Dê uma Chance ao Amor
Autora: Cinthy Silva | Beta: Cami


“Um amor não correspondido destruiu todos os meus sonhos românticos. Depois disso, pensei que não mais conseguiria amar, até que ele chegou e me mostrou que não custa nada dar uma nova chance ao amor!”


- Olá, meninas! – Disse, entrando na sala de aula.
Minhas melhores amigas – , , e – já haviam chegado para a aula de Matemática.
- Oi, ! E aí, como foi o fim de semana? Divertiu-se? – Perguntou , atenciosa.
- Foi ótimo! Tenho novidades para contar! – Falei, sorrindo.
- Ai, conta logo! Eu estou curiosa – disse , insistindo em saber.
- Mas o professor está quase chegando.
- Então conta antes que ele chegue – retrucou .
- Tá legal. Venham mais perto.
Elas se juntaram, fazendo um pequeno círculo com as cadeiras e eu contei:
- Esses dias, eu comecei a reparar no de um jeito diferente...
- Hum! , você está gostando dele? – perguntou, risonha.
- Ah, eu não sei! Tenho medo de estar confundindo as coisas porque a gente é amigo desde sempre.
- É, mas quem sabe isso não dá certo?! – disse, confiante.
- É, quem sabe?! – Falei pensativa.
- Mas você já falou com ele? – Perguntou–me .
- Não! Eu prefiri ter certeza, antes de contar.
- É melhor assim! Seria muito ruim perder um amigo por uma confusão sentimental – falou .
- Ui! Tão filosófica! – disse , tirando onda da .
- Mas você, hein, , não perde a chance! – Comentei, sorrindo.
O professor entrou na sala e começou a chatice da Matemática. Nenhuma de nós gostava dessa matéria, pois nunca entendíamos nada que o professor explicava, mesmo prestando atenção.
O sinal avisou o fim da aula. Por dentro, eu estava dando graças a Deus que aquele tormento tinha acabado. Quando eu estava saindo da sala, encontro o e ele, carinhoso como sempre, me abraça e me cumprimenta.
- Ai meu Deus, ele é tão lindo e tão gentil – pensava enquanto estava abraçada com ele.
- E aí, , como foi a aula de hoje? – Ele me perguntou com um lindo sorriso, que me fazia derreter.
- Foi como sempre, uma chatice sem tamanho. Você sabe, a minha relação de amor com as ciências exatas não é muito boa – falei, sorrindo.
- Se você quiser, eu posso te ajudar a estudar, depois das aulas. - Hesitei. Era a primeira vez que ficava na dúvida em estar perto dele. Antes, eu já teria pedido a sua ajuda, mas agora os meus sentimentos mudaram.
- Pode sim! Fico muito feliz de poder contar com você.
- Sem problema. Precisando, pode chamar – falou, sorrindo, e indo em direção aos garotos, que estavam chamando-o.
- Nos vemos mais tarde? – Perguntei.
- Com certeza! Pode esperar – ele respondeu, piscando e me fazendo corar.
As aulas passaram rápido e fui correndo para casa, pois queria me arrumar antes que ele chegasse. Depois que terminei de almoçar, a campainha toca.
- Ai, meu Deus, é ele – pensei, com um sorriso no rosto.
Fui correndo abrir a porta. Ao vê-lo, dei-lhe um enorme sorriso, que foi retribuído.
- Posso entrar? – Perguntou.
- Deve, meu filho! – Falei, puxando-o pelo braço.
- E aí, qual é tua dúvida? – Ele perguntou, sentando e abrindo o livro.
- Você quer dizer quais, né?! – sorri. – Mas vamos começar por Estatística.
- Tudo bem!
Passamos a tarde toda estudando. Ele realmente dominava a matéria e explicava muito bem. Em alguns momentos, eu me pegava olhando para ele sem prestar atenção na explicação, mas rapidamente saía desse transe e voltava aos cálculos.
- Muito obrigada, , você me ajudou muito. Agora estou entendendo tudo. Estou fera na Matemática! – Disse, sorrindo, levando-o até a porta.
- Que bom! Fico feliz em poder te ajudar. Você é uma ótima amiga e sempre me ajuda, agora era a minha vez – falou, colocando o braço sobre o meu ombro.
- Então, até amanhã, .
- Até. Boa noite.
Ele foi embora e, ao fechar a porta, fui para o quarto pensar em tudo que estava sentindo por ele. Seria amor ou só estava confusa e carente? Eu devia contar-lhe ou deixar isso em segredo e esquecê-lo? Preferi não tirar nenhuma conclusão e decidi dormir.
No outro dia, quando cheguei à escola, contei para as meninas tudo sobre a tarde que passei com ele e até tirei algumas dúvidas delas.
- Mas, , você vai contar para ele quando? – me perguntou.
- É melhor você contar rápido porque eu estou sabendo que uma garota do 1° ano está a fim dele! – Alertou-me .
- Sim, mas isso não quer dizer nada – respondi.
- E se ele gostar dela? – me questionou.
- Aí eu terei que desistir dele.
- Sem ao menos tentar? – disse , com um ar de reprovação.
- Mas como eu conto para ele? Eu tenho medo de estragar a nossa amizade, se eu falar. Vai saber o que ele vai pensar de mim depois!
- Vale a pena arriscar! – disse e as outras concordaram.
- Tá, meninas, mas vocês irão me ajudar a contar tudo, ok?!
- Pode deixar! Conte conosco - disse, assumindo a liderança.
- Ok, agora vamos prestar atenção na aula – falei com autoridade.
- Tá certo, mãe! – Brincou .
As aulas passaram rapidinho e fomos, às cinco, para a casa da planejar como e quando eu iria contar. Após várias ideias bizarras, decidimos que eu contaria no dia da festinha de aniversário da professora de Português, que seria daqui há duas semanas.
Passadas duas semanas, o dia chegou e eu estava uma pilha de nervos; eu não sabia o que falar para ele entender o que eu sentia e para que não se afastasse de mim.
Ao chegar na festa, procurei por ele em toda a parte, mas não o encontrei. Depois de um tempo, vi-o caminhando em direção à quadra da escola.
Percebi que aquele era o momento certo e fui atrás dele para lhe contar, porém, ao chegar lá, ele estava beijando uma garota.
Aquilo doeu profundamente e eu saí de lá direto para casa, sem falar com ninguém.
No outro dia, fui para a escola muito abatida e com olhos bastante inchados.
- , está tudo bem? – perguntou preocupada – você parece abatida!
- Está tudo bem, ! Não precisa se preocupar – disse, cabisbaixa.
- Você não nos engana, conta logo o que houve! – Insistiu .
- É que, ontem, na festa da professora, eu vi o beijando outra garota – falei, quase chorando.
- Mas, como assim, o que houve para ele ter beijado outra? - indagou.
- Eu não sei, acho que aquela garota do primeiro ano estava mesmo gostando dele.
- Mas você conseguiu contar tudo para ele? – perguntou.
- Não, pois foi justamente quando eu ia falar, encontrei-o aos beijos com ela. E eu admito, doeu demais – falava enquanto uma lágrima corria por meu rosto.
- Oh, meu Deus, e agora? – falou, abraçando-me.
- Agora eu vou esquecê-lo – disse.
- É realmente a única opção?
- É sim, . Não há mais o que fazer – disse, ainda chorando.
Enxuguei do meu rosto as lágrimas que ainda caíam e me acalmei para assistir a aula. Tentava a todo custo disfarçar meu sofrimento para que ele não soubesse, pois não queria que ele sentisse pena de mim.
Passadas todas as aulas, fui para casa descansar; precisava pensar no que fazer agora com o meu sentimento por ele. Eu estava quase cochilando, quando ouvi a campainha tocar. Deixei que a minha irmã atendesse, pois estava sem forças para levantar da cama.
- , é o ! Ele quer falar com você.
- O quê? O que será que ele quer comigo? – Pensei. – Estou indo! – Respondi, levantando da cama em direção ao banheiro para lavar o rosto e disfarçar os olhos inchados do choro.
- Oi, . O que houve? – Perguntei.
- Oi, . Eu preciso te contar uma coisa muito importante.
- Ok! Vamos lá para o quintal, assim a gente pode conversar mais a vontade – falei, levando-o ao quintal.
- E aí, o que quer me contar?
- Como você é minha melhor amiga, tem que ser a primeira a saber...
- Saber o quê? – Indaguei, curiosa.
- Eu estou namorando! Uma garota da nossa escola.
Quando ouvi, senti-me sem chão. Ao mesmo tempo que estava feliz por ele, estava triste, pois o que eu mais desejava era ser aquela garota. Minha vontade foi sair correndo de lá, mas precisava ser mais forte.
- Ah, que bom, ! Você está feliz com ela? – Perguntei, um pouco cabisbaixa.
- Estou sim, apesar do pouco tempo de namoro. Você está bem, ? – Perguntou-me, preocupado.
- Estou sim, é só sono – disse, segurando o choro.
- Ainda bem que é só isso, pensei que você não havia gostado da notícia. Mas também não teria porquê você não gostar, né? – Perguntou, procurando os meus olhos, que estavam fixos no chão.
- Claro que não! Espero de coração que dê certo entre vocês.
- Muito obrigado! Agora, eu já vou embora. Vou encontrá-la mais tarde.
- Ok! Então, até mais!
- Tchau, . A gente se fala depois.
Assim que ele saiu, voltei correndo para o quarto chorando muito, pois, com certeza, eu já tinha perdido o garoto que eu amava e ele nem ao menos sabia disso. Eu não conseguia parar de chorar. Perdi o apetite e não consegui dormir bem naquela noite. Sempre que fechava os olhos, vinha-me à mente o seu rosto e as palavras que me disse algumas horas atrás. Eu não sabia o que pensar, como iria agir, se seria feliz sem poder viver este amor que sentia.

Consegui cochilar um pouco, mas logo eram seis horas da manhã e teria que levantar para ir ao colégio. Mesmo contra a minha vontade, levantei e me arrumei, saindo em seguida.
- , eu acabei de saber. Eu sinto muito – falou , sentando-me numa cadeira.
- Está tudo bem – respondi.
- Nós sabemos que não, , mas queremos te ajudar a superar essa – disse , segurando minhas mãos.
- É, ! Sabemos que vai ser difícil, afinal vocês estudam no mesmo colégio – lembrou .
- Mas você vai encontrar alguém que te faça muito feliz, e vai esquecer o rapidinho – falou .
- Own, amigas, muito obrigada pelo apoio e pelo carinho que tem comigo... Não sei o que faria sem vocês.
- Amigo é para essas coisas – falou , abraçando-me.
As aulas passaram lentamente e eu não suportava mais nenhum segundo naquele lugar. Despedi-me das minhas amigas e fui para casa. Passei o dia todo pensando nele e em como o perdi sem nem ter conseguido dizer-lhe que o amava.
Meses se passaram e eu continuava triste e cabisbaixa por ainda amá-lo, mesmo sabendo que eu nunca poderia chamá-lo de meu namorado, pois ele só gostava de mim como amigo. Chegaram as provas semestrais e minhas notas não foram muito boas, apesar de não ter ficado em recuperação. Minhas amigas estavam muito preocupadas comigo, pois eu não brincava mais, sorria muito pouco e há tempos não saía com elas.
Uns dias antes das férias de julho, foi à minha casa falar comigo e ver como eu estava.
- , eu e as garotas estamos preocupadas com você.
- Mas por que, ? Não há razão para essa preocupação toda.
- Ah não, ! Há quanto tempo você não vai na minha casa? E suas notas? Você quase foi para recuperação! Sua aparência é triste... Eu não consigo ver você assim e ficar parada, ... – falou, chorando.
- Own, ... – disse chorando também. – Eu sei que não estou bem, mas eu não sei o que fazer. Eu me sinto perdida, escrava de um amor que não é correspondido, e, por mais que eu tente esquecê-lo, eu não consigo porque ele é meu melhor amigo.
- , eu entendo a sua dor e quero poder te ajudar. Gostaria muito de te falar sobre alguém que te ama muito e há muito tempo... – falou, enxugando as lágrimas.
- E quem é essa pessoa? – Indaguei, curiosa. – Eu o conheço?
- É Jesus, , Jesus te amou e te ama muito. Ele veio ao mundo por amar você e morreu numa cruz para te salvar... Eu não consigo enxergar um amor maior do que este.
- , o que você quer com isso? Eu sei quem é Jesus e sei o que ele fez por nós...
- Mas não sente e não vive toda a grandeza e a maravilha deste amor, . O que eu quero é que você conheça e entenda realmente o que Jesus fez. Ele te amou incondicionalmente e ainda te ama da mesma maneira hoje.
Enquanto a falava, as suas palavras tocavam meu coração, trazendo-me uma paz inexplicável, a qual não havia sentido antes.
- , eu quero sentir esse amor! Só de ouvir você falar, eu senti uma paz dentro de mim, como se todas as minhas tristezas tivessem acabado.
- É exatamente assim que nos sentimos quando estamos ao lado de Deus.
- Eu quero estar perto de Deus, ! Eu nunca havia entendido porque você e a pareciam felizes sempre, mas agora eu compreendo... vocês estão sentindo essa paz todos os dias em todos os momentos. Eu, com certeza, quero isto para mim – disse sorrindo e recebendo um abraço apertado de .
- , estou muito feliz em ouvir isto. Espero poder vê-la ao meu lado e da na Igreja, louvando a Deus e agradecendo a ele pelo seu amor.
- Claro, , eu vou sim! Eu quero e preciso aprender mais de Deus.
Conversamos um pouco mais e ela teve que ir embora. Ela me deu uma Bíblia de presente e disse que se eu tivesse alguma dúvida eu poderia tirá-la com ela.
Dias se passaram e eu me sentia muito feliz participando dos trabalhos da Igreja e fazendo a obra do Senhor Jesus, mas eu não havia conseguido esquecer de , e isso inda doía dentro de mim.
No início do ano seguinte, eu fui para o acampamento anual da Igreja, que ocorre sempre no carnaval. Estava muito entusiasmada, pois seria a primeira vez que iria, e sabemos que a primeira vez é inesquecível.
Chegando ao acampamento, dirigi-me para o quarto onde eu, e iríamos dormir. Arrumamos tudo e fomos conhecer melhor o local. No caminho, eu reparei em um garoto que não conhecia.
- , quem é aquele? – Indaguei, curiosa.
- É um amigo do . Como é mesmo o nome dele?
- Esquece, deixa para lá.
- Por que você quer saber? Está interessada, ?!- Disse , sorrindo.
- Ô, ! Tô nada – respondi.
- Tá certo, vou fingir que acredito.
E a estava certa, eu achei mesmo o garoto bonito, mas não queria tentar nada com ele, nem com ninguém, porque ainda não havia deixado de amar e não queria causar a ninguém o sofrimento que estava passando.
Passamos correndo pelo salão em direção ao quarto, pois faltava pouco para o culto começar e ainda não estávamos prontas.

No salão...

- Quem é aquela garota? Eu a conheço? – Perguntei, curioso ao observar uma garota correndo em direção ao quarto, acompanhada pela e pela , namorada do .
- É amiga da e da . Chegou agora na Igreja. – Respondeu .
- Ah!
- Por quê? Você gostou dela?
- Quê?! Eu mal conheço a garota, como eu posso gostar dela?!
- Ué, essa é a chance de conhecer – disse . - Vou falar com a para a gente apresentar vocês, quem sabe ela também não gosta de você?!
- Não sei não – disse, temeroso. – Mas quem sabe, né?! Não tenho nada a perder.

Nos arrumamos bem rápido e fomos correndo para onde aconteceria o culto. e saíram um pouco na minha frente porque iriam louvar logo no início.
Quando estava chegando à porta, esbarrei sem querer em alguém e caí no chão, levando-o junto.
- Own, me desculpe, não te vi – respondi sem jeito ao ver quem era. Sim, era ele, o garoto bonitinho que eu não conhecia e com quem já havia queimado o meu filme.
- Tudo bem – ele disse, sorrindo e me ajudando a levantar – isso acontece e também está um pouco escuro aqui.
- Ainda bem! Assim ninguém, além de você e Deus, viram o mico que eu paguei – falei sorrindo e fazendo-o sorrir também.
- Sem problemas! Foi um mico leve! Eu já passei por situações piores – ele disse sorrindo – Err... nos esbarramos e eu nem sei qual o seu nome!
- Own, desculpe a falta de educação, eu me chamo , e você?
- , mas pode me chamar de , muito prazer!
- Então, , perdão por ter te derrubado – disse, sorrindo e apertando a mão dele.
- Tudo bem, , está perdoada – ele disse, sorrindo e retribuindo o aperto de mão.
- Err... vamos entrar! O culto já vai começar – disse, soltando sua mão.
- Claro! É... , posso sentar ao seu lado? É que os meus amigos vão tocar o culto inteiro e eu vou ficar sozinho.
- Pode sim! As minhas amigas vão cantar e eu também vou ficar sozinha.
- Ok! Então vamos, eles já estão dando as primeiras notas – falou, sorrindo.
Passamos o culto todo juntos. Sentamos no final, pois chegamos um pouco atrasados, cantamos todas as músicas e nos divertimos bastante.
- ! – gritou , chamando-me.
- , eu vou ver o que ela quer. Volto daqui a pouco.
- Ok! Vou te esperar.
Saí em direção a para saber o que ela queria.
- Oi, , o que você quer?
- Ah, você está aí. Eu quero que você conheça uma pessoa.
- Mas, , eu estou... – Fui interrompida por .
- Nada de “mas”, você precisa se distrair e esquecer o .
- Está bem! Mas vamos logo, então!
- Por que toda essa pressa, hein? – indagou, curiosa.
- Por nada, só estou com sono – respondi, meio que bocejando para tentar convencê-la.
Não queria que ela ficasse no meu pé por causa do , que era só um amigo.
- Ok! Vamos então – concordou ela.
Voltamos para dentro do salão procurando, por .

Dentro do salão do Culto...

- ... Você estava onde, cara? – Perguntou . - Procurei por você no início do culto. Nem vi quando você entrou...
- Cheguei um pouco depois do início da primeira musica - falei. – Você não reparou porque estava envolvido no som do contrabaixo e eu sentei aqui no final.
- Ah... Vem aqui, está na hora de conhecer a garota de quem você me perguntou hoje a tarde.
- Mas eu estou esperando uma pessoa... – respondi, um pouco receoso.
- Calma, vai ser rápido – respondeu ele, tranquilizando-me.
- Ok, então!
Partimos em direção à saída do salão, onde estavam em pé duas garotas e uma parecia muito a . Ao chegarmos mais perto delas, tive uma enorme surpresa.

Na saída do salão.

- ?! – Chamou-me .
- Oi – respondi, distraída, procurando por .
- Ele estão vindo! – Ela respondeu.
Desisti de procurá-lo e, quando me virei para ver quem era pessoa (o garoto) que ela queria me apresentar, tomei um susto enorme.
- Você? – Falamos os dois juntos, sorrindo.
- Hãn? – Disseram e , confusos.
- Eu não acredito! – Disse .
- Nem eu! – Devolvi.
- Vocês se conhecem? – Perguntou ainda mais confuso.
- Nos conhecemos no início do culto, cara – disse .
- É... eu esbarrei nele e acabamos caindo – disse eu –, daí, quando nos levantamos, nos apresentamos e...
- Ficamos o culto inteiro juntos – disse ele, um pouco corado. Eu sorri.
- Ah, então a parte que cabia a nós dois fazer, amor, já foi realizada – disse , abraçando o namorado. – É melhor deixá-los conversando, não acha?
- Claro, meu amor! Vamos deixá-los a vontade – concordou , dando um beijo na bochecha da namorada. – Tchau cara, tchau !
- Tchau! – respondemos juntos.
Sentamos em cadeiras que estavam no salão e conversamos bastante sobre um monte de coisas. Nos despedimos e fomos dormir. Pelo menos, ele foi, porque as meninas não me deixaram dormir enquanto eu não contasse tudo.
- Own, que bom que vocês se deram bem, ! – Disse , entusiasmada.
- É, está na hora de você esquecer o e conhecer novas pessoa e talvez se apaixonar por outra pessoa também... – Disse , jogando uma indireta bem direta para mim.
- Não viaja, ! A gente mal se conhece e eu não quero me envolver com ninguém ainda... O é só um amigo – respondi, deitando na cama.
- A gente sabe, mas isso não quer dizer que ele não possa ser mais do que isso – falou , encarando-me.
Fomos dormir, pois amanhã seria cheio de atividades e precisávamos estar dispostas. Fiquei pensando no que as meninas disseram, mas não estava pronta para começar um relacionamento e eu mal conhecia o . Decidi deixar as coisas como estavam. De manhã, após o café, fomos evangelizar as pessoas que moravam perto do acampamento.
- Bom dia, pessoal – desejou o pastor de jovens da nossa Igreja. – Nós vamos realizar um pequeno evangelismo nos arredores do acampamento, divididos em duplas.
- ... você quer vir comigo? - Perguntou-me .
- Claro, vamos sim! – Respondi.
Fomos juntos em algumas casas e, para nós dois, foi com certeza uma bênção. Convidamos algumas pessoas para o culto que se realizaria à noite e voltamos para o acampamento.
- Foi muito divertido evangelizar com você, - disse ele, assim que chegamos ao acampamento.
- Eu também achei, – respondi. – Vou entrar, preciso descansar porque senão vou cochilar o culto inteiro – brinquei.
- Até mais tarde, então – disse ele, beijando a minha mão.
- Até – respondi, dando-lhe um abraço.
Fui para o quarto descansar, mas não parei de pensar naquele beijo. me pareceu tão romântico e tão sensível. Temi me envolver com ele e fazê-lo sofrer como eu sofria por causa do , mas, desde que esbarrei nele, não conseguia tirá-lo do meu pensamento. Lembrava-me das nossas conversas, do seu sorriso, do jeito que ele me tratava... Eu estava me sentido amada por alguém, mas não tinha certeza sobre o que sentia por ele. Preferi não dar a ele esperanças a fim de não magoá-lo.
O fim do acampamento chegou cedo e já estava na hora de ir embora, infelizmente. Arrumamos nossas malas e fomos em direção ao ônibus, guardá-las.
Ao entrar no ônibus, avistei sentado num banco, com uma pequena mochila no outro. Sorri para ele, que acenou, chamando-me para sentar com ele.
- Oi – eu disse, ao chegar ao banco.
- Oi – respondeu-me. – Guardei para você, quero que você vá do meu lado na viagem... Tudo bem para você?
- Está sim e obrigada por guardar o lugar – agradeci, com um beijo na bochecha, e percebi que ele corou um pouco. Eu apenas sorri.
Eu estava com muito sono. Esses dias no acampamento foram muito divertidos e cansativos também. Estava louca para cochilar, mas não encontrava um bom apoio para cabeça.
- Você está com sono, ?
- Estou sim, mas não encontro um posição confortável aqui, estou desistindo de tentar dormir.
- Se você quiser, pode se encostar em mim – ele falou, um pouco envergonhado –, eu não me importo.
- Ah, ... eu não quero parecer espaçosa. – Falei, também envergonhada.
- Não tem problema não. Eu sei que você está cansada. Pode deitar – falou, acomodando-se e abrindo espaço para eu me arrumar e tentar descansar. Não relutei mais e aceitei porque o sono estava realmente muito grande. Demorei um pouco, mas finalmente consegui dormir.
Na metade da viagem, acordei e pude ver que ele também estava muito cansado e, dessa vez, fui eu quem ofereci o meu ombro para ele descansar, o que ele sem relutar aceitou. Fiquei observando–o dormir. Ele era realmente muito bonito, sensível e parecia gostar de mim. Balancei minha cabeça a fim de afastar estes pensamentos e encostei minha cabeça no banco, tentando cochilar mais um pouco.
Quando me dei conta, já estávamos chegando à nossa cidade, então decidi acordá-lo. Chegamos à Igreja no fim da tarde de quarta-feira de “cinzas”, que realmente estava cinza devido ao tempo estar chuvoso. Pegamos nossas coisas e nos despedimos. Ao chegar em casa, tratei de tomar um banho bem quentinho e desarrumar a mala para depois dormir.
O fim da semana chegou muito rápido e lá estávamos nós na Igreja no culto de jovens. Assim que chegou, sentou-se do meu lado e me cumprimentou com um beijo. Após o fim do culto, ele e mais alguns amigos acompanharam a mim e a minha irmã até em casa. Conversamos durante todo o caminho. Ao chegarmos a minha casa, minha irmã despediu-se dele e nos deixou sozinhos do lado fora.
- Bem... muito obrigada por me acompanhar até em casa. – Disse. – Eu preciso entrar agora... então, boa noite!
Quando estava me preparando para entrar, puxou de leve a minha mão e eu me virei para ele, que me olhou por um tempo e depois se aproximou de mim e tentou me beijar.
Eu não sabia o que fazer. Não queria magoá-lo com as minhas dúvidas, então, quando percebi o que iria fazer, simplesmente virei o meu rosto, deixando–o totalmente envergonhado.
- É melhor eu entrar... – disse novamente – boa noite, .
- Boa noite – respondeu-me, cabisbaixo. – Até amanhã!
- Até! - Assim que ele foi embora, entrei em casa aturdida com o que havia acontecido. Arrependi-me de ter virado o rosto, de não ter explicado para ele os meus motivos... e de tê-lo magoado tentando evitar justamente isso.
Não conversei com ele durante a semana seguinte e aquilo estava realmente me fazendo mal. Estava sentindo a falta dele, de sua presença, das nossas conversas... Eu estava realmente gostando dele, apesar de ainda não admitir.

E como estaria o depois daquele dia?

- Por que ela fez aquilo? – Eu pensava, deitado na cama. – Eu pensei que ela também estava gostando de mim...
Estava dentro do meu quarto desde o acontecido. Não queria vê-la depois do que eu fiz, estava muito envergonhado. E o pior é que não entendia o porquê dela ter virado o rosto e de não ter me explicado nada, antes que eu fosse embora.
- , o seu amigo está aqui e quer falar com você – gritou minha mãe, me avisando que estava lá em casa; também não tinha saído com os meus amigos depois daquilo.
- E aí, ! – Falou , cumprimentando-me.
- E aí, ! – Disse eu, cabisbaixo.
- O que houve, cara? Você não apareceu mais na Igreja depois do acampamento, não falou e nem saiu mais com a galera... O que está acontecendo contigo? – Indagou ele, preocupado.
- Ah, cara... é a . Eu estou gostando dela desde o acampamento e pensei em dizer isso para ela...
- E por que não disse?
- Porque ela não sente a mesma coisa por mim - disse, seguro e triste.
- Como você tem certeza?
- É que no dia do culto de jovens, eu fui deixá-la em casa e tentei beijá-la, mas ela virou o rosto e me deixou parecendo um idiota.
- Poxa... você é rápido, hein?! Mas eu acredito que não seja essa a razão dela ter te rejeitado.
- E qual é, então? – Perguntei, um pouco confuso e irritado.
- A comentou comigo uma vez que a tinha se apaixonado pelo melhor amigo e que, quando ela ia se declarar para ele, viu-o beijando outra garota, que depois ele contou para ela que era sua namorada.
- Poxa! Eu não sabia disso. Deve ter sido uma barra para ela – comentei, pensativo.
- É, mas o pior é que eles estudavam juntos e ela continuava gostando dele e ele sempre conversava com ela sobre o namoro e pedia conselhos, machucando ainda mais o seu coração. Então, depois que ela entrou na Igreja, meio que se fechou para relacionamentos, dizendo que não queria causar em ninguém a dor que sentia.
- Droga! – Exclamei. – Agora ela deve estar pensando que eu sou um qualquer que só queria um beijo e, como não conseguiu, foi procurar em outro lugar... Como eu sou idiota!
- É aí que você se engana... – disse ele.
- Como é? - Falei mais perdido que cego no meio de um tiroteio.
- Ela não pensa isso de você – ele começou –, todas as vezes que eu encontrava com ela, perguntava-me sobre você, se eu tinha te visto, falado contigo, se você estava legal...
- Então, quer dizer que... – disse, juntando as informações.
- Que ela também está gostando de você, acha que te magoou e que você não gosta mais dela por isso. – Finalizou ele.
- Eu preciso fazer alguma coisa. Preciso provar para ela que eu entendo o que ela sente e que ainda gosto muito dela! – Falei, meio desesperado. – Mas não sei como...
- Nisso eu não posso te ajudar, não conheço muito bem a para saber do que ela gosta. Mas, se precisar de mim, é só chamar, valeu?!
- Valeu, cara! Desculpa o sumiço e obrigado por esclarecer esta história – falei, acompanhando-o até a porta –, vou pensar em alguma coisa para fazer sobre isso.
- Certo, cara, então até mais.
- Até. – Ele deu um tapinha nas minhas costas e saiu. Fechei a porta e fui para o quarto pensar numa forma de mostrar para o quanto eu a amo.

Hora de voltar para ...

Já haviam passado três semanas e eu não tinha praticamente nenhuma notícia do . Pensei em ir à casa dele, mas desistia sempre que lembrava do que fiz, imaginando que ele não queria me ver nunca mais. Essa situação estava me machucando demais. A essa altura, eu nem lembrava mais do , pois o agora ocupava os meus pensamentos todas as horas do dia. Contei tudo para minhas amigas, que ficaram chocadas com a coragem dele e com a minha ação também, porém entenderam o porquê, mesmo sem concordar.
Resolvi viver minha vida e esquecê-lo, da mesma forma que esqueci o . Ele será para mim apenas uma boa lembrança de algo que poderia ter acontecido, mas não aconteceu e Deus conhece bem o porquê.
Era domingo, dia 1º de março. Eu estava me arrumando para ir à Igreja, quando escuto a campainha tocar. Vou atender e, quando abro a porta, lá está , com um violão numa mão e na outra, uma caixa de bombons. Fiquei parada só analisando–o, então ele entregou–me os bombons, ajeitou o violão e começou a tocar e cantar uma canção que parecia dizer o que ele queria ter me dito naquele dia do nosso “quase” primeiro beijo.

You, you like driving on a Sunday
Você, você é como dirigir em um domingo
You, you like takin’ off on Monday
Você, você é como tirar a segunda de folga
You, you’re like a dream, a dream come true
Você é como um sonho, um sonho que se tornou real

I, was just a face you never noticed
Eu era apenas uma cara que você nunca reparou
Now, I’m just trying to be honest
Agora, eu só estou tentando ser honesto
With myself, with you, with the world
Comigo mesmo, com você, com o mundo

Cause you might think that I’m a fool
Você deve pensar que sou um tonto
For falling over you
Por me apaixonar por você
So tell me what can I do to prove to you
Então me diga o que eu posso fazer pra te provar
That it’s not so hard to do
Que isso não é tão difícil,
Give love a try, one more
Dê uma chance ao amor só mais uma vez,
Cause you know that I’m on your side
Porque você sabe que estou ao seu lado,
Give love a try, one more time
Dê uma chance ao amor só mais uma vez

And your eyes, when I saw them for the first time
E os seus olhos, quando os vi pela primeira vez
Knew that I, was gonna love you for a long time with a love, so real, so right …
Eu soube que iria te amar por muito tempo com um amor, tão real, tão certo...
How, did it play out like a movie, now
Ele chegou como em um filme, e agora
Every time it’s beat can move me
Cada vez que bate consegue me mover
And I can’t get your smile, off my mind
E eu não consigo tirar o seu sorriso, da minha mente
Cause you might think that I’m a fool
Você deve pensar que eu sou um tonto
For falling over you
Por me apaixonar por você
So tell me what can I do to prove to you
Então me diga o que eu posso fazer pra te provar
That it’s not so hard to do
Que isso não é tão difícil,
Give love a try, one more
Dê uma chance ao amor só mais uma vez,
Cause you know that I’m on your side
Porque você sabe que estou ao seu lado,
Give love a try, one more time
Dê uma chance ao amor só mais uma vez
One more time
Mais uma vez
Yeah, yeah, oh…


Não pude conter as lágrimas quando ele terminou de cantar a canção. Era lindo vê-lo ali cantando coisas tão lindas para mim, dizendo-me que estaria do meu lado, que não deixou de me amar apesar do que eu tinha feito... Foi tudo perfeito!!
- ... eu preciso falar uma coisa para você.
- Pode dizer – eu falei, com a voz trêmula, enxugando as lágrimas que ainda desciam.
- Eu não sabia o que estava acontecendo contigo, pois, apesar de nós termos conversado bastante no acampamento, eu não me atrevia a perguntar se você tinha namorado ou estava gostando de alguém, simplesmente pelo medo de ouvir um sim e ter que desistir de te conquistar e de ser o cara que você ama. Agora, eu entendo porque você virou o rosto, entendo porque não me deu esperanças, porque não conseguiu me explicar os seus motivos naquele dia... eu entendo tudo. E, se você não gostar de mim como eu gosto de você, eu quero que saiba que mesmo te amando eu me conformo em ser apenas seu...
Ele não pode terminar a frase porque eu o interrompi com um beijo, que revelava o que eu sentia por ele, o que eu senti quando ele se afastou e o que eu havia sonhado em fazer desde que percebi que também o amava, mas evitava por medo dele não me corresponder depois do “quase” beijo de antes.
Nos afastamos e ficamos admirando um ao outro, até que ele quebrou o silêncio.
- Então, quer dizer que você também me ama? – Perguntou, com um brilho nos olhos que o deixava ainda mais bonito.
- Sim – respondi, sorridente. – Amo como jamais pensei que poderia amar depois do que passei... Você me mostrou que o amor não é triste e que supera barreiras e diferenças... Com você, eu percebi que vale a pena arriscar quando se ama – falei, com algumas lágrimas nos olhos.
- Eu te amo desde que comecei a conversar com você... desde que você esbarrou em mim e nós caímos no chão do salão.... – ele dizia, sorrindo e me fazendo sorrir – desde que sentei ao seu lado e evangelizei com você, desde que te vi indo junto com as suas amigas se arrumar para o culto... desde que você apareceu. Deus colocou você na minha vida por alguma razão e eu não quero que você vá embora... Você quer namorar comigo? – Perguntou ele, segurando uma de minhas mãos.
- É claro que eu quero! Eu também te amo e sei que você na minha vida também é obra de Deus.
Ele me abraçou, tirando-me levemente do chão. Nos beijamos e eu entrei para terminar de me arrumar, senão chegaríamos muito atrasados na Igreja.
Chegamos de mãos dadas e sentamos juntos. Assim que acabou o culto, e me puxaram para um canto e me encheram de perguntas e eu contei tudo, óbvio!
- Ai, que lindo, ! Tô super feliz por vocês – disse , abraçando-me.
- Obrigada, ! – Disse.
- Agora, nós todos estamos felizes com nossos amores! – Falou , toda sorridente.
- Como assim todas nós...? – perguntei, confusa. – Você está namorando, ?
- Uhum! – Respondeu ela. – É o , aquele que toca guitarra no grupo dos meninos.
- O que morou um tempo na Bahia? – perguntei.
- Esse mesmo! Ele é tão fofo – ela disse, toda meiga.
- Ai, ai, ai, o amor é lindo, né? – Disse, olhando a cara de boba que ela fazia ao olhar para ele, que estava conversando com e .
- Calma aí, que as novidades ainda não acabaram não! – Disse , apontando para .
- O que... – parei de falar quando estendeu a mão direita e mostrou a aliança de noivado. – Quando foi isso que eu nem fui avisada? – Falei, indignada.
- Foi ontem à noite – disse , toda meiga. – A gente foi jantar e ele começou a dizer que os anos que nós passamos juntos foram maravilhosos e queria que eles durassem para sempre... aí ele falou que só tinha um jeito disso acontecer e me mostrou a caixinha com duas alianças dentro... Eu quase surtei quando eu as vi lá. Então, ele perguntou se eu queria me casar com ele e eu aceitei – ela terminou, com um largo sorriso no rosto.
- Meu Deus, que lindo! – Falei, pasma. – E quando vocês vão casar?
- Assim que eu terminar a faculdade porque eu já consegui um emprego numa clínica de Fisioterapia de umas das minhas professoras que acompanhou o meu estágio e me orienta na monografia. Mais ou menos daqui a uns seis meses ou um ano, para podermos organizar melhor a cerimônia.
- Que bom! Então, meus parabéns – falei, abraçando-a novamente –, desejo toda a felicidade do mundo para vocês dois... e para você também, , no seu namoro com o .
- Obrigada. – responderam as duas.
- Agora, eu vou indo que o está esperando. Boa noite, meus amores.
- Boa noite, amiga!
Fomos para minha casa. Ficamos conversando sobre nós e sobre os nossos amigos, comentamos como eles estavam felizes e como nós estávamos felizes por nós e por eles. Ele precisou ir embora e nós combinamos que, durante a semana, ele iria falar com os meus pais, como deve ser, e que depois eu iria à casa dele conhecer a família.
Assim que ele foi, eu entrei e fui para o meu quarto me preparar para dormir. Demorei mais tempo que de costume para ir dormir, pois ficava pensando nele, no beijo dele, no jeito dele, na música que ele cantou, no pedido perfeito de namoro, em tudo que tinha acontecido comigo depois que entreguei a minha vida a Deus.
Pensei em todo o amor e cuidado que Deus demonstrou por mim, quando enviou Jesus para morrer no meu lugar, em como me deu amigas maravilhosas que me ajudaram durante os momentos difíceis que vivi e que se alegraram comigo nos momentos felizes, como o de hoje, e por ter colocado na minha vida essa pessoa tão especial que é o .
- Deus – falei em oração –, como eu poderia agradecer a Ti por tudo que tens feito na minha vida? Eu, uma simples pecadora, merecedora do teu repúdio e desprezo, recebi do Senhor bênçãos maravilhosas que são as pessoas que puseste em meu caminho e a vida que me permites viver para estar ao lado delas. Obrigada, Senhor, muito obrigada por nunca desistir de mim – falei um pouco chorosa –, eu te amo, Senhor! Em nome de Jesus, amém. Terminei a oração e fui dormir feliz, pois tinha tudo do que precisava para ser feliz: uma linda família, amigos verdadeiros, um amor sincero e correspondido e, acima de tudo, um Deus que nunca me deixa só!

The End!


N/B: Se encontrarem qualquer erro, por favor, me avisem por e-mail? Cami, xx