Butterfly Fly Away
Escrita por: Isabela
Beta: Van




Eu vou começar contando a minha história.
Às vezes eu preciso e acho que agora, a única coisa que me ajuda é a minha canção tocando e eu escrevendo em um pedaço de papel. Quer dizer, eu começando a escrever.
Eu não considero a minha história triste, apesar do final, se é que tem um final.
Mas alguém, tornou cada segundo da minha história a mais bonita possível. A história mais bela de todos os contos de fada. A pessoa que eu mais amo, e que eu mais tenho certeza que a cada dia que passa, amarei mais e mais, sempre e sempre. Essa pessoa, o principe encantado, se chama .

Eu posso dizer que começou tudo apenas por um fanatismo e pessoas diziam "ah, fanatismo bobo, meu anjo, daqui a pouco passa".
Sabe, eu sempre sonhei alto (e muito alto). Eu sempre fui daquele tipo que mesmo com muita incerteza, eu sabia que valeria a pena lutar a qualquer custo pela certeza. E eu sempre tentei fazer a minha certeza.
Eu era uma mocinha, apenas apaixonada por um cara 7 anos mais velho que eu. Eu me perguntava como é ser amada por ele. Eu fazia de tudo pra encontrá-lo, onde, quando e seja como tivesse que ser. Shows, dormidas em filas, declarações de amor, frases clichês, mas era a unica forma de eu tentar me expressar, porque vergonha do que eu sentia? Não, eu literalmente não tinha.
Eu na verdade tinha até uma obsessão de mostrar a todos esse meu louco amor, afinal, eu sempre achei que ele era só meu, todo meu. Então eu tinha que mostrar a todos (na minha cabeça) que eu o amava mais que tudo e todos e ninguém e nada ia mudar isso.
Eu sonhava com o toque dele, eu sonhava com ele, com o beijo dele, com o sorriso dele. Ah, o sorriso. Acho que meu olho nunca encheu tanto de lágrimas quanto enche quando eu lembro daquele sorriso. O sorriso mais lindo que pode existir em todo mundo. Parece ter uma luz, que ilumina os nossos olhos com toda força, fazendo por fim, você ficar absolutamente alucinada.
Um dia, eu tentei busca esse sorriso, mas buscar ele de vez. Nem que ele fosse por um dia, um segundo, uma hora, ou que seja, mas ele tinha que ser meu. E eu fui atrás, de todas as formas. Eu já estava juntando dinheiro há 3 anos, até que eu consegui fazer 18 anos e eu ir para um lugar que eu sonhava desde... desde... desde muito tempo. A tal Inglaterra.
Acho que todos tem esse sonho, não é? Então eu fui, fui atrás e há 3 anos eu estava me preparando fisicamente e mentalmente. Eu amadureci, consegui os dados dele e eu fui atrás. Óbvio que eu não fui dar uma de fã maluca e ficar na porta dele gritando "eu te amo, eu te amo". Até porque se eu falasse eu te amo para ele, ele não entenderia, simplesmente acharia bobagem, não pelo fato de ele ser grosso ou coisa do tipo, mas é que é realmente estranho alguém te amar sem ao menos te conhecer. Enfim, eu fui atrás. Sabendo de cada lugar que ele frenquentava, os estilos que ele gostava... sabendo de tudo.
E eu fui, muito bem preparada e com MUITA calma, pelo menos eu achava. Eu não sabia se de fato eu ia ver ele mesmo, mas o que adiantava eu ficar com o incerteza... lembra? Tem que buscar a certeza.
E no primeiro dia que eu cheguei, fui logo ao tal pub que ele costumava ir e quando eu cheguei lá, nada dele. Mas eu não ia lá só pra ver, acabou, beijo e tchau. Eu fui lá pra esperar, seja até a hora que for eu ia esperar. Nem que eu ficasse dias, uma hora ele ia aparecer. E passou uma hora, duas horas, três da manhã quando eu saio pra tomar um fresquinho eu vejo um vulto, um pouco mais alto que eu, há alguns metros de distância, parado, olhando pro céu. Eu conhecia aquele vulto. Só deu tempo deu coçar o olho e olhar de novo. Era ele, parado bem na minha frente, com aqueles olhos onde dava pra ver as estrelas do céu se refletindo. Eu não consegui conter, caiu uma lágrima, mas vamos lá , não é pra chorar se lembra? Se controla.
Então eu cheguei um pouco pra frente e fui dando leves passos até ele. Eu nunca me senti tão segura de uma coisa quanto senti naquela hora que eu caminhava e ele parou e olhou, acompanhando cada passo meu. Com uma cara sem expressão nenhuma.
E eu parei em frente à ele, quando eu parei parecia ter durado horas e horas olhando pra ele gravando cada minimo detalhe do seu rosto ali, na minha frente. Eu nunca imaginei que eu ia ver de fato aquele rosto à centimetros de distancia do meu. Mas na verdade foi apenas um segundo até que eu me toquei e perguntei: "Está tudo bem?". E então, eu não sei como mas começamos a conversar. Se perguntar para a pessoa que você ama se está tudo bem gera assunto, sinceramente, todas tem que fazer isso (só tentem). Eu me sentia tão, tão viva falando com ele. Parecia que eu conhecia ele há anos, como de fato eu sempre achei. De outras vidas. Eu poderia passar o resto da madrugada ali, em pé, parada em frente a ele, ouvindo algumas risadas dele, ouvindo sua voz se completando com a minha. Mas como diz a frase: tudo o que é bom dura pouco. Pra mim nao foi de fato pouco, parecia ter durando dias, acho que por estar ao lado dele. Mas então, quando o vi de costas, andando, caminhando de volta pra casa com a luz do amanhecer batendo nele eu me toquei: era ele, e ele estava aqui, comigo. Então eu olhei pra minha mão e vi um papel, (é incrível como eu podia ficar tão boba em relação a qualquer coisa dele e esquecer de tudo a minha volta) vi que havia um telefone, que provavelmente seria dele. Ok, isso eu não havia descoberto antes de chegar aqui na inglaterra e agora, descobri pelo próprio. Então, voltei pra casa, passou o dia e eu liguei pra ele (que vergonha) e nos encontramos.
Ficamos saindo (sem rolar nada) por uns 2 meses. É, a cada dia que a gente passava se encontrando pareciamos irmãos, melhores amigos há anos. Ele conseguiu saber tudo de mim em um dia, ele me decifrava e eu, eu sempre decifrei ele. Nós estávamos como eu sonhei ou pelo menos um pouco. Mas não importava, eu estava passando cada dia ao lado dele. Mas parecia que cada dia que passava, ficava mais e mais difícil de esconder que eu não estava lá a procura de trabalho e de viver a minha vida lá, pois era meu sonho desde criança como eu havia dito pra ele. Tá, também estava por isso, mas vamos dizer a verdade, 90% do motivo de eu estar lá era por ele e só por ele.
E eu não consegui mais esconder isso, afinal, eu e ele éramos melhores amigos, mesmo sem esconder nada. Tudo o que nós estavamos fazendo durante esses 2 meses era juntos, sempre juntos. Eu precisava dizer à ele até que teve um dia que combinamos de nos encontrar, e no telefone os dois estavam muito, muito estranhos. Ele parecia que escondia alguma coisa de mim e eu podia imaginar que ele sabia que eu também escondia algo dele. Então nos encontramos e logo de cara me perguntou o que eu queria falar porque ele disse que o dele provavelmente seria pior que qualquer coisa que eu falasse. Tá, eu realmente fiquei com medo, muito medo. Será que ele ia falar que ia morrer daqui há um mês, porque já estava doente há alguns anos e ficou com medo de me falar isso antes? Foi a primeira coisa que veio na minha cabeça, como nos filmes.
Mas como ele pediu pra eu falar primeiro, então eu fui, e falei, falei tudo. Há quanto tempo eu acompanhava ele e os meninos (que eu esqueci de comentar mas também fiquei super amiga deles, e até por sinal, está até namorando com a minha melhor amiga e irmã . parecia estar realmente gostando dela) e além de eu acompanhar ele e os meninos com o McFly, eu era simplesmente louca por ele, por cada vídeo dele, por cada melodia que ele sabia fazer, pela sua voz, pelo sorriso. Ahhh, o sorriso.
E que eu não podia imaginar que eu e ele seríamos do jeito que estávamos, tão únicos, tão perfeitos. Eu podia nao sentir o toque dele como eu sonhava, o beijo dele mas eu tinha a sua companhia, isso valia mais que a minha respiração pra mim. E eu só pude ver no final a cara dele totalmente triste e eu senti o coraçao dele pular mas ele nao queria pular e sim parar de bater aos poucos. Mas eu nao entendia o porque da tristeza sabe, será que eu falei demais? Será que ele não gosto do fato de eu ser uma antiga fã? Onde eu me escondo agora? Então eu levantei a cabeça dele e vi que tinham lágrimas ali. Eu não podia acreditar, eu estava fazendo chorar? Mas como assim? Eu não sabia se me sentia orgulhosa ou se eu me matava naquele momento. Eu só consegui, sem pensar ,abraçar ele, muito, muito, muito, muito forte.
E só deu tempo dele falar "Eu estou doente, há alguns anos. Eu sabia que você era uma fã desde o começo, não sei porquê, mas eu sabia. Eu sei reconhecer todas as minhas fãs. Eu não quis te dizer que eu tava doente exatamente por isso, eu tinha me acostumado a você. Em duas semanas parecia que eu te conhecia há anos, anos mesmo e passando dois meses ficou mais forte.
Além de minha irmã, eu te vi como amiga e bem, te vi como... como alguém que eu queria ter do meu lado, se é que você me entende. Eu nunca pensei de mim que eu ia precisar tanto de alguém em tao pouco tempo como eu preciso de você. Enfim, eu estou doente, minha pequena, de verdade e eu só tenho mais um mês de vida. E como você estava tão obcecada por estarmos tão juntos, você não conseguiu ver que todos já sabiam dessa minha doença, inclusive sua irmã.
Eu escutava cada palavra com a maior atenção. Eu não sabia se o que eu estava escutando era de verdade. Eu não sabia se eu me matava por ter imaginado que ele falaria exatamente isso, eu não sabia se eu gritava ou chorava. Eu não sabia se eu queria matar Deus (que expressão horrível) por ele só me dar mais um mês pra ficar com a pessoa que eu esperei anos da minha vida.
Eu não pensava, eu não agia, eu não falava. Nada funcionava em mim naquele instante. Só conseguia vir na minha cabeça as imagens de cada segundo que passamos nesses dois meses. Ele cuidou de mim mais que qualquer pessoa. Ele me fez dar os sorrisos mais sinceros, as gargalhadas mais gostosas. Ele me deu os abraços mais protetores que eu já havia sentido. se encaixava em mim, ele me completava como ninguém. Pra mim não existia vida, ele era a minha vida. E eu depois, de tanto tempo sem raciocinar, lembrando de cada segundo, consegui olhar pra ele, e gravar de novo em mim cada minimo detalhe de seu rosto, como na primeira vez. Eu dei um passo, ele deu outro, eu dei outro, ele deu outro. Paramos um em frente ao outro, e a gente ficou se olhando, por muito tempo. Tudo o que girava na minha cabeça eu via girando na dele. Eu só sentia a vontade de beijar ele e sentir ele DE VERDADE ali. Até que ele pegou na minha cintura, e eu segurei na sua nuca, e os nossos olhos não conseguiam se desgrudar, não mesmo. Mas ele foi chegando perto, depois eu, até que nossos narizes se encostaram. Seria aquele o momento que eu esperei por exatamente 6 anos? E então aconteceu. Aconteceu como todos os meus sonhos, a gente literalmente se completava, era uma sintonia perfeita e agora era definitivamente em tudo. E além de beijos, foi muito mais do que isso. Obviamente fora do lugar onde a gente se encontrou pra "desabafar" né. E a gente finalmente estava juntos, de vez, de verdade. Mais que amigos, mais que irmãos, agora tambem éramos namorados, amantes, fiéis como dizem.
E passou um mês, eu vivi mais que melhores momentos. Não tem como descrever, não tem como explicar. E quando fez um mês e 15 dias, ele se foi. Não foi um choque só pra mim e sim para todos. Eu tinha perdido a minha vida, a quem eu dediquei tudo. Eu perdi quem estava ali do meu lado. Eu perdi de fato o meu caminho, o meu sentido. Mas ele pediu pra eu não perder os momentos que eu e ele haviamos passado. Ele falou, que ele continuava comigo e que eu não perdi a minha vida, pois eu nunca iria perder ele. E a ultima frase dele foi: você é a minha canção favorita. E passou os dias, os meses, um ano e aqui estou eu escrevendo e... chorando. E nesse momento, enquanto a nossa melodia está tocando e eu escrevendo isso daqui, eu só consigo ver todas as imagens do rosto dele na minha frente. Sorrisos, risadas, choros, abraços, danças, pesadelos, amores, carinhos.. era tudo, uma história de amor, a mais linda dos contos de fadas. Escrita por ele, por mim, por nós.
Passada em todos os lugares do mundo, do universo. Ele era como meu amigo, meu amor, meu irmão. Ele era o ar que eu respirava, a melodia da minha canção. Ele conseguia ser tudo e nada, nada e tudo. A inspiraçao de todos os meus sonhos, realidades. As verdades de todas as mentiras e as mentiras de todas as verdades. Era como se ele ainda tivesse aqui e na verdade, ele ainda estava, porque como eu e ele haviamos prometido, não importe o quao alto cada um voe, o nosso amor é capaz de superar qualquer altura, qualquer queda. Ele é a minha estrela, o meu sol, a minha chuva, o meu ar. Cada movimento meu. Tudo o que eu fiz por ele jamais vou me arrepender e todos os sentimentos desde 7 anos atrás continuam os mesmos. Seu toque, seu beijo, seu abraço. Sua respiraçao, eu ainda a sinto.



n/a: Então gente, eu espero poder fazer a versão masculina dessa fic, mas não só como uma "carta" e sim, a história nos mínimos detalhes, se vocês gostarem dessa, é claro. @isawt xxxxx

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