam, apenas ria e olhava pela janela. Chegando à escola e encontrando e , todos foram para seus armários.
Eles começaram a pegar os livros, apenas ficou parada.
“Pega minhas coisasm dude.” Disse ela para .
“Anh?”
“Pega... As coisas... Da aula... No meu... Armário.” Dizia ela enquanto fazia uma mímica exagerada provocando risos em todos.
Ainda no corredor, uma imagem não muito agradável surgiu.
“Que pena que foi só o braço, não é, ?” Disse irônica.
“Ai, dude, me larga, eu vou quebrar a cara dela.”
“, calma! Não se bate em mulher e não vamos gastar nosso tempo com ela.”
“Ah... Acho que você está certo, .”
No fundo, aquele comentário havia provocado uma dorzinha, eles a consideravam um garoto, mas ela não se importava. Não é?
O sinal bateu, a primeira aula de era artes, junto com , , e aquela garota simpática que a levou para a enfermaria. Todos se sentaram com suas duplas: com ; atrás deles com uma garota de sua turma; e ao lado de , e um garoto esquisito.
“Bem, meus amores, entreguem seus trabalhinhos.”
“Ah, meu Deus! Que trabalhinho?”
“Relaxa, , era um trabalho só para as garotas, nem valia nota.” disse enquanto pegava algo na mochila.
“Já que vocês não estão sabendo o que é, eu conto meninos. Eu pedi para as meninas trazerem uma foto ou qualquer coisa que representasse algo que não sai da cabeça delas.”
“O que você trouxe?” Perguntou imaginado que fosse uma imagem de alguma banda.
Ela apesar de estar um pouco vermelha passou uma foto virada pra baixo ao garoto.
Quando ele viu a foto ficou um pouco surpreso, mas sorriu, na foto estavam eles: ele e no degrau de cima e logo abaixo , e , todos fazendo caretas engraçadas.
“Os amigos...” Disse ela tímida.
“Os amigos.” Ele repetiu, arrotando logo em seguida.
“É por isso que amo vocês”, ela disse rindo e mordeu de leve a bochecha dele.
“Crianças, como vocês passaram o 1° bimestre inteiro com essas duplas, achei melhor mudarmos para o 2° bimestre.” Disse a professora fazendo gestos exagerados.
Todos na classe ficaram quietos, mudar de dupla era sempre um perigo.
“ irá ficar com Sr. .”
“Ai... Meus pêsames.” Disse .
“, você pode ir com... A .”
As meninas sorriram e imediatamente se juntaram.
“Oi... E obrigado por ter me levado na enfermaria ontem.”
“Sem problemas, a foi uma idiota”
“Tenho pena do .” disse aquilo rindo, porque o amigo não gostava quando o chamavam pelo sobrenome, dizia que quando faziam isso vinha bronca.
A aula correu muito bem, as garotas riam sem parar por causa dos gritos e discussões de e . estava muito feliz de ter ao seu lado, afinal, seus amigos eram garotos. O sinal tocou.
“Bom, eu te vejo na hora do intervalo.”
“Está bom, , eu procuro você com os marmanjos tontos.”
Próxima aula, História, a mais chata, porém tinha sua graça, três dos garotos tinham aquela aula também. Ela entrou na sala e se deparou com , e esperando por ela com uma cadeira vazia no meio dos três. estava quase dormindo quando sentiu um pedaço de borracha na nuca.
“Ouch, dude!” Ela falou um pouco alto.
“Algum problema, Srta. ?”
“Não professor, desculpa”, ela viu um papel na mesa.
Hoje é terça... Vamos fazer o quê?
Jura que é terça, ? Que gênio! Eu vou treinar umas manobras.
Hahaha! Fecho!
A gente vai direto... e vão no carro deles. , e eu vamos no meu carro.
Virei motorista, é?
Parece que sim.
Hahaha.
O sinal tocou e eles saíram da porta rindo porque entalaram tentando passar juntos.
“Ah! Intervalo.” Foi tudo que disse ao ver os amigos.
Eles se sentaram na mesa, literalmente, e, de repente, os garotos se olharam e encararam a amiga com um sorriso maroto. Alguns minutos, gritos e risos depois, eles saíram de cima de .
“Está uma beleza.” disse satisfeito.
“Está mesmo.” concordou .
“Ai, eu vou pro banheiro.” Ela disse.
No caminho, algumas pessoas riram e comentaram, mas ela não se importou. Quando se olhou no espelho, não agüentou e começou a gargalhar: não só o gesso estava rabiscado, seu rosto e braços também. Terminou de se limpar e, ao sair do banheiro, encontrou .
“Ah, , vem comigo! Você tem que conhecer os meninos.”
“Garotos, essa é minha salvadora, .” Disse rindo.
“Bom, esses são: , , e .”
“Olá.” Eles disseram em um coro ridículo.
“Oi.” Ela disse tímida enquanto eles beijavam suas bochechas.
“, os meninos avisaram que vocês vão na pista me ver treinar?”
“Falaram sim... Ah chama a para ir junto com a gente.”
“É mesmo! É que depois da aula eu vou treinar na pista de skate e os meninos sempre vão me ver. Você quer vir?”
“Claro! Nem sabia que você andava. , vocês todos podem me chamar de .”
“Bom, então eu a e o vamos no meu carro, e vocês três vão no carro do .
Enquanto ia para a solitária aula de física, ela reparou no gesso. Na parte de cima do gesso estavam escritos nomes de bandas e alguns rabiscos incompreensíveis. Mas na parte de baixo onde somente a garota olharia estavam algumas mensagens.
, a gente brinca muito, mas a nossa amizade é séria para mim, .
Eu digo que está tudo bem, mas eu me importo com você, .
Melhores amigos até o final de nossas vidas, .
Você é muito importante para me fazer feliz, .
Ela sorriu ao ler tudo aquilo. Mais tarde o horário de saída soou.
“Já vamos, ?”
“Já sim , o leva a gente no meu carro.”
Chegando lá, Shean, o dono da pista e treinador de , viu sua talentosa garota chegar com os quatro amigos de sempre; mas havia uma garota que não se encaixava muito ao ambiente: top, saia e salto alto.
“É namorada de alguém?” Perguntou o homem quando viu se aproximar.
“Não, ela é minha amiga.”
“Meio deslocada, não é?”
“Ai, Shean, fica quieto e me ajuda a colocar a proteção.”
Os outros sentaram em uma espécie de arquibancada. Algum tempo depois que estava treinando, eles começaram a comentar.
“Nossa, eu não sabia que ela era tão boa.”
“E olha que ela torceu.” Disse com certa admiração.
“Queria saber fazer isso.” Completou .
Todos riram quando ficava passando de um lado para o outro da pista andando devagar no skate e fazendo alguns passos de dança, hum... Peculiares.
“Ai! Estou morta!” Disse ela tirando o capacete e mostrando as bochechas rosadas, mas nenhum cabelo. O boné!
“Estava perfeita.” Disse jogando uma toalha e garrafa de água.
“Bom, agora...” Disse ela depois de beber água e fazendo uma cara pensativa.
“McDonalds!” Disse dando pulinhos.
“Yupi!” disse pulando em cima de .
“Montinho!” Foi tudo que disse antes de pular em e ser esmagada por e . Todos se levantaram rindo ao ver a cara de .
“Não esquenta, , esse é nosso normal.” Disse a garota mexendo no gesso para confirmar se tudo estava inteiro.
“Sem problemas.” Respondeu ela rindo.
Despediram-se de Shean e foram ao McDonalds.
“O número quatro.” dizia ao caixa enquanto estava de cavalinho em .
“Big Mac! Big Mac!” Disseram os outros três meninos correndo.
“Ah... Uma salada e uma água.” Disse.
“Coca pra gente.” Falou sorrindo.
“, eu não acredito que você vem no Mc e pede uma salada!” Falou inconformado.
“É mesmo.” Todos concordaram.
“Está bem, muda o meu pra um McLanche Feliz com suco de laranja.”
“Posso ficar com o brinquedo?” Perguntou sorrindo.
As garotas foram se sentar a uma mesa grande e começaram a conversar.
“Gostou dos garotos, ?”
“Eles são muito legais, , o é lindo.”
“O ? ? Sabe que você tem razão?” Ela riu enquanto os meninos chegavam.
“Fala aí, , a não é fera no skate?”
“Claro, , ela arrasa.”
Eles conversaram riram e comeram.
“Gente, ainda são vinte para as cinco, não vamos voltar para casa, não é?”
“, até parece que você nunca andou com a gente.”
“Yeah, ! Vamos pro nosso apartamento.”
“Então, ok.”
De volta para os carros todos conversavam animadamente sobre skate, escola, comida, música.
“, você toca alguma coisa?”
“Só o imaginário quando to ouvindo música.”
“O , aqui, toca baixo e muito bem.”
“Eu não toco nada, mas meu futuro vai ser nos X Games.”
“X quem?”
“X Games, , é uma olimpíada de esportes radicais.”
“Eu tenho certeza que um dia você vai estar lá, .”
“Concordo com a .” Apoiou , buzinando sem querer ao socar o volante.
“Chegamos, ao maravilhoso mundo de ”, disse o garoto abrindo os braços quando entrou no apartamento.
“Muito desenho animado.” Sussurrou em seu ouvido, ela se arrepiou e apenas sorriu.
“Eu vou tomar um banho”, disse tirando a mochila e sem querer, mostrou um pouco do cabelo. E todos ficaram um pouco surpresos.
“Pode ir no meu quarto.” Disse voltando ao normal.
“Está bom”, disse simplesmente, ao subir as escadas.
Enquanto tomava banho, comentou sobre a foto da aula de artes.
“Eu lembro daquele dia.” Disse .
“Como a gente não tinha o que fazer, saímos tirando fotos pela cidade.” Disse rindo.
“Eu tenho cópias daquelas fotos no meu quarto.” disse coçando a cabeça.
“Vai lá pegar.”
“Eu vou pegar alguma coisa para a gente comer.” Disse levantando do sofá.
“Comer de novo?” Perguntou .
“A gente tem lombriga.” respondeu jogando uma almofada no amigo.
“Bom, eu te ajudo, .” Falou a garota levantando.
entrou em seu quarto e começou a procurar o álbum nas gavetas.
“Ache...”Eele foi dizendo, mas se deparou com apenas enrolada na toalha e com os cabelos bagunçados e molhado, mas os cabelos foram a última coisa que ele reparou.
“Achou o quê, ?” Disse ela rindo, sem reparar que o menino a olhava fascinado.
“Achei as fotos daquele dia que a gente não tinha nada pra fazer.” Disse ele olhando para o all star.
“Ah... Eu vou usar suas roupas, ok?”
"Está bem... Só que se você quiser usar boné, pega o que o esqueceu aqui.”
“Então, já desço.”
desceu as escadas com o álbum na mão e o olhar perdido. Quando chegou na sala se jogou no sofá e começou lembrar a de vários momentos que passou com a garota, quando se conheceram, as risadas, as brigas, os soquinhos, as guloseimas, as bebedeiras, como se ela fosse um dos garotos. Mas ela não era um amigo, e se fosse, era um amigo com ótimas pernas.
“, você está bem?” perguntou ao ver a cara de paisagem do amigo.
“Acho que sim, dude, preciso conversar com alguém.”
“Fala.”
“Eu fui buscar as fotos no meu quarto e achei a enrolada na toalha eu percebi que ela é uma garota, uma garota hot!”.
“, isso pode ser chocante, mas ela sempre foi uma garota”. disse rindo da própria piada.
“Muito engraçado, !”
“Cara, ela é como uma irmã pra mim, mas se você está mesmo afim, vai lá.” Falou o garoto dando um tapinha nas costas do amigo.
“Hey, voltei.” disse descendo as escadas.
pela primeira vez, reparou na roupa da garota: ela usava a calça verde escura dele, sua camiseta preta, um cinto de tachinhas e as munhequeiras de , com o boné de prendendo os cabelos molhados. Ela sorria para ele, um sorriso largo, os olhos brilhavam, não estava arrumada e nem um pouco feminina, mas estava linda.
“Vamos fazer o que?” Perguntou saindo da cozinha com salgadinhos na mão.
“Filme!” Falou pulando de trás do sofá e caindo em . O garoto se assustou e eles caíram no chão, ela ria, os olhos se encontraram, eles respiravam juntos, ele colocou a mão na nuca dela, o tempo havia parado, parecia que estavam sozinhos lá.
“De volta para o futuro ou tar...” chegou dizendo, mas parou ao ver a cena. Os dois ficaram sem graça, se levantaram e cada um foi para um lado do sofá.
“Er... Eu nunca vi De Volta Para o Futuro”, disse para a amiga.
“Anh?” Disse como se tivesse acordado, seu rosto estava vermelho.
“Bom, vamos assistir então.” falou, tentando mudar o assunto.
“Eu...Eu vou fazer pipoca.” disse procurando um motivo para sair de lá.
“Eu vou ajudar ele.” foi para a cozinha.
“Dude, o que foi aquilo? Rápido no gatilho você!”
“Não faço idéia e eu juro que não foi intencional! Mas foi bom.”
“Quando eu a vi daquele jeito no meu quarto, acho que simplesmente despertou um sentimento que eu nem sabia que estava lá.”
“Você vai ter que se controlar. Ela nem sabe de nada.”
“Ah... Eu sei, droga.” Ele respondeu batendo a porta do microondas.
“, o que aconteceu?” entrou na cozinha como um furacão.
“Hey, dude, calma!” disse ao ver voar no pescoço de .
“, vem aqui!” O garoto gritou tentando separar os dois.
“Eita! O que está acontecendo?” disse puxando .
“... Você... Não tem... O direito... De brincar... Com os... Sentimentos... Dela!” tentava se desvencilhar de .
Enquanto isso, as garotas conversavam na sala.
“, o que aconteceu?”
“Eu não sei... A gente caiu e eu me senti feliz quando ele me olhou daquele jeito.”
“Acho que você está gostando dele.”
“Talvez eu esteja, a gente conviveu por tanto tempo... Mas eu sou como um dos amigos pra ele.”
“Não foi o que pareceu.”
mordeu o lábio quando para a porta da cozinha.
“, o que eu estou dizendo é que você não pode brincar com ela... Eu não quero que ela se machuque.”
“Você não é o único. Todos nós nos preocupamos com ela .”
“O está certo. Mas eu tenho certeza que o está mesmo gamado, ele nunca falou de ninguém assim.”
“Do nada, ?” Perguntou confuso.
“Eu acho que isso estava guardado sabe?” falou o garoto pensativo.
“Se você diz, mas toma cuidado.” Disse olhando para .
O microondas apitou e os garotos foram para a sala com pipoca, refrigerante e cerveja. Eles assistiram o filme entre pequenas guerras de almofadas e comentários engraçados. Quando o filme acabou, eles decidiram ir para casa. e iam atrás, enquanto ia dirigindo e a seu lado. Eles deixaram em casa e combinaram de se ver no outro dia, o próximo a ser deixado em casa foi . Quando pararam no farol se virou e começou a falar com .
“, o que aconteceu hoje?”
“Não sei... Eu nunca falei disso com nenhum de vocês, mas... Eu acho que estou gostando do .”
“Ele também gosta de você. Mas o ficou todo preocupado, ele não queria que o brincasse com você. Mas pelo jeito a coisa vai ser séria...” Disse o garoto satisfeito.
Ele estacionou na casa de , que morava na mesma rua que ele. A garota entrou em casa e foi direto para o quarto, quando foi colocar o que chamava de pijama, uma calça velha e uma camiseta rasgada percebeu que estava com as coisas dos garotos, ela devolveria tudo amanhã. Sorriu ao ver a calça e camiseta de , deitou na cama e fitou o teto, fechou os olhos e começou a pensar no amigo que poderia ser mais que um amigo.
Acordou com o despertador, tomou um banho, escovou os dentes e trocou de roupa: uma calça jeans rasgada, blusa preta um pouco mais justa com uma gravata vermelha mais solta, as munhequeiras de e o boné de , prendendo os cabelos e com o All Star de sempre. buzinou e ela desceu, pegando a mochila.
“Bom dia... Ei! Roupa legal”.
“Bom dia... Obrigada”.
Foram buscar e ele teve a mesma reação quanto à roupa da garota. Chegaram à escola e encontraram e . O garoto estava um pouco envergonhado, mas também falou da roupa de . Ela devolveu as coisas do amigo e eles foram para as salas de aula.
Na segunda aula, e se encontraram no corredor. Conversaram sobre professores chatos e a roupa de que, para ser sincera, estava adorando, e combinaram de se encontrar no intervalo. Já na terceira aula, álgebra, ela teve que se encontrar com . A garota desfilava com o último lançamento de uma loja de roupas famosas, mas ninguém prestou atenção nela; todos reparavam e comentavam sobre a roupa de . A garota usava uma coisa diferente do normal e isso chamava atenção. sentou-se um pouco envergonhada e fuzilou a garota com o olhar. A aula foi chata como sempre e todos se atropelaram para sair ao ouvir o sinal do intervalo. viu e chamou a garota para sentar com eles.
“Hoje vamos fazer o quê?” perguntou, enquanto batucava na mesa.
“Eu vou tirar o gesso. Você me leva, ?”.
“Levo, sim, mas eu vou pra loja de instrumentos namorar um ”.
“Então a gente vai pro hospital e depois pra loja”.
“Eu vou fazer compras com a minha mãe” disse .
“Vamos fica de bobeira em casa” disse.
“Aparece lá depois, ... E .” disse , ficando vermelho.
“‘Ta bom” ela respondeu.
As outras aulas foram normais, com os professores chatos e matérias difíceis. O sinal de saída tocou e se encontrou com . Assim que entraram no carro, o celular da garota vibrou. Uma mensagem de... ! Oi...
Ela ficou pensando no por que ele havia mandado aquela mensagem, mas ficou feliz em ter recebido. Sorriu e resolveu responder. Oi... Sabia que a gente acabou de se ver?
Eu sei... Mas ‘tava com saudade.
Hahaha. Que fofo!
Não ria de mim.
Desculpe. xD
Tchau.
Bye.
, que estava dirigindo, percebeu que a amiga sorria ao mexer no celular.
“O que você mexe tanto aí?” perguntou ele com um sorriso malicioso para a garota.
“Er... Mensagem falando de promoção. Besteira”.
“, sério mesmo, você não me engana”.
“Tinha me esquecido. Era o ” disse ela, olhando para o All Star e brincando com a gravata.
“É só impressão ou ‘ta rolando alguma coisa?”.
“Ah... Eu acho que sim”.
Ela ligou o rádio e começou a falar sobre a música, mudando de assunto. Já no apartamento, os garotos estavam na sala jogando videogame e comendo porcarias. O jogo acabou e o tédio tomou conta do lugar. pensava em ; pensava em e ; pensava em quantos olhos teriam as três moscas do teto juntas.
estacionou no hospital e foi com a amiga tirar o gesso. Ela entrou na sala e alguns minutos depois, saiu. De lá, seguiram para a loja de instrumentos. entrou e foi olhar alguns CDs. Por alguma razão começou a pensar em . Ela saiu de seus pensamentos e foi para perto de .
“Você ainda compra um desses, ” disse ela, apontando para o instrumento.
“Tomara. Podemos ir?”.
“Claro”.
“Vamos para o apartamento dos garotos?”
“‘To mais a fim de voltar pra casa... Mas você pode ir com o meu carro”.
“Eu te levo e depois vou pra lá”.
“Combinado”.
e saíram da loja e percorreram metade do caminho em silêncio, até que o celular do garoto tocou.
“Ei dude!”.
“?”.
“Aham. Escute: vocês vêm pra cá?”.
“Eu sim, mas a quer voltar para casa”.
“Ah... Então ‘ta”.
“Desapontado?”.
“Você sabe, né?”.
“Então até daqui a pouco”.
“Até”.
desligou o celular e quando foi contar para a amiga quem era, o celular dela vibrou. Por que você não vem?
No visor, estava o nome de . Ela até pensou em mudar de idéia, mas a vontade de dormir foi maior. Sono. ^^
Hum... Durma bem.
Hahaha. Você também.
“Deixe-me adivinhar... Mensagem do ?”.
“Uhum... Queria saber por que eu não vou”.
não respondeu nada, apenas parou em frente à casa dela e se despediu com um beijo na bochecha. Seguiu para o apartamento dos garotos. Chegou lá e antes de colocar a mão na maçaneta, ouviu alguns gritos.
“Ai, caramba! Socorro!”
“, eu acabo com você!”.
“Não se eu matá-lo primeiro!”.
entrou no apartamento e arregalou os olhos com a cena: e corriam loucamente atrás de que já não agüentava mais de cansaço. Várias coisas espalhadas pelo chão indicavam que a perseguição já durava há um bom tempo.
“Chegaaaaa!” gritou com toda sua força.
Ao ouvirem isso, meteu o pé na mesinha de centro, deu uma cambalhota no sofá ao bater a barriga na parte de trás e caiu no chão porque não viu o degrau.
não se conteve e começou a rir. Depois que o acesso de riso passou, ele pediu uma explicação aos amigos.
“Bom, tudo começou quando fui falar da... ”. disse, corando. “Aí o imbecil do falou que a estava muito hot e não sei o quê”.
“Só por essa besteira os dois ficaram malucos e começaram a correr atrás de mim!” completou, arfando.
“Ah... Mas eu estou gostando da ; meu ciúme é normal”.
“Ai que lindo” zombou, bagunçando os cabelos de .
“E você, ? Por que ‘tava querendo bater no ?”. perguntou desconfiado.
“É mesmo” falou indignado.
“Er... Eu achei que ia ser divertido”.
falou aquilo para não contar o que realmente sentia: ele também tinha ciúmes e estava começando a achar que não era um ciúme de amigo. Sempre havia sentido um carinho pela garota, mas começava a achar que não era um carinho inocente. Teria um ataque se ela e ficassem juntos. Ele pensou naquilo a tarde toda, mas não poderia pensar. gostava dela e ela parecia gostar dele; não havia nada a fazer se não concordar.
O resto do dia passou rápido e sem grandes emoções. e voltaram para suas casa. e ficaram no apartamento e o dia terminou.
No dia seguinte, foi buscar , mas assim que entrou no carro, ela quis dirigir.
“Eu senti saudade de você” disse ela para o volante.
só conseguia rir.
“Vamos passar na casa do ; ele pediu”.
“Imediatamente, Sr. ”.
Chegaram à casa do garoto e de lá foram para a escola. Ao chegarem, se encontraram com os outros e foram para os armários. Quando começaram a pegar suas coisas e levantou nos ombros, sentiu uma pontinha de ciúmes, mas não podia reclamar; não tinha nada com a garota. Ainda não.
A primeira e a segunda aulas foram normais, mas na terceira algo aconteceu: a inspetora entrou na sala e cochichou com o professor.
“Srta. , acompanhe a inspetora, por favor”.
“Uhhhh” a reação da sala foi essa. Sempre que alguém era tirado da aula assim é porque tinha feito algo errado e iria para a diretoria.
Chegando à porta, a garota encontrou seus quatro amigos esperando com caras nervosas. A secretária apareceu e disse que eles podiam entrar. Chegando lá, encontraram o diretor. Ele pediu para se sentarem e começou a falar.
“Eu chamei vocês aqui porque gostaria de parabenizá-los. Já faz um mês que nada acontece.”
Aqueles cinco viviam aprontando na escola. Sempre armavam alguma pegadinha com os professores. Deixaram um garoto entalado no cesto de lixo e até vestiram a estátua do diretor com calcinha e sutiã. Mas depois da última, eles levaram uma bronca gigante e resolveram parar com as brincadeiras.
“Já que é assim, vocês vão receber ingressos para o especial do filme Star Wars no cinema amanhã”.
“Uau! Obrigada, diretor” disse , pegando os ingressos.
Eles saíram de lá, rindo e não acreditando no que acabara de acontecer.
“Mas eu não vou poder ir” disse .
“Por quê?”.
“Meu tio vem me visitar amanhã, ”.
“Ah... Então você pode me dar seu ingresso pra... Chamar a ?”
“O ‘ta apaixonadooo” disse, fazendo o garoto corar.
entregou seu ingresso a , sentindo muito por não poder ir com ... E com os amigos. Tinha que parar de pensar nela!
planejava chamar e ficava feliz em pensar que iria com a garota. e viram uma oportunidade de se aproximarem e pensava que esse especial seria muito melhor do que os DVDs que tinha em casa.
O intervalo começou e, enquanto eles passavam com sorrisos nos rostos, todos se perguntavam o que teria acontecido. As notícias corriam na escola, mas eles não falavam nada. Sentaram-se na mesa e começaram a conversar normalmente. se juntou aos amigos e de cara perguntou o que tinha acontecido.
“É que a gente sempre aprontava alguma...” começou .
“E como a gente se acalmou faz um mês, o diretor deu ingressos do especial Star Wars pra gente!” completou , rindo.
“E como o não vai poder ir, você quer ir comig... Com a gente?!” disse envergonhado.
“Então ‘ta” respondeu, pegando o ingresso.
As outras aulas foram chatas e o sinal de saída foi um alívio. À tarde, os garotos foram para suas casa e e decidiram ir ao shopping.
“Ai , eu quero aquela saia que eu vi outro dia”.
“Eu vou colocar qualquer coisa”.
“Porque você não compra aquela calça?”.
“Você acha?”.
“Ia ficar linda”.
As garotas entraram na loja, pediram as roupas e foram provar. Quando saíram dos provadores, perceberam suas diferenças: usava um tamanco de madeira, a saia jeans curta, blusinha rosa da loja e os cabelos soltos; com o bom e velho All Star, a calça jeans rasgada com várias correntes penduradas, uma camiseta preta escrita de branco, a gravata vermelha e o boné preto. Quando se olharam, riram, mas sabiam que a amizade estava acima daquilo. Pagaram e foram tomar um sorvete.
Depois, deixou a amiga em casa e foi para a sua. A garota tomou um banho e foi dormir, pensando em .
Ela acordou, se vestiu e foi buscar os amigos. Parou na casa de e eles conversaram animadamente sobre o especial do filme, enquanto entrava no carro e lamentava não poder ir com os amigos.
Chegaram à escola e encontraram os amigos. e foram para a aula e os garotos foram em outra direção, comentando sobre a noite que os aguardava.
“Hoje vai ser muito legal” disse animado.
“Que droga... Eu queria ir com vocês” disse desapontado.
“Uma pena, cara. Mas vai ser super legal” disse, olhando para .
Na noite anterior, eles haviam se falado por telefone e decidiram se aproximar das garotas no cinema. não iria e provavelmente não atrapalharia.
O dia passou sem grandes acontecimentos. O sinal tocou e , e foram para o apartamento, enquanto as garotas deixaram e depois foram se arrumar na casa de . Elas almoçaram, fizeram as lições e tomaram banho. Algum tempo depois, começaram a se trocar.
“Já são quinze pras nove. É melhor a gente ir, ”.
“’To pronta. Vamos”.
Os meninos tomaram banho e trocaram de roupa. colocou uma bermuda, uma camiseta vermelha, o tênis e desceu para a sala. vestiu uma calça jeans lisa, uma camiseta, All Star branco, e também desceu. colocou uma calça jeans cheia de bolsos, uma camiseta preta, o All Star, ficou um bom tempo arrumando o cabelo e se enchendo de perfume. Ele desceu e se encontrou com os outros que reclamavam da demora. Entraram no carro e seguiram para o cinema.
“Eu não sei por que vocês se embonecaram tanto. É só um cinema”.
“Mas a vai também e eu... Não queria só assistir ao filme” disse, rindo.
“ pegador...” zombou .
“Mas seu não quero só ficar com ela. Eu queria que alguma coisa séria rolasse”.
“Bom mesmo, hein, ” avisou .
Eles chegaram lá antes das garotas e resolveram esperar por elas. Cinco minutos depois, elas apareceram e todos entraram para o cinema.
“Vocês estão lindas” disse , olhando para .
“Obrigada. Vocês também” ela respondeu envergonhada.
Eles se sentaram e ficaram conversando animadamente. Depois de alguns minutos, percebeu que os amigos estavam em casais e que ele ficaria sobrando. Olhou em volta e viu uma garota muito bonita sentada sozinha.
“Ei, alguém sabe quem é aquela garota?” perguntou, apontando.
“Ela trabalha na locadora. O nome dela é ” respondeu .
O garoto foi até lá com toda sua cara de pau.
“Oi, eu sou o ” disse ele, sentando-se rapidamente ao lado da garota.
“” ela respondeu um pouco assustada.
“É que eu ‘to sozinho e você também. Importa-se se eu ficar?”.
“Claro... Que não” ela disse, rindo.
“Parece que o se deu bem” disse , que depois de alguns minutos se virou e se deparou com beijando a garota.
As luzes se apagaram e a tela se encheu de cores. percebeu que estava inquieto e decidiu falar com o amigo.
“Está tudo bem, ?”.
“Na verdade, não. Eu preciso lhe falar uma coisa”.
“O quê?” perguntou a garota preocupada.
“Nós somos amigos faz muito tempo, mas há alguns dias eu tenho me sentido... Diferente”.
“Como assim?”.
“Eu...” foi interrompido por um pedido de silêncio. Ele respirou fundo, colocou sua mão sobre a da garota e olhou fundo em seus olhos. “Eu gosto muito de você”.
“Eu também gosto de você. Nós somos amigos faz tempo, mas...”
“Não é desse tipo de gostar que eu ‘to falando”, o garoto colocou seu rosto próximo ao de e viu a menina respirar profundamente, tocando levemente seus lábios.
“Eu achei que fosse como um dos garotos pra você” disse ela, sorrindo levemente.
“Não é mais” respondeu , trazendo a garota mais perto até senti-la abrir a boca devagar e encostar sua língua levemente na dela. O garoto passava as mãos levemente pelas costas de e ela bagunçava os cabelos de à medida que o beijo se tornava mais apaixonado. Eles se separaram lentamente e a garota sorriu, olhando para . Encostou a cabeça no ombro dele mais feliz do que nunca. Ele mexia no cabelo dela, até que o filme terminou.
Eles saíram da sala de mãos dadas e encontraram e abraçados. Ele apresentou a garota a todos.
“Mas parece que eu não fui o único a me dar bem, hein, ?”.
“Parece que não.” ele disse, enquanto passava a mão pelos cabelos e olhando para .
“Mas a e o não saem do zero a zero” brincou, mudando de assunto.
“A gente só vai ficar no zero a zero. Somos amigos”.
“Er... É mesmo” disse , parecendo um pouco desapontado.
“A gente já vai embora?” perguntou , fazendo bico.
“Bom, amanhã é sábado... A gente pode ficar até tarde no apartamento dos meninos” sugeriu .
“Eu dirijo o carro da com ela e o . A vai com o e a .” disse .
Eles entraram nos carros e foram para o apartamento. Quando chegaram lá, se esparramaram nos sofás e começaram a falar todos ao mesmo tempo. Conversavam e riam sobre tudo, até que foram interrompidos por um trovão. Começou a chover.
“Até que ‘ta calor. O que vocês acham de tomar uma chuvinha?” perguntou .
Os garotos sorriram marotamente e puxaram as meninas. Elas riam, enquanto eram arrastadas para fora. Não queriam esperar o elevador e desceram pelas escadas. Quando chegaram à entrada do prédio, sentiram a água gelada cair rapidamente. a já se beijavam. e brincavam de pega-pega. olhou para e abriu os braços, sorrindo. Ela correu e o abraçou. Enquanto se beijavam, só sentiam um ao outro e a chuva em seus corpos quentes. Ela só queria ficar ali e ele também. Quando se soltaram, olhou para a garota e tirou uma mecha de cabelo que estava em seus olhos.
“Eu sei que talvez esteja cedo, mas eu queria te pedir uma coisa”.
“Peça” disse ela, tentando impedir a água que caía em seu rosto.
“Namora comigo?”.
“Eu... Ah! Claro que aceito!” respondeu , mordendo a bochecha do garoto e o puxando para mais um beijo.
e resolveram chamar os casais para brincar de pega-pega com eles. Depois de algum tempo de correria, estavam exaustos.
“Ai, eu não vou conseguir nem subir” disse , afastando o cabelo dos olhos.
“Então eu te levo” disse , pegando a garota no colo.
“Boa!” disse , fazendo o mesmo com .
“Nem pense nisso” disse, se afastando de .
“Eu não pensei” disse ele, rindo.
Eles subiram. , e se esparramaram no sofá. foi buscar toalhas, enquanto e foram para o quarto do garoto.
“Você me empresta uma roupa?”.
“Pode escolher”.
Ela pegou algumas dentro do armário e entrou no banheiro. deitou na cama, se sentindo a pessoa mais feliz do mundo. Depois de algum tempo, ela saiu do banheiro com um moletom azul, uma calça combinando e meias muito grandes.
“Não repare” ela disse.
“Você fica linda de qualquer jeito” ele respondeu, beijando-a.
“Tome banho que eu te espero lá embaixo”.
Ele tomou banho e, quando desceu, encontrou todos na sala, tomados de banho e as garotas com roupas largas. Tomaram um chocolate quente e ficaram conversando até que caíram no sono. e estavam abraçados no pufe. e no sofá, e no colo de .
Acordaram com o sol entrando pela janela. Os meninos decidiram preparar o café, enquanto as garotas dormiam mais um pouco. Minutos depois, elas apareceram descabeladas na porta da cozinha. Eles tomaram café enquanto conversavam.
“Eu tenho que ir pra casa. você me leva, ?”.
“Eu vou levar a . Você quer carona, ?” perguntou, dando uma mordida no pão.
“Quero sim. Obrigada”.
Terminaram o café. As meninas se trocaram e foram embora.
Tinham acabado de sair na rua quando o celular de vibrou. Vamos ao shopping mais tarde?
Era . Ela riu ao perceber que mal tinha saído da rua do garoto. Claro.
Eu te pego às duas.
‘Ta bom.
Adoro você.
Também. ^^
Ela deixou as duas em suas casas e foi para a sua. Tomou banho, fez um trabalho e se arrumou. Às duas horas em ponto, a campainha tocou. Ela atendeu e na porta estava sorridente. Ele a beijou e entraram no carro. Foram conversando sobre a noite anterior e chegaram ao shopping.
abraçava orgulhoso e foram direto a uma loja, onde compraram as alianças. Agora sim era oficial; estavam namorando. Eles não viam a hora de contar a novidade para todos. Passaram a tarde toda passeando e, depois, ele a deixou em casa. Ela se trocou, fitou a aliança enquanto estava deitada e adormeceu, se lembrando do sorriso dele.
No dia seguinte, ela terminou o trabalho e resolveu ligar para .
“Alô?”.
“Oi ”.
“Oi linda. Tudo bem?”.
“Tudo, e com você?”.
“Também”.
“Você vai fazer alguma coisa hoje?”.
“Eu tenho que fazer o trabalho. Desculpe”.
“Tudo bem. Eu vejo se a quer sair comigo”.
“Tudo bem. Eu te adoro”.
“Eu também. Tchau”.
Ele desligou o telefone, quando se deparou com .
“Eita! Que é isso na sua mão?” perguntou assustado.
“Er... Minha aliança”.
“Aliança?”.
“Eu ‘to namorando com a ”.
“O se deu bem!”.
“É mesmo. Ela é simplesmente demais”.
“Quem já sabe que vocês estão namorando?”.
“Você é o primeiro”.
“Que honra” disse , fazendo uma reverência.
“O que você está fazendo?” perguntou, ao ver o material de espalhado.
“O trabalho, ué.”
“Puts, é para amanhã?” perguntou, batendo na testa.
“Aham”.
subiu as escadas correndo e voltou com suas coisas.
Passaram o resto da tarde fazendo o trabalho e terminaram antes de anoitecer. No dia seguinte, eles acordaram e foram para a escola como de costume. chegou à casa de e, assim que o garoto entrou no carro, percebeu o anel na mão da amiga.
“, é impressão minha ou isso aí é uma aliança?”.
“Aham. Eu e o estamos namorando” disse ela com a cara de felicidade mais fofa do mundo.
“Que legal” ele falou satisfeito. Ela era uma ótima garota; merecia aquilo.
“O falou que não precisa ir buscá-lo. Acho que o tio vai levar” disse, se lembrando do que o amigo tinha avisado.
Foram direto para a escola e encontraram e . cumprimentou os dois. acenou para , que estava falando com no celular e deu um selinho em . Pouco depois, apareceu e cumprimentou todos. começou a se aproximar, mas parou de repente quando viu agarrar pela cintura, apertá-la contra seu corpo e beijá-la intensamente. Ele sentiu o estômago revirar, o sangue ferver e o coração acelerar. Cerrou os punhos, mas de repente pensou numa coisa. “Ela é livre. Não é nada além de minha amiga. Pode beijar quem quiser e namorar quem quiser!” pensou alarmado, quando viu as alianças nas mãos do casal. Afastou-se devagar antes que um dos amigos o visse e o obrigasse a ver a cena mais de perto.
Algum tempo depois, o sinal tocou e todos foram para seus armários. inevitavelmente encontrou os amigos.
“, você pode me levantar?” perguntou , enquanto pulava para tentar alcançar seu armário.
“Peça pro ” respondeu frio, pegando suas coisas e deixando a garota pasma.
“Não ligue, não, linda” dizia, enquanto mudava suas coisas de lugar para o armário de .
“Mas...” ela disse, olhando para o amigo que sumia no corredor.
“Mas nada” respondia , levantando a garota e a fazendo se esquecer do assunto.
Na primeira aula, e não faziam mais nada a não ser falar sobre o namoro com . estava mais feliz do que nunca e se sentia feliz pela amiga. Na segunda aula, as garotas se separaram. Quando chegou à sala de redação, viu sentado num canto e sentiu um aperto no coração ao ver o amigo daquele jeito. Sentou-se ao lado dele e, quando ia chamar o amigo, a professora entrou na sala, já passando o tema da redação.
“Essa redação será anônima e vocês deverão contar algum problema e pedir um conselho”.
até se assustou com a rapidez de ao se levantar e pegar a folha sulfite na mão da professora e começar a escrever. Ela passou certo tempo pensando no que iria escrever, Estava feliz porque namorava o garoto mais perfeito do mundo, mas, por outro lado, estava angustiada, afinal, um dos seus melhores amigos parecia chateado, estava agindo de um modo muito estranho e ela nem sabia por quê. O sinal bateu, mas, como eles tinham dobradinha daquela aula, ninguém se mexeu.
“Meninos e meninas” disse a professora, recolhendo as redações. “Agora eu vou embaralhar as redações e entregá-las aleatoriamente a vocês”.
“Para quê?” perguntou um garoto, parecendo assustado com a idéia.
“Vocês irão responder e aconselhar o autor da redação. Tudo isso sem se identificarem, claro”.
Eles foram pegando as redações e lendo. pegou uma e se sentou na cadeira. Antes de começar a ler, ela deu uma olhada rápida em . Ele estava de pé, os cabelos um pouco bagunçados, a camiseta amarela toda amassada, a cueca azul clara saindo da calça jeans. Olhando bem aquela calça que o deixava com uma bunda... Ops!
“Melhor voltar à minha redação” pensou ela, corando.
Quando terminou de ler, teve vontade de chorar. O pobre autor tinha uma amiga, que ele considerava só uma amiga, até que ela começou a namorar um amigo deles. Aí, ele percebeu que gostava dela. Ela pensou um pouco e começou a escrever. Que situação!Bom, você tem muitas opções: pode simplesmente deixar seus amigos felizes e engolir tudo; pode tentar sabotar o namoro deles (mas isso não ia ser legal); pode se abrir com a garota e torcer para ela que acabe com o namoro numa boa com seu amigo, (aí você teria a garota e o amigo); pode contar para o seu amigo. De duas, uma: ou ele nunca mais vai olhar na sua cara, ou deixar a garota livre, ou você pode fingir que não ouviu nada e continuar normalmente. A decisão é sua. Espero ter ajudado!
A professora recolheu as redações e depois passou pelas carteiras, pedindo ao aluno para pegar sua redação e ver a resposta a sua pergunta. Na redação de , a pessoa dizia para simplesmente perguntar ao amigo o que estava acontecendo. Era óbvio. Ela decidiu fazer aquilo no intervalo mesmo. Enquanto isso, lia a resposta sem saber que a própria garota em questão havia respondido. Porém, a resposta só o deixou mais confuso ainda. Ele estava mesmo enrascado. O sinal tocou e ele se levantou um pouco desligado. De repente, sentiu uma mão em seu ombro. Era . Ele olhou abobalhado por alguns segundos. Como ela era bonita... Mesmo quando estava séria, os olhos brilhavam.
“Eu queria falar com você”.
“Fale” disse ele, saindo do transe.
“O quê você tem?”.
“Nad...” dizia ele, mas parou de repente ao ver a aliança e se lembrar do motivo de toda sua raiva e tristeza.
“Ahn?”.
“Eu... Estou bem” disse ele.
havia tomado uma decisão: iria esperar por ela. Uma hora, aquele namoro ia acabar. Ela sorriu e ele não pôde deixar de fazer o mesmo. Saíram conversando sobre o jeito da professora de química gritar as fórmulas a serem decoradas. Depois do intervalo, essa era a próxima aula de . se sentia feliz. Brincava e ria com a garota, mas tudo que é bom dura pouco. Depararam-se com os amigos e veio imediatamente beijar a namorada. começou a falar com e ele aproveitou para sair de perto.Eles conversavam e, de vez em quando, beijava o pescoço de que ria. Finalmente, o sinal tocou, acabando com a tortura de . Ele e iam para a aula, enquanto corria atrás de no corredor. e iam abraçados para a aula de química.
“O é estranho” disse de repente.
“Por quê?”.
“Ele fica tão diferente quando estou com você. Ele não era assim”.
“Claro. Antes a gente não namorava” disse ela, sorrindo. “Ele só deve estar achando um pouco esquisito” completou, dando um selinho no namorado.
Ele, porém, agarrou o braço dela e colocou as mãos na sua cintura. Beijaram-se longamente.
“A gente vai se atrasar” ela disse, quando eles se soltaram.
“Você que me provoca” respondeu , sorrindo maliciosamente.
As aulas de química e matemática foram iguais. Eles não ouviam os professores e trocavam bilhetinhos fofos. Então tudo bem se a gente não se vir hoje?
Claro, .
É que eu tenho que estudar para a droga da recuperação
Você ficou em quê?
Geografia. ¬¬
Ah, está bem.
Eu te adoro.
Eu também. ^^
O sinal tocou e eles se despediram. ia direto para a biblioteca. se encontrou com os amigos e eles estavam decidindo o que fazer naquela tarde.
“Gente, desculpe, mas eu vou sair com a ” disse.
“Meus pais vão sair. Querem ir lá a casa?” perguntou.
“Vamos, sim.” disse, sorrindo.
“A pé?” perguntou, já olhando para .
“Ai... Vamos no meu carro” disse , cutucando-o na barriga.
Todos entraram no carro. e conversavam com que estava sentado ao lado de . Ela pensava em como agia quando se aproximava e depois lhe veio à mente o garoto da redação. Por incrível que pareça, ela não ligou os fatos.
perguntou algo a ela, afastando aqueles pensamentos.
Chegaram à casa da amiga - era branca e grande. A garota os levou diretamente para a sala e tinha uma televisão enorme, uma coleção de DVDs maior ainda, um sofá com muitas almofadas e vários pufes por toda sala.
“Casa comigo?” perguntou maravilhado.
“Só por causa da minha sala?” disse, rindo.
“Não só pela sala” ele respondeu envergonhado.
“Eu vou pegar alguma coisa para a gente” ela disse, mudando de assunto e seguindo para a cozinha.
foi até o banheiro, deixando e , que não tinham trocado uma palavra, sozinhos. O garoto olhou para ela que estudava os DVDs e decidiu falar alguma coisa, iria aproveitar todos os momentos sem .
“Ela tem algum filme legal?” perguntou ele, se aproximando e colocando as mãos nos bolsos.
“Uhum. Um monte” ela respondeu, virando e dando de cara com aqueles olhos.
“Vamos assistir ao quê?” dizia . Ele havia saído do banheiro e agora ajudava com os refrigerantes.
Colocaram um filme qualquer e conversaram sobre tudo e qualquer coisa. Chegou um momento em que começou a discutir com sobre quem era mais rápido. se sentou em um pufe no outro canto da sala e se sentou ao lado dela.
“Que foi?”
“Nada. Só estava pensando na aula de redação”.
“Por quê?”.
“É que na redação que eu peguei, o garoto tem uma amiga. Só que ele não a vê como uma amiga desde que ela começou a namorar um dos melhores amigos dele”.
“Er... Que confusão” disse, tentando disfarçar o desespero.
“Nem fale. Acho que se acontecesse comigo, eu ia tentar falar com a minha amiga e com o garoto que eu gosto. Vai que ele gosta de mim” ela disse como quem pensa alto.
“Hum” disse ele, apenas. Por que ela estava falando tudo aquilo? Será que tinha percebido que a redação era dele e estava mandando uma espécie de mensagem? Ele se aproximou do rosto da garota, mas mudou de idéia. Que bobagem! Ela gosta do !
A tarde passou rapidamente e, por volta das cinco horas, os expulsou de lá. deixou os garotos em casa e foi para a sua, tomou um banho e, enquanto colocava uma meia, seu celular vibrou. Oi! Saudade...
Ei! Eu também.
Como foi o dia?
Normal, e o seu?
Chato sem você, linda.
Eu te adoro.
Eu também, .
Beijo.
Beijo.
Ela deixou o telefone em cima da cama.
No apartamento, descia para comer, mas tudo que encontrou foi cerveja e molho de tomate. Tomou uma lata (de cerveja, é claro) e foi dormir.
Encontraram-se com os amigos no dia seguinte. estava mais tolerante com . Não era culpa dele se namorava . Ele não sabia dos sentimentos do amigo pela garota. mudava apenas quando abraçava ou beijava a namorada, mas ele fazia tudo para não demonstrar.
foi para a aula de artes junto com e . Chegou à sala e se sentou com a amiga, enquanto o garoto se sentava com cara feia ao lado de . havia acabado de arrumar o material em cima da mesa quando ouviu uma voz enjoada atrás dela.
“Então um garoto finalmente a beijou. Ele perdeu jogando verdade ou desafio ou foi pago pra isso?”.
“Fique sabendo que ele fez isso porque quis. Tanto que eles estão namorando” respondeu, não agüentando a provocação.
“E posso saber quem é o pobre cego?” ela perguntou, rindo.
“ ” respondeu, já mais nervosa que .
Todas as garotas exclamaram. e os amigos eram os garotos mais bonitos do colégio. apenas sorriu quando levantou a mão dela mostrando a aliança. Todas exclamaram novamente.
A professora entrou na sala e o falatório parou. As aulas passaram e já no intervalo a escola toda comentava o namoro dos dois. , que estava abraçado à garota, não entendia nada. Ele se sentou à mesa junto com e os amigos e perguntou o porquê de todos os comentários quando ele passou com a namorada.
“A e a classe toda de artes ficaram sabendo do nosso namoro graças à e ao senhor ” disse, olhando para os dois.
“Vocês são os garotos mais bonitos da escola. A notícia de que um está namorando é motivo de desespero e inveja” explicou simplesmente.
“Todo mundo acha um absurdo eu ser sua namorada. Acham que você não devia estar comigo” falou desanimada.
“Ei!” disse, levantando o rosto da garota e olhando nos olhos dela. “Você é incrível e, além disso, é minha namorada. Não importa o que eles pensam”.
Ela sorriu e o beijou. tentava olhar para o outro lado, enquanto cantava sem ritmo algo como: “ela é incrível, é namorada dele, e ele não se importa com vocês”.
e simplesmente riram quando uma garota passou e chamou de esquisito.
As outras aulas passaram e a tarde foi tediante.
O mês passou assim, sem nada de mais acontecendo. Os dias e as aulas pareciam sempre os mesmos. O namoro de e ia bem, e se viam todos os dias, e continuavam na mesma e apenas tentava se controlar e esperar por .Os dias passaram até uma terça feira. e faziam um mês de namoro e o garoto havia preparado uma surpresa para ela. Os dois acordaram radiantes e, quando se encontraram na escola, deram os parabéns e se beijaram longamente. Os amigos chegaram e eles foram aos armários. cada dia se arrependia mais por ter trocado o armário com . Ele levantava a garota e ela pegava o material, rindo. As aulas foram chatas e no intervalo eles se reuniram de novo.
“Vocês vão fazer o que hoje?” perguntou .
“Eu vou para a pista treinar e depois não sei para aonde vou. P não quer me contar.”
“Se eu contar, não tem graça” disse ele, dando um beijo estalado na bochecha da garota.
“A vai lá para o apartamento. Por que vocês não vão também?” perguntou.
“Então ‘ta” responderam os outros três.
“Apareçam lá umas três horas”.
“Eu te pego às quatro, então?” perguntou para .
“Está bem”.
As outras aulas seguiram normalmente. Quando o sinal tocou, cada um foi para sua casa. foi para a pista e passou duas horas treinando. inspirava a garota. Ela não se sentia cansada, só feliz. Às três horas, , e chegaram ao apartamento e lá encontraram , e . Eles jogaram vídeo game e conversaram sobre bobagens. foi se arrumar e depois saiu. sentiu um aperto no coração ao ver sair com o violão.
“O está com a , eu com o , e você e o , hein, ?” perguntou .
“Não viaje, . O também está sozinho” ela respondeu, olhando para o garoto.
“Estou muito bem assim” ele respondeu um pouco grosso.
chegou à casa de e levou a garota para comer uns hambúrgueres. Depois disso, ele vendou os olhos dela e andaram por algum tempo. Quando pararam, pegou o violão e tirou a venda de . Ela ficou maravilhada. Era uma espécie de mirante. Chegaram bem a tempo de ver o sol se pôr muito vermelho.
“Eu te amo” sussurrou a garota, ao se apoiar no ombro dele. .
“Eu também te amo” ele respondeu, puxando a garota pela cintura e beijando-a. Depois ele se sentou e fez sinal para que ela fizesse o mesmo. Pegou o violão e começou a dedilhar algo:
Captivated by the way you look tonight, the light is dancing in your eyes,
Your sweet eyes.
Times like these we'll never forget,
Staying out to watch the sunset.
I'm glad I shared this with you.
You set me free,
Showed me how good my life could be.
How did you happen to me?
Yeah, aww.
“Isso está lindo, ” ela dizia, olhando nos olhos dele.
Ele apenas sorriu, colocou o violão de lado e deitou no colo dela. Ficaram assim por horas. Ele a fazia rir porque dizia que adorava aquele sorriso e ela mexia no cabelo dele.
Lá pelas nove horas, eles decidiram voltar. Pegaram o violão e foram embora. Ele foi embora e ela entrou em casa, tomou um banho e foi dormir sorridente. Já fazia um mês que namorava . Nada poderia ser mais perfeito.
No dia seguinte, ela acordou e, como sempre, foi buscar os amigos. mal entrou no carro e perguntou como havia sido o encontro dos dois.
“Curioso você, não?” ela perguntou, rindo.
“Também acho” concordou mal humorado. Na verdade, ele não queria saber como havia sido o encontro que comemorava um mês de namoro de um de seus melhores amigos com a garota que ele gostava.
“Fale, vai...” insistiu com cara de cachorro pidão.
“Nada de mais. A gente foi comer um hambúrguer, ele me levou no mirante pra ver o pôr-do-sol e cantou uma música para mim” disse ela, corando no final.
Quando chegaram à escola, praticamente pulou para fora do carro. Não agüentava mais ouvir aquilo. Era torturante. Mas ao sair do carro, as coisas não melhoraram. Ele encontrou que foi diretamente abraçar .
As provas, notas, tudo havia passado muito rápido. Tão rápido que, quando os amigos perceberam, era ‘semana de folga’ - última semana antes das férias, onde eles pegavam os boletins e aproveitavam os últimos momentos todos juntos antes das férias de julho. Eles estavam sentados, conversando sobre as férias.
“Eu vou com os meus pais para a Califórnia” contava .
“Vou visitar minha tia em Paris” disse sorridente.
“A vai ficar trabalhando e eu e o vamos tentar arrumar alguma coisa pra banda”.
“Meus pais vão viajar a trabalho e eu vou ficar sozinho em casa” falou.
“Eu também vou ficar em casa. Meus pais vão viajar em uma segunda lua-de-mel”.
O sinal tocou e eles começaram a ir para as salas. chamou para um contato e eles começaram a conversar.
“Por que você não fica lá no apartamento?”.
“Para quê?”.
“Você vai ficar sozinha lá na sua casa”.
“Mas no apartamento eu também vou ficar sozinha”.
“No apartamento você pode se lembrar de mim”.
“Então está bem. Pergunto para os meus pais”.
Eles se separaram e, pouco depois, apareceu. começou a se afastar, mas a garota a segurou.
“Fale logo” disse irritada.
“Olhe, eu só queria lhe pedir desculpa por tudo. Agi de uma forma meio idiota esse tempo todo e acho que não tem por que a gente ficar brigando”.
“E por que eu deveria acreditar em você depois de tudo o que aconteceu?”.
“Eu percebi que tinha um pouco inveja dos amigos que você tem. Você não pode me dar uma chance de tentar ser sua amiga?”.
arregalou os olhos ao ouvir aquilo, mas talvez ela devesse tentar. Mais uma amiga não faria mal, certo?
“Só porque eu sou muito caridosa” disse a garota, sorrindo, e elas andaram juntas até a sala de aula.
Elas passaram o dia todo conversando e teve uma boa impressão sobre . Ela parecia ser uma garota legal e as duas tinham coisas em comum.
“Deixe a ficar lá no apartamento, vai” falava com naquela noite.
“Para quê?”
“Ela vai me fazer companhia”.
“Tem certeza? Vocês viraram amiguinhas tão de repente”.
“Eu sei o que estou fazendo, . Confie em mim”.
“Então está bem”.
No dia seguinte, ela se despediu dos amigos e foi com para o apartamento. Estava nevando um pouco. entrou primeiro e, chegando lá, ela se deparou com . Tinha os cabelos amassados, usava uma malha de gola alta vermelha, uma calça jeans com a cueca aparecendo e um All Star. Ele se levantou rapidamente e sorriu ao ver a garota um pouco espantada e com neve no cabelo.
“O que você está fazendo aqui?”.
“O me disse que eu podia ficar. E você?”.
“O me disse a mesma coisa”.
“Parece que vamos ser só nós dois ”. O rosto do garoto se iluminou. Seria tudo perfeito.
De repente, apareceu atrás de , com um sorriso maldoso.
“Ei , está fazendo o que aqui?” perguntou ela, tentando parecer surpresa. Na verdade, ela só se aproximou de porque ouviu chamando a garota para ficar no apartamento, e tinha ouvido chamar . Seria perfeito para se aproximar do garoto.
não respondeu a pergunta. Puxou para um canto e perguntou o que a outra garota estava fazendo lá.
“Pode até ser que ela tenha virado sua amiguinha, mas isso é demais para o meu gosto”.
“Relaxe, ” disse a garota, sorrindo para ele.
As garotas se instalaram e se juntaram a na sala. Ele ainda estava um pouco desconfiado de , mas só conseguia olhar para . Ela ficava linda mesmo usando vinte casacos.
O dia passou sem grandes acontecimentos. À noite, estava tomando banho quando desceu as escadas. Ela e se encontraram e começaram a rir. O garoto usava pantufas do Bob Esponja e ela usava pantufas de panda. Depois de comerem alguma coisa junto com , todos foram dormir. acordou e olhou pela janela. Ainda nevava. Desceu as escadas e, quando viu aquela cena, teve vontade de gritar. estava em cima de , no sofá, prestes a beijá-lo.
“Eu só fingi ser amiga da para me aproximar de você” ela disse, enquanto se aproximava mais dele.
abriu a boca, mas nenhum som saiu. Ela estava sem reação.
“Você é doente?” ele perguntou, enquanto se afastava. Virou e viu parada e com a boca aberta.
“Não é o que você está pensando”. O garoto se explicava como se devesse algo a ela. “Eu... eu sei. Agora, você saia daqui!” disse ela alto, apontando para .
A garota não se mexeu. subiu as escadas correndo e jogou a mala de aberta no meio da rua. Desceu as escadas e viu que a menina ainda estava lá e rindo. Sentou-se no sofá e cruzou as pernas. andou até a garota e começou a falar.
“Eu confiei em você. Eu a trouxe para o apartamento do meu namorado e você tem coragem de tentar beijar o ?”.
“Já falei que só me aproximei de você por causa dele. Você é uma vaca, uma ‘Maria-macho’”.
“E você é uma patricinha fútil e sem escrúpulos!”.
não agüentou mais ver aquilo. Agarrou pelo braço e levou a garota em direção à porta. Jogou - a na rua, murmurou algo como “eu te odeio” e bateu a porta. foi até o garoto e o abraçou, começando a chorar. Ele a levou até o sofá e passou a mão no cabelo dela.
“Eu fui uma idiota!”.
“Ela é quem foi. Vamos tomar café e depois dar uma volta pela cidade” ele sugeriu, enxugando as lágrimas dela.
“Obrigada, . Eu te amo”.
“Eu também” disse ele, se afastando quando sua maior vontade era beijá-la.
Ele preparou o café da manhã e chamou a garota pra comer. Depois de comerem, ela se sentou no sofá e ligou a televisão.
“O quê você pensa que está fazendo?”.
“Anh... Assistindo a um desenho?”.
“Isso eu sei, né? Mas se a senhorita pensa que eu vou deixá-la passar as férias vendo TV, está muito enganada”.
“Mas, dear, está tão frio!”.
“Coloque um casaco quente porque a gente vai andar por aí”.
“Tudo bem, você venceu” disse ela, fazendo cara de perdedora. “Mas, ai... Eu não consigo me levantar” falou, fingindo tentar levantar e caindo no sofá de novo.
“Isso a gente resolve agora” disse, levantando a garota no colo w levando-a para o quarto de . Ele a deixou na cama, mas perdeu um pouco o equilíbrio e ficou muito próximo dela. Podia sentir seu doce perfume e seu coração batendo rápido.
“? Eu vou me trocar” disse a garota, um pouco envergonhada com a situação.
“Claro. Estou saindo”.
Ela se trocava, enquanto , em seu quarto, deslizou as costas pela parede. Estava tudo tão confuso... Ele quase havia beijado a garota no quarto de ! Decidiu não pensar no assunto e aproveitar as férias com a amiga. Ela saiu do quarto e encontrou na sala. Eles trancaram o apartamento e entraram no carro de .
“Eu vou dirigir” disse, pegando as chaves da mão da garota.
“Ei! Posso saber por quê?”.
“Não. É surpresa”.
Eles entraram no carro e ficaram o caminho todo em silêncio. Aquela falta do que dizer parecia melhor do que uma conversa. Eles se observavam rapidamente e sentiam algo estranho. parou o carro em uma rua pouco movimentada. Eles desceram e começaram a andar. O tempo estava frio e o dia, nublado. andava ao lado de , sem ter idéia de aonde estavam indo. Quando ela se deu conta, estavam na frente a um lugar que nunca iria esquecer: a praça onde ela havia visto os amigos pela primeira vez. Ela era nova na cidade e havia saído para conhecer um pouco. Ficou perdida, sem saber voltar para casa, e resolveu pedir informação para um grupo de garotos que estava por perto. No dia seguinte, a reconheceu na escola e assim viraram amigos.
“Nossa, ... Eu nunca mais vim aqui depois daquele dia, mas eu não me esqueci daqui”.
“Para falar a verdade, eu também não tinha vindo aqui de novo. Porém, não me esqueci”.
A garota correu até uma árvore e se sentou no meio de duas raízes. O amigo se sentou ao seu lado e eles ficaram lá, a tarde toda, lembrando histórias antigas, como a vez em que puxou a bermuda de e ele usava uma cueca que tinha uma foto do rosto dele estampada na bunda, ou quando foi acordar e viu que ele estava abraçado a um piu-piu de pelúcia, ou até quando eles ficaram bêbados antes da festa de Halloween e ao acordarem viram que estava fantasiado de fada, de bruxa, de Cleópatra, de índia e de mosqueteiro.
Quando se deram conta, já estava tarde e resolveram ir embora. Entraram no carro e ligaram o rádio. Estava tocando uma música do Michael Jackson e estava imitando o cantor perfeitamente. ria sem parar e seu celular tocou.
“Alô?”.
“?”.
“Oi ” ela disse meio sem graça. Não havia pensado nenhuma vez no namorado. parou de repente, abaixou o volume e começou a dirigir, olhando fixamente para frente.
“Você foi para o apartamento?”.
“Estou lá desde ontem”.
“É que o gênio do só me avisou hoje que ele chamou o para ficar lá também”.
“É, eu sei. Eu o encontrei ontem mesmo”.
“A está com vocês?”.
“Na verdade, não. Teve uma confusão, a gente brigou e eu a expulsei. Depois lhe conto melhor”.
“Está bem, então”.
“Como é que está tudo aí?”.
“Hotel vagabundo, ar-condicionado quebrado... Essas coisas” (cof, cof... Room On The Third Floor... Cof, cof).
“Então a gente se fala quando eu voltar. Saudades”.
“Está bem. Também estou com saudades”.
“Beijos”.
“Beijo. Tchau”.
“Era o ” disse um pouco sem graça e olhou para que dirigia, olhando firme para frente.
“Ele ligou porque parece que só hoje que o avisou que você também ia ficar lá e...”.
Ela parou de falar de repente, pensando que estaria entediado com aquilo ou outra coisa. Ele sorriu e olhou para a garota. Não iria deixar afetar aquelas férias perfeitas. Além disso, não conseguia ficar bravo com ela. Aumentou o rádio de novo, que agora tocava James Blunt, e começou a tentar fazer uma voz parecida. A garota riu e olhou para ele. Como ela amava aqueles olhos... Mas devia ser o mesmo tipo de sentimento que ela sentia pelo cabelo de SCRIPT>document.write(Danny). Coisa de amigo (desculpe, gente. Eu sei que sentir alguma coisa por cabelo é um pouco estranho, mas vocês entenderam).
Eles chegaram a casa, se jogaram no sofá e ficaram encarando o teto. mexia na mão da garota, em que a aliança não estava, e ela não queria que ele parasse de tocar seus dedos.
“Vamos tomar alguma coisa no Mary´s?” disse ele, saltando do sofá.
“Não. Vamos ao Big Guys?”.
“Mas lá só tem motoqueiros”.
“Aí é que está a graça, ”.
“? Desde quando você me chama de ?”.
“Desde que você imita o Michael Jackson, honey”.
“Então ‘ta, né? Vá se arrumar que a gente já vai” ele disse, rindo, enquanto ela tentava sem sucesso fazer o moonwalker.
Ela subiu as escadas, rindo. Tomou um banho e se trocou. Quando desceu, o amigo já esperava por ela, sentado no sofá.
Eles saíram e, em pouco tempo, chegaram ao Pub que queria tanto ir. Várias motos estacionadas na frente, alguns caras meio drogados e meio bêbados e umas garotas de mini-saia de vinil. Eles fingiram que não viram nada e entraram, sentaram-se em uma mesa bem no canto e pediram duas cervejas. Depois de algum tempo conversando sobre Beatles e outras coisas, foi ao banheiro. estava sentada, observando as pessoas, quando no meio de três garotas e quatro garotos com narizes empinados surgiu a imagem de . A garota observava tudo com uma cara de nojo que se transformou em uma cara de medo e sarcasmo quando viu olhando estática para ela. viu a garota se aproximar lentamente, enquanto pedia aos amigos para esperarem por ela. Olhava fixamente para a menina, enquanto segurava muito forte a garrafa de cerveja à sua frente.
“Que surpresa encontrar você aqui”.
“Eu pensei que você soubesse que eu freqüento lugar de homens, ” .
“É, parece que sim”.
“Mas o que uma patricinha esnobe como você faz por aqui?”.
“Os outros lugares decentes dessa cidade estavam lotados. Foi esse lugarzinho o que sobrou.
“Que pena... Agora, vá andando antes que eu vire a mão na sua cara”. disse, se levantando um pouco da cadeira e socando a mesa.
“Não precisa ficar nervosinha” a garota disse, rindo.
“Eu não estou nervosinha” ela respondeu, já de pé e cerrando os dentes. “Só não entendi por que você fez o enorme sacrifício de fingir gostar de mim”. disse, puxando violentamente a garota que já se afastava.
“É o seguinte: apesar de o andar com vocês, losers, ele é um gato. Dois dias antes das férias, eu ouvi o o chamando para ficar no apartamento e depois ouvi o seu namoradinho a chamando para ficar lá também. Eu não podia perder essa oportunidade de me aproximar do Mr. Fit. Doi fácil enganá-la. Você é uma tonta”.
começou a se afastar, mas sentiu alguém puxando sua blusa. Não viu mais nada, a não ser uma mão bem no meio de seu nariz. As garotas começaram a gritar e se bater. tentava atingir a garota de qualquer forma. Ela tinha que sair machucada.
voltou do banheiro e viu a amiga atracada com uma menina no chão. Sua única reação foi afastar daquela louca. O dono do lugar expulsou as causadoras da briga e todos seus amigos.
pegou a menina pela mão e levou-a para o carro. Eles chegaram rápido ao apartamento e o garoto a fez se sentar no sofá e foi para cima para preparar os curativos. Ele se sentou na frente dela e começou a limpar o sangue que escorria de seus lábios. Ela segurou as mãos dele e olhou fundou em seus olhos. Ficaram parados por um tempo, até que uma lágrima escorreu dos olhos dela.
“Desculpe. Eu não sei o que deu em mim... Eu não agüentei a provocação. Estraguei suas férias... Desculpe-me”ela dizia entre soluços.
“Olhe, você poderia ter arrumado uns machucados sérios, mas eu não a culpo. Só não me assuste assim de novo” falou, enquanto ainda estava hipnotizado pelo olhar da garota.
Ela se aproximou lentamente e o puxou para perto.
“Eu te amo”.
“Eu também te amo, ”.
Ele terminou de fazer o curativo nela, desejando mais do que nunca beijar aqueles lábios que pareciam tão macios. Eles ligaram a televisão e adormeceram, assistindo às Tartarugas-Ninjas.
No dia seguinte, quando ele acordou viu que já estava acordada, foi até a cozinha e achou a amiga tentando inutilmente virar uma panqueca que estava grudada na frigideira.
“Er... Bom dia, honey”.
“Hum... Bom dia. Você está tentando fazer o que exatamente?”.
“Ei! Eu só queria recompensá-lo por ontem”.
“Por que você não arruma a mesa, enquanto eu tento desfazer esse estrago?”.
“Sim, Mr. Fit” ela disse, batendo continência e indo arrumar a mesa.
“Mr. Fit? De onde você tirou essa? Eu sei que sou muito gostoso, mas...”.
“Ah darling, longa história... Longa história”.
Ela arrumou a mesa e eles tomaram café. Decidiram alugar um filme e passar o resto do dia frio em casa. se agasalhou e saiu. Estava passeando a mão pelos filmes, quando um título chamou sua atenção: ‘O Casamento Do Meu Melhor Amigo’.
“Muito sugestivo” pensou ele, rindo e indo para o caixa. Chegou rápido até o apartamento. Quando abriu a porta, escutou o rádio tocando Blink 182, Always.
Come onm let me hold you, touch you, feel you
Always.
Kiss you, taste you all night
Always.
And I'll miss your laugh, your smile.
I'll admit I'm wrong if you'd tell me.
I'm so sick of fights, I hate them.
Let’s start this again for real...
Ele viu que o som vinha do rádio, mas ouvia uma voz cantando,. A voz vinha da cozinha. Ele se aproximou da porta e lá estava ela. usava uma camiseta preta dele e estava com uma calcinha branca com coraçõezinhos vermelhos. Ela cantava e dançava, sem perceber que o garoto a observava com a boca aberta. Ela parecia uma louca, mas, para ele, estava linda.
“Hold you alwa... Ai meu Deus!” finalmente percebeu que o garoto estava lá. Ela tentava agora se cobrir com a camiseta.
“Er... Desculpe, Eu não sabia” disse ele, saindo da cozinha e deixando a garota passar para colocar as calças.
Ela desceu a escada, já com as calças. estava de costas e encarando a janela. Ela tocou o ombro dele de leve e ele segurou a mão dela, puxou-a rápido para perto dele, encostou o queixo no ombro dela e sussurrou em seu ouvido.
“Não vi nada, ok? Vamos assistir ao filme”.
“Obrigada. Eu vou fazer pipoca” ela respondeu, se soltando devagar e indo para a cozinha. Ele era mesmo um amigo e tanto. Fingir que nada tinha acontecido...
Alguns minutos depois, ela voltou com pipoca e refrigerante. O garoto já tinha colocado o filme.
“O Casamento Do Meu Melhor Amigo? O que aconteceu com os filmes de ação?”.
“Um garoto não pode ser romântico?” respondeu ele, fazendo uma cara sexy.
“Flores e filmes melosos não funcionam comigo, ”.
“Para conquistá-la, tem que ter briga em bar de motoqueiros, né?” ele disse, rindo, enquanto ela dava língua.
Os dias se seguiram com filmes, passeios e risadas. Eles estavam se divertindo como nunca e não queriam que aquelas férias acabassem. Um dia eles acordaram, tomaram café e saíram para aproveitar a neve que caía. Foram patinar no gelo e depois voltaram para casa, tacando bolas de neve um no outro.
“Ah... Estou acabada”.
“Acabada, né? Sei sei...”.
“É sério”.
“Se é verdade, você não vai fugir disto!” ele se aproximou da garota que estava jogada no sofá e começou a fazer cócegas nela.
“! Pare com isso! Chega!” dizia ela entre risos, enquanto fazia cócegas nele também. Eles caíram do sofá e estavam no chão, ainda se fazendo cócegas.
“Oi! Alguém em casa?”.
“Chegamos, cambada!”.
e olharam para a porta, ainda abraçados no chão, e viram e com as malas e caras espantadas.
“Er... Oi darling!” disse . Ela se levantou rápido e foi em direção ao namorado.
“Tudo bem, linda?”.
“Tudo, sim, e você?”.
“Também”. Ela se soltou do abraço apertado de e foi beijar .
“E aí, dude?” disse um pouco sem graça para . Eles ficaram segundos em silêncio, mas começou a contar sobre a viagem e eles passaram o resto da tarde conversando. não conseguia parar de olhar para abraçado com . Ela parecia tão feliz... Ele não podia acabar com aquilo contando tudo a ela. Resolveu parar de pensar e apenas ouvir.
“Mas então, resumindo tudo, algumas gravadoras ficaram interessadas e talvez liguem para a gente”.
“Isso é mesmo ótimo, ”.
“Bem, é melhor a gente ir embora, né, ?”.
“É mesmo”.
“Fique aqui. Para quem ficou aqui as férias todas, um dia ao lado do namorado não pode ser tão ruim” disse, puxando para perto.
“Claro que não vai ser ruim, seu bobo. Eu vou ficar e você, ?”
“Fique aí, cara. Não quero ficar de vela” disse, apontando para os dois que se beijavam.
“Eu fico, sim” respondeu ele, tentando não olhar para os amigos que estavam praticamente se engolindo (desculpe, gente... Mas quem não faria isso se fosse namorada de um McGuy?).
Eles ficaram mais um tempo conversando, até que disse que iria dormir e arrastou junto com ele. e decidiram dormir também. O garoto foi dormir, tentando se convencer de que iria esquecer a garota, mas ele simplesmente não conseguia. O rosto dela aparecia na mente dele, o jeito como ela ria e dava soquinhos nele... Aos poucos, a imagem foi desaparecendo e ele adormeceu.
No dia seguinte, eles acordaram com um telefone que não parava de tocar. Como nenhum dos garotos se mexeu, e sua pantufa de panda foram até a sala.
“Alô?”.
“Er... ?”.
“Oi !”.
“O que você está fazendo aí?”.
“Bem, os meninos chegaram ontem e pediram para eu e o ficarmos mais. Aí a gente dormiu aqui”.
“O ?”.
“Teve uma pequena confusão e ele também ficou aqui nas férias”.
“E a ?”.
“Outra pequena confusão. Descobri que ela é uma vaca e a expulsei no segundo dia”.
“Nossa”.
“Venha para cá e a gente conversa”.
“Está bem. Tchau”.
“Bye!”.
Pouco depois, e sua pantufa de panda foram atender à porta.
“Vocês estão folgados hoje, hein?”. Ela gritava, abrindo a porta.
“Oi amor, que saudade” disse, abraçando-a assim que a viu.
“Nossa, Paris lhe fez bem mesmo, não?” ela falou, se soltando do garoto e o levando para a cozinha, onde estavam os outros. Eles se cumprimentaram e passaram grande parte do dia falando sobre os acontecimentos das viagens e o rolo entre e .
“Mas mudando de assunto, : você sabe...” começou , porém ela logo o interrompeu.
“Não, . Não sei que dia a volta” ela disse e todos começaram a rir.
“E quem disse que eu ia perguntar isso?” ele respondeu, corando.
“Eu o conheço, ”.
“? Desde quando você me chama assim?”.
“Desde que eu imito o Michael Jackson” disse, fazendo a amiga explodir em risadas.
“Como é que é, ?” perguntou, fazendo a mesma cara de desentendido dos outros dois.
“Longa história, ” respondeu o garoto, tentando abafar a voz de que pedia para ele fazer a imitação.
O dia passou e todos voltaram para suas casas. desarrumou a mala e tomou banho. Logo depois, o telefone tocou.
“Alô?”.
“Oi!”.
“, você voltou de viagem?”.
“Aham, posso passar na sua casa?”.
“Durma aqui”.
“Está bem. Tchau”.
Pouco depois, a garota estava tocando a campainha. Elas pegaram alguns salgadinhos e foram correndo para o quarto de .
“Conte tudo!”.
“As praias são lindas, assim como os garotos” dizia, dando uma risadinha.
“Beijou alguém?”.
“Na verdade... não”.
“Você está mesmo vidrada no , né?”.
“O quê? Claro que não!”.
“Ai, vocês dois são iguaizinhos”.
“Fique quieta, vá” falou , jogando um travesseiro na amiga.
“Mas me conte: como foi com a ?” ela perguntou, depois de poucos segundos de silêncio.
“Nem lhe conto. Aquela vaca só ficou minha amiga para se aproximar do . Ela estava quase o beijando quando vi!”.
“Nossa, ela é mesmo uma falsa, hein? Mas você parece tão afetada só porque ela tentou beijar o ”.
“Só? Só? Você está pirando? Ela quase encostou a boca dela à dele, aquela boca vermelhinha” disse , se calando rapidamente, pois percebeu que estava falando besteira.
“Eu ouvi direito? Você reparou na boca do ?” perguntou com a boca aberta.
“O perguntou de você hoje” disse , tentando mudar de assunto. Na verdade, ela mesma estava surpresa com o pensamento. Aquele mês inteiro parecia ser sobre o boca de , os olhos dele, o jeito com que ele sorria e como ele imitava o Michael Jackson perfeitamente. Ela não pôde deixar de sorrir quando se lembrou do último item.
“, você está nessa galáxia?”.
“O quê? Eu estava só pensando”. Ela entrou no banheiro e fechou a porta, mas continuou falando com a amiga. “Eu passei um mês inteiro com ele. Não tem como deixar de reparar”.
“Aham, acredito, ”.
“, eu estou falando sério” ela disse, saindo do banheiro e se sentando ao lado da amiga. Elas passaram horas falando besteira, até noite.
“, qual foi seu maior mico nessas férias?”
“Acho que foi quando meu primo estava tentando me ensinar a surfar e meu biquíni soltou. Sorte que eu segurei e ele amarrou” respondeu um pouco corada.
“E o seu?”.
“Acho que... Quando o me viu dançando na cozinha que nem uma louca de camiseta e calcinha” disse muito corada.
“Como é que é?!”.
“Foi sem querer. Eu não vi que ele estava lá e ele fingiu que nem aconteceu nada no final das contas”.
ia falar alguma coisa, mas o telefone de tocou.
“Alô?”.
“Amor, tudo bem?”.
“Tudo, e você, dear?”.
“Também. Escute, vamos sair?”.
“Vamos, mas a está aqui em casa”.
“Então eu chamo o resto do povo”.
“Está bem”.
“Passo aí em uma hora”.
“Beijos”.
“Beijo”.
falou com a amiga. elas se trocaram e, uma hora depois, estavam os amigos na porta. cumprimentou todos e abraçou os amigos, demorando mais no abraço de .
“O não vem?” perguntou abraçada a .
“Ele não quis. Disse que só estariam os casais” respondeu, enquanto a puxava pela cintura.
“Gente, alguém percebeu que eu estou aqui?” falou, levantando o braço.
“Eu percebi” falou, se aproximando da garota.
“Ui! É melhor a gente ir andando” disse , guiando os outros.
Eles chegaram ao pub que costumavam freqüentar e pediram seis cervejas. Algum tempo depois, eles viram entrar no pub.
“Apareceu a margarida!”.
“Eu estava em casa, sem fazer, nada resolvi vir” respondeu o garoto, se sentando com os amigos.
Algumas horas depois, podia-se ver várias cervejas espalhadas perto dos amigos. e estavam em um beijo muito descoordenado devido à quantidade de álcool que eles tinham tomado. fugia de que tentava cada vez mais agarrá-la. tinha ido ao banheiro e chegou mais perto de , porém, ele não estava tão bêbado quanto os outros. Ela estava muito perto dele, olhando fundo em seus olhos. Ele não sabia se iria se segurar. só conseguia se aproximar mais ainda da garota. De repente, ela começou a aproximar o rosto do dele. Ela chegou muito perto e começou a passar os lábios dela levemente nos dele. Ele sabia que estava para voltar a qualquer momento, mas não podia evitar. Ela estava provocando e ele não podia mais se segurar. simplesmente não sabia o que estava fazendo. Uma parte muito pequena do seu cérebro estava controlando seus atos. já não agüentava mais aquilo. Ele colocou uma mão no pescoço da garota e a outra na cintura dela. Deu uma última olhada no rosto da menina. A expressão dela mudou rapidamente de alienada para enjoada. Ela colocou a mão na boca, mas não conseguiu se segurar. Vomitou ali mesmo, no sapato de . Ele se assustou e foi para o banheiro para se limpar. A garota foi levada por , que agora parecia mais sóbrio, para fora. Ela vomitou do lado de fora e antes mesmo de entrar novamente viu que seus amigos estavam chamando um táxi para voltarem para casa. Eles ficaram o caminho todo sem dizer nada. Chegaram ao apartamento e simplesmente dormiram jogados no primeiro lugar que caíram.
abriu os olhos com dificuldade devido ao sol que batia direto na cara dele. Ele se levantou um pouco do sofá e viu os amigos jogados. e estavam abraçados no tapete. estava com o braço entrelaçado no pescoço de na beirada do sofá. e não estavam lá. se levantou com um pouco de dificuldade e foi acordar os quatro que estavam jogados na sala. Depois de levar alguns xingamentos e os ouvir reclamando de dor de cabeça, ele foi procurar pelos outros dois que faltavam. Entrou no quarto de para ver se o garoto estava lá e depois iria procurar por . Empurrou a porta devagar, mas, quando olhou, não conseguiu acreditar no que via. estava abraçado com a garota na cama. Ele estava sem camisa e a única coisa que se via era o cabelo dela no peito dele.
“Hum... Eu... Anh... Vocês... Hum”. não conseguia completar sua frase. Aquela cena simplesmente destruía o garoto.
“Ei... Bom dia, dude” disse com um sorriso bobo.
“É... Eu... Ahn... Oi”. Ele ainda não podia acreditar no que via.
“Acorde, linda”. mexia no cabelo de que ainda dormia.
Ela abriu os olhos devagar e se deparou com o namorado ao seu lado. Olhou para a porta e viu parado lá, vermelho e parecendo realmente prestes a chorar. Ela realmente não estava entendendo o amigo. Ele estava agindo estranho, tinha reações diferentes a cada momento... Aquilo estava ficando muito complicado.
“Bom dia, honey. Tudo bem, ?”.
“Ah... Claro... Digo... É... Vou descer”.
“A gente já está indo”.
Os dois ficaram fazendo uma horinha se beijando na cama, mas decidiram que era hora de descer quando ouviram gritos vindos da cozinha.
“Ok, crianças. Mamãe e papai estão aqui. Parem de bagunçar” disse, rindo e entrando na cozinha, abraçada a .
“Ah, foi ele quem começou” disse, fazendo bico e apontando para .
“Você que simplesmente não quis fazer meu café da manhã”.
“E por isso você precisava me bater?”.
“Parem de gritar os dois” disse com as mãos na cabeça.
“... Agora ninguém está gritando” disse, falando um pouco mais baixo.
“Mas parece que todo mundo está gritando” falou, colocando a cabeça na mesa.
“Olhe, gente, eu vou preparar o café para todo mundo e duas aspirinas pra vocês, crianças”.
“Obrigada, . Eu a amo”.
“Ei!” protestou ao ouvir dizer aquilo.
“Mas eu amo o ” disse, abraçando o garoto.
“Ama tanto assim para ir para cama com ele?!” disse aquilo que estava entalado na garganta.
Todos olhavam surpresos para e e depois olharam para a porta por onde tinha saído. foi até a sala e se sentou no sofá.
“Em primeiro lugar, não fui pra cama com o . A gente caiu no sono abraçado. Segundo, você não tem o direito de sair falando essas coisas”, estava sentada meio de lado e encarava que não tirava os olhos do chão.
“Olhe, desculpe. Perdi a cabeça quando vi vocês lá”, ele estava decidido. Não podia mais agüentar aquilo. Ae ela perguntasse o porquê, ele iria contar a verdade.
“Por que isso, ?”.
Ele respirou fundo e olhou direto nos olhos da garota. Não resistia àqueles olhos tão profundos quando ela fazia uma cara de preocupada. Ele segurou as mãos da garota e começou a se aproximar dela. Ela não se afastou. Simplesmente ficou olhando o garoto fechar os olhos e se aproximar mais dela.
“Mamãe, a gente está esperando o café da manhã” gritou da cozinha, acabando totalmente com toda a coragem de .
“Eu... Já estou indo”, a garota se levantou do sofá e foi para a cozinha, um pouco confusa.
não podia acreditar. Estava prestes a beijar a namorada do seu amigo, mas ela não tinha recuado ou tentado pará-lo. Será que isso significava alguma coisa? Ele não podia mais pensar naquilo. Foi para a cozinha e fingiu que nada tinha acontecido. Eles tomaram café e ficaram o resto da tarde jogados no sofá, ouvindo musica e vendo televisão.
Quando eram umas sete e meia e todos ainda estavam jogados no sofá, do nada, teve uma brilhante idéia.
“, vamos àquele cinema, onde a gente se conheceu?”.
“Para quê?”.
“Nossa, eu só estava tentando ser romântico. Poxa, foi lá que a gente se conheceu” ele disse, cruzando os braços e fazendo bico.
“Tudo bem, bebê. Foi lindo, viu?” falou, chegando perto do garoto e o beijando de leve nos lábios.
“Foi lá que contei que gostava de você, né, linda?” perguntou, abraçando por trás.
“Foi, sim, coisa fofa” ela concordou, com um sorriso lindo no rosto. Para e , era o sorriso mais perfeito da garota: o sorriso sincero. Só de olhar, os dois sorriram idiotamente de volta para a garota.
“Por que vocês estão olhando assim pra ela?” se pronunciou, pela primeira vez, sem entender nada.
“, se eu fosse você, saía correndo” avisou , rindo.
“Ela tem razão. Vocês estão me assuntando” ela disse, se afastando devagar.
Os dois garotos se olharam e sorriram marotamente, se aproximando da garota que agora ria nervosamente.
“Gente, socorro aqui” dizia ela, enquanto tentava se afastar dos garotos que avançavam na direção dela.
“Ah, será que a gente vai ajudá-la?” fingia que estava pensando e os outros o acompanhavam, olhando para o teto.
“Ah, gente... Venham ajudar sua amiga querida, vai?”, ela tentava driblar os garotos que a cercavam em volta do sofá na sala.
“Bom, ... Vamos lavar a louça. né?” disse, arrastando que ria, vendo a expressão de .
“Então, ... O que você acha de sair para comer um donut ou algo assim?”.
“Não! Vai ser mais divertido assistir”.
“Nossa. Muito obrigada, . Que consideração” a garota falou indignada. Tinha conseguido escapar por um minuto dos garotos.
“Ela tem razão. Vamos ajudar... Os garotos!” disse feliz, saindo correndo atrás da garota também. não teve dúvidas e saiu correndo junto. Pouco depois, os garotos conseguiram alcançá-la e faziam cócegas nela que não conseguia parar de rir (Ok. McFly em cima de você lhe fazendo cócegas! Sonhar faz bem, né?!).
Algum tempo depois, as garotas estavam no apartamento onde morava sozinha, se arrumando para ir ao cinema.
“Então, ... Como vão as coisas com o ?”.
“Ah , cada dia mais agradeço por vocês estarem em casais e obrigá-lo a reparar em mim”.
“Ei! Não estávamos em casais. Eu e o não” disse indignada, com as mãos na cintura.
“Claro, . A gente acredita” falou, deixando a amiga falando sozinha.
Elas se trocaram e foram em direção ao cinema onde se encontrariam com os amigos. Todos os garotos estavam animados com a idéia. Especialmente que agora poderia se aproximar de , embora agora não fizesse muita diferença. Ela namorava . Depois de alguns minutos, eles se encontraram na bilheteria do cinema.
“Você quer assistir ao que, honey?” perguntou grudado a .
“Qualquer filme, desde que seja com você” ela disse, resolvendo acompanhar o namorado que estava romântico aquele dia.
“Vamos assistir a “O Ataque Das Sanguessugas Azuis?” perguntou animado, apontando para um cartaz grotesco.
“Acho legal. Vamos?” perguntou que não estava a fim de assistir a um filme meloso e ainda ficar de vela.
“Não pode ser tão ruim assim” disse, tentando convencer que estava um pouco relutante.
“Mas tenho medo desses filmes”.
“Não tem nada” falou, encerrando o assunto e indo comprar os ingressos.
Ele entregou os ingressos para os amigos. Eles compraram pipoca e refrigerante e seguiram para a sala de cinema. Depois de levar uma bronca por falar muito alto antes de entrar, fazer barulho antes de se sentarem e começarem uma guerra de pipoca depois que alguém gritou “pipoca no Poynter!”, eles se acalmaram e conversaram alegremente.(sim, isso é uma cópia do encontro de fãs em SP).
“Ai droga!”.
“Que foi, ?” perguntou depois de ouvir o namorado soltar um grito.
“Ah, caiu coca na minha camiseta”.
“Que lindo! O bebê precisa de um babador?” debochou .
“Cale a boca, . Vou me limpar e já volto”.
“Está bem, lindo. Só não demore”,
se levantou antes que o filme começasse. Quando estava passando por que estava na fileira de trás, ele se apoiou no ombro do amigo e falou baixinho.
“Sente-se lá no meu lugar, dude”.
“Pra quê?”.
“Para cuida da , ué”.
“Ah... Está bem...Acho”.
“Valeu”.
se levantou e foi se sentar ao lado da garota. Ela conversava com e nem prestou atenção ao garoto ao seu lado. Ele apenas observava o jeito como ela sorria e como não conseguia manter as pernas paradas.
“Ah ... ?”.
“O me pediu pra me sentar aqui. Tem problema?”.
“Claro que não, . Mas acho que ele vai perder o começo do filme”.
Ela estava certa. O trailer começou e nada de . A abertura passou e nada de . O filme começou e ainda nada de . Ela decidiu não se preocupar e aproveitar o filme com o amigo. Aconchegou-se na cadeira e virou o rosto para o amigo. A imagem da tela refletia nos olhos dele, aqueles olhos que sempre a encantaram. Ela sentiu um calor muito estranho quando ele se virou para ela e sorriu, mas o calor não era só porque ela tinha ficado muito vermelha. Ela sentiu algo mais, mas resolveu simplesmente ignorar aquilo.
“Ai meu Deus!” gritou , apertando o braço de quando uma sanguessuga pulou na tela.
“Calma. Eu a protejo” sussurrou ele, mexendo no cabelo dela. O garoto passou o braço atrás da cadeira da garota e eles assistiram ao filme daquele jeito.
Quando eles já não podiam mais sentir suas bundas de tão quadradas, o filme terminou. Eles começaram a se levantar. foi se levantar, mas sentiu um peso em seu ombro. Quando olhou para o lado, viu dormindo escorada a ele.
“Parece que o filme não era tão interessante assim” pensou , rindo consigo mesmo. Ele olhou para a garota que parecia um anjo dormindo e deu um beijo na testa dela, a fim de acordá-la. Ela era realmente especial para ele.
“Hum, o filme já acabou?” perguntou a garota, com uma cara sonolenta.
“Graças a Deus” falou, enquanto a amiga ainda se levantava.
“Nem venha. Vá dizer que você não estava gostando de ficar abraçada com o ” dizia, enquanto abraçava .
“Cadê o , hein gente?” perguntou , mudando de assunto ao ver a amiga corar.
“É mesmo. Ele saiu para se limpar e não voltou mais”.
Eles saíram da sala do cinema e foram procurar o amigo do lado de fora. Ele estava dormindo, sentado encostado a um pilar. Os garotos o viram e começaram a planejar algo.
“A gente faz montinho ou joga gelo dentro da camiseta dele?” perguntou, esfregando as mãos.
“O que vocês acham de gritar bem alto na orelha dele?”, se virou para os amigos, com um sorriso malicioso.
“Nossa, nunca vou dormir perto de vocês” disse, rindo, e concordou.
“Vocês não vão fazer isso com o meu bebê” falou indignada e se ajoelhou perto de que agora babava despreocupado.
“Bebê, está na hora de acordar” falou a garota, tocando no braço do namorado. Ele nem se mexia. Os outros assistiam à cena, sem falar nada. tentava desviar o olhar, porque agora a garota falava, enquanto dava beijinhos por todo o rosto do garoto.
“Está... Na... Hora... De... Acordar”.
Ele abriu os olhos lentamente e se deparou com a namorada sorrindo bem à sua frente e os amigos ao fundo, abafando os risos.
“Anh... O que aconteceu?”.
“Eu é que lhe pergunto, bebê!” falou, fazendo todos rirem ao dizer “bebê”.
“Eu, eu... Lembrei-me!”.
“Lembrou-se do que, criatura?” perguntou espantada.
“Fui para o banheiro e me limpei, mas, quando fui voltar, o tiozinho não me deixou entrar”.
“Coitadinho do meu... É, coitado do ”, consertou sua frase, ao ver o namorado ficar vermelho.
“Bom, vamos voltar pra casa, né?”.
“Para quê, ?”.
“Honey, depois de amanhã, as aulas de vocês começam”.
“Puts, é verdade!” exclamou, batendo a mão na testa.
“Então é melhor a gente voltar para casa, porque já é quase meia noite” disse, consultando o relógio.
“Eu busco vocês?” perguntou para e .
“A gente ainda vai lhe compensar por todas essas caronas” disse com um sorriso travesso.
“Ei! Ainda estou aqui” exclamou, puxando a garota para perto.
“Quis dizer que vou pagar a ela quando a banda estiver fazendo muito sucesso”.
“Bom mesmo” disse ele, recebendo da namorada um beijo estalado na bochecha.
Eles se despediram e voltaram para suas confortáveis casas. Seria um bimestre muito longo antes da esperada viagem de formatura.
No domingo, não se reuniram porque precisavam arrumar algumas coisas. No dia seguinte, se levantaram cedo e rumaram para a escola. , e chegaram antes dos outros amigos. foi procurar por um outro garoto do terceiro ano, James, enquanto e esperavam pelos outros.
“Então” falou, olhando as pessoas que passavam.
“Então o quê?”.
“Não sei.Queria um assunto”.
“O filme foi legal?”.
“Você estava lá também”.
“Mas dormi. Estava tão quentinho e... Oi ” a garota falou, corando ao perceber que havia falado alto e que o amigo se aproximava.
“Cadê o , dude?”.
“Foi falar com o James”.
Eles conversaram por algum tempo, até que e voltaram com . Separaram-se e foram cada um para sua sala. e tinham a primeira aula juntas, então foram para a sala. Elas se sentaram nas carteiras do fundo, como sempre, e começaram a conversar sobre as férias.
“, eu... Preciso lhe contar uma coisa”.
“Ih, lá vem. Fale, ”.
“É que o está... Sei lá... Muito próximo, entende?”.
“Mas vocês sempre foram próximos. Quando eu andava com a , ela sempre achou que vocês tinham alguma coisa”.
“Mas antes era uma coisa muito de amigo. Depois que comecei a namorar o , ele tem agido diferente, sabe?”.
“Bom, ele sempre foi meio esquisito” disse , rindo e fazendo a amiga sorrir.
“Como você é tonta! Mas você me entendeu”.
“Sinceramente acho que é coisa da sua cabeça, ”.
“Você está certa. Deve ser paranóia”.
O professor entrou na sala e as garotas tiveram que encerrar a conversa. Enquanto isso, em outra sala, conversava com .
“Dude, eu posso lhe perguntar uma coisa?”.
“Fale, ” perguntou, imaginando a besteira que sairia da boca do amigo.
“Está acontecendo alguma coisa com você? Digo, em relação ao namoro da e do ?”.
“Ah... O quê? É... Não... Claro que não!” disse o garoto surpreso. Ele não esperava que ninguém soubesse; Se o lerdo do já sabia, ele estava perdido.
“Pode me contar o que está acontecendo!”.
“Ah ... É que... Gosto da ! Pronto, falei!”.
“, você está maluco?! Ela é namorada de um dos seus melhores amigos!”.
“Você não precisa me lembrar disso. Já sofro o bastante”.
“Merecia sofrer mais, cara! Ela sempre esteve ali com a gente, solteira! Você resolve gostar dela quando a mesma está namorando?!”.
“Ei! Eu só não pensava nela como uma garota antes, ok?!”.
“Algum problema, senhores?” perguntou o professor que havia acabado de entrar na sala. Eles não perceberam, mas estavam falando cada vez mais alto.
“Nenhum” falou, se ajeitando na cadeira.
A aula foi ainda mais chata do que o normal, porque os garotos não se falaram. ainda estava um pouco revoltado com o amigo e , preocupado.
O sinal tocou e disparou atrás de .
“? Você me faz um favor?”.
“Fale, ”.
“Olhe, não comente nada com ninguém sobre aquilo, está bem?”. reparou na cara de desespero do amigo.
“Tudo bem. Olhe, desculpe, se fiquei irritado”.
“Ah dude, venha aqui!”, puxou o amigo e eles se abraçaram. sabia que o amigo não fazia por mal e sabia que o amigo o entendia (momento cute! Imagine que coisa fofa eles nessa confraternização).
O bimestre passou voando e, quando eles perceberam, estavam na semana de prova. Como iriam viajar na formatura, essa era a última chance de conseguir uma nota decente, o que deixava todos muito estressados. Os amigos quase não se encontravam e estavam sempre fazendo perguntas sobre a matéria do dia. A última prova de todos eles era física. O terceiro ano era misturado e eles eram sorteados para cada sala. Assim, não podiam colar.
entrou na sua sala, procurando por algum rosto conhecido, quando viu sentada na última carteira perto da porta. Ela olhava fixamente para frente. Ele se aproximou e começou a falar.
“Oi . Estudou para a prova? ? , fale comigo! , me responda! ! Iuhu!”.
“Ai, fale, !”.
“Ei! Por que você não estava me respondendo?”.
“Se eu falasse, as fórmulas iam sair da minha cabeça. Mas como você não parou de falar, agora já foi”.
“Desculpe” disse ele, com uma carinha triste.
“Tudo bem, cabeção” ela disse, rindo.
O professor entrou na sala e todos se sentaram. Depois de longos cinqüenta minutos, todos saíram da sala e foram para o pátio, onde as aulas seriam encerradas para o terceiro ano.
“Bom dia, meus queridos alunos” disse o diretor para todos os estudantes do terceiro ano que estavam reunidos.
“Estou aqui para parabenizá-los por estarem concluindo seu último ano em nossa escola. Também gostaria de lembrar que a festa de vocês será hoje à noite e que partiremos para a viagem de formatura em três dias”. Os alunos começaram a falar todos, ao mesmo tempo, sobre o que iriam vestir e com quem iriam ao baile.
“Bem, se vistam para impressionar, arrumem um par e nos vemos lá”. Todos começaram a fazer um estardalhaço, falando, se empurrando e pensando em que horas chegariam a casa.
“E aí, com quem vocês vão ao baile?”.
“Que pergunta, hein ? Óbvio que com minha namorada linda” disse, abraçando a garota.
“Também vou com a minha namorada” disse o garoto feliz.
“E você, ?” perguntou .
“Vou com o Kian, da minha turma de álgebra” respondeu a garota, corando um pouco.
“Achei que ele fosse namorado da Jane”.
“Era. Eles terminaram. Eu vou com ela” disse isso, um tanto orgulhoso.
“E você, boy?” perguntou, olhando para o garoto.
“Ela não é daqui. Vocês vão conhecer à noite” respondeu ele um pouco sem graça.
“Bom, vamos nos encontrar onde?” falou, tentando mudar de assunto o mais rápido possível. Ela estava extremamente incomodada por saber que iria com alguém. Mas ele tinha esse direito. Era solteiro e não gostava de ninguém, certo? Certo! Que coisa mais estranha ela pensar naquilo.
Eles decidiram que buscariam as garotas juntos, exceto . As meninas foram direto pegar o vestido de e depois buscar . Elas se arrumariam na casa de . Já os meninos ficariam no apartamento de e , fazendo nada até a hora de se arrumarem e buscarem suas garotas.
Mais tarde naquele dia, as garotas conversavam sobre o baile.
“Isso é incrível! Quero dizer, a gente vai para a faculdade... Vamos seguir nossos rumos”.
“, pare com isso, porque penso que a gente não vai mais estar juntas” disse chorosa.
“Ah , que é isso...? Você acha mesmo que eu e os garotos vamos deixá-la em paz tão fácil assim?” disse ela, rindo e abraçando a amiga.
“Vocês estão muito dramáticas. Vão ter a viagem de formatura inteira para decidirem como manter contato” SCRIPT>document.write(Nay) falou, recebendo almofadadas das duas.
“Falando em viagem de formatura, o está muito mal porque vai ficar um mês sem você?”
“Não” a garota disse simplesmente.
“Não?!” perguntaram as duas espantadas.
“Porque vou viajar com vocês!” respondeu ela, dando pulinhos de felicidade pelo quarto. e deram gritinhos histéricos e foram abraçar a amiga.
“Vocês não vivem mesmo sem mim” disse ela com dificuldade, porque estava sendo esmagada pelas malucas.
“Isso vai ser realmente ótimo, mas mudando de assunto... E o Kian, hein?” perguntou, se jogando na cama e olhando para uma vermelha.
“Ah, ele é ótimo” respondeu , sorrindo sem graça.
“Ah, ele é ótimo?” document.write(Nayra) desapontada.
“Conte como aconteceu. Ele a convidou ou você o convidou? Ele ainda estava namorando quando a chamou? Você gosta dele?”.
“Calma, . Uma pergunta de cada vez” disse , rindo. “Eu estava tentando resolver um problema de álgebra quando ele chegou perto de mim. Começou a falar que o baile estava chegando, que eu era muito bonita e perguntou se eu tinha alguém para ir. Eu disse que não, mas perguntei sobre a namorada dele. Ele disse que eles tinham terminado e perguntou se eu não queria ir com ele. Como ninguém me convidou e ele é bonitinho, aceitei”.
“Bonitinho? Hello! O que me desculpe, mas o Kian é lindo”.
“A tem razão e você tem mais é que aproveitar. Não é culpa sua se o é lerdo” falou, dando ombros. e viraram assustadas para amiga. “Qual é? Vão dizer que fui a única a perceber a quedinha, ou melhor, o tombo que o tem pela ”.
“Bom, o perguntou outro dia se eu tinha reparado em alguma coisa, mas não dei muita importância”.
“Você está viajando, . O não gosta de mim” disse, visivelmente chateada.
“Ele só está indo ao baile com a Jane porque você já tinha com quem ir e não queria ir sozinho” disse, tentando acalmar a amiga.
“Pode ser, mas vamos mudar de assunto” falou , tentando mudar os ânimos.
Elas conversaram sobre os vestidos, penteados e maquiagem até chegar a hora de começarem a arrumação.
Enquanto isso, no apartamento, os garotos faziam um lanchinho na cozinha.
“Dude, amo X-bacon, sabia?” disse todo melado de ketchup.
“Os lanches daquele lugar são muito bons mesmo” respondeu, enquanto tirava a maionese do cabelo.
“‘A fehe cetia jelar as goritas lá’” falou com a boca cheia de hambúrguer.
“Engula primeiro e depois fale, gênio” disse, rindo.
“Eu disse que a gente devia levar as garotas lá”
“Nossa, as garotas! A gente tem que se arrumar” disse , batendo na testa .
“Acho que você está sexy assim, ” falou , apontando para o ketchup na bochecha do garoto.
“Eu, hein” disse ele, correndo para fora da cozinha.
“Não fuja. Quero tomar banho com você, querida!” disse, indo logo atrás.
Eles revesaram o banheiro e, às oito e vinte, estavam prontos para buscarem as garotas. e foram juntos, enquanto e iam no carro do pai de buscar as outras duas.
Pouco tempo depois, e estavam na frente da casa de , tocando a campainha. Primeiro, saiu e cumprimentou os garotos. Ela estava com um vestido longo vermelho que era bem decotado na frente, fazendo babar feito um idiota. Logo em seguida, veio . A garota usava um vestido azul céu, curto na frente e longo atrás mostrando as pernas. A garota parecia um anjo, segundo a descrição de .
“Wow! Vocês capricharam, hein?”.
“Vocês também não estão nada mal, ” disse , enquanto dava um beijo em .
“E a ?”
“O Kian veio buscá-la uns dez minutos atrás” explicou .
“Ok, vamos então. Estou doido pra ver o que vai dar a , o , o Kian e a Jane na mesma mesa” disse, esfregando as mãos e recebendo um tapa de .
“Quero é ver a acompanhante secreta do ” falou , conduzindo as garotas para o carro.
“É mesmo. Quem será?” perguntou animada. apenas esboçou um sorriso. Por que aquilo a incomodava tanto?
Eles entraram no carro e foram para o que seria uma noite um tanto agitada.
Não demoraram muito e, pouco tempo depois, estavam entrando no salão e procurando pelos amigos. Deram uma olhada pelo lugar e viram conversando com Kian. Aproximaram-se, cumprimentaram o garoto e começaram a conversar.
“Vocês chegaram faz muito tempo, ?”.
“Faz uns quinze minutos, . Os meninos demoraram muito para chegar à casa da ?”.
“Que nada. Meu baby é pontual” respondeu, dando um beijo na bochecha de .
“Então, está todo mundo aqui?” perguntou Kian com uma voz entediada .
“Não. Ainda faltam os meninos” respondeu .
“E seus respectivos pares” completou sorridente.
“Com quem eles vêm?” Kian perguntou, se interessando rapidamente pela conversa.
“É isso que a gente vai descobri agora” respondeu, apontando para a porta onde estavam e conversando com outras pessoas atrás deles.
e se viraram rapidamente para a porta. conversava alegremente com Jane e era seguido por uma garota loira, com longos cabelos ondulados.
“O se deu bem mesmo, hein?” falou, recebendo outro tapa de .
“Eu nunca tinha a visto na escola” comentou com um ar intrigado.
“Não achei graça nenhuma nela” disse com uma cara enjoada. Por que diabos o tinha que vir com aquelazinha? E porque diabos ela pensava tanto nisso? Tinha seu namorado maravilhoso. Não tinha razão para sentir aquilo.
Os garotos se aproximaram da mesa e apresentaram suas acompanhantes.
“Essa é a Jane, pessoal”.
“O que você está fazendo aqui, garota?” perguntou Kian um pouco alterado. “Você não se cansa de me seguir?”.
“Ah, cale a boca por um minuto. Não tenho culpa se o conhece essa garota que está com você” Jane respondeu, apontando para , como se ela fosse um pano de chão.
“Ei, não precisa falar dela assim” disse, olhando para Jane. “Querida” completou ele, corando ao receber olhares assustados dos outros.
“Bom, você não vai apresentar a garota, ?” perguntou , para desviar a atenção de .
“Ah! Claro! Ela é a Alex, minha...”
“Ok, . Todo mundo já sabe!” disse um pouco alterada.
“Erm... Oi Alex” disse , olhando um pouco assustada para e virando-se para a garota. “Sou a ”.
“”.
“”.
“”.
“E essa é a ” apontou para a garota emburrada.
Os outros se sentaram e um silêncio constrangedor se instalou. Alguns deles observavam a pista de dança e outros fitavam seus copos.
“Hum, vamos dançar, ?” perguntou sem jeito.
“Claro!” respondeu ela, querendo fugir da situação em que eles se encontravam.
“Bom, vou buscar outra cerveja para mim. Quer alguma coisa?”.
“Não. Obrigada, Kian” respondeu , sem tirar os olhos da mesa.
“Vou retocar a maquiagem. Alguém vem?” Jane perguntou, olhando para as garotas.
Como nenhuma delas respondeu, a outra empinou o nariz e foi em direção ao banheiro.
“Então... O Kian... Ele é legal?” perguntou, olhando para os próprios pés.
“Ah... Ele é... Hum... É” respondeu, evitando olhar para o garoto.
“Hum... , ... Eu... Hum...” falou , apontando na direção da pista, onde Kian e Jane estavam na maior pegação. “Não é o Kian com a Jane?”.
e olharam para a pista, depois um para o outro e responderam juntos.
“Aham”.
“E vocês não estão chateados?” Alex perguntou, sem entender, enquanto rolava os olhos pelo fato de ouvir a voz da garota.
Eles olharam novamente para a pista, se encararam e responderam, dando de ombros.
“Não”.
Ficaram em silêncio por alguns segundos, até que entendeu os olhares significativos de e falou com .
“... Você... Hum... Quer dançar?”.
“Claro!” disse ela, levantando-se num salto e levando o garoto para a pista.
sorriu de leve ao ver a amiga abraçada com , mas fechou a cara de novo ao ver falando com Alex.
“Você quer alguma coisa, linda?” perguntou .
“Hum, uma cerveja, se você prometer não beijar nenhuma ex no caminho” respondeu brincalhona.
“Palavra de escoteiro” disse ele, erguendo a mão e dando um beijo na namorada. “Vocês querem alguma coisa?” perguntou aos outros dois, mas eles negaram.
observou se afastar e escutou falar algo.
“Eu vou falar com o James e já volto, ok?”.
“Tudo bem, eu vou falar com a...”.
“?”. perguntou, ao ver Alex apontar para a garota à sua frente.
“Sim” confirmou ela sorridente.
foi em outra direção e voltou sua atenção às pessoas dançando. provocava , falando alguma coisa muito próxima à boca do garoto. No segundo seguinte, ele puxou-a pela cintura e a beijou. sorriu ao ver que os dois haviam finalmente se acertado, mas uma voz tirou a felicidade dela.
“Vocês são amigos há muito tempo, né?” Alex disse, tentando ser simpática.
“Aham” respondeu, sem tirar os olhos da pista.
“O me contou que vocês vão viajar na formatura”.
“Aham”.
“Para a Flórida, né? O zinho prometeu que ainda me leva para conhecer”.
“O quê?” perguntou , virando rapidamente para encarar a garota.
“Eu disse que...”.
“Sei o que você disse! Só não acredito que ele possa ser tão burro! É só uma loira mais ou menos aparecer e ele sai que nem um cachorrinho!”.
“Mas ele é...”.
“Um idiota! Ele é um idiota completo porque veio com você! Só não o faça e de imbecil. Se você pensar em magoá-lo, se prepare para acertar as contas comigo!” falou cada vez mais alto e saiu da mesa, para não dar um tapa naquela loira aguada. Ela precisava se acalmar. Foi até o banheiro, onde encontrou passando batom.
“SCRIPT>document.write(Nay), me ajude. Quase virei um murro naquela garota”.
“Quem? A Alex?”.
“É”.
“Mas por quê? Ela fez alguma coisa?”.
“Fez. Aliás, está fazendo. Ela está fazendo o de imbecil!”.
“Como assim? Eles não são primos?”.
“Ela vai... Eles são primos?!”.
“São. O descobriu agora há pouco”.
“OMFG! Falei um monte para a garota!” disse assustada, fazendo rir.
“Isso é sério” disse ela nervosa, mas caindo na risada também.
“Você vai ter que pedir desculpas” disse, puxando a amiga para fora do banheiro.
veio ao encontro delas com uma cara preocupada.
“Você está bem, ?”.
“Anh?”.
“A Alex disse que você não estava se sentindo muito bem”.
“Ah! Eu... Eu... Tontura... Já passou” ela respondeu, pensando que teria que pedir desculpas e realmente agradecer à garota.
Eles voltaram para a mesa e encontraram, além dos outros, e muito sorridentes.
“Eu estou namorando” disse ela, apontando feliz para .
“Vamos comemorar então” falou, levando todos para a pista.
“Escute, erm... Desculpe-me, ‘ta?” havia segurado Alex.
“Tudo bem”.
“E, hum... Obrigada por não dizer a verdade pra eles”.
“Não tem problema. Fiz aquilo porque percebi que você gosta do meu primo”.
“Não! Tenho namorado! Eu só... Não quero que o se machuque... Só isso”.
“Olhe, você pode querer se enganar, mas sei que você gosta dele” Alex respondeu, indo para a pista junto com os outros. se sentou novamente.
“Isso não pode ser verdade” sussurrou para si mesma. “Tenho o . Não posso fazer isso com ele. Além disso, o me vê como uma amiga. Isso não ia dar certo!”.
“Você não vem?”, perguntou que havia voltado à mesa.
“Já estou indo”, disse ela, forçando um sorriso.
“Você vem agora”, falou o garoto, estendendo a mão para ela.
se levantou e segurou na mão do rapaz. Estremeceu ao sentir o toque dele. Ele guiou-a até a pista e colocou as mãos em sua cintura quando uma música lenta começou a tocar. Ela pousou as mãos em volta do pescoço de e sorriu ao encarar aqueles olhos tão intensos. Era como se eles fossem os únicos no lugar. encostou a cabeça ao ombro do garoto e pôde sentir os lábios quentes dele em seu pescoço. Ela fechou os olhos, respirando profundamente. Passou uma das mãos na nuca do garoto, bagunçando seus cabelos. fechou ainda mais seus braços em volta da garota, fazendo seus corpos ficarem muito próximos. Como a camisa de estava para fora da calça, colocou as mãos geladas nas costas do garoto, sentindo-o arrepiar. Ele colocou a boca perto da orelha da garota e ela pôde ouvir a respiração falha do garoto. segurou a mão da menina e apertou-a, mas ao fazer isso sentiu a única coisa que o impedia de fazer a coisa que mais desejava naquele momento: a aliança. Um sentimento de culpa invadiu os dois e eles se afastaram alguns centímetros.
“Ei! Olhe quem achei!”, disse que vinha acompanhado por James, fazendo e se afastarem mais ainda.
“James, fale se ela não é a namorada mais perfeita do mundo”, falou orgulhoso. A garota sorriu triste, pensando no que acabara de fazer.
“Você tem sorte mesmo, dude”, disse James, dando tapinhas nas costas do garoto.
“Acho que vou me sentar” disse, começando a se afastar, mas sendo puxada de volta pelo namorado.
“Nosso baile de formatura do terceiro colegial e nem danço com a minha namorada. Como assim?”, perguntou ele, colocando suavemente uma das mãos no rosto da garota, fazendo-a sorrir de leve. Ele olhava para ela com ternura. Não podia negar que seu coração ainda batia rápido quando ele se aproximava. Afinal, eles tinham uma história. Ela se lembrava dos doces beijos do garoto e não podia deixar de sentir borboletas no estômago.
Aquela situação tinha que ser resolvida. Ela tinha que se decidir, mas não podia fazer isso naquele momento. Seus sentimentos pareciam estar em um liquidificador. Seu coração estava confuso demais para tomar uma decisão. Ela decidiu esperar mais um pouco e quem sabe tomar a decisão certa.
“E você a xingou, sua doida?”, perguntou , rindo feito uma maluca e caindo da cama de . O baile havia terminado e eles foram para casa. As meninas dormiriam na casa de e os garotos se jogariam no apartamento de e .
“Eu... Ah... Achei que eles estavam ficando...”, disse a menina envergonhada. foi até o banheiro e pulou no pescoço de na hora.
“Mas se você pirou porque achou que eles estavam ficando, é que aí tem coisa”.
“Ah... Sei lá... Teve uma hora que a gente estava na pista e...”.
“Você acha mesmo que não vi vocês naquela tensão toda? Fiquei até com medo, amiga”.
“Então! Ele me provocou tanto quanto o provoquei. Mas não sei por que fiz aquilo! E depois o veio todo fofo para o meu lado... Ainda sinto as borboletas quando o me beija, sabe?”, falou , se sentindo muito confusa.
“Mas você sabe que não pode ficar fazendo o de bobo. Certo?”, perguntou desconfiada.
“Nem sei o que sinto pelo direito ainda!”, respondeu, já irritada com o rumo da conversa.
“Bom, mudando de assunto...! O beija TÃO BEM!”.
“Eca, ! Ninguém quer saber o que o faz com a língua quando beija”.
“Estranho você falar isso, porque uma hora ele meio que deu uma viradinha... Ai!”, começou a explicar, sendo interrompida por uma almofadada de .
“Já são cinco da manhã e a gente tem que comprar as coisas que faltam pra nossa viagem! Melhor irmos dormir”.
“É daqui a três dias. Certo?”.
“Certíssimo! Certo, ? ? !”.
“Anh? O que foi, ?”.
“É melhor a gente dormir antes que você comece a babar no próprio tapete”.
“Está bom”, ela respondeu, afofando o travesseiro e se deitando. Quando fechava os olhos, podia sentir o toque de . Era como se ele ainda estivesse lá. Podia sentir a respiração falhar ao se lembrar do modo como ele beijou seu pescoço... Não! Não podia estar gostando do amigo! não merecia aquilo. Era um ótimo garoto e um dos melhores amigos de . Se ela ainda sentia borboletas quando chegava, o sentimento não podia ter simplesmente desaparecido.
Fechou os olhos novamente e se lembrou dos olhos intensos de . Se com tinha borboletas no estômago, quando se aproximava uma manada de elefantes passava por todo seu corpo. Ela sorriu, fechando os olhos novamente e acabou adormecendo.
“Acorde!”, gritaram e , pulando na cama da amiga (n/a: isso me lembrou o vídeo em que o Harry os acorda).
“Não... ‘Fe rena nami’...”, respondeu com a cara no travesseiro.
“, é sério”, falou , descobrindo a amiga, enquanto colocava uma música animada e abria as cortinas.
“Está bom! Já me levantei! Mas o que vocês querem?”.
“Compras! A nossa viagem é depois de amanhã. Precisamos de biquínis”.
“Mas já tenho os meus”.
“Você vai usar isso na viagem?”, perguntou , erguendo dois maiôs pretos enormes.
“Mas não mesmo! Vamos comprar biquínis decentes”, falou, já colocando a saia jeans.
Elas se vestiram, pegaram os cartões de crédito e foram ao shopping no carro de . Quando chegaram lá, foram direto à loja de biquínis.
“, vá devagar”, disse meio assustada ao ver a amiga pegar uns quinze biquínis e correr para o provador.
“O que você acha desse aqui?”, perguntou com uma coisa pink minúscula na mão.
“Você fica bem de pink”.
“Estou falando para você”.
“Nem morta!”.
Depois de muita discussão, levou uns dez diferentes, , quatro pinks e quatro brancos, e levou cinco pretos.
Saíram da loja e resolveram tomar um sorvete. Ao chegarem à praça de alimentação, viram quatro crianças felizes saindo do McDonalds.
“!”, gritou , largando as sacolas e pulando no garoto.
“!”, gritou ainda mais alto e fez o mesmo.
“!”, fez a mesma coisa, correndo na direção do garoto.
“Wow! Elas estão animadas!”, disse , rindo. Ele viu beijar a ponta do nariz de , fazendo o garoto rir, e sentiu seu mundo desabar. “Tudo tinha ido tão bem ontem... Mas ela não vai terminar com o por minha causa”, pensou desanimado.
“Vamos tomar esse sorvete ou não?”, perguntou , arrastando os amigos.
Eles passaram muito tempo tomando os sorvetes e conversando sobre a viagem que estava para chegar. Durante todo aquele tempo, não havia olhado para . Se ela queria se esquecer dele e ficar bem com , teria que ignorar o garoto por um tempo. Doía porque eles eram amigos e ela gostava muito dele, mas isso era necessário.
Tudo passou rápido e, quando eles perceberam, estavam acordando às seis e meia da manhã para pegar o avião que os levaria até a Flórida. As garotas andavam desajeitadas com sete malas pelo aeroporto, enquanto os meninos estavam entretidos com a esteira de bagagens.
“Finalmente achamos vocês!”, falou, colocando suas três malas na esteira.
“A gente não agüentava mais carregar tanta mala”, concordou , fazendo à mesma coisa que a amiga.
“A gente tem que ir para o avião agora”, disse , colocando sua humilde mala na esteira também.
“Vocês que ficaram enrolando”, falou, levando um tapa de cada garota.
“Socorro!”, ele saiu gritando feito um doido pelo aeroporto, sendo seguido pelos amigos.
“Maníacas!”.
“Loucas!”.
“Alguém nos salve!”.
“Vocês estão parecendo umas bichas loucas”, falou, enquanto entregava sua passagem para a atendente.
Todos entraram no avião e começaram a procurar seus lugares. e nas cadeiras da direita, e nas cadeiras da esquerda, e se sentou entre e , nas três cadeiras do meio.
“Quantas horas são de vôo?”, perguntou , sendo ignorado por que colocou o fone e começou a fazer cócegas em . Ela se sentia muito mal por fazer isso, mas tinha que ser fiel.
Seria uma viagem muito longa.
Eles já estavam no avião há algum tempo e o lanchinho começou a ser servido.
“Olá! Suco ou refrigerante?”, perguntou a aeromoça peituda com voz de tele-sexo.
“Refrigerante”, respondeu com um sorriso maroto, levando um tapa da namorada.
“Pronto.Ela já foi”, disse , tirando a mão dos olhos de .
“Que mancada. Os únicos que conseguiram olhar direito foram o e o ”, falou emburrado.
“O olhou porque a está capotada”, disse , apontando para a amiga que dormia tranqüila. “E o porque não tem namorada”. O garoto deu uma risadinha sem graça e se concentrou em como tirar aquele plástico irritante de cima do sanduíche.
“, tira isso, pelo amor de Deus?”, perguntou , entregando o lanche para o amigo. Quando ele estava voltando com a mão, esbarrou no copo de refrigerante de , derrubando todo o conteúdo neles dois.
“AH, CARAMBA!”, gritou ela, se levantando rapidamente e indo em direção ao banheiro.
“Desculpe, ! Foi sem querer!”, disse ele, seguindo a garota.
“Ah, tudo bem! Isso acontece”, falou ela de dentro do banheiro.
“Hum... Preciso lavar minha blusa... Vou entrar. Está bom? ? ? Estou entrando, viu?”.
“Pode entrar”, respondeu ela, abrindo a porta. Ele tentou entrar antes que ela saísse e, como banheiro de avião não é lá muito grande, eles acabaram entalados. Sentiam seus corpos muito juntos. podia ouvir o coração acelerado de . Ele evitava olhar para ela, mas não conseguia. Enquanto tentavam sair, seus olhos se encontraram. Ele não estava raciocinando; seu corpo agia sozinho. levou uma das mãos à cintura da garota e a trouxe ainda mais perto. não conseguia resistir. Suas pernas estavam moles e ela colocou as mãos no ombro do garoto para não cair. Ela respirou fundo e fechou os olhos ao sentir a boca do garoto tocar de leve seu pescoço. Não conseguiria mais resistir. Por que ele estava fazendo aquilo com ela? Decidiu simplesmente se entregar, sem pensar nas conseqüências.
“Está tudo bem?”, ouviram perguntar, chegando perto do banheiro. conseguiu sair do lugar e encontrou o namorado.
“Está sim. Vou... Voltar para o meu lugar”, disse ela, sem graça, saindo de lá.
“Você está bem, dude?”, perguntou o garoto, ao ver ofegante.
“Tudo bem, sim”, respondeu, forçando um sorriso e voltando para seu lugar.
O resto da viagem no avião foi tranqüila e sem acontecimentos.
Quando eles desembarcaram, havia um ônibus esperando por eles. Viajaram mais algum tempo e chegaram a um lugar cheio de cabanas de frente para a praia e ensolarado. Um garoto muito bonito, com camiseta de monitor, se aproximou.
“Bem vindos à Flórida! Espero que essa semana seja a mais divertida de todas”, disse ele com um sorriso. “Meu nome é Zack e esses são os outros monitores: Kenny, Dilan, Michael, Layla e ”, continuou, enquanto os outros acenavam.
“Vamos chamar seus nomes e o número da cabana em que vão ficar. Levem suas coisas e depois voltem para o refeitório”, falou Dilan, pegando um papel do bolso.
“ , , e . Número 27. , , e Rhonda Williams. Número 72”.
Os meninos e as amigas foram para as respectivas cabanas e voltaram para o refeitório. Sentaram-se numa mesa e ficaram esperando o resto das pessoas.
“Essa tal de Rhonda é legal?”, perguntou .
“Não sei. Ela nem olhou na nossa cara”, disse, dando de ombros.
“Bom, galera, vamos deixar vocês livres nessa semana para fazerem o que tiverem vontade. Mas a gente tem um tipo de concurso: todo mundo que tem banda, que canta, dança, faz mágica, ou qualquer coisa, está convidado a se apresentar daqui a três dias na festa”, falou quando todos estavam no refeitório.
“O que vocês estão esperando? Vão se divertir!”, Kenny disse ao ver que os garotos continuavam parados.
Todos saíram correndo em direção à praia como crianças de sete anos. Os garotos tiraram as camisetas e pularam no mar. As meninas se sentaram nas cadeiras, mas logo foram puxadas para o mar pelos amigos.
Passaram o dia na praia brincando, tomando sol e conversando sobre tudo. Na hora do jantar, os monitores avisaram que no dia seguinte teriam algumas brincadeiras para ninguém ficar morgando. Eles jantaram e foram dormir.
No dia seguinte, acordaram e no café da manhã ficaram sabendo das brincadeiras.
“Depois do café, vamos fazer alguns jogos de futebol para os meninos E de vôlei para as meninas, almoço e depois um saudável esconde-esconde. Depois de jantar e tomar banho, uma caça ao tesouro do terror”, dizia Zack, enquanto os estudantes conversavam animados.
Tomaram café e voltaram para as cabanas para se arrumarem.
“Erm... ?”, perguntou Rhonda para a garota que entrava na cabana junto com as amigas.
“Eu”.
“O seu... Hum... Namorado está procurando você”.
“Obrigada”, respondeu sorridente, indo ao encontro de .
“Fale”, disse ela. abraçando o garoto.
“Eu... Só... Queria Dizer que... Estou amando passar esse tempo com você!”. falou , levantando a garota e a fazendo rir. Beijaram-se e foram se arrumar.
Pouco depois, todos se encontraram no campo de futebol/vôlei.
Os garotos foram divididos em times. e ficaram em um que jogaria contra o de e . As meninas improvisaram uns pompons e deram uma de cheerleaders, inventando músicas e coreografias. Depois, as meninas foram jogar vôlei e os amigos pegaram os pompons, o que fez todos rirem.
Depois do almoço, eles se reuniram de novo para começar esconde-esconde.
“Legal! Como vocês são muitos, todos os monitores vão procurar e vocês se escondem”, falou Layla começando a contar. Todos começaram a correr e a procurar lugares escondidos. Aquilo parecia uma brincadeira boba, mas eles estavam se divertindo.
“Está bom. Vocês vão para aquele lado e acho que vou entrar naquele salão lá embaixo”, disse para as amigas. Ela correu até o salão onde seria a festa e encontrou as luzes apagadas. Entrou devagar e foi tateando para chegar embaixo da mesa, mas acabou batendo a cabeça em alguma coisa.
“AI, DEUS!”. Foi tudo que ela pôde ouvir de uma voz conhecida gritar.
“Erm... ?”.
“Eu. Quem é?”.
“Como quem é? A , cabeça”.
“Ah! Você vai se esconder aqui?”.
“Acho que tem bastante espaço para nós dois. Agora vá pra lá”. O garoto se afastou e ela se encolheu em baixo da mesa com ele.
acordou com alguns gritos que vinham do lado de fora. Já era noite. Ela e haviam caído no sono. A menina acordou o garoto e foi para a porta.
“Eles nem sentiram nossa falta e, hum... ?”.
“Que foi?”
“!”, exclamou ela, batendo na porta.
“Que é?!”.
“A porta está trancada!”.
“Não acredito”, disse ele, passando as mãos pelo cabelo.
“Bom, mas se a gente acendesse a luz”, falou feliz, colocando o dedo no interruptor.
“Hum... ?”.
“Que foi dessa vez?”.
“A luz não acende!”.
“Ah, que ótimo!”, resmungou o garoto.
“Acho que vamos ter que esperar alguém nos achar. Enquanto isso...”, ela pegou um chaveiro e apertou um botão. Uma luzinha fraca se acendeu.
“Esperar alguém achar a gente?”, falou com ele mesmo, olhando para a garota e dando um sorriso malicioso.
“Anh... ?”, chamou depois de alguns minutos de silêncio.
“Eu”.
“Hum... Sei que não é a melhor hora para falar disso, mas... Você percebeu que estamos ficando muito... Íntimos?”.
“Mas a gente sempre foi amigo”, respondeu o garoto, tentando não rir. Ele sabia o que ela estava tentando dizer, mas queria testar até onde ela iria.
“Sim... Mas... Você... A gente... Quase... Sabe? E sou namorada do ”.
“Como assim?”, perguntou , provocando ainda mais.
“Ah ! Em que você fica pensando?”.
“Sinceramente? Só em você. É tudo sobre você”, disse ele, sorrindo.
mordeu os lábios e sorriu de leve. Sussurrou, se aproximando de . “Sabe... Você fez minha vida valer a pena”.
O rapaz se ajeitou no chão e virou de frente para . Ela sorria cheia de ternura. olhou fundo nos olhos dela e percebeu que nada poderia estragar aquele momento. Colocou uma das mãos no rosto dela e se aproximou. A garota segurou a mão de que estava no chão, mas, ao fazer isso, os dois sentiram a aliança que ela carregava no dedo; a única coisa que os impedia de ficarem juntos.
De repente, ouviram batidas na porta e viram algumas luzes piscando do lado de fora. e faziam caretas com as caras prensadas contra o vidro, enquanto podia-se ouvir falando sem parar com o monitor que abria a porta do salão.
“Isso é um absurdo! Eles ficam presos e ninguém percebe! E esse salão nem devia estar fechado”. Ao receber um olhar de desaprovação, ela foi calada por um beijo do namorado.
e soltaram as mãos lentamente e foram ao encontro dos amigos. Depois de algumas explicações, todos decidiram que era hora de dormir. Afinal, eles ainda tinham cinco dias pela frente.
acordou com o barulho da porta se fechando. Os amigos haviam saído. Finalmente, um dia livre. Podia fazer o que quisesse.
Fechou os olhos ao deitar novamente e o rosto de voltou à sua lembrança, como se ela estivesse lá. Muitas coisas se passaram por sua cabeça. Quando percebeu, estava sentado com lápis e um pedaço de papel na mão. Começou a pensar em como todas suas lembranças se conectavam a ela. Lembrou-se da noite anterior e começou a escrever. Ele faria de tudo por aquela garota. Lembrou-se das férias, onde passou tanto tempo só com ela; de todas as vezes em que ela disse “eu o amo”, mesmo sem aquela intenção; da vez em que ele a surpreendeu dançando na cozinha... Não pôde deixar de sorrir. Todos os seus pensamentos estavam concentrados naquela garota tão especial para ele.
Rabiscou mais algumas coisas e guardou no fundo da mala. chegou a pegar a bermuda, mas não estava a fim de ver se divertir com . Deitou-se de novo na cama e enfiou a cara no travesseiro, tentando apenas não se esquecer da noite anterior e manter o perfume dela. Ele queria guardar todas as suas forças para o dia seguinte. Seria tudo ou nada.
Encarou a cama de e cobriu a cara com o cobertor, tentando não pensar mais naquilo.
Os seis amigos estavam conversando animadamente na beira da piscina.
“Esse show de talentos vai ser legal. Assim, o pessoal vai poder ouvir a banda”, falou animado.
“Que banda?”, perguntou desentendida.
“McFly”, disse um sorridente.
“Vocês finalmente arrumaram um nome?”.
“É... Você sabe o quanto sou viciado em ‘De Volta Para o Futuro’”.
“Nem fale. Noites e noites tendo que agüentar aquilo”.
“Aquilo? Esse filme é um clássico!”, disse indignado.
A discussão durou alguns minutos, mas foi terminada por uma tentativa de afogamento que sofreu por causa do namorado.
Eles passaram parte da tarde só morgando na piscina, mas depois uma das monitoras foi chamar os meninos param ensaiarem e se prepararem para o show da noite.
“Bom, vocês vão usar estes instrumentos. Podem começar”, disse muito simpática.
“Legal. Que música a gente vai tocar?”, perguntou .
“Acho que a gente podia tocar That Girl”, falou .
“Hum... Será que a gente podia tocar... Essa aqui?”, disse, entregando um papel amassado.
Os amigos leram a música e resolveram tocar aquela mesmo.
Eles ensaiaram e fizeram alguns ajustes. Foram até o chalé, se arrumaram e voltaram para o salão principal. Quando chegaram lá, todos estavam arrumados e esperando o show começar. Um garoto que contava piadas se apresentou e depois algumas garotas dançaram uma música da Britney Spears. Logo depois, Zack subiu e apresentou a próxima banda.
“Legal, galera. Agora vai entrar uma banda chamada McFly e eles vão tocar... All About You”, disse ele olhando no papel.
, , e entraram no palco. Assim que subiu, procurou o rosto de e logo viu que ela estava linda, sentada lá, o aplaudindo... E também. Ele quase pensou em desistir, mas era a felicidade dele que estava em jogo.
respirou fundo e tomou seu lugar. A platéia se acalmou e Danny começou a cantar.
It's all about you (it's all about you).
It's all about you, baby.
It's all about you (it's all about you).
It's all about you.
Yesterday, you asked me something I thought you knew.
So I told you with a smile: it's all about you.
Then you whispered in my ear and you told me too.
Said you'd make my life worthwhile. It's all about you.
And I would answer all of your wishes,
If you ask me to.
But if you deny me one of your kisses,
Don't know what I'd do.
So hold me close and say three words like you used to do,
Dancing on the kitchen tiles... It's all about you, yeah!
And I would answer all of your wishes,
If you ask me to.
But if you deny me one of your kisses,
Don't know what I'd do.
So hold me close and say three words like you used to do,
Dancing on the kitchen tiles...
Yes, you make my life worthwhile.
So I told you with a smile:
It's all about you
It's all about you (it's all about you).
It's all about you, baby.
A cada verso, se identificava mais. Ela olhou para e via que o garoto sorria. Definitivamente, a música era sobre ela. As coisas sobre a dança na cozinha e a pergunta de ontem... Seu coração disparou quando seus olhos encontraram os de . Ela não podia deixar de se sentir bem quando olhava aqueles olhos.
A música acabou e ela sentia que podia pular nos braços de a qualquer momento, mas viu sorrindo, enquanto descia do palco. Ele vinha na direção dela. Aquilo era muita pressão. Ela tinha que pensar muito bem no que ia fazer.
desceu do palco, radiante ao ver sorrir durante a música. De repente, a expressão dela mudou ao ver . A garota olhou cheia de ternura para ele antes de sair correndo para o chalé.
“Será que eu estraguei tudo?”, pensou ele, passando as mãos pelo cabelo.
corria sem rumo, já que seus olhos estavam embaçados pelas lágrimas. Ea parou de repente e percebeu que estava na frente de seu chalé. Escancarou a porta e se jogou na cama.
“Merda, merda, merda!”, ela continuava repetindo, enquanto socava o travesseiro. “Por que ele tinha que fazer isso? E por que eu tinha que gostar dele? Isso não é justo! Não é justo!”, falava ela, enquanto socava ainda mais o travesseiro.
“Não é justo com o pobre do travesseiro que não fez nada para estar apanhando”, disse , rindo e se sentando na cama, ao lado da amiga.
“, me ajude. Eu estava indo tão bem com o e o vem e me faz isso...”.
“Isso o quê?”.
“A música. É para mim. Aquela coisa de dançar na cozinha e ser tudo sobre mim. Ontem ele me disse que gostava de mim e quase traí o com um dos melhores amigos dele! Sou uma bruxa mesmo!”, falou tudo de uma vez e parou para respirar depois.
“Calma, . Você não fez nada de errado. Se você gosta do ... Vai ter que terminar com o ”.
“Não! Ele sempre foi tão legal comigo... É meu namorado, !”.
“Eu sei disso, mas acho que não adianta ficar o enganando e sofrendo por causa do ”.
“Ai , não sei o que vou fazer”, falou , se deitando no colo da amiga e deixando as lágrimas caírem.
“Pense, durma e amanhã você decide”, disse a garota, acariciando a confusa cabeça da amiga.
voltou para o chalé, comemorando o sucesso com os amigos, mas a expressão de não saía da cabeça dele. Talvez o melhor fosse se afastar e deixá-la ser feliz com .
No dia seguinte, acordou com os olhos um pouco inchados, mas, assim que ela abriu os olhos, sabia o que iria fazer. Tinha tomado uma decisão que decidiria o rumo da vida dela daqui em diante. Só queria ter certeza de que era a coisa certa fazer... Mas ela não tinha.
Respirou fundo e saiu andando em direção ao chalé dos meninos. Hesitou, porém bateu duas vezes na porta. Ninguém respondeu e ela apreensiva bateu mais uma vez.
“Entre. Está aberta”, foi tudo que ela pôde ouvir.
abriu a porta devagar e, quando viu somente um garoto sentado na cama, respirou aliviada.
“ ... Eu queria falar com você”.
“Bem... É que... Eu também precisava falar com você”, disse o garoto, dando um espaço na cama para se sentar.
“Mas... Será que eu podia falar primeiro? É meio importante...”.
“Está bom. Mas fale, porque agora fiquei preocupado”.
A garota respirou fundo, se ajeito na cama e virou-se para , olhando fundo nos olhos dele.
“Preciso lhe dizer uma coisa, porque... Você sempre foi uma pessoa maravilhosa comigo e não posso fazer uma coisa dessas com você. Seria muito injusto”.
Nesse momento, ela já podia sentir os olhos se encherem de água. “Nossa amizade sempre foi muito importante para mim e eu queria muito que isso mudasse nada entre a gente”. pôde ver a preocupação de estampada em seu rosto e se sentiu cada vez pior. Mas ela tinha que fazer isso. Segurou as mãos do garoto, olhou bem para ele e disse, sentindo uma lágrima percorrer seu rosto: “Quero terminar”.
O garoto olhou surpreso para a menina que o fitava de um jeito doce, mas muito triste. Ele apertou as mãos dela e falou, sorrindo.
“Sabe, é engraçado, porque... Eu ia lhe falar que quero terminar”.
“O quê?”, perguntou , secando uma lágrima.
“Bom... Estou gostando da . Sabe a monitora? Ela é muito legal, mas eu não podia trair você ou algo assim. então achei melhor terminar”.
“Então você quer dizer que vamos continuar amigos?”, perguntou a garota feliz.
“Claro que sim”, respondeu , puxando para um abraço.
“... Sei que isso pode parecer estupidez, mas... Será que você podia cantar para mim aquela música, pela última vez?”, disse ela, se desfazendo dos braços do garoto.
Ele sorriu e pegou o violão. Olhou bem para para guardar a imagem dela na mente e começou a cantar.
Captivated by the way you look tonight.
The light is dancing in your eyes.
Your sweet eyes…
Times like these we'll never forget,
Staying out to watch the sunset.
I'm glad I shared this with you.
You set me free,
Showed me how good my life could be.
How did you happen to me?
Yeah, aw...
tentava se conter e lutava contra as lágrimas. Ela não sabia muito bem por que queria chorar. Estava apenas sentindo. parou de cantar e sorriu para a garota.
“Agora é minha vez de pedir alguma coisa. Será que você podia me beijar... Pela última vez?”, perguntou ele, mordendo o lábio. apenas sorriu e concordou com a cabeça. Viu o garoto aproximar o rosto do dela. Fechou os olhos e, ao sentir os lábios dele, as lágrimas simplesmente caíram.
“Fique sabendo que sempre vou me lembrar de você e que nossa amizade vai ser pra sempre”, falou após romper o beijo. sorriu e falou, se levantando.
“Agora vou lá falar com... Bom... O ” .
“Imaginei”.
“Deseje-me sorte”.
“Boa sorte”, disse o garoto, fazendo figas.
saiu do chalé e foi procurar por . Quando estava passando pela piscina, encontrou-se com os amigos.
“, você sabe onde o está?”.
“Lá naquele salão onde foi o show, sabe?”.
“Sozinho? Obrigada”. Ela saiu correndo. Tinha esperado tanto por esse momento.
Quando ela foi abrir a porta, viu a brilhante aliança e sorriu. Girou a maçaneta e conseguiu ver sentando em um canto escuro. Ele se virou e olhou para ela. disse nada. Apenas sorriu, tirou a aliança do dedo e a deixou cair no chão. imediatamente entendeu e um sorriso se abriu no rosto dele. O garoto se levantou e se aproximou devagar de .
Ela já podia sentir seu corpo esquentar quando olhou para o garoto.
colocou as mãos em volta da cintura da garota e fez seu nariz tocar o dela. Ele ficou alguns segundos olhando diretamente nos olhos da menina.
“Você quer parar e me beijar logo?”, perguntou , fazendo o garoto rir.
Ele começou a beijar lentamente o pescoço dela, enquanto bagunçava o cabelo dele. colocou as mãos na cintura dela, trazendo-a mais para perto, e começou a andar devagar, até perceber que estava encostada à parede e não poderia fugir mais dele. Ela colocou as mãos nas costas do menino e encostou a boca à orelha dele, fazendo-o arrepiar. sentiu que não poderia e nem deveria mais se segurar. Segurou o rosto da garota e olhou diretamente para ela. fechou os olhos e finalmente pôde sentir os lábios quentes de . Ela tremeu ao sentir sua língua encostando à dele; Segurou a nuca dele e o beijou ainda mais intensamente. Seus lábios estavam pulsando, mas ela não conseguia parar. Todo aquele tempo de espera havia finalmente compensado. podia sentir o toque macio de e o garoto tentava se concentrar ao máximo para ter o perfume da garota na memória.
Eles pararam de se beijar e puderam apenas sorrir ao ver a aliança no chão. Deslizaram as costas pela parede, onde ficaram conversando sobre tudo que havia acontecido todo aquele tempo, até que caíram no sono.
abriu os olhos lentamente e viu que a observava da forma mais doce possível.
“Você está acordado há muito tempo?”
“Não, mas fiquei me perguntando esse tempo todo se isso realmente é verdade”.
“Por incrível que pareça, , as coisas finalmente se acertaram”, falou , com um sorriso e recebendo um beijo do garoto. Ele chegou mais perto dela e a mesma encostou a cabeça ao peito dele, enquanto acariciava seus cabelos.
“Hoje é o dia mais feliz da minha vida”, disse ele num sussurro.
“Você está sendo muito exagerado”, disse , levantando um pouco para olhar o garoto.
“Não. Minha vida é sobre você”, respondeu , sorrindo. “É tudo sobre você”.
Fim
Nota da autora: Olá meninas. Então aqui está: “All About You” acabou. Espero que todas tenham gostado de ler, porque eu amei escrever. Tenho mais algumas fics já finalizadas. É provável que eu demore a postar algo novo.
Beijos e muito obrigada por lerem e por todos os comentários. ^^
As minhas outras fics são:
First Date – McFLY
Save My Life - Jonas Brothers
He Doesn’t Know - Son Of Dork